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Cartografia

PROJEÇÃO
SISTEMAS DE COORDENADAS
ESCALA
SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM
1. FORMA DA TERRA

Geóide

Elipsóide

Esfera
Cristiane Nunes Francisco/UFF
Modelos de representação da Terra

O modelo que mais se aproxima da


forma real da Terra, e que pode ser
determinado através de medidas
gravimétricas, é o geiodal.

Neste modelo, a superfície terrestre é


definida por uma superfície fictícia
determinada pelo prolongamento do
nível médio dos mares estendendo-se
em direção aos continentes.

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2. MAPAS

• Correspondem à representação, aproximada, em um plano da


superfície terrestre em proporção reduzida.Para sua confecção é
necessário:
•  Adotar um modelo matemático simplificado de representação
da forma da Terra (esfera ou elipsóide de revolução);

•  Projetar os elementos da superfície terrestre sobre o modelo de


representação selecionado;

•  Relacionar os pontos do modelo matemático de referência ao


plano de projeção, selecionando a escala e o sistema de
coordenadas.

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3. PROJEÇÃO CARTOGRÁFICA

• Conjunto de métodos e relações matemáticas


empregados para representar a superfície terrestre sobre
um plano.

• Pela dificuldade de transferir uma superfície curva para


o plano, utiliza-se superfícies intermediárias, ou
auxiliares.

• O cilindro, o cone e o plano constituem esses tipos de


figuras.

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Tipos de projeção de acordo com a superfície de projeção

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Tipos de projeção – superfície de projeção e posição

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Propriedades das projeções
• Conformidade ou Isogonal – conserva a forma, mantendo a fidelidade aos
ângulos observados na superfície de referência da Terra.

• Equivalência ou Isometria – conserva as relações de superfície, mantendo a área


da superfície mapeada igual à área real do terreno.

• Eqüidistância – conserva a proporção entre a distância dos pontos no plano e os


correspondentes na superfície de referência em determinadas direções.

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Brasil - 9,0 milhões km²
China - 14,4 milhões km²
Rússia - 82,7 milhões km²

Projeção de Mercator

Área real:
Brasil - 8,5 milhões km²
China - 9,3 milhões km²
Rússia - 16,8 milhões km²

Projeção de Peters
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Projeções utilizadas no Brasil

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Dicas SIG: Projeção cartográfica

• Para correta sobreposição, os planos de informação devem ser visualizados


na mesma projeção em um SIG.

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Dicas SIG - Projeção cartográfica

66.5N

23.5N

23.5S

66.5S

Denomina-se como Geográfica a projeção que utiliza como referência o


sistema de coordenadas geográficas. 
A superfície de referência é a esfera ou elispsóide e a origem do sistema é
o cruzamento entre a linha do Equador e o meridiano de Greenwich.

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4. SISTEMA DE COORDENADAS

Posicionamento de pontos sobre a superfície terrestre para fins


de localização:

• Sistema de coordenadas cartesianas ou planas (x,y).

• Sistema de coordenadas geográficas – definido por uma


rede geográfica formada por meridianos e paralelos.

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4.1 Sistema de Coordenadas Cartesianas
•Composto por dois eixos perpendiculares: um eixo horizontal (eixo das abscissas, x)
e outro vertical (eixo das ordenadas, y).

•A origem do sistema corresponde interseção dos eixos.

•Um ponto é definido pela interseção de duas retas perpendiculares entre si e paralelas
aos respectivos eixos, expresso por dois valores: um correspondente à projeção sobre o
eixo x, e outro correspondente à projeção sobre o eixo y.

•O par das coordenadas de origem, normalmente, apresenta valor (0,0), mas, por
convenção, pode receber valores diferentes de zero.

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4.2 Sistema de Coordenadas Geográficas

•Sistema referencial de localização terrestre baseado em valores


angulares expressos em graus, minutos e segundos de latitude
(paralelos) e em graus, minutos e segundos de longitude
(meridianos).

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Latitude

Paralelos - círculos menores, gerados a partir


da interseção de planos paralelos ao plano do
Equador terrestre com a superfície da Terra.

Paralelos -  

Latitude - ângulo correspondente ao arco da


circunferência, em graus, medido entre um
ponto localizado em um paralelo qualquer e a
linha do Equador.

Ao norte do Equador, os valores da


coordenadas são crescentes, variando entre 0º
e +90°. Ao sul desta linha, as medidas são
decrescentes, variando entre 0º e -90°.

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Longitude

•Meridianos - semi-círculos formados pela


interseção de planos verticais que contém o
eixo de rotação terrestre com a superfície da
Terra. Um semi-círculo define um meridiano
que com seu antimeridiano formam um
círculo máximo.

•Longitude - ângulo corresponde ao arco da


circunferência, em graus, medido do
meridiano de origem ao meridiano onde se
localiza um determinado ponto.
•A leste deste meridiano, os valores da
coordenadas são crescentes, variando entre
0º e +180°. A oeste, as medidas são
decrescentes, variando entre 0º e -180º.

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Dicas SIG - Sistemas de Coordenadas

KM

Metro

Para correta sobreposição entre os planos de informação, o sistema de coordenadas deve


ser comum entre os planos, bem como as unidades e a origem dos sistemas de
coordenadas.
Atenção: As cartas topográficas 1/50.000 disponíveis no sítio do IBGE estão com
coordenadas UTM em Km.

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5. SISTEMA UTM –
UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR

•Este sistema é, em essência, uma modificação da Projeção Cilíndrica Transversa de


Mercator.

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Fusos UTM

•A Terra é dividida em 60 fusos, onde cada um se estende por 6º de longitude.


•Os fusos são numerados de um a sessenta começando no fuso 180º a 174º W Gr.
e continuando para leste.

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Fuso UTM
•A cada fuso atribui-se à origem do sistema (interseção da linha do Equador com o
meridiano central) as coordenadas 500.000 m, para contagem de coordenadas ao
longo do Equador, e 10.000.000 m, para contagem de coordenadas ao longo do
meridiano central, para os hemisfério sul.

Comprimento do arco 6º na
latitude 23º = 614.19 km.

Logo os limites do fuso na


latitude 23º são fuso 23 são
aproximadamente : 192,75 e
807,25 km

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Fusos UTM no Brasil

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Coordenadas de um ponto

• UTM
E = 704.924m (Este)
N = 7.513.664m (Norte)
Fuso e zona = 23K
• Geográficas
j = 22°28’16,0” S ou
j = -22°28’16,0” (latitude)
l = 43°00’30,0” W ou
l = -43°00’30,0” (longitude)
Dicas SIG - UTM

• Não é possível mesclar em um único plano de informação dados situados em


fusos UTM distintos. É necessário converter os planos de informação para um
único fuso. Alguns procedimentos podem ser adotados:

• Converter a projeção UTM dos planos de informação para uma projeção


comum.

•  Deslocar o meridiano central do fuso para que toda a área em estudo pertença
a um único fuso.

• Converter o fuso do plano de informação, com a menor área de interesse, para


o fuso do plano, com maior área de interesse. A área de estudo ficará inserida
em um único fuso estendido. É indicado quando a área do fuso estendido não
ultrapassar 30’ ou, no máximo, 1º grau, devido a geração de distorções
inadmissíveis.

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Folha Silva Jardim 1/100.000– Fuso 23
Limite leste da folha:
Longitude 42º
Coordenada x  800 km

Folha Rio das Ostras 1/100.000 Fuso 24


Limite oeste da folha:
Longitude 42º
Coordenada x  200 km

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6.ESCALA CARTOGRÁFICA

• Relação matemática entre o comprimento ou a distância medida sobre um mapa e a


sua medida real na superfície terrestre.

• Esta razão é adimensional já que relaciona quantidades físicas idênticas de mesma


unidade.

• Pode ser representada numericamente por uma fração: numerador representa uma
distância no mapa e o denominador a distância correspondente no terreno.

Exemplo: 1/25.000, 1:25.000.


A medida linear na carta é 25.000 vezes maior no terreno.
1 cm na carta corresponde a 25.000 cm no terreno ou 250 m.

• A escala também pode ser representada graficamente.

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1:300.000.000
1:300.000.000
5000 0 5000 Kilometers

1:30000000

1:30.000.000

1:2000000
1:2.000.000

1:5000
1:350000
1:350.000

1:5.000

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Dicas SIG - Escala

• Um plano de informação georreferenciado pode ser exibido e manipulado


em qualquer escala. 

•Porém a não se deve trabalhar em escalas muito ampliadas em relação ao


original.  A ampliação da escala provoca igualmente a ampliação dos erros
associados à escala do mapa.

• Antes de iniciar a manipulação de mapa em formato digital, é fundamental


que o usuário tome conhecimento da escala do original e do método
utilizado na elaboração do mapeamento.

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Originais dos PI em
escalas diferentes.

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7.REFERENCIAL GEODÉSICO

•Constitui-se nos parâmetros necessários para representar a superfície


terrestre no modelo matemático visando a sua projeção:

• as dimensões do elipsóide de referência melhor adaptado à região a


ser mapeada (raio do equador e raio polar);

•a sua orientação no espaço; e

• a origem do sistema de coordenadas geodésicas referenciadas a esta


superfície.

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7.1 Referenciais Geodésicos no Brasil
Referencial DATUM Raio Equador (m) Achatamento Início Final
Elipsóide a
Hayford Córrego Alegre 6.378.388 1/297 - 1977

SAD – 69 Chuá 6.378.160 1/298,25 1977 2014

WGS – 84 Global 6.378.137 1/298,257223563 1984 Hoje

GRS – 80 Global 6.378.137 1/298,25722210 2000 Hoje


SIRGAS

b
a

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Dica SIG: Referencial Geodésico
• Na preparação de uma base cartográfica para uso em um SIG, é comum
encontrar documentos cartográficos e imagens de sensoriamento remoto
referenciados a diferentes datum. É necessário fazer a conversão para um datum
comum.

• As coordenadas geográficas variam no território


brasileiro:
– menos que 60m entre SAD-69 e Córrego Alegre;
– menos que 100m entre SAD-69 e WGS-84.

• Considerando 0,2 mm como erro admissível, em escalas acima de 1/250.000, o


referencial geodésico não deve ser ignorado.

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Dica SIG: Propriedades cartográficas do shapefile

• As propriedades são armazenadas no arquivo com extensão prj que


acompanha o shapefile.
• Caso dois PI apresentam propriedades cartográficas diferentes e o arquivo prj
não existir, os PI não se sobrepõem corretamente. Para criá-lo utilize a função
Define Projection.
• Para visualizar dois PI com propriedades cartográficas diferentes no ArcGIS
com a presença do prj, não há necessidade de conversão das propriedades. As
propriedades de visualização são aquelas do primeiro shapefile aberto ou
aquelas configuradas no DataFrame.
•Para converter as propriedades utilizar o comando Project no entanto o
arquivo prj já deve estar criado.

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