Você está na página 1de 52

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

As projeções cartográficas são formas ou técnicas de


representar a superfície terrestre em mapas.

Diz respeito às técnicas de representação da superfície


“arredondada” da Terra no Plano Cartográfico (3D p/ 2D)

Todos os mapas são representações aproximadas da superfície


terrestre, uma vez, que a forma esférica da Terra é desenhada
sobre uma superfície plana, assim:
TODO MAPA POSSUI DISTORÇÕES DE DIREÇÃO, ÁREA OU
FORMA!
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Não distorcer? Impossível !!


PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Tipos de Superfícies de projeção

Projeção Cilíndrica - o
mapa é construído
imaginando-o desenhado
num cilindro tangente ou
secante à superfície da
Terra, que é depois
desenrolado.
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Tipos de Superfícies de projeção

Projeção Plana ou Azimutal


- o mapa é construído
imaginando-o situado num
plano tangente ou secante a
um ponto na superfície da
Terra. Ex. Projeção
Estereográfica Polar.
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Tipos de Superfícies de projeção

Projeção Cônica - o mapa é


construído imaginando-o
desenhado num cone que
envolve a esfera terrestre,
que é em seguida
desenrolado.
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Deformações produzidas

1- Projeções Conformes –
- Preserva os ângulos.
- Paralelos e os meridianos se cruzam em
ângulos retos
- Distorce-se a forma dos objetos no mapa
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Comparação: Conforme / Equivalente

Proporção no mapa Mercator


Proporção no
mapa Mollweide
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Projeções Afiláticas –

- equivalência, conformidade e eqüidistância variam


PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Projeções Afiláticas –

- equivalência, conformidade e eqüidistância variam


PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Utilidade dos mapas: Direções


PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

LOXODROMIA
Utilidade dos mapas: Direções
Loxodromia com rolamento 292,5 °
Loxodromia com rolamento 275,5 °
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Utilidade dos mapas: Direções


PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Neste mapa cilíndrico equidistante, todas as linhas verdes são igualmente retas, no entanto, as distâncias
do mundo real (em km, na verdade, ao longo da geodésica vermelho) entre as extremidades de cada linha
variam enormemente.
Quatro escalas gráficas são oferecidas, para esta projeção, cada uma só vale na sua paralela específica
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
indicatriz de Tissot
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
indicatriz de Tissot

van der Grinten II


PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
indicatriz de Tissot

Mollweide com indicatriz de Tissot (elipse de distorção)


PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
indicatriz de Tissot

Projeção cilíndrica equidistante com indicatriz de Tissot (elipse de distorção)


PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Projeção Equatorial de Mercator com indicatriz de Tissot (elipse de distorção)


PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Projeções em escala idêntica, com valores
máximos de deformação angular representados
por cores

Ângulo do desvio da direção (mínimo e máximo)


PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Azimutal
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Mollweide
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Interrompida Goode
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Peters
Sistema de coordenadas plano-retangulares
- As coordenadas planas da superfície terrestre são obtidas a partir de um
sistema de projeção
- Existe relação pontual e unívoca - superfície de referência esférica X
superfície de representação cartográfica plana

Projeção Plana
Projeção Cônica
Projeção Cilíndrica
Coordenadas geodésicas
esféricas Coordenadas planas
(Latitude, Longitude)

Usadas para determinar a Usadas para mostrar informação


localização precisa em mapas e SIGs
Sistema de coordenadas plano-retangulares

Geóide Elipsóide

Sistema
Plano-retangular
Sistema de coordenadas TM
Transversa de Mercator
Sistema de coordenadas TM
Transversa de Mercator
- 1850 - Gauss e Krüger – séc. XVIII modificam a proj. de Mercator, com vistas a
aplicações em grande escala:
- IDEIAS: Projeção Transversa, tangente a um meridiano, cilindro móvel (GAUSS).
- Cilindro Secante aos fusos (KRUGER)
- 1908 – Proposta de uma cartografia internacional ao milionésimo
- 1935 - Recomendado pela União Geodésica e Geofísica Internacional sugere a
adoção para a organização da cartografia mundial

Projeção Transversa Fuso utilizado na projeção


Características do Sistema UTM
 Decomposta em (sub-)sistemas, correspondentes aos fusos de 6º
de amplitude;
 Projeção conforme, transversa de Gauss;
 Fusos numerados de 1 a 60, contados a partir do antemeridiano
de Greenwich no sentido leste;
 Limitação do sistema até as latitudes de +/- 80º;
 Origem de coordenadas no cruzamento das transformadas do
equador e meridiano central do fuso, acrescidos os valores de
10.000.000 m no eixo norte-sul e 500.000 m no eixo leste-oeste;
 Abscissas indicadas pela letra E (Leste) e ordenada indicadas
pela letra N (Norte), ambas sem sinal algébrico;

 Coeficiente de redução de escala Ko=0.9996 = (1/2500).


COORDENADAS UTM
• Os cilindros são distribuídos na superfície de referência, de modo a
abranger fusos de 6º de amplitude, compreendidos entre as longitudes
múltiplas de 6º (..., 57º, 51º, 45º,...). Sobre este meridiano central (M.C.),
existe uma deformação dos cilindros com a superfície de referência - as
linhas de secância - o coeficiente de deformação linear é unitário. Não
existem deformações lineares nestas regiões.
COORDENADAS UTM
• Os cilindros são distribuídos na superfície de referência, de modo a
abranger fusos de 6º de amplitude, compreendidos entre as longitudes
múltiplas de 6º (..., 57º, 51º, 45º,...). Sobre este meridiano central (M.C.),
existe uma deformação dos cilindros com a superfície de referência - as
linhas de secância - o coeficiente de deformação linear é unitário. Não
existem deformações lineares nestas regiões.
COORDENADAS UTM
• SECÂNCIA: Avaliando-se a deformação de escala em um fuso UTM (tangente),
pode-se verificar que o fator de escala é igual a 1(um) no meridiano central e
aproximadamente igual a 1.0015 (1/666) nos extremos do fuso. Desta forma,
atribuindo-se a um fator de escala k = 0,9996 ao meridiano central do sistema UTM
(o que faz com que o cilindro tangente se torne secante), torna-se possível
assegurar um padrão mais favorável de deformação em escala ao longo do fuso. O
erro de escala fica limitado a 1/2.500 no meridiano central, e a 1/1030 nos extremos
do fuso
UTM
• Cada um dos fusos,
chamamos fusos UTM,
tem origem na interseção
do seu meridiano central
com a linha do Equador.
As coordenadas UTM
destes pontos são x=E
(Este)=500.000,00 m e
y=N (Norte)=10.000.000m,
no Hemisfério Sul, e
y=N=0,0m, no Hemisfério
Norte.
 10.000.000 m para a linha
do Equador, referente ao eixo
das ordenadas (Y) do
hemisfério sul, com valores
decrescentes nesta direção;
0 m para a linha do
Equador, referente ao eixo
das ordenadas do hemisfério
norte, com valores
crescentes nesta direção
500.000 m para o meridiano
central, com valores
crescentes do eixo das
abscissas (X) em direção ao
leste.
Fusos do Sistema UTM
O BRASIL DIVIDIDO EM FUSOS DE 6º
72º 66º 60º 54º 48º 42º 36º

Os fusos do sistema de 4º
projeção UTM são

numerados de 1 a 60 (6o
em longitude) contados a -4º
partir do antemeridiano
-8º
de Greenwich no sentido
anti--horário
anti horário.. 20 21 22 23
-12º
18 19 24 25
-16º
Os fusos que abrangem
o Brasil são de 18 a 25
25.. -20º

-24º

-28º

-32º

78º 72º 66º 60º 54º 48º 42º 36º 30º


Sistema de coordenadas TM
Transversa de Mercator
http://www.progonos.com/furuti/
Convergência Meridiana
Enquanto as direções norte e sul geográficas convergem
para os pólos, na carta UTM, as direções são representadas
paralelamente ao meridiano central e representam as
direções norte
norte--sul da quadrícula
quadrícula..
A diferença angular entre a direção norte-
norte-sul geográfica
resultante da transformada, caracteriza a convergência
meridiana.
No meridiano central e no equador as duas direções
coincidem, isto é , o norte da Quadrícula (NQ) é igual ao
norte verdadeiro (NG)
(NG)..
Sistema de coordenadas TM
Transversa de Mercator
K>1 K<1 POLO NORTE GEOGRÁFICO K>1
NQ NQ POLO NORTE MAGNÉTICO
De K0
DTM K=1 K=1 Cilindro Secante
DTM
NQ

c é negativo c é positivo
Equador
DTM
K
De
NQ NQ

c é positivo c é negativo
Sistema de coordenadas UTM
Universal Transversa de Mercator
• Projeção que deforma somente as distâncias medidas sobre o plano
topográfico
• É o sistema mais utilizado para a confecção de mapas
• Sua amplitude é de 6º, formando um conjunto de 60 fusos UTM no
recobrimento terrestre total. Eles são numerados a partir do Anti-meridiano
de Greenwich (longitude -180º) e de oeste para leste
• No Brasil temos o fuso 18 passando pela ponta do Acre até o fuso 25
passando por Fernando de Noronha
• Em casos de áreas abrangidas por 2 fusos tem-se 2 soluções:
• 1) trabalhar como 2 mapeamentos distintos, caso a área seja muito
grande
• 2) extrapolar o fuso em até 30' na tentativa de abranger toda a área, que
no Equador 30’ equivalem a aproximadamente 55km;
• Os limites de atuação dos fusos na latitude são 80ºS e 80ºN. Além destes
limites a UTM não é indicada.
Sistema de Coordenadas UTM
Universal Transverse Mercator
Coordenadas cartesianas:
definem posições num plano 2D NAD-83 Latitude – 30º 16’ 28.82’’ N
Longitude – 97º 44’ 25.19’’ W

Compostas por:
Zona – região da Terra a que
respeitam
NAD-83 Zona – 14 R
Easting, Northing – distância Easting – 621 160.98 m
horizontal e vertical a pontos de
Northing – 3 349 893.53 m
referência (em metros)
Números: designam fusos de 6 graus de amplitude que se
estendem da latitude 80º S – 84º N
ZONAS UTM Meridiano central – origem das coordenadas
Letras: designam zonas de 8 graus que se estendem a norte
e a sul do Equador

Zona 14 R

Vitória
Zona 24 k
Zona 14: estende-se de 96 a 102º O (longitude)

meridiano central: 99º O (longitude)

NAD-83 Zona – 14 R
Easting: 121 161 m
(desde o meridiano central)
+ 500 000 m
(falso leste)
= 621 161 m
Northing: 3 349 894 m
(desde o equador)

Eastings: medidos desde o meridiano central


(500 km “falso leste” para assegurar coord. positivas)
Northings: medidos a partir do equador
(10 000 km “norte falso” para locais ao sul do
equador)
Exercício
• Escolher uma carta (1/100.000 ou 1/50.000)
• Descrever as características da projeção da
referida carta:
• - Coordenadas Lat/Long
• -Coordenadas UTM
• Fuso UTM
• Indique a direção do Meridiano Central do Fuso UTM da
Carta (se a Leste a Oeste)
• A que distância se encontra do meridiano central a linha
longitudinal (“imaginária”) que atravessa o centro da carta
• Limites (N,S,L,O) da medida UTM da carta
• Distância/Dimensão (Qual a dimensão N-S; L-O da carta em
Km?)

Você também pode gostar