Você está na página 1de 8

INTEGRANTES DO GRUPO

 Gilson Pereira
 Isaac Macal
 Isabel Germano
Introdução

Normalmente as missões espaciais baseadas em satélites, são caracterizadas pelos


elevados custos de seus lançamentos, muito tempo para construção dos mesmos e ainda
ter possíveis falhas no funcionamento , esses factores e muitos outros deram origem aos
nano satélites, mas com ênfase especial aos CubeSats que é o nosso foco, sendo ele é
um tipo de satélite de tamanho reduzido com formato de cubo que opera na órbita baixa
da terra que normalmente é usado para pesquisas espaciais, coleção de dados,
monitoramento e muito mais. De forma sucinta nessa abordagem sobre os CubeSats
será detalhado sobre suas características, importância e suas aplicações.

1
Os satélites necessitam de elevados custos e tempos de desenvolvimento, por isso são
submetidos a testes rigorosos para garantir o seu funcionamento, isso causou a
necessidade de houver treinamento de pessoas na área espacial, em especial de alunos
universitários, mas o tempo de construção dos satélites normalmente é maior que o
tempo normal de formação desses estudantes e nisso surgi Jordi Puig-Suari e Bob
Twiggs, que em 1999 propuseram um modelo de satélite de pequeno porte que segue
um padrão mais simples , com o objectivo de fornecer aos alunos a oportunidade de
participar de um projeto espacial completo, que inclui a construção, os testes e a
operação com características similares aos primeiros satélites lançados e esse é um dos
motivos que fez os CubeSats ganharem vida.
Com o aparecimento dos CubeSats houve uma revolução no cenário espacial á nível
mundial sendo ele um satélite de pequeno porte porque o termo CubeSat é formado pela
palavra cube (cubo, em Inglês) acrescida das três primeiras letras da palavra satélite e só
para se ter uma noção os CubeSats garantem que os sistemas espaciais tenham:
⮚ Menos chances de falhas.
⮚ Maior velocidade de construção.
⮚ Redução dos custos.

Características

O formato padrão um cubsat é de 1U


(10×10×10 cm) que é conhecido como
"uma unidade" ou "CubeSat 1U". Essa
unidade pode ser combinada para formar
satélites maiores através de incrementos de
"1U", permitiu a criação de CubeSats "2U"
(20×10×10 cm), “3U" (30×10×10 cm),
"6U" (60×10×10 cm) e "3U" (120×10×10
cm).
Uma unidade CubeSat (1U), tem um
volume de um litro e sua carga útil pode ter
massa de cerca de 1,3 quilogramas (kg).

Figura 1dimensões dos Cubsats

A produção dos CubeSats de forma modular garante com que haja uma redução enorme
na produção em grande escala e é um método muito utilizado em empresas e
universidades. Os satélites possuem subsistemas em que cada subsistema tem uma
determinada função para garantir a eficácia do satélite em órbita, mas é necessário
realçar que existem subsistemas presentes em quase todos tipos de satélites.

2
Subsistemas

Os subsistemas são muito importantes pois eles conseguem sistematizar o


trabalho na engenharia do satélite no que se refere ao projeto, montagem e
teste, dividindo-o em áreas de competências. Nos satélites da classe dos
Cubesats os subsistemas são integrados em um único módulo.

Os subsistemas usualmente encontrados são:

1. Controle de Atitude (Attitude Determination and Control)

● Objetivo: Controlar o apontamento do satélite no espaço.


Partes: Rodas de reação ou volantes de inércia, bobinas
magnéticas, sensores de Sol, de Terra, de estrelas,
magnetómetros e giroscópios.

2. Suprimento de Energia (Electrical Power and Distribution)


● Objetivo:Fornecimento aquisição, distribuição e
armazenamento da energia necessária aos diversos
subsistemas.
Partes: Painéis solares e seus diversos acessórios, e baterias.
3. Telecomunicação de Serviço (Telemetry, Tracking and
Command)
● Objetivo: Enviar e receber os dados que permitem o
acompanhamento do funcionamento e o comando do satélite.
Partes: Transmissores, receptores e antenas.

4. Gestão de Bordo (Command and Data Handling)


● Objetivo: Processar as informações recebidas da ou a serem
enviadas para a Terra e as informações internas ao satélite.
Partes: Computador de bordo e seu software.

5. Estrutura e Mecanismos (Structures and Mechanisms)


● Objetivo: Fornecer o suporte mecânico e de movimento para
as partes do satélite. Oferecer proteção contra as vibrações
de lançamento e contra a radiação em órbita.
Partes: Estrutura primária e estruturas secundárias,
mecanismos de abertura de painéis solares e de separação do
lançador, mecanismos de abertura de antenas, dispositivos
pirotécnicos, mecanismos de extensão, alinhamento e
suspensões com amortecedores.

6. Controle Térmico (Thermal Control)


● Objetivo: Manter os equipamentos dentro de suas faixas
nominais de temperatura.
Partes: Aquecedores, “heat-pipes”, isoladores, pinturas e
radiadores.

3
7. Propulsão (Propulsion)
● Objetivo: Fornece o empuxo necessário para o controle da
atitude e da órbita.
Partes: Bocais ou tubeiras, válvulas, reservatórios e
tubulações.
8. Carga Útil (Payload)
● Objetivo: É o experimento carregado pelo satélite, ou seja, o
objetivo principal da missão. É o motivo pelo qual o satélite
está sendo lançado.
Partes: Podem ser de vários tipos, tais como, câmeras,
magnetômetros

Lançamento, órbitas e vida útil


Os CubeSats colocados em órbita têm uma determinada velocidade e sofrem ação da
gravidade porque a força de gravidade puxa sempre o satélite para o centro da terra,
mas eles têm uma velocidade altíssima porque eles são levados para o espaço e
acelerados até uma velocidade muito alta afim de operarem nas zonas em que a
densidade atmosférica é muito baixa, mas ainda assim existirá sempre uma força de
atrito a puxar o satélite no sentido contrário porque quanto maior é a altitude do satélite
maior será o seu tempo útil de vida, os satélites artificiais como é o caso dos CubeSats
ficam em órbita ao redor da terra mas para considerarmos que ele está em órbita deve
estar em altitudes maiores que 100 km. Normalmente estes satélites operam na faixa de
frequência UHF e possuem duas formas de transmissão, uplink e downlink, ou seja, da
terra para o satélite e do satélite para a terra.
Em geral, os CubeSats são projetados para operar em uma larga amplitude de órbitas,
com variações na altitude, excentricidade e inclinação orbital. A grande maioria dos
CubeSats é lançada em órbita baixa ou Low Earth Orbit (LEO), isto é, entre 160
quilômetros (km) e 2 mil km. O período orbital nesses casos varia entre 90 minutos e
105 minutos dependendo da sua altitude e pelo facto dos CubeSats serem lançados em
órbita LEO eles possuem uma velocidade de aproximadamente 7,8 km/s ou 28000 km/h
e essa velocidade é alcançada graças ao foguete usado para mante-lo em órbita.
Em média, a vida útil de um CubeSat em órbita é da ordem de 8 meses, podendo variar
de alguns dias até cerca de 5 anos.
Dependendo da finalidade da missão para a qual um CubeSat é projetado, os custos
podem variar de algumas dezenas de milhares a alguns milhões de dólares, com tempos
para o desenvolvimento que cobrem períodos de alguns meses a aproximadamente três
anos.
Nota-se com clareza que os CubeSats têm grande importância pois garantem baixos
custos para sua implementação e permitem uma certa excelência para os alunos afim de
estarem aptos para o mercado de trabalho, além de que ele permite a constelação de
satélites, ou seja, muitos satélites idênticos em órbita, permite também a cessar várias

4
regiões da terra e cobrir grandes regiões em apenas uma passagem e muitas outras
coisas.

Áreas de aplicações
Demandas por aplicações espaciais, como sensoriamento remoto da Terra;
telecomunicações; ciência de um modo geral; e defesa, podem, na atualidade, ser
atendidas por CubeSats. Os CubeSats vêm sendo utilizados por diferentes instituições
para atender a diferentes objetivos, que vão desde o treinamento de estudantes e
profissionais da área espacial, passando por obtenção de dados científicos, até missões
puramente comerciais.
Principais áreas de aplicações:
● Ciência
● Observação da Terra e do clima
● Meio ambiente e agricultura
● Recursos minerais e hídricos
● Defesa
● Controle de fronteiras
● Educação e treinamento rápido de recursos humanos
● Desenvolvimento tecnológico
● Telecomunicações
● IOT (Internet of Things ).

Vantagens:
● Os riscos associados ao seu uso são compensados pela possibilidade de rápida
reposição dos mesmos em caso de falhas.
● aspeto inovador capaz de promover uma mudança de paradigma no setor
espacial
● Dependendo da aplicação, um CubeSat pode ser completamente desenvolvido e
estar pronto para o lançamento em um período inferior a 18 meses
● Custos de implementação relativamente baixos
● possibilita ao setor espacial a exploração de novas estratégias e novos modelos
de negócio.
● Respostas rápidas para o atendimento de demandas inesperadas, que necessitam
de soluções espaciais
● permite um equilíbrio aceitável entre as variáveis tempo, custo e confiabilidade.

Desvantagens:
● O alto índice de falhas nos lançamentos
● potenciais geradores de detritos espaciais

5
Conclusão

Depois da recolha de dados é possível afirmar que os nanos satélites CubeSats


constituem uma plataforma promissora para a democratização do acesso ao
espaço devido a seu baixo custo de desenvolvimento, construção e lançamento
comparado à satélites tradicionais. Através deles, instituições de ensino como
faculdades e escolas podem lançar seus próprios experimento.

6
Referencias bibliográficas

http://repositorio.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10032652.pdf

http://mtc-m16d.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/mtc-m19/2011/09.27.17.43.47/doc/Lucas
%20Lourencena%20Caldas%20Franke.pdf?metadatarepository=sid.inpe.br/mtc-
m19/2011/09.27.17.43.48&mirror=sid.inpe.br/mtc-m19@80/2009/08.21.17.02.53

https://www.cgee.org.br/documents/10195/734063/3093_Boletim_OTE_3_7_v1.pdf/
68ff761c-ab3b-49b3-b2b6-d523f48c8552?version=1.0

http://repositorio.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10032652.pdf

Você também pode gostar