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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ELECTROTÉCNIA

Curso: Engenharia Electrónica-4OANO

RELATÓRIO DO TRABALHO NO1

Cadeira: Comunicações sem fio

Tema:
COMUNICAÇÕES MÓVEIS POR SATELITE

Discentes: Docente:
Mariquele, Válter Domingos Regente: Engo Luís Massango
Chaúque, Alexandre Pedro Engo Hélder Baloi
Chaúque, Eliseu
Zavala, Elias Feliciano

Maputo, Maio de 2018


Índice
1. Introdução.............................................................................................................................2
2. Objectivos.............................................................................................................................2
2.1. Gerais.............................................................................................................................2
2.2. Específicos.....................................................................................................................2
3. Metodologia..........................................................................................................................2
4. Conceito de Satélites.............................................................................................................3
5. Classificação dos Satélites [4]..............................................................................................3
6. Os tipos de Orbita.................................................................................................................4
7. Frequências atribuídas a satélites de telecomunicações. [4].................................................5
8. Arquitectura..........................................................................................................................5
9. Elementos constituintes........................................................................................................6
10. Estabelecimento de uma chamada....................................................................................7
11. Técnicas de Acesso [5].....................................................................................................7
12. Atribuição de códigos.....................................................................................................10
13. Mobilidade e handover....................................................................................................11
14. Operadores Móveis.........................................................................................................12
15. Conclusão........................................................................................................................14

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1. Introdução

Ao longo deste trabalho será feita uma abordagem apenas do uso dos satélites nas
comunicações móveis. As comunicações móveis por satélite oferecem ao utilizador um
serviço global, porque cobre qualquer ponto do mundo, sobretudo aqueles em que não
há qualquer sistema terrestre móvel como por exemplo nos Himalaias, nos desertos ou
nos pólos.

Neste trabalho, iremos falar de todos os procedimentos para a realização de uma


chamada usando um satphone (telefone que usa a cobertura de satélites para se
comunicar), desde a arquitectura, mobilidade, técnica de acesso, e os operadores.

2. Objectivos
2.1. Gerais

 Descrever as comunicações móveis por satélite.

2.2. Específicos

 Classificar os satélites quanto ao tipo de orbitas;

 Arquitetura: Elementos constituintes;

 Processo de estabelecimento de uma chamada;

 Técnicas de acesso;

 Mobilidade e Segurança;

 Operadores;

 Futuros desenvolvimentos desta tecnologia.

3. Metodologia

Para o desenvolvimento do presente relatório seguiu-se a seguinte metodologia de


trabalho:

 Colecção de material bibliográfico (manuais, fichas de apoio, internet,


revistas científicas, etc.);

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 Leitura e análise documental;
 Comparações e síntese;

Após isto, partiu-se para a organização da estrutura do trabalho e por fim a elaboração
do relatório.

4. Conceito de Satélites

a) É chamado de satélite todo objeto que gira em torno de outro objeto. Ele é
classificado em dois tipos: satélite natural e satélite artificial. Em astronomia, um
exemplo de satélite natural é a Lua, pois ela gira em torno da Terra. Já o satélite
artificial, como o próprio nome diz, é um equipamento ou engenho construído
pelo homem e, dependendo da finalidade, desloca-se em órbita da Terra ou de
outro astro. A órbita é o caminho que o satélite percorre. O satélite artificial
permanece em órbita devido à aceleração da gravidade da Terra e à velocidade
em que ele se desloca no espaço, a qual depende da altitude da sua órbita. [1]

b) Satélite é um dispositivo que possui um sistema modular integrado, com


receptor e emissor, com retransmissor controlado ou não, voa em torno do
nosso planeta, dotado de meios energéticos próprio. [2]

c) Comunicação via satélite é um sistema de telecomunicações entre dois pontos


ou mais, bem distantes em que usam dois elementos principais, a estação
terrena e o satélite, onde a estação terrena é composta por uma serie de
equipamentos de uplink e downlink e que tem a antena como o ultimo elemento
na transmissão e o primeiro na recepção e o satélite como uma repetidora activa
que recebe, converte a frequência, amplifica e retransmite para a estação
terrena de destino. [3]

5. Classificação dos Satélites [4]

 Em função da aplicação;

 Em função da utilização.

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Tabela 1. Aplicação dos satélites. [4]

6. Os tipos de Orbita

O tipo de órbita na qual um satélite é colocado é definido principalmente em função da


sua inclinação e do seu período de revolução (tempo de um giro completo em torno da
Terra), o qual está diretamente relacionado com a sua altitude.

Tipo Altitude (Km) Footprint Período de Latência (s) Banda (GHz)


revolução

GEO 35.781 34% 23h:56m 0.25 20 – 30 (Ka)

MEO 13.000 – 10.000 24% 6h 0.09 – 0.07 1 – 3 (L)

LEO 1.390 – 755 5% - 2.5% 1h:30m – 2 h 0.01 – 0.005 Ka e L

Tabela 2. Características das orbitas. [2]

Além de baixas ou altas, as órbitas podem ser de dois tipos básicos: polar e equatorial,
ilustrados na Figura 1.

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Figura 1. Orbita polar e Equatorial. [http://www.aeb.gov.br/conteudo.php?ida=28&idc=114]

A órbita polar, paralela ao eixo da Terra, tem uma inclinação de 90 graus que permite a
passagem do satélite sobre todo o planeta e de forma sincronizada com o movimento
da Terra em torno do Sol. Por isso, é chamada também de sol-síncrona. Nessa órbita o
satélite cruza o equador sempre na mesma hora local.

A órbita equatorial, com uma inclinação de 0 (zero) grau, coincide com o plano do
equador. Ela é chamada de geossíncrona quando a sua altitude é de cerca de 36.000
quilômetros, o que permite ao satélite completar um giro em torno da Terra em 24
horas, aproximadamente o mesmo período de rotação do planeta. Nesse caso,
também recebe o nome de geoestacionária, porque nessa órbita o satélite está sempre
na mesma posição em relação à Terra. É como se o satélite estivesse “estacionado”, o
que possibilita observar sempre a mesma área da superfície terrestre. Os satélites que
se deslocam nesse tipo de órbita não cobrem as regiões polares. [1]

7. Frequências atribuídas a satélites de telecomunicações. [4]

Utilizam frequências de uplink e downlink afastadas (reduzem-se as interferências), e


utilizam frequência de uplink superior à downlink (ruido captado pelo satélite é elevado
maximiza-se o ganho de recepção).

Tabela 3. Atribuição de frequências.

As bandas de frequências utilizadas em sistemas de comunicação por satélite caem


nas bandas de UHF (Ultra High Frequency: 300 MHz - 3 GHz) e SHF (Super High
Frequency: 3 GHz - 30 GHz).

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8. Arquitectura

Figura 2. Arquitetura de uma Mobile Satelite System (MSS).

O sinal enviado por um rádio é recebido pelo receptor do satélite, que o amplifica,
converte espectralmente, desmodula ou processa os sinais e dados enviados, de
imediato o satélite transmite para a Terra os sinais ou o resultado dos comandos a ele
dirigidos, mas agora destinados a todas as estações que operam no mesmo espectro
radioeléctrico do referido satélite.

9. Elementos constituintes

1. Gateway / Base station – Estação terrestre constituída por:

 GOCC (Ground Operations Control Center) – é o responsável pelo


controlo e planeamento do uso dos recursos dos satélites pelas
Gateways, estando assim interligado com o SOCC.

 SOCC (Satellite Operations Control Center) – gere as constelações dos


satélites dos operadores, especificamente, monitoriza a posição dos
satélites e as suas órbitas, fornecendo serviços de telemetria e comando
para a constelação.

Recebe transmissões dos satélites com o intuito de processar as chamadas e


encaminha-las para a rede de destino terrestre. Uma Gateway pode servir mais do que
um país. Efectuam a integração/interfaces com as redes fixas ou móveis terrestres
utilizando interfaces T1/E1.

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2. Satélite – que funciona como uma repetidora activa no espaço que recebe,
converte a frequência, amplifica e retransmite para a estação terrena de destino
ou para um outro satélite (no caso de Handover);

3. Footprint – corresponde a área total de cobertura/serviço de um satélite. As


footprints podem ser subdivididas em pequenas áreas, chamadas de spotbeam
(que correspondem a células no conceito tradicional de redes GSM).

4. MUL (Mobile User Link) – é o link/enlace que interconecta um equipamento


móvel do usuário ao sistema;

5. ISL (Inter Satelite Link) – é o link/enlace que interconecta dois satélites entre si;

6. GWL (Gateway Link) – é o link que interconecta um satélite e uma estação base.

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10. Estabelecimento de uma chamada

1. Processo de Aquisição, é responsável pelo estabelecimento de comunicação


entre o utilizador e o satélite.

2. Processo de Acesso.

 Determinação da localização do destinatário – a central terrestre,


depois de receber informação do satélite, faz uso de um algoritmo que
permite a localização do destinatário;

 Aprovação de acesso – nesta fase dá-se o contacto entre a central à


qual o destinatário está conectado e a central servidora, que
determina se o acesso com o utilizador desejado é permitido;

3. Processo de registo – etapa na qual o terminal móvel por satélite comunica ao


sistema a sua localização. Concluídas as fases anteriores obtém-se um canal de
tráfego e a identificação da central, que permite a satisfação do serviço
solicitado.

Este sistema pode suportar chamadas de terminal móvel por satélite para rede fixa ou
móvel terrestre e vice-versa.

11. Técnicas de Acesso [5]

Uma das vantagens da comunicação por satélite sobre outros meios de transmissão é
a capacidade de se conectar todas as estações terrenas, permitindo conectividade
ponto-multiponto. Um transponder do satélite pode ser acessado por diversas estações
terrenas e, portanto, são necessárias técnicas para a alocação de bandas nesse
recurso para cada estação.

 Acesso Múltiplo por Divisão de Frequência (FDMA)

Na técnica de múltiplo-acesso por divisão de frequência (FDMA – frequency division


multiple access) o transponder do satélite é dividido em diversas bandas de
frequências sendo que cada segmento é alocado para um usuário [9]. O número de
segmentos pode variar de um (onde um transponder inteiro é dedicado a um único
usuário) a centenas, como em uma operação SCPC (single channel per carrier) típica.
Dentro do canal FDMA, a transmissão pode ocorrer de forma contínua. Cada estação

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terrena da rede de satélite transmite uma ou mais portadoras para o transponder do
satélite (tanto pode ser empregada a modulação analógica – FM como a digital – PSK).

Para cada portadora é alocada uma banda específica do transponder com uma
pequena faixa de guarda para se evitar interferências entre portadoras adjacentes. O
transponder do satélite recebe todas as portadoras dentro da faixa de frequências de
operação, as amplifica, e as retransmite de volta para a Terra.

Um exemplo de sistema típico FDMA é mostrado nas figuras abaixo para o caso de
uma rede com três estações terrenas, onde o enlace de radiofrequência que interliga a
estação terrena ao satélite, no sentido de transmissão do sinal, é chamado de uplink e
o enlace que interliga o satélite à estações terrena, também no sentido de transmissão,
é conhecido como downlink.

Figura 3. Acesso Multiplo por Divisao da Frequencia.

No projeto desse sistema, especiais considerações devem ser feitas com relação aos
transponders do satélite, mais especificamente, aos amplificadores de potência.
Dependendo do método de modulação empregado, não-linearidades de amplitude ou
fase devem ser consideradas no projeto a fim de se minimizar os produtos de
intermodulação, diafonia e outros efeitos de interferência, levando-se em consideração
o número e a largura de banda das portadoras que irão acessar o transponder. Quando
se aumenta a quantidade de portadoras no transponder, a utilização de largura de
banda torna-se pouco eficiente. Assim, por exemplo, se for assumido o valor de 100%
de eficiência na utilização de um transponder com uma única portadora, essa eficiência
reduz-se a 90% para 2 portadoras, 60% para quatro, 50% para oito e 40% para
catorze.

 Acesso Múltiplo por Divisão do Tempo (TDMA)

Na emissão:

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 Cada estação acede ao transpositor em exclusivo num intervalo de tempo,
na sua vez;

 Transmite uma "rajada" de bits modulando a sua portadora;

 A sequência das transmissões de todas estações constitui uma trama.

Na recepção:
 A estação recupera a portadora e relógio de cada rajada da trama;

 Identifica a origem de cada uma das rajadas;

 Selecciona os sinais em banda base que lhe dizem respeito.

Plano temporal:
 Cada estação utiliza um ou vários intervalos de tempo;
 O número ou a duração dos intervalos é ajustável de acordo com a
capacidade requerida

Figura 4. Emissão e recepção no sistema TDMA.

Note-se que, em TDMA, a temporização das emissões de rajadas das estações é


definida de modo a que à entrada do transpositor do satélite as rajadas de todas as
estações estejam em sequência, sem sobreposição nem intervalos excessivos (apenas
um certo tempo de guarda entre rajadas adjacentes). Isto implica que a temporização

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de uma dada estação resulte não só da posição relativa da sua rajada na sequência de
rajadas TDMA, mas também da distância a que a estação se encontra do satélite.

 Acesso Múltiplo por Divisão de Código

Na emissão:

 O terminal transmite logo que tenha dados disponíveis;

 Cada bit é modulado por uma sequência de pseudo-aleatória de bits (código ou


chave) atribuída ao terminal (tipicamente constituída por 100 a 10 000 bits);

 O sinal resultante é assim espalhado numa banda muito maior do que a


necessária para transmitir o sinal original (spread spectrum).

Na recepção:
 A mesma sequência é utilizada para reagrupar o sinal recebido e recuperar os
dados;

 Os sinais de outros utilizadores constituem interferências sobre o sinal recebido.

12. Atribuição de códigos

 Cada estação tem um código ortogonal ao das outras estações, para minimizar
a interferência.

A grande vantagem do CDMA é a possibilidade de operar sem necessidade de


coordenação entre as estações: não é necessário nenhum método de atribuição de
banda ou intervalos de tempo, nem se exige sincronização. A entrada em modo de
transmissão de um novo utilizador apenas aumenta a interferência sobre os outros
utilizadores, não existindo, por isso, um limite rígido para a capacidade. Da mesma
forma, o sistema aproveita intrinsecamente os períodos de pausa, nos quais, não
havendo transmissão, a interferência reduz-se, permitindo a entrada de outros
utilizadores: por isso, são dispensáveis os métodos de gestão dinâmica de recursos,
como o DSI.

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Figura 5. Multiplexagem de canais em CDMA.

Conforme está indicado na figura, após a multiplicação pelo código, o sinal transmitido
tem um débito e, consequentemente, uma largura de banda, muito maiores do que o
original.

Os códigos são sequências pseudo-aleatórias (PRS, pseudo-random sequence),


também designadas de sequências de pseudo-ruído (PN, pseudo-noise).

A ortogonalidade entre os códigos garante que não haverá correlação entre os sinais
dos vários canais, constituindo apenas interferência mútua, com as propriedades do
ruído branco.

13. Mobilidade e handover

 Intra Satellite Handover

 Ocorre quando um utilizador se move de um spotbeam de um satélite


para outro spotbeam do mesmo satélite;

 Esta situação ocorre uma vez que um satélite cria vários spotbeams
dentro do seu footprint;

 O mesmo caso acontece quando o satélite se move.

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 Inter Satellite Handover

 No caso de um utilizador se ter movido de um footprint para outro, ou


quando o movimento do satélite provoca essa mesma situação, pode ser
considerado hard-handover;

 Ou soft-handover no caso de a conexão anterior e a nova conexão


estarem activas em simultâneo, situação só possível em sistemas CDMA;
 Pode também ocorrer entre satélites que suportem Inter Satellite Link;

 Gateway Handover

Situação em que o satélite e o utilizador móvel possuem bom contacto, mas o satélite e
a gateway não possuem, tendo o satélite que procurar outra gateway.

 Inter System Handover

Handover utilizado quando um dado utilizador que possua um terminal que suporte
tanto a comunicação por satélite como a comunicação móvel terrestre, possa comutar
para a rede que em dado momento passou a estar disponível.

NOTA – Handover ainda não possível actualmente.


14. Operadores Móveis

 Inmarsat

A Inmarsat foi a primeira companhia de comunicação por satélites e foi fundada em


1979. Porém somente começou a trabalhar com aparelhos portáteis recentemente. A
companhia trabalha com 12 satélites geossíncronos. O sistema cobre a maioria da
superfície terrestre fora os pólos. A companhia é responsável pela BGAN, o famoso
modem por satélite.

Para telefonia, esta empresa trabalha com um aparelho chamado iSatPhone. Sua
antena é gigante, porém o aparelho recebe e transmite em GSM 900 (sinal de celular),
além do sinal satelital. O iSatPhone só funciona na região do Oceano Índico: Ásia,
África e Oriente Médio. O custo do aparelho é de, em média, 700 dólares. Além dos
minutos pré pagos.
O aparelho pesa 201 gramas e você consegue falar por 2 horas antes da bateria descarregar. O
“MCC” do Inmarsat é 870. Você precisa digitar 00 + operadora + 870 + número.

 Iridium
O nome Iridium vêm do elemento irídio que tem número atômico 77, o número de satélites que a
companhia planejava lançar quando começou em 1998. Hoje no entanto conseguiu colocar 66

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satélites no espaço. Estes geralmente podem ser vistos no céu à noite como pontos muito
brilhantes que duram poucos segundos.

O sistema Iridium usa sinais de rádio para intercomunicar os satélites quando seja necessário
mudar o satélite ativo. A idéia é que qualquer ponto na Terra seja coberto por pelo menos 1 dos
66 satélites a qualquer momento.

Porém, como a maioria das companhias de comunicação, a Iridium declarou falência em 99 por
falta de usuários. Finalmente em 2001 a Iridium foi financiada por um grupo particular e
reapareceu como Iridium Satellite LLC.

A grande complexidade da “constelação” Iridium sempre foi o seu principal problema. Em


fevereiro de 2009 por exemplo, um satélite russo se chocou com o Iridium 33 a 800 km do solo
terrestre. O satélite russo Kosmos 2251 estava fora de serviço desde 1995. Esta colisão afetou a
rede e muitos reclamaram que ficaram sem serviço a partir de então.

O sistema é bastante usado pelas forças armadas norte-americanas e atualmente tem 327 mil
usuários.

O “MCC” Iridium é 881 6 ou 881 7. Você precisa digitar 00+operadora+881 6 (ou 7) + número.
Assim como as outras empresas, a Iridium permite o usuário receber SMSs enviados de contas
de correio electrónico comum. A mensagem deve ter até 250 caracteres e destinatário
será: número@msg.iridium.com. O serviço é grátis, mas é uma das únicas coisas grátis na
Iridium. Para você ligar a um Iridium de um telefone comum pode chegar a gastar $14 o minuto.

 GlobalStar
A GlobalStar nasceu em 1994 através de capital adquirido de 8 empresas. O projeto custaria
$1.8bi e começaria em 1998. A idéia era lançar 52 satélites, porém uma falha no lançamento
resultou na perda de 12 satélites. Finalmente em fevereiro de 2000, 52 satélites foram lançados
(48 + 4 reservas). Hoje a empresa tem mais de 70. Entretanto, o sistema só se tornou
comercialmente operacional em fevereiro de 2000. Na época, o minuto GlobalStar custava
$1.80. Assim como a Iridium, eles também faliram em 2002 por falta de usuários e só foi
reconstruída em 2004 ante um grande investimento. Hoje em dia eles tem mais de 315.000
usuários, tornando-se assim a maior companhia de comunicação por satélites do mundo.

Os satélites GlobalStar orbitam a mais ou menos 1400 quilômetros de altitude e como tem uma
órbita inclinada de 52 graus, não cobrem as regiões polares. A constelação cobre as Américas
(sinal deficiente no norte do Alaska e Canadá. Exclui Groelândia e a maioria dos países centro-
americanos), Europa (sinal deficiente no norte da Escandinávia e Sibéria), somente 5 países norte
Africanos, China, Japão, Austrália, Nova Zelândia parte do Oriente Médio e Oeste asiático.

Em 2007, a empresa identificou um grave problema com os seus satélites. Aparentemente a


exposição à radiação cósmica e ventos solares fez com que uma parte dos satélites se degrade

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mais rápido que o previsto. A companhia lançou 8 novos satélites ao espaço em 2007 para
compensar a perca de satélites defeituosos o que melhorou temporariamente a qualidade dos
serviços.

Desde 2007 usuários começaram a relatar uma grande deficiência nas comunicações e janelas
com apenas alguns minutos ou segundos na sua comunicação. Em julho deste ano, a empresa
anunciou que conseguiu fundos suficientes ($ 661 milhões) para lançar 48 novos satélites. Os
lançamentos começarão em 2010 e os satélites serão operacionais até 2025. Com este upgrade, a
qualidade dos serviços estão cada vez melhor. Consequentemente, com o aumento no número de
usuários, as tarifas abaixaram e assim o serviço consegue competir até mesmo com o das
operadoras de celulares.

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15. Conclusão

Embora ainda com muito poucos utilizadores, sobretudo pelos elevados custos de
utilização, as comunicações móveis por satélite oferecem ao utilizador um serviço
global porque cobre qualquer ponto do mundo sobretudo aqueles em que não há
qualquer sistema terrestre móvel como por exemplo nos Himalaias, nos desertos ou
nos pólos.

Com o uso de satélites nas comunicações móveis, ampliamos ainda mais (em alguns
casos atingimos a universalidade) a cobertura de serviços de telecomunicações. A
orbita MEO é a melhor para se implementar a tecnologia Satphone.

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Bibliografias

1. Os satélites e Suas Aplicações, Teresa Galloti Florenzano, São Jose dos


Campos – SP, JAC Gráfica e Editora 2008;

2. Comunicações Moveis Por Satélite, Marco Costa e Pedro Sobral, Brasil.

3. https://pt.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_de_comunica%C3%A7%C3%A3o ;

4. Sistemas de Comunicação por Satélite, Mário Jorge Leitão, Brasil.

5. Comunicações por Satélite – Técnicas de Transmissão, Multiplexação e de


Acesso, Márcio Antônio Protzek, José Ricardo Descardeci, Brasil.

6. http://altamontanha.com/telefonia-satelital/

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