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SUMÁRIO

• INTRODUÇÃO
• AS LEIS DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL APLICADAS PARA CONCRETIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO VIA SATÉLITE
• ÓRBITAS DOS SATÉLITES
• CLASSIFICAÇÃO DOS SATÁLITES EM FUNÇÃO DA SUA ELEVAÇÃO.
• SATÉLITES GEOESTACIONÁRIOS
• VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS SATÉLITES GEOSÍNCRONOS
• CLASSIFICAÇÕES DE SATÉLITE, ESPAÇAMENTO E ALOCAÇÃO DE FREQUÊNCIAS
• TIPOS DE SATÉLITES POR FUNÇÃO
• TIPOS DE LIGAÇÕES EM SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO VIA SATÉLITE
• TRANSMISSÃO POR SATÉLITE
• MODELOS DE SISTEMAS DE ENLACE DE SATÉLITE
• DIAGRAMA DE RADIAÇÃO DA ANTENA DO SATÉLITE: ZONA DE FEIXE
• CONSTITUIÇÃO,FAIXAS DE FREQUÊNCIA E ASPECTOS CRÍTICOS DOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO POR SATÉLITE
• 2.5.FREQUÊNCIAS USADAS NOS SISTEMAS DE SATÉLITES
• ASPECTOS CRÍTICOS NO USO DE SATÉLITES
• TÉCNICAS DE MODULAÇÃO E TÉCNICAS DE ACESSO UTILIZADAS NA COMUNICAÇÃO VIA SATÉLITE
• TÉCNICAS DE ACESSO
• SISTEMAS DE SATÉLITES
INTRODUÇÃO
• A comunicação via satélite tornou-se, desde a sua criação, a maior evolução do homem
no aspecto comunicação. Através da comunicação via satélite foram possíveis vários
progressos, dentre eles e com destaque a área das geociências, as telecomunicações e o
transporte aéreo. Isto melhorou substancialmente a segurança e o desenvolvimento
mundial. Porém não se pode falar de comunicação via satélite sem antes termos a noção
exacta do significado do termo satélite.
• É coerente dizer que, em termos de astronomia, um satélite é um corpo celeste que
orbita em volta de um planeta, (por exemplo a lua é um satélite da Terra).
INTRODUÇÃO
• Em termos aerospaciais, um satélite é um veículo lançado pelo homem e orbita a terra ou
outro corpo celeste. Os satélites de comunicações são satélites fabricados pelo homem,
que orbitam a Terra providenciando uma multidão de funções de comunicações para uma
vasta variedade mundial de consumidores incluindo assinantes governamentais,
militares, privados e comerciais.
• Um satélite de comunicações é um repetidor de microondas no céu (no espaço) que
consiste de uma combinação diversa de um ou mais dos seguintes componentes:
receptor, transmissor, amplificador, regenerador, filtro, computador a bordo,
multiplexador, demultiplexador, antena, guia de onda, e outros circuitos electrónicos
sempre em desenvolvimento.
• O repetidor de rádio do satélite é chamado transponder, do qual um satélite pode ter
muitos. Um sistema de satélite consiste de um ou mais veículos espaciais de satélite, uma
estação-base terrestre para controle do sistema de operação, e uma rede de estações
terrestres que providenciam a facilidade de interface para a transmissão e recepção do
tráfico de comunicações terrestres através do sistema de satélite.
• O termo VSAT (terminais de abertura muito pequena) responde a um conceito amplamente
reconhecido e popular com que se designam as estações terrenas de satélite muito
pequenas e económicas que estão ligadas directamente aos usuários. Estas estações
exploram-se geralmente num marco de sistemas e redes de comunicação autónomos, com
aplicações que vão desde comunicações de dados, conexão directa de computadores
distantes com computadores centrais , telefonia e videoconferência.
• Com mais de 140 000 terminais em todo mundo, os sistemas VSAT tornaram-se já como
uma técnica madura para o estabelecimento de comunicações em amplas zonas,
especialmente para serviços empresariais. Também contam já com um amplo campo de
aplicações nos países em desenvolvimento.
As leis da Gravitação universal aplicadas para concretização da comunicação via
satélite
• A ideia de se colocar corpos orbitando a volta da terra , seria mera ilusão se não
dispusessemos de conhecimento físico e matemático para tornar real essa
ideia.Quando se fala de corpos em orbita relativamente a terra somos levados a
pensar ,que massa poderá tal corpo, a que distância ele deveria estar da terra com
que velocidade ele se moveria, qual seria a força de interacção gravitacional entre
este corpo e a terra,essas inquietações podem ser eliminadas através das leis da
gravitação universal, então é necessário considerar o seguinte desenvolvimento :
• Considerar algumas aproximações para o caso de órbitas circulares:
• - Tomar como influência única a Terra e o satélite;
• - Considerar o centro de massa da Terra coincidente com o seu centro geométrico;
• - Considerar o satélite como um ponto no espaço.
• Força de atracção entre os corpos dada por:
Onde:
G é a constante universal de gravitação;
mt é a massa da Terra;
ms é a massa do satélite;
r é a distância entre os centros de massa dos dois corpos.

A Força centrífuga, com a mesma direcção que a força de atracção e


sentido contrário é dada por:

Onde:
w é a frequência angular

ms é a massa do satélite;
r é a distância entre os centros de massa dos dois corpos.
De modo a se obter uma órbita estável Þ as forças de atracção e
centrífuga devem se equilibrar:

de onde resulta

com Exprimindo o período orbital, T, em horas, e a distância entre os corpos


em quilómetros, vem:

Na fórmula acima o parametro r é dado em Km e é muito importante pois expressa a


distância entre os centros de massa da terra e do satélite e define o tipo de órbita do satélite
em função da seu valor como será visto mais adiante. O perioda orbital expressa-se em horas.
ÓRBITAS DOS SATÉLITES
A maior parte dos satélites são chamados satélites orbitais, que são não síncronos. Satélites
não síncronos rodam a volta da terra num percurso elíptico ou circular. Numa órbita circular a
velocidade angular é constante; Entretanto, em órbitas elípticas a velocidade linear depende da
altura do satélite em relação a Terra. A velocidade do satélite é maior quando está próximo da
Terra do que quando está distante.
O satélite tem uma órbita directa ou positiva se a sua rotação tem o mesmo sentido da
rotação da Terra (sentido contra relógio) , e a urna velocidade angular maior que a velocidade
da Terra. Se o satélite está orbitando na direcção oposta da rotação da Terra ou na mesma
direcção com velocidade menor que a da Terra a órbita é denominada retrógrada ou negativa. A
maior parte dos satélites não síncronos revolucionam a volta da Terra numa órbita positiva.
A maior vantagem dos satélites orbitais, é que não são necessários mísseis de propulsão a
bordo dos satélites para manter-lhes nas suas respectivas órbitas.

Figura 1.1 Descrição da órbita de um satélite


Diagrama das Órbitas de satélites

Antes de examinar as trajectórias das órbitas ,é necessário ter um conhecimento básico dos termos
usados para descrever as mesmas.
Apogeu - é o ponto de uma órbita que está localizado distante da Terra
Perigeu - é o ponto de uma órbita que está localizado próximo da Terra
Eixo maior - é a linha que une o perigeu e o apogeu através do centro da Terra
Eixo menor - é a linha perpendicular ao eixo maior que é a metade do perigeu e apogeu( a metade
da distância do eixo menor é chamada semi eixo menor).
Embora exista um número infinito de trajectórias de órbita, somente três são usadas por satélites de
comunicações.

Figura 1- Diagrama de órbitas de um satélite


Órbitas Equatorial

A figura 1.4 mostra três trajectórias que um satélite pode seguir na sua rota em volta
da terra: Inclinada, equatorial, ou polar. Todos os satélites rodam em volta da Terra numa
órbita que forma um plano que passa pelo centro de gravidade da Terra chamado
geocentro.
Uma órbita equatorial é quando o satélite tem uma rotação numa órbita directamente
sob o equador, usualmente na forma circular. Com uma órbita equatorial, o ângulo de
inclinação é de 0° e ela não tem nó ascendente e descendente, portanto, sem linha de
nós. Todos os satélites geosíncronos estão na órbita equatorial.

Figura 1.4.Tipos de órbitas dos satélites.


Órbitas Polar

Uma órbita polar é quando a trajectória do satélite tem uma forma tal que passa por cima
dos pólos norte e sul numa órbita perpendicular ao plano equatorial. Os satélites da
órbita polar segue uma trajectoria de baixa altitude que está próximo a Terra e passa sob
e muito próximo de ambos os pólos, Norte e Sul. O ângulo de inclinação de um satélite na
órbita polar é aproximadamente 90°.

Figura 1.4.Tipos de órbitas dos satélites.


Órbitas inclinadas
Órbitas inclinadas são virtualmente todas as órbitas excepto aquelas que passam directamente sob o
equador ou directamente sob os pólos Norte e Sul. A figura 1.5a mostra o ângulo de inclinação de uma
órbita de satélite. O ângulo de inclinação é o ângulo entre o plano equatorial da Terra e o plano orbital de
um satélite medido no sentido anti-horário a um ponto na órbita onde este cruza o plano equatorial
transversal de sul a norte. Este ponto é chamado de nó ascendente e é mostrado na figura 1.6b. O ponto
onde a órbita polar ou inclinada cruza o plano equatorial transversal do norte para sul é chamado nó
descendente, e a linha que une os nós ascendente e descendente através do centro da terra é chamado
linha de nós. Os ângulos de inclinação variam entre 0° a 180°. Para providenciar cobertura para regiões de
altas latitudes, as órbitas inclinadas geralmente são elípticas.

Figura 1.5.Visualisação de uma órbita inclinada e de uma órbita polar.


Classificação dos satálites em função da sua elevação

Geralmente os satélites são classificados como tendo órbita baixa (LEO), órbita
média (MEO) e órbita geoestacionaria (GEO). Muitos satélites LEO operam na frequência
de 1.0 a 2.5 GHz. O sistema de telefonia móvel por satélite da Motorola, lrídium, é um
sistema LEO usando uma constelação de 66 satélites orbitando aproximadamente a 780
Km [11] acima da superfície terrestre. A maior vantagem dos satélites LEO é que a perda
de percurso entre as estações terrenas e os veículos espaciais é muito menor para
satélites que revolucionam em órbitas médias ou de altas altitudes. A menor perda de
percurso relaciona-se com a menor potência de emissores, menores antenas e menor
peso.
FIM

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