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Órbitas e satélites

Tipos de órbitas terrestres


Órbita é o movimento que um corpo celeste realiza ao redor de
outro corpo celeste pela influência de sua gravidade. Logo, a órbita
terrestre é o movimento que os satélites, sejam eles naturais –
como a lua, ou artificiais, realizam em volta do Planeta Terra.
Esta seção classificaremos as órbitas quanto à sua forma e, mais especificamente, as
órbitas dos satélites quanto a sua altitude em relação à Terra. As equações da teoria de
Newton mostram que as órbitas podem ser hiperbólicas, parabólicas, elípticas ou
circulares. Uma quantidade admensional que nos permite caracterizar a sua forma é a
*excentricidade (ε), que é o mesmo parâmetro ε no estudo de elipses.
*desvio ou distanciamento do centro
Existem diferentes tipos de órbitas
terrestres. Cada uma delas é utilizada
por diferentes propósitos
dependendo da distância que se
encontram da superfície, da área
coberta e do tempo necessário para
completar a trajetória orbital.
Órbita geoestacionária
Em uma órbita geoestacionária, também chamada de GEO, os
objetos permanecem em uma posição fixa em relação a superfície da
Terra. De acordo com a Segunda Lei de Newton, para que um objeto
em órbita se mantenha em posição fixa em relação a superfície
terrestre, ele deve estar a uma distância fixa de 35.786 km do nível
do mar e sob a linha do Equador.
A orbita geoestacionária é muito utilizada por satélites utilizados em
sistemas de comunicação. Por ficarem na mesma posição em relação
a superfície terrestre, eles conseguem cobrir áreas específicas com
regularidade, sem que seja necessário interrupções no serviço ou o
reposicionamento de antenas responsáveis por captar suas ondas.
Baixa órbita da Terra
Uma órbita baixa da Terra, também
chamada de LEO, são aquelas localizadas
abaixo da órbita geoestacionária, podendo
estar entre 160 km e 2.000 km de distância
do nível do mar. A Estação Espacial
Internacional está localizada em uma órbita
LEO, bem como a maior parte dos satélites
meteorológicos e muitos satélites de
comunicação.
Órbita média da Terra
As órbitas médias da Terra, também
chamada de MEO, são aquelas localizada
acima das órbitas LEO e abaixo da órbita
GEO, ou seja, entre 2.000 km e 36.000 km
de distância do nível do mar. Essas órbitas
são muito utilizadas por satélites de
geolocalização e para satélites de
comunicação que atendem as regiões
próxima ao círculo ártico, onde as ondas
dos satélites geoestacionários não
conseguem chegar.
Órbita terrestre alta
Uma órbita terrestre alta, também chamada
de HEO, são as órbitas localizadas acima
da órbita geoestacionária, ou seja, acima
de 36.000 km de distância do nível do mar.
Nestas órbitas, os satélites levam mais de
24 horas para concluir uma revolução
completa. Esse tipo de órbita foi muito
utilizado durante a Guerra Fria pelos EUA
para vigiar o território Russo por meio do
projeto VELA.
Tipos de órbitas ao redor da Terra
Movimento de satélites
Podemos definir satélite como sendo um objeto que fica ao redor de um
planeta descrevendo trajetórias elípticas ou circulares. A Lua é um satélite
natural, mas também existem os satélites artificiais, os quais são feitos pelo
homem. Os satélites artificiais são produzidos para executar funções
específicas, sendo assim, não são produzidos em massa.
Os satélites artificiais , após serem lançados no espaço,
permanecem em órbita ao redor da Terra. Esses equipamentos
tornaram-se fundamentais para uso de tecnologias na Terra,
comunicação e estudos sobre o planeta.
Tipos de satélites
•Satélites de comunicação (os mais numerosos);
•Satélites de televisão;
•Satélites científicos;
•Satélites meteorológicos;
•Satélites de sensoriamento remoto de recursos terrestres;
•Satélites de uso militar.
Isaac Newton e os satélites artificiais
O físico inglês do século XVII Isaac Newton foi quem idealizou a
possibilidade do lançamento de objetos que pudessem permanecer em
órbita ao redor da Terra. Ele imaginou que, da mesma forma que
a Lua orbita a Terra, também seria possível fazer com que objetos quaisquer
pudessem orbitar nosso planeta.
Se um objeto é lançado horizontalmente do alto de uma montanha, ele
descreve uma trajetória curva até tocar o solo. Aumentando-se a velocidade
de lançamento, a distância horizontal percorrida pelo objeto também
aumenta. Newton pensou que, se o objeto fosse lançado em uma
determinada velocidade, ele descreveria uma trajetória circular ao redor de
todo o globo terrestre e voltaria ao ponto do lançamento sem tocar no solo.
A equação a seguir determina a mínima velocidade necessária para o
lançamento de um satélite artificial.

Para essa equação, G é a constante de gravitação universal (G =


6,7x10– 11 N.m2/Kg2); M é a massa da Terra; e R é o raio da órbita do
satélite.
Processo de lançamento de um satélite artificial
Os satélites artificiais são levados até a altura desejada a
bordo de um ônibus espacial ou acoplados a um foguete. Ao
atingir a altura desejada, o satélite é acelerado até que atinja
a velocidade necessária para manter-se em órbita. Os
satélites ocupam posições ao redor da Terra onde não
existe atrito com o ar, o que garante que não haja perda
de energia cinética. Com isso, o satélite mantém o
movimento por inércia.
Quando foi lançado o
primeiro satélite?
O primeiro satélite foi
posto em órbita pela
União Soviética em
1957. O Sputnik I tinha
massa de
aproximadamente 83 kg
e não possuía uma
função específica,
apenas transmitia um
sinal que podia ser
percebido como um
“beep” por meio de um
rádio.
O primeiro satélite brasileiro foi
projetado pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais e lançado em
1993. O SCD-1 fornece dados
meteorológicos e, em 2011,
completou 94.994 voltas ao redor da
Terra.

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