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Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Electrotécnica
FICHA 1
4º Ano – 2019
Hoje o conceito das comunicações ganhou uma nova abordagem, as vezes até complexa. Apesar
da complexidade que possa ter, na sua forma mais elementar, um circuito de comunicações é
constituído por 3 partes: emissor (ou transmissor), receptor e canal de comunicação.
O canal de comunicação pode ser um cabo (caso do telefone) ou ser ar (telefones celulares). A
figura 1.1 mostra um sistema em que o canal de comunicação é misto (cabo e ar) tal como
acontece por exemplo numa comunicação via rádio.
Devemos recordar que as comunicações só são possíveis porque os sinais que pretendemos
transmitir são transformados em sinais eléctricos e transmitidos sob a forma de ondas
electromagnéticas que se propagam em cabos e no espaço.
Quanto às comunicações sem fios, podemos dizer que a aventura começou por volta de 1873,
quando James Clerk Maxwell escreveu as equações que previam a existência de ondas
electromagnéticas (OEM), capazes de propagar com uma velocidade finita e igual à da luz.
A comprovação experimental da existência de OEM só veio a ser feita por Hertz, em 1887.
Hertz encarou o desafio como um mero trabalho académico, sem suspeitar que seria o precursor
de uma nova era e que as ondas de rádio iriam ter um impacto extraordinário para o avanço da
civilização.
Alguns cientistas como Oliver Lodge, Chandra Bose, e Alexander Popov, reproduziram a
experiência de Hertz, aperfeiçoaram a tecnologia e demonstraram-na para sinalização sem fios.
Mas foi Guglielmo Marconi quem anteviu a possibilidade de explorar comercialmente as OEM
para telegrafia sem fios. Patenteou o seu sistema de transmissão e estabeleceu um serviço
comercial de telegrafia sem fios em 1902 que se generalizou rapidamente por todo o mundo
Comunicações sem fio.
Esse circuito que desenvolveu e que pode agora ser visto como um sistema de rádio completo,
está representado esquematicamente na Figura 1.3.
O emissor é constituído por uma bobina de indução (A) ligada a um par de varões metálicos
colocados topo a topo com uma pequena fenda entre si (B) e terminados por esferas (C) e (C’).
Para os locais de difícil acesso ou em locais onde as redes com fio não podem chegar, ou
representar um gasto desmedido, ou ainda serem instaladas como salas de reuniões, auditórios,
halls, etc., wireless torna-se a solução para empresas, meios acadêmicos e até residenciais, pois
tem flexibilidade de facilidade de instalação, configuração e o próprio uso. Segue lista de algumas
vantagens:
Mobilidade - Sistemas de redes locais sem fio podem prover aos usuários acesso à
informação em tempo real em qualquer lugar;
Escalabilidade - Acessos sem fio podem ser configurados segundo diversas topologias
de acordo com as necessidades da empresa. As configurações podem ser facilmente
alteradas e as distâncias entre as estações adaptadas desde poucos usuários até centenas;
Alta imunidade a ruídos - Os rádios utilizados operam na freqüência 2,4 GHz. Eles
trabalham num sistema de espalhamento de freqüência ou frequence hope, o que reduz
drasticamente a possibilidade de interferências, garantindo a qualidade do sinal e a
integridade das informações;
Segurança - Suporta encriptação Wired Equivalente Privacy (WEP) com chave de até 128
bits. Todo o tráfego de rede passa por uma VPN (Virtual Private Network) utilizando o
protocolo IPSec (IP Secure) com chave de 1024 bits, garantindo proteção à rede contra
ataques externos;
Segurança e privacidade - A interface de rádio aberta é muito mais fácil de ser burlada
do que sistemas físicos tradicionais. Para solucionar deve-se sempre utilizar a criptografia
dos dados através de protocolos tais como WEP ou IPsec”.
Taxas de Transmissão - As redes sem fio oferecerem taxas mais baixas que as redes
cabeadas alcançam, também tem problemas durante a propagação (como a energia é
transportada ao longo do meio) principalmente devido ao comportamento aleatório do
meio sujeito Por fim, existem os obstáculos e propagação por multi-percursos;
Custos - O alcance do sinal pode ser insuficiente dependendo da distância que se quer
cobrir. Quanto maior a distância, maior será o número de repetidores ou pontos de
acesso que deverão ser utilizados.
Poderíamos dizer, como exemplo lúdico, que durante uma conversa entre duas pessoas, temos
uma conexão wireless, partindo do princípio que sua voz não utiliza cabos para chegar até o
receptor da mensagem. Na realidade, a rede sem fio nada mais é do que o compartilhamento de
informações entre dois ou mais dispositivos feita através de ondas de rádio.
Nos dias que correm, as redes sem fio vêm sendo muito estudadas e utilizadas. Muitos produtos
vêm sendo lançados no mercado, mostrando sua facilidade tanto para leigo como para o
profissional, devido sua mobilidade e facilidade nas instalações, suas configurações. O que
diferencia das redes cabeadas é o fácil acesso a banco de dados e também à internet, onde exista
um ponto de cobertura de uma rede sem fio fornecendo esse acesso.
O conjunto infinito de frequências que podem existir no espaço é delimitado e ordenado, para
conter as frequências que podem ser utilizadas em telecomunicações. A este espaço é chamado
de Espectro Eletromagnético. A tabela abaixo apresenta o conjunto dessas frequências, bem
como a nomenclatura de cada grupo delas. Nela torna-se oportuno fazer uma referência
exclusiva as bandas paras as comunicações sem fio:
Normalmente existem vários caminhos pelos quais o sinal emitido por uma antenna emissora
pode atingir uma antena receptora. O melhor desses caminhos é sempre aquele que tem uma
menor atenuação do sinal e consequentemente o que produz uma maior intensidade de campo
na antena receptora.
b) Onda directa - Na propagação directa a onda emitida pela antena emissora atinge a
antenna receptora em linha recta sem sofrer nenhum desvio.
Para evitar este efeito, deve-se utilizar antenas de grande directividade e correctamente orientadas
em relação ao emissor.
Convém dizer aqui que, com este tipo de propagação, desde que existam as devidas condições, se
pode captar emissões muito longínquas e impossíveis de receber em propagação directa.
2.2.3.1. Troposfera
É uma camada mais baixa, estendendo-se do solo até cerca de 15 km de altitude. Com alta
concentração de gases, nela ocorrem praticamente todos os fenômenos climáticos (chuva, neve
etc.) do planeta. Por causa desses fenômenos, a propagação de ondas se dá por meio de
atenuações. Na troposfera observam-se turbulências decorrentes do aquecimento desigual da
superfície, o que influencia a eficiência em sistemas de comunicação que utilizam essa camada.
Um bom exemplo são as inversões térmicas, que criam dutos troposféricos, prejudicando a
propagação a longas distâncias.
2.2.3.2. Estratosfera
É uma região isotérmica, ou seja, apresenta temperatura praticamente constante; portanto, não
está sujeita a inversões térmicas e, por consequência, não há refrações significativas. Na
propagação das ondas de rádio, é considerada uma camada inerte.
2.2.3.3. Ionosfera
É uma região de constituição não homogênea e de grande ionização, devido à baixa
concentração de gases e da intensa radiação. O grau de ionização varia no decorrer do dia, sendo
Portanto, a comunicação de rádio a longas distâncias é, em grande parte, viável graças a ionosfera
(entre aproximadamente 90Km e 320Km de altitude). A ionosfera não é uniforme, por isso é
subdividida, para efeito de análise, em camadas - algumas delas instáveis. Assim, do solo para
cima a ionosfera se divide em camadas de ionização. Estas variam conforme a hora do dia,
estações do ano e condições solares. As camadas iónicas da ionosfera são: D, E, F1 e F2,
conforme a figura 2.6.
Camada E
Localizada a cerca de 100 Km acima da superfície da Terra, é considerada a camada útil mais
baixa da ionosfera. Nesta camada os íons recombinam-se rapidamente, dando origem a um
grande número de partículas neutras, que não refletem as ondas de rádio. Por esse motivo, a
camada E só tem utilidade durante o dia, sendo mais ativa ao meio dia, normalmente; após o
pôr-do-sol, ela praticamente desaparece.
A comunicação pela camada E costuma ocorrer num único "salto" do sinal, cobrindo distâncias
entre 650Km e 2000Km.
Camada F
Camada D
Fica logo abaixo da camada E e, ao invés de auxiliar as comunicações, acaba por "absorver"
transmissões com frequências inferiores a aproximadamente 8 MHz. No entanto, a maior
frequência absorvível e o próprio nível de absorção vão depender da ionização, que por sua vez é
função da distância em relação ao sol. Essa camada costuma ser bastante ativa em torno do meio
dia, no alto verão, sendo muito menos intensa no inverno.
Na realidade, existem muitos factores que influenciam a ionosfera e sua capacidade de refletir
sinais de rádio. Os principais são citados a seguir: Machas solares, Radiação Solar, Saltos
Múltiplos, Ângulo de Radiação.
2.3. Padrões
Nos pontos anteriores, nos referimos às vantagens das redes sem fio, contudo, uma nota
importante deve ser considerada, é que mesmo com essas facilidades e flexibilidades existem
preocupações no que diz respeito à segurança. Como toda novidade tecnológica traz curiosidade,
o interessado acaba adquirindo o produto mais por impulso do que em usufruir das reais
vantagens com segurança. Uma outra questão não menos importante, é que como em uma rede
sem fio o usuário tem mobilidade no espaço de alcance do sinal, temos que ter em mente que à
medida que estamos distante do ponto de propagação do sinal maior será a perda de dados.
Assim, para tornar possível a comunicação, na comunicação entre dispositivos de rede sem fio,
foi criado um padrão para garantir que equipamentos de fabricantes distintos comuniquem entre
eles. O IEEE criou um grupo para reunir uma série de especificações que definem como deve
ser a comunicação entre os dispositivos. A este conjunto de especificações que comunica
dispositivos de rede sem fio é conhecido como padrão IEEE11 802.11. A cada novas
características operacionais e técnicas são criadas novas extensões do padrão 802.11.
A rede sem fio IEEE 802.11 foi uma das grandes novidades tecnológicas dos últimos anos.
Actuando na camada física, o 802.11 define uma série de padrões de transmissão e codificação
para comunicações sem fio. Como prova desse sucesso pode-se citar o crescente número de
hotspots e o fato de a maioria dos computadores portáteis novos já saírem de fábrica equipados
com interfaces com o padrão.
Para as diversas tecnologias das comunicações sem fio, o principal componente para
comunicação é um equipamento chamado ponto de acesso (AP - Access Point). Alguns
Além do ponto de acesso, cada máquina ou estação irá precisar de uma placa wireless, que pode
ser interna ou externa. No caso dos notebooks e dos handhelds, existem modelos que já têm a
tecnologia embutida no próprio processador dispensando o uso do adaptador adicional.
Com pouca diferença dos padrões atuais, destaca-se por uma modificação de OFDM
conhecida como MIMO-OFDM (Multiple Input, Multiple Out-OFDM) que traz maior eficiência na
propagação do sinal e ampla compatibilidade reversa com demais protocolos. Esse padrão
(MIMO), “libera multiplos sinais de entrada/saída usando antenas distintas, dividindo um único
sinal rápido em vários, com velocidade menor ao mesmo tempo. Os sinais mais lentos são
enviados por uma antena diferente utilizando um mesmo canal de frequência. O receptor
reorganiza os sinais formando uma única informação. Isso proporciona uma capacidade maior
de velocidade e um alcance nominal de quatro vezes mais área do que o alcançado atualmente,
aproximadamente 400m nominais.” (Mobile Life, Agosto/2004). Veja na figura 2.8, aparelho
com três antenas criado pela empresa Belkin, onde torna o padrão turbinado.
Na amendment to the base 802.16 standart that addresses the low frequency
2/11 GHz spectrum
Completed
802.16a
Licensed and unlicensed spectrum 2003
An amendment for defining test suite structures and test purposes to ensure Completed
802.16c
interoperability 2003
Rolled
into
802.16d Focuses on fixing the errata and other protocols not covered by 802.16c
Revision
D
To be
completed
802.16e Adds support for mobility to the vase 802.16 standard
December
2004
A primeira comunicação sem fio criada foi a transmissão de ondas de rádio abertas para qualquer
um interceptar e escutar, tecnologia ainda utilizada hoje nas estações de rádio. Rádio com
multicanais permitem que cidades e pilotos ou marinheiros possam se comunicar entre si quando
necessário. T
3.3. Infravermelho
Comunicação infravermelha transmite informações em um dispositivo ou sistema através de
radiação infravermelho. Esse tipo de comunicação é chamada assim pois é composta por
energia eletromagnética com um comprimento de onda que é maior do que uma simples luz
vermelha.
3.4. Bluetooth
A principal função da tecnologia Bluetooth é conectar vários dispositivos eletrônicos sem fio a
um sistema para transmitir dados entre si.
A maior desvantagem da comunicação via microondas é que a transmissão é afectada por climas
ruins, como por exemplo chuvas, aumentando o índice de ruídos e interferências.
Figura 3.5 - Exemplo de antena no segmento da terra para comunicações via satélite.
Esse tipo de comunicação transmite informações através de raios modulados de micro-ondas.
Quando o sinal é enviado para o satélite, ele amplifica o sinal e o manda de volta para a
superfície da terra onde se encontra a antena receptora.
Vale aqui dizer que de entre todas as tecnologias de comunicação e informação sem fio que nos
envolvem no dia-a-dia, os telemóveis são os dispositivos que usamos quase como uma extensão
inseparável do nosso corpo. Conferem-nos o poder de comunicar à distância instantaneamente,
em movimento e sem fios, praticamente sem restringir o local onde nos encontramos, onde se
encontra o destinatário ou a fonte de informação. Proporcionam a possibilidade de conversação,
a partilha de imagem e de dados em tempo real e até a possibilidade de controlar outros
dispositivos. Portanto, serão um dos maiores focos para a disciplina em causa, deixando para a
componente investigativa (Trabalhos de investigação em Grupo) outros temas não menos
relevantes.
FIM.