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É notável como a importância dos satélites vem aumentando dia a dia. As notícias
sobre o que ocorre no mundo, as ligações telefónicas, a internet e as imagens usadas na
previsão do tempo e no monitoramento dos ambientes terrestres são alguns exemplos dos
benefícios que podem ser obtidos pela utilização de um satélite.
Além desses resultados directos, a evolução dessa tecnologia abre novas fronteiras
para a pesquisa e contribui no desenvolvimento de produtos e serviços que são utilizados pela
sociedade, os chamados “spin-offs”. Um exemplo de spin-off é a tecnologia da ultra-
sonografia para a detecção de tumores, derivada da tecnologia de aquisição de imagens via
satélite.
Neste livro descrevemos o que é um satélite, como ele é constituído, para o que serve
e quais são os seus benefícios.
É chamado de satélite todo objecto que gira em torno de outro objecto. Ele é
classificado em dois tipos: satélite natural e satélite artificial. Em astronomia, um exemplo de
satélite natural é a Lua, pois ela gira em torno da Terra. Já o satélite artificial, como o próprio
3. Composição de um satélite
- Módulo de Serviço
3 - Câmera IRMSS
7 - Antena de
Transmissão em UHF
8 - Câmera CCD
10 - Painel Solar
11 - Antena de
Recepção em UHF
12 - Câmera
Imageadora WFI
Figura 4: O satélite CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite), desenvolvido
pela parceria entre Brasil e China, com destaque para os seus principais componentes.
(CBERS/INPE).
Introdução
3. Descrever os sensores
4.Conceito de Sensores
Os sensores são as máquinas fotográficas dos satélites. Têm por finalidade captar a
radiação eletromagnetica (REM) proveniente da superfície terrestre, e transformar a energia
conduzida pela onda, em pulso electrônico ou valor digital proporcional à intensidade desta
energia.
Através do movimento scilatório a cena é imageada linha por linha. Esse sistema foi
utilizado pelos sensores MSS e TM do Landsat mas representa uma tecnologia já superada.
Este sistema varrem a Terra numa série de linhas com orientação linhas
perpendicular à direcção de deslocamento da plataforma do sensor. Cada linha é digitalizada
de um lado ao outro através de um
espelho rotativo. geralmente as linhas são muito longas (da ordem de quilómetros) e
muito estreitas (da ordem de metros). À medida que a plataforma se move, varrimentos
sucessivos dão origem a uma imagem bidimensional. Este tipo de obtenção de imagens pode
ser comparado aos movimentos de uma vassoura de mão para limpar uma mesa de um lado
para o outro, e por isso este tipo de sensores têm sido designados por whiskbroom scanner.
Cada linha está subdividida numa sequência contígua de elementos espaciais que
representam uma determinada área no terreno.
Fonte:Caetano,2009
Sistemas de varredura eletrônica-( along-track) Este tipo de sensor utiliza um sistema
óptico grande-ângular, através do qual a cena é imageada em sua totalidade através de um
arranjo linear de detectores. Fonte: (NOVO, 2008).
4.1.Tipos de Sensores
Estas ondas atingem a superfície terrestre onde interagem com os alvos, sendo
reflectidas de volta ao satélite.
Portanto estes tipos de sensores providenciam a sua fonte de energia para iluminação
dos elementos a caracterizar. Assim, estes sensores emitem radiação que irá interagir com os
elementos, e depois captam e gravam a energia após interacção com esses mesmos elementos.
(CAETANO. 2009)
Sensores Passivos são os que utilizam apenas a REM natural reflectida ou emitida a
partir da superfície terrestre. A luz solar é a principal fonte de REM dos sensores passivos.
Uma desvantagem é que o processo de interacção com os alvos não capta, tão
detalhadamente quanto os sensores passivos, informações sobre as características físicas e
químicas das feições terrestres.
Por outro lado, os sensores activos podem também utilizar zonas do espectro
electromagnético que não existem em quantidade suficiente na energia solar, como é o caso
das microondas.
Os sensores que operam nesta zona do espectro são normalmente designados por
sensores Radar (Rádio detection and ranging).
5.Tipos de órbitas
No que respeita à altitude, existem satélites em órbitas tão baixas como 470 Km, e.g.
Quickbird, até 36 000 Km como o GOES (Geostationary Operational Environmental
Satellite). A altitude da órbita está obviamente relacionada com a velocidade do satélite
necessária para uma volta completa à Terra: quanto mais baixa for a órbita maior será a
velocidade e menor será o tempo necessário para dar essa volta (Tabela Repare-se que a altas
altitudes a força gravitacional é menor e portanto a velocidade também pode ser
menor.
Em cada um destes tipos de órbitas, quanto maior for o ângulo com o equador maior a
área que pode ser “vista” pelo sensor.
anos.
A maior parte dos satélites têm órbitas quase-polares. Nestas órbitas, o satélite
desloca-se em direcção ao Norte (passagem ascendente) num lado da Terra e em direcção ao
Sul no outro lado (passagem descendente). Se a órbita for helio-síncrona, a passagem
ascendente é, na maior parte das vezes, feita na parte ensombrada da Terra, e a descendente na
parte iluminada. Assim, os sensores passivos recolhem as imagens na sua passagem
descendente.
A Fig. ilustra a órbita do satélite Landsat 7. O azul claro representa a parte da Terra
com dia e o azul escuro a parte com noite. A órbita do satélite está representada a amarelo
quando o satélite está a passar por uma parte da Terra que está a ser iluminada e a vermelho
quando o satélite está a passar por uma parte não iluminada. Como a Terra roda, e a órbita é
(em teoria) fixa, as diferentes partes da Terra podem ser “vistas” pelo sensor montado no
satélite. O Landsat faz 14.5 órbitas por dia. Na Fig. 3.10 ilustram-se as swaths do Landsat 7.
Conclusão
FLORENZANO, T.G. A nave espacial Noé. São Paulo: Ofi cina de Textos, 2004.