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ORGANIZAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DO TERRITÓRIO PRODUTIVO.

Geane Lima Pereira¹


Magali Goncalves dos Santos Nogueira²

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RESUMO

O presente trabalho acadêmico é uma sinopse de como se organizar e configurar o território


produtivo no Brasil, bem como a distinção dos tipos de produção existentes no espaço
geográfico brasileiro. O tema abordado tem como objetivo levar a uma reflexão frente a
distribuição ou concentração da produção no país e a força produtiva por unidades da
federação. A elevação que a atividade produtiva, independentemente do segmento,
proporciona o desenvolvimento do lugar onde está presente, considerando como precursora
a produção agrícola, do seu surgimento na pré-história aos dias atuais. Igualmente, refleti
como o setor produtivo e impacta diretamente nas configurações paisagísticas dos ambientes
naturais, transformando um novo cenário todos os dias.

Palavras-chave: Configuração; Território; Produção.

1. INTRODUÇÃO

Nesse trabalho será abordado que conceito tem seu lugar especifico e que fazer está
distinção evoca um respeito de pesquisador com os longos anos de estudos e pesquisas e
ideias que a história do pensamento geográfico teve e tem ao delimitar o espaço de cada
categoria geográfica.
Assim faz-se necessário considerarmos a importância da reanalise, do espaço, do
lugar, da produção, territórios e da configuração, tendo como intuito colocar, mas “lenha na
fogueira” desse grande debate que vem transpondo por séculos entre as correntes internas da
geografia, bem como de outros campos científicos.
Nesse sentido o presente paper se dedica fundamentalmente em uma análise dos
principais conceitos e entre as organizações que debatem os mesmos, mostrando que
dependendo da postura metodológica, seja positiva, fenomenológica ou critica dialética,
podemos emitir respostas salientares para cada conceito assim falado.

1 Geane Lima Pereira.


2 Magali Gonçalves dos Santos Nogueira.
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Licenciatura em Geografia (FLC2819GED) – Prática
do Módulo VI - 10/12/2022.
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Para desenvolver o presente texto, observemos o que Gomes 2002, afirma que:
“podemos conceber que os objetivos de investigação são construídos pelo tempo de questão a
eles endereçados, sendo estas questões que os conformam, os limitam, vezes tendem a
imaginar.” (p. 292).
Desse modo, estamos colocando cada coisa em seu lugar, isto é, que cada categoria
tem seu uso especifico e deve ser aplicada para dar conta de interpretar diferentes recortes da
realidade socioespacial.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Organização e configuração do território produtivo.


As temáticas que abraçam o desenvolvimento são constantemente objetos de estudos e
discursões no meio acadêmico, político, entre organizações governamentais e não
governamentais, lideranças e demais atores sociais.
A organização e configuração do território produtivo podem ser entendidas como uma
ferramenta administrativa e interdisciplinar que apresenta uma voz de estrutura e reforma.
Neste sentido ordenar um território é compreende e organizar perspectivas para o
desenvolvimento a partir do equilíbrio de diversos aspectos de uma região ou de um território.

2.2 O território como categoria de análise.


O início de utilização de conceito territorial tem por fundamento as concepções de
Frederich Rotzel, do final do século XIX. Para o mesmo o território é uma área/parcela da
superfície da Terra usufruída por um grupo, em relação a essa perspectiva, vale salientar, o
território são objetos de atuação diretas dos seres humanos e, assim tende a confundir
território e espaço o que, proporciona uma marginalização do caráter político inerente
território.
O território é uma das características categóricas conceituais da geografia. Seu
entendimento é necessário para uma melhor compreensão sobre o assunto.
Raffesten (1993, p. 143), estabelece a diferença entre espaço e território: “O território
se forma a partir do espaço [...] resultado de uma ação conduzida por um ato sintagmático”.
Ao se apropriar de espaços concretos ou abstratos [...] “espaço”.
Assim torna-se necessário conceber o poder como sendo multidimensional, derivado
de múltiplas fontes, inerentes a todos os atores e presente em todos os níveis sociais. Desse
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modo, é que o território passou a serem entendidas como espaço mobilizado, como elemento
decisivo as relações de poder (RAFFENSTEN, 1993). É territorialidade como estratégias
utilizadas para delimitar a família e o controle sobre uma área geográfica, ou seja, para
estabelecer, manter e reforçar esse poder. (Games, 2002).
A ideia de poder, em relação ao território é também, uma constante na compreensão
analítica feita por Marcos Aurélio Saquet:

O território é produzido espaço-temporalmente pelas relações de poder engendradas


por um determinado grupo social. Dessa forma, pode ser temporário ou permanente
e se efetivar em diferentes escolas, portanto, não apenas naquela convencionalmente
conhecida como o “território nacional” sob gestão do Estado-Nação. (SAQUET,
2004, P. 81).

Ainda para SOUZA (1995), os territórios são campos de força, são antes teias de
relações sociais projetadas no espaço, no qual não necessita enraizamento material para que
tenham território, é definido por e a partir de relações de poder engendradas por relações de
influencias, de autoridade, de força, de legitimidade e de sobrevivência.

Figura 1: Mapa territorial espacial brasileiro.

Fonte: https://www.coladaweb.com/geografia/territorio-brasileiro
Atualmente, o território é concebido, nas mais diversas analises e abordagens, como
um espaço delimitado pelo uso de fronteiras – não necessariamente visíveis – e que se
consolida a partir de uma expressão de poder.

2.3 Conceito de modo de produção.


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Quando tratamos de conceito de modo de produção temos que abordar,


necessariamente, o papel das estruturas, a determinação em última instancia econômica e as
estruturas, dominantes as relações de produção e forças produtivas, além da transição de um
modo de produção a outro, embora esse ultimo possa ser reparado.
(Marx, 1988, p. 19) diz que: “Mais importante do que [...] produz a humanidade num
certo momento e como a humanidade se organiza para executar essa produção”.
Em outras palavras Marx (1988), informa que, para se compreender o conceito de
modo de produção é preciso considerar esse aspecto central: as relações especificas que são
postas em movimento pelos humanos numa dada sociedade, com a intenção de produzir e
reproduzir sua vida material.
Essas relações sociais de produção também estão ligadas a outras estruturas, que
deveriam se manter em interações reciprocas nos períodos de produção. Portanto
podemos compreender que produção depende de reconhecimento e de como as
relações sociais são produzidas, ou seja, quais as determinações da permanência
continuam da reprodução? O que nos leva a, necessariamente, a ter que desvendar:
Quais são as características dessas relações sociais de produção. MARX (1980,
p.29)

Pode ser visto que o conceito de modo de produção assume importante papel central
para a compreensão do materialismo histórico. Os vários modos de produção existentes e os
possíveis historicamente possuem, como ditos, teóricos específicos, que procuram demonstrar
como se dão as relações sociais de produção.

2.4 Organização espacial.

O espaço pode ser definido por todas as diferentes paisagens que se existem. E de
determinante par sua formação, o motivo de sua aparência, a intervenção da sociedade, o
modo de vida das pessoas, dentre outros.
O conceito de espaço geográfico é amar as florestas, os morros, as praias, os rios as
serras, não são apenas paisagens, mais do que isso, todas elas carregam uma dinâmica social,
visto que resultam da intervenção da sociedade ao encontro das suas necessidades.
Assim, salientamos que o espaço é um equilíbrio, uma espécie de equação
engendrada pela forma e pelos diferentes sentidos ela é capaz de suscitar e condicionar.
Equacionados e construídos socialmente, os sentidos e significações da organização do espaço
são sempre advindos de uma perene relação, isto é, o espaço e uma constituição relacional,
relação entre objeto/coisas espacialmente distribuídas, da relação entre os objetos e suas
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funções, o que traz os seus sentidos e significados das relações entre estes objetos e as
vivencias das praticas sociais.
Para Gomes, 2002
Podemos asseverar que a “dimensão relacional” da organização espacial
referenciada, tem similitudes na condição de inseparabilidade entre sistemas de
objetivos e sistemas de ações, defendida por Santos. Pois o mesmo também mostra
que não se trata de sistemas tomando um a um, pois objetos/coisas e ações
(conteúdo) interagem continuamente formando um conjunto indissociável, solidário
e ao mesmo tempo contraditório. (p.47)

Contudo, se concebermos o espaço como resultados das relações entre formas e


comportamentos ou consequência da inseparabilidade entre sistemas de objetos e de ações,
torna-se alivio que uma geografia interessada apenas num determinado tipo de objeto ou
numa dada classe de ações.
Nesse espaço (SANTOS, 1999, p. 77) relata que: “A ação não se dá sem que haja um
objeto: e quando exercida, acaba por se redefinir como ação e também por redefinir o objeto”.
“[...] não seria capaz de dar conta da realidade que é total e jamais é hemogenia.” (Santos
1999, p. 78).

3. MATERIAIS E METODOS

Esse trabalho teve como metodologias o levantamento da pratica e organização e


configuração do território produtivo que pudesse embasar e fortalecer as discursões acerca da
contribuição geográfica para a pesquisa sobre territórios, produção e organização.
A ideia apresentada no decorrer deste paper e com relação os principais conceitos de
cada tópico, assim como seus valores e serviços prestados para o ambiente e expor as
principais metodologias utilizados neste estudo.
Assim não importando qual época estamos analisando na história, o mundo, a
sociedade, se define como um conjunto de possibilidades, e cada lugar tem sua diferença por
realizar apenas uma perspectiva das muitas possibilidades que existem.

4. RESULTADOS E DISCURSÕES.

Durante o desenvolvimento desta pesquisa foi utilizado técnicas de observação em


todo o processo, a qual deve ser considerada pela importância de possibilitar.
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O entendimento apresentado aqui é de que se faz necessário desenvolver o pensamento


geográfico e para isso a clareza, a compreensão dos princípios, categorias e conceitos se
configuram como a base.
A partir das proposições, compreendemos que o objetivo, é o fenômeno da
investigação/analise não é algo dado antes das experiencias. Nesse sentido não quero aqui
dizer que tenhamos que buscar um objetivo geográfico em si, que as categorias espaciais
sejam exclusividade da geografia, muito em bora entendamos que os geógrafos são peças
importantes para o debate entre outros cientistas que se utilizam de categorias especiais para
desenvolver os equilíbrios em cada conceito aqui exposto.
Assim, baseado em uma revisão bibliográfica, pesquisa indireta, em maior escala,
sobre o conceito de organização e configuração do território produtivo da geografia e de como
esses conceitos tem sido encarrados e anunciados, é que realizei o preparo da presente paper.

5. CONCLUSÃO

A pesquisa apresentada em cima de conceitos e categorias espaciais e suas


singularidades e concepções não devem ser utilizadas aleatoriamente, sem critérios de
diferenciação, de modo genérico, sem fundamento teórico.
Assim entende-se que em determinados casos, um determinado conceito e categoria
deve ser sobressair em relação à outra, obviamente que isso depende dos objetos de pesquisa,
da abordagem apresentadas para efetivar determinado contexto da realidade socioespacial.
Nesse sentido quando estiver tratando das singularidades em termos de formas,
atividades, significados e valores a compreensão da espacialidade e territorialidade humana,
entendemos que o conceito de lugar deve ser ativo, isto é, deve emergir, deve ser escolhido
como conceito para essa determinado compreensão.
Por outro lado, estiver sendo analisados aspectos visuais, estéticos, de ordem cênica
em uma perspectiva experiencial.
Para uma analise territorial devemos perceber as relações de poder frente ao controle é
a gestão do espaço, na medida em que isso seja salutar para compreensão da sociedade em seu
usufruto do espaço, nesse caso o conceito de território é o mais indicado.
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REFERÊNCIAS

GOMES, P. C. C. A condição urbana: ensaios da geopolítica da cidade. Rio de Janeiro:


Bertrand, 2002. Acesso em: 09 de jun. de 2022.

MARX, Karl. O capital 3º ed. São Paulo: Nova cultural, 1988, p. 19. Acesso em: 12 de Jun.
2022. Https://sites.google.com/site/cantoestudantil/home/geografia.

RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993. Acesso em: 09
de Jun. de 2022.

SANTOS, M. A natureza do espaço: Técnica e tempo, ração e emoção. São Paulo: Hucitec,
1999. Acesso em: 10 de Jun. de 2022.

SAQUET, Marcos Aurélio. Território e Desenvolvimento: diferentes abordagens.


Francisco Beltrão: Unioeste, 2004. Acesso em: 10 de Jun. de 2022.

SOUZA, M. J. L. O território: Sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In:


CASTRO, I. E; GOMES, P. C. C.; CORRÊA, R. L. (orgs.). Geografia: conceitos e temas.
Rio de Janeiro: Bertrand, 1995. Acesso em: 11 de Jun. de 2022.

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