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TEXTOS PUBLICADOS COMO RODAPÉ PELO PROFESSOR VIA ZAP

1.089. “No totalitarismo, não há liberdade, nem críticas ao governo, mas não
faltam perseguições. Nos dias de hoje, devemos buscar diálogo, a compreensão
do mundo e da história e não repetir os erros do passado. E viver na diversidade,
aceitando o outro, em comunhão, como irmão” José de Sá.

174. “[...] a realidade imediata tanto da pessoa do terapeuta quanto da pessoa


do paciente, na situação terapêutica e no momento do tratamento, é designada
como o foco da atenção. Ambos os parceiros recebem uma oportunidade igual
para o encontro. Se o terapeuta se sentir atraído pelo paciente ou se rejeitá-lo
ele deve contar este seu segredo, ao invés de guardá-lo atrás de uma máscara
analítica; se o paciente ficar zangado com o terapeuta ou se se sentir atraído por
ele, deve ter a liberdade de se expressar e não de se sentir atraído por ele, deve
ter a liberdade de se expressar e não de se esconder devido ao medo. Se houver
um significado para esta atração, o terapeuta é livre para explicá-lo e, havendo
um significado para esta raiva, o paciente é livre para explicá-la. Se as
percepções de cada um, tanto distorcidas quanto adequadas, indicarem alguma
referência ao passado das vidas do paciente e do terapeuta, estas percepções
são trazidas à baila” (MORENO, 1983, p. 22). O ambiente terapêutico deve ser
propício para dar condições de muita abertura para se chegar no encontro, ou
seja, na tele, olhos nos olhos e ver com o olhar um do outro. Os segredos
precisam ser contados na relação entre ambos. Ninguém é baú para guardar
segredos. Os segredos podem ser os nossos venenos e é preciso que eles
sejam constantemente revistos num clima de abertura e de verdade acima de
tudo.

18. “Outro aspecto comparativo é o da Catarse. Segundo a Psicanálise, a


Catarse é a liberação de uma forte carga emotiva, quando certos mecanismos
inconscientes afloram ao nível da consciência durante o tratamento psicanalítico.
Moreno introduziu o conceito de Catarse de Integração em contraposição ao
conceito da Catarse de Ab-reação psicanalítico. No conceito da Catarse de
Integração, de Moreno, o indivíduo durante a psicoterapia tem uma série de
conhecimentos e de percepções até que em determinado momento todas elas
se unem formando um conjunto. O indivíduo, assim, com esta percepção
globalizante, dá um salto. A isto Moreno chama dê Catarse de Integração, onde
o indivíduo passa a ser uma nova pessoa. No conceito de Catarse de Ab-reação
o indivíduo estaria liberando energia de dentro de si. Para Moreno, o indivíduo
não passa a ser tão só o que era no passado, sem os traumas, mas a ser um
novo indivíduo, algo que não fora até então” (SOEIRO, 1976).

Aqui vê -se uma preocupação do Moreno em proporcionar as condições


necessárias para que o Psicodrama funcione bem e atenda da melhor forma
possível a terapêutica a que se propõe. É preciso proporcionar bem um espaço
vital e vivencial para que o paciente se sinta mais seguro na vida. É um espaço
em que clientes passam a desenvolverem melhor a sua liberdade experiencial,
a sua criatividade e espontaneidade necessárias para administrar melhor as
suas potencialidades.

A viagem é curta.

Uma idosa entrou em um ônibus. Na próxima parada, uma jovem mulher se


sentou, bruscamente, ao lado da idosa, e com os seus muitos sacos de compras
foi se esparramando.

Ao ver que a idosa se mantinha em silêncio, a jovem lhe perguntou: por que a
senhora não se queixou quando eu lhe bati com os meus sacos?

A idosa respondeu com um sorriso: não é necessário ser mal educada ou discutir
sobre algo tão insignificante, já que a minha viagem ao seu lado é tão curta, pois
vou descer na próxima parada."

Essa resposta merece ser escrita em letras garrafais: Não é necessário discutir
sobre algo tão insignificante, pois a nossa viagem é muito curta."

Cada um deveria compreender que o nosso tempo neste mundo é muito curto,
que desgastes com brigas por coisas pequenas é perda de tempo e energia.
Alguém quebrou seu coração? Relaxe. A viagem é muito curta.

Alguém te traiu, intimidou, enganou ou humilhou? Relaxe. Perdoe. A viagem é


muito curta.

Alguém te insultou sem motivo? Relaxe. Ignora. A viagem é muito curta.

Algum vizinho fez um comentário no bate-papo que não foi do teu agrado?
Relaxe. Ignore. Aceita. A viagem é muito curta.

Qualquer que sejam os problemas que alguém nos traga, lembre-se que a nossa
viagem juntos é muito curta.

Ninguém sabe a duração dessa viagem. Ninguém sabe quando será a próxima
parada. A nossa viagem juntos é muito curta.

Vamos apreciar os amigos, os familiares, os vizinhos e os colegas.

Sejamos respeitosos, amáveis, gratos e alegres, afinal, a nossa viagem juntos é


muito curta.

1.088. “A verdadeira forma de mitigar a própria aflição é consolar a aflição alheia”


Maintenou.

173. “[...] Este outro processo em atividade entre duas pessoas, com
características ausentes no caso da transferência, é denominado “tele”, o sentir
recíproco de um no outro. É ... mutualidade, em contraposição a ...
unilateralidade. Como um telefone tem dois terminais e facilita a comunicação
nos dois sentidos. Sabe-se que muitas relações terapêuticas entre médico e
paciente, após uma fase de grande entusiasmo de ambas as partes, esfriam e
morrem, muitas vezes, devido a razões emocionais. O motivo é, frequentemente,
uma desilusão mútua quando o encanto da transferência desaparece e a atração
tele não foi suficientemente forte para prometer benefícios terapêuticos
permanentes” (MORENO, 1983, p. 21). Transferência e Tele acontecem nas
relações terapêuticas e o terapeuta precisa saber lidar com esses conceitos na
sua prática psicoterápica. Moreno fala que a estabilidade de um relacionamento
terapêutico depende da força de coesão tele que atua entre estas duas pessoas.
Várias imperfeições vão sendo descobertas nas relações terapêuticas e nas
relações interpessoais, numa relação amorosa, por exemplo, a pessoa pode
descobrir no outro um impostor ou uma pessoa com várias imperfeições e
acontece e pode ocorrer de ambos os lados. Agora os fatores “tele” podem ser
fortalecidos pela força coesiva no sentido de proporcionar uma estabilidade no
relacionamento entre si.

1.087. “Nos serviços de compreensão, não peça para que seu vizinho suba até
você. Aprenda a descer até ele e ajude-o” Seleção de J. Ferreira.

172. “Observei que, quando o paciente está atraído pelo terapeuta, além da
transferência, está se passando uma outra forma de comportamento no paciente
[...]. O processo em questão é o desenvolvimento de fantasias (inconscientes)
que ele projeta no psiquiatra, cercando-o de um certo fascínio. Ao mesmo tempo,
acontece com ele um outro processo: aquela parte de seu ego que não está
engolfada pela auto-sugestão sente a si mesmo dentro do médico. Avalia o
homem que está por trás da mesa e intuitivamente faz uma estimativa de que
tipo de homem se trata. Estes sentimentos sobre a realidade daquele homem,
realidade física, mental ou outra, são as relações “tele”. Se o homem atrás da
mesa, por exemplo, for culto e gentil, de caráter forte e a autoridade em seu
campo profissional que o paciente o percebe ser, então esta apreciação de sua
pessoa não é transferência e, sim, um insight da verdadeira estruturação da
personalidade do psiquiatra. Podemos arriscar ainda mais. Se, ao longo de seu
primeiro encontro com o paciente, o psiquiatra tiver a sensação de sua
superioridade e de uma certa divindade, e se o paciente tiver a experiência
destas sensações através dos gestos que o médico fizer e de sua maneira de
falar, então o paciente será atraído não por um processo psicológico fictício mas
por um processo psicológico real que está se passando no interior do médico”
(MORENO, 1983, p. 20). Aqui, vê-se situações que requerem do profissional
uma constante supervisão para checar essas atrações e se conduzir de forma
profissional. É preciso desempenhar um papel profissional para não entrar no
jogo neurótico do paciente. A situação profissional vai dar um certo limite na
relação e não se permitir se envolver com a pessoa do paciente. Se permitir
reconhecer as instabilidades emocionais que ocorrem na relação e não se
precipitar. E se isso vem à tona com mais força.

18. “Outro aspecto comparativo é o da Catarse. Segundo a Psicanálise, a


Catarse é a liberação de uma forte carga emotiva, quando certos mecanismos
inconscientes afloram ao nível da consciência durante o tratamento psicanalítico.
Moreno introduziu o conceito de Catarse de Integração em contraposição ao
conceito da Catarse de Ab-reação psicanalítico. No conceito da Catarse de
Integração, de Moreno, o indivíduo durante a psicoterapia tem uma série de
conhecimentos e de percepções até que em determinado momento todas elas
se unem formando um conjunto. O indivíduo, assim, com esta percepção
globalizante, dá um salto. A isto Moreno chama dê Catarse de Integração, onde
o indivíduo passa a ser uma nova pessoa. No conceito de Catarse de Ab-reação
o indivíduo estaria liberando energia de dentro de si. Para Moreno, o indivíduo
não passa a ser tão só o que era no passado, sem os traumas, mas a ser um
novo indivíduo, algo que não fora até então” (SOEIRO, 1976).

Aqui vê -se uma preocupação do Moreno em proporcionar as condições


necessárias para que o Psicodrama funcione bem e atenda da melhor forma
possível a terapêutica a que se propõe. É preciso proporcionar bem um espaço
vital e vivencial para que o paciente se sinta mais seguro na vida. É um espaço
em que clientes passam a desenvolverem melhor a sua liberdade experiencial,
a sua criatividade e espontaneidade necessárias para administrar melhor as
suas potencialidades.

No Psicodrama, é preciso conhecer e conversar mais com as pessoas. Como


diz Paulo Freire, é preciso se molhar na realidade das pessoas. Quanto mais
mergulharmos no interior das pessoas mais se pode extrair resultados que vão
ajudar no aquecimento e na boa descoberta do protagonista que vai ser
trabalhado. Os contatos ajudam em todos os momentos da vivência
psicodramática. Entrar em contato com a atmosfera do grupo para que se criem
as condições favoráveis para fazer o grupo se movimentar e procurar se
autorregular e assim ele vai atingindo o seu melhor. A final de tudo, o grupo é
sábio e sabe para onde precisa ir. “Não precipite o Rio, deixe as águas rolarem”.
Até porque “é na queda dágua que os rios ganham mais forças”. Vamos
“aprender a sentar na nossa ansiedade”. Gostei muito desse pensamento
expresso pela Lica que foi facilitadora de um curso de formação de dois anos
que fiz no CDH em “Dinâmica de Grupo para as Organizações”.

“Seu encontro com a Psicanálise pode ser resumido, como o fez o próprio
Moreno, na época de encontro frustrado com Freud (sem dúvida um frustrado
encontro edipiano). Em 1912, como Freud lhe perguntasse , no final de um curso
na Clínica Psiquiátrica de Viena, o que fazia: “Começo onde você termina,
respondeu-lhe. Você coloca as pessoas em uma situação artificial em seu
consultório, eu os encontro na rua e em sua casa, em um meio natural. Você
lhes analisa os sonhos, eu tento lhes dar coragem para sonhar ainda. Ensino às
pessoas como se brinca de Deus” GENNIE e LEMOINE, 1978.

Moreno diz para o Freud que ele está começando onde Freud termina. E Moreno
toca na situação artificial que Freud coloca seus pacientes. Moreno já diz que ao
invés do consultório, seus pacientes são encontrados na rua, em sua casa, nas
praças públicas, etc. Freud analisa sonhos e Moreno tenta encorajar que sonhem
e, por fim, Mireno ensina a brincar de Deus.

10. “Foi Moreno quem, em 1923, em Viena, descobriu a eficiência catártica da


improvisação dramática para investigar e resolver conflitos psíquicos e quem,
em 1925, após emigrar para os Estados Unidos, deu a esta descoberta
desenvolvimento considerável, ao fazer do Psicodrama, do desempenho do
papel e da espontaneidade comunicativa e criativa, natural à criança, um método
de reaprendizagem para o adulto” (ANZIEU, 1981).
Moreno pela sua grande inventividade, junto com a sua criatividade e
espontaneidade, acabou descobrindo o imaginário da natureza humana,
chegando a aperfeiçoar a Catarse que ele chamou de Catarse de Integração,
através de métodos que advém da improvisação e com isso liberar os conflitos
psíquicos e emocionais presentes na natureza humana. A grande importância
que ele deu ao estruturar a teoria dos papéis e assim contribuir com um método
de reaprendizagem para os adultos. É preciso redescobrir e estudar mais esse
grande autor que revolucionou a ciência.

11. (...) Existem três principais escolas de Psicodrama, (...) I. o Psicodrama


clássico, inventado na Áustria e praticado pelo Dr. J. L. Moreno, sobretudo a
partir de 1925, nos Estados Unidos, utiliza essencialmente a ação dramática, a
representação. (...) II. O Psicodrama analítico francês (Crf. Serge Labovice et al.
(1958); Didier Anzieu (1956); Daniel Widlocher (1962). III. O Psicodrama triádico,
ou centrado no grupo, sendo que “a tríade abrange a psicoterapia de grupo, a
dinâmica de grupo ou sua sociometria e o Psicodrama (Cfr. Anne Ancelin
Schutzenberger, 1966 e 1969). Por essa abordagem triádica esperamos ser fiéis
ao nosso “pai” Moreno e a nós mesmos, propondo uma análise é uma
abordagem do grupo ao mesmo tempo abertas, totais, úteis e completas”
(Schutzenberger; Weil).

Particularmente, eu participei de duas formações terapêuticas. A primeira de


1979 a 1983 em Psicodrama Triádico. Os terapeutas eram dois psicólogos de
Recife chamados: Walter Barros Wanderley e Sônia Pinto (na parte terapêutica).
E, de 1983 ingressei em um novo grupo terapêutico chamado Psicodrama
Terapêutico. Os terapeutas são: Roberto Augusto Mesquita Lobo (diretor) e os
egos auxiliares eram: Wedja Josefa Granja Costa e Jucionou Coelho. O curso
de formação terapêutica foi até o ano de 1988. Havia aulas teóricas com muitos
professores, terapia de grupo semanal e o último ano era de supervisão.

Este poema bonito é um luxo para todos de qq idade


Leia com calma, você vai gostar disso.
Veja a importância dessa REFLEXÃO ....

MINHA ALMA ESTÁ EM BRISA

Mário de Andrade
Contei meus anos e descobri que tenho menos tempo para viver a partir daqui,
do que o que eu vivi até agora.
Eu me sinto como aquela criança que ganhou um pacote de doces; O primeiro
comeu com prazer, mas quando percebeu que havia poucos, começou a
saboreá-los profundamente.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis em que são discutidos
estatutos, regras, procedimentos e regulamentos internos, sabendo que nada
será alcançado.

Não tenho mais tempo para apoiar pessoas absurdas que, apesar da idade
cronológica, não cresceram.
Meu tempo é muito curto para discutir títulos. Eu quero a essência, minha alma
está com pressa ... Sem muitos doces no pacote ...

Quero viver ao lado de pessoas humanas, muito humanas. Que sabem rir dos
seus erros. Que não ficam inchadas, com seus triunfos. Que não se consideram
eleitos antes do tempo. Que não ficam longe de suas responsabilidades. Que
defendem a dignidade humana. E querem andar do lado da verdade e da
honestidade.
O essencial é o que faz a vida valer a pena.
Quero cercar-me de pessoas que sabem tocar os corações das pessoas ...
Pessoas a quem os golpes da vida, ensinaram a crescer com toques suaves na
alma
Sim ... Estou com pressa ... Estou com pressa para viver com a intensidade que
só a maturidade pode dar.
Eu pretendo não desperdiçar nenhum dos doces que eu tenha ou ganhe... Tenho
certeza de que eles serão mais requintados do que os que comi até agora.
Meu objetivo é chegar ao fim satisfeito e em paz com meus entes queridos e com
a minha consciência.
Nós temos duas vidas e a segunda começa quando você percebe que você só
tem uma...

Envie para todos os seus amigos mais de 40, 50 anos ou mais.


_ (Proibido guardá-lo só para si)

14. “O método psicodramático usa, principalmente, cinco instrumentos - o palco,


o sujeito ou paciente, o diretor, o Stags de assistentes terapêuticos ou egos
auxiliares, é o público. O primeiro instrumento é o palco. Por que um palco? Ele
proporciona ao paciente um espaço vivencial que é flexível e multidimensional
ao máximo. O espaço vivencial da realidade da vida é amiúde demasiado exíguo
e restritivo, de modo que o indivíduo pode facilmente perder o seu equilíbrio. No
palco, ele poderá reencontrá-lo, devido à metodologia da Liberdade - liberdade
em relação às tensões insuportáveis e liberdade de experiência e expressão. O
espaço cênico é uma extensão da vida para além dos testes de realidade da
própria vida” (MORENO, 1978).

Aqui vê -se uma preocupação do Moreno em proporcionar as condições


necessárias para que o Psicodrama funcione bem e atenda da melhor forma
possível a terapêutica a que se propõe. É preciso proporcionar bem um espaço
vital e vivencial para que o paciente se sinta mais seguro na vida. É um espaço
em que clientes passam a desenvolverem melhor a sua liberdade experiencial,
a sua criatividade e espontaneidade necessárias para administrar melhor as
suas potencialidades.

1.086. “Determinadas situações traumáticas são muito difíceis de compreender.


Algumas delas são realmente incompreensíveis e deixam marcas profundas no
seu sistema. São como cicatrizes energéticas que estão constantemente te
relembrando da dor e gerando medo. Nesse caso, se faz necessário trabalhar
para sustentar a presença, até que a Graça divina se manifeste e neutralize a
interferência das cicatrizes. Só assim a cura se completa” Sri Prem Baba, Jornal
“O Povo/Vida & Arte”, 01.11.17, p. 5.

171. “Aspectos éticos - Alguns problemas éticos se fazem sentir no momento do


contrato. Por exemplo, se convém, ou não, falar do risco de defasagem para os
casais, quando somente um dos parceiros se inscreve. Alguns terapeutas
recomendam a terapia do casal, seja em conjunto (em grupo de casais), seja
separadamente (com terapeutas diferentes). Outro aspecto é o do segredo do
grupo: uma recomendação a esse respeito é indispensável. Outro problema,
realmente difícil de se tratar: é a do risco de descompensação. Convém falar
disso? E em que medida? Alguns dentre nós pedem ao cliente, além da
anamnese e de testes preliminares, um atestado psiquiátrico, declarando que a
terapia é indicada e que o psiquiatra se prontifica a dar assistência médica
necessária em caso de descompensação: é preciso ainda que o psiquiatra esteja
suficientemente informado sobre o tipo de trabalho que é feito em grupo triádico.
Devemos reconhecer que esse risco é muito reduzido, não ultrapassando o de
uma análise clássica” (SHUTZENBERGER; WEIL, 1977, p. 40).

1.092. “Tudo é provisório, passageiro, ilusório, por mais difícil que seja aceitar”
Pe. Antônio Francisco Bohn.

177. “O teatro terapêutico nasce, naturalmente, do teatro espontâneo. Com


efeito, para que o indivíduo possa encarnar um papel de modo original e
espontâneo, é preciso que o ator “improvisado” seja capaz de se desfazer de
seus papéis naturais e inconscientes. Além do mais, fazer alguém representar
um papel próximo e análogo daqueles impostos pela vida pode constituir [...] um
extraordinário modelo de tratamento. O teatro terapêutico possibilita a
representação de papéis passados, atuais e mesmo possíveis, que a vida não
deixa assumir livremente” (WIDLÖCHER, 1970, p.8). Os participantes de um
grupo de teatro terapêutico todos os participantes são atores. Ninguém é
espectador. O diretor anima o espetáculo e usa de todos os recursos disponíveis
no psicodrama para que haja a encarnação do papel. Não deixa de ser um
modelo de tratamento. O diretor organiza as ações que vão acontecer, reparte
as cenas e vai trabalhando as resistências.

29. “O segundo instrumento é o sujeito ou paciente. É solicitado a ser ele mesmo,


não um ator, tal como o ator é compelido a sacrificar seu próprio eu privado ao
papel que lhe foi imposto por um dramaturgo. Uma vez “aquecido” para a tarefa,
é comparativamente fácil ao paciente fazer um relato de sua vida cotidiana em
ação, pois ninguém possui mais autoridade sobre ele mesmo do que ele mesmo”
MORENO, 1978.
Aqui, o sujeito tem liberdade de ação e de expressão à medida que o material
vem à sua mente - é a liberdade de expressão que produz a espontaneidade,
esse envolvimento. O sujeito vai sendo encorajado a ser ele mesmo, a encontrar-
se com partes que é dele e com as pessoas que compartilham de seus conflitos
mentais.

30. “Foi no inverno de 1962 que assisti pela primeira vez, como paciente, a uma
sessão de psicoterapia psicodramática. Isso ocorreu na cidade de Buenos Aires
e a sessão era dirigida pelos doutores Rojas Bermúdez e Fiasqué.
Naquele tempo, eu estava à procura de um método didático que respondesse de
alguma forma a uma concepção fenomenológica da Educação e, de certa
maneira, as situações que presenciei, e das quais participei, deram-me a
impressão de que estava se aproximando a hora em que acharia as bases
daquela metodologia que procurava” ROMAÑA, 1985.

30. A autora estava buscando, através de uma formação terapêutica em


Psicodrama responder a questões voltadas para a educação e questionava
como introduzir dramatizações em sala de aula e se as técnicas dramáticas
podem ser utilizadas para organizar os conhecimentos dos alunos. E se as
técnicas Psicodramática podem ser utilizadas na situação de aprendizagem.

34. “A partir do momento em que, pela primeira vez, entro em contato com os
membros do meu grupo - com ou sem apresentação - reúno mais informações
que me ajudam a planejar. Adquiri o hábito de despender alguns minutos em um
diálogo informal com os componentes do grupo. Isto me permite estabelecer um
contato cordial e informal e também avaliar a atmosfera do grupo, quais os
membros que parecem tímidos, quais os que parecem estar interessados e
ansiosos para conhecer -me, quais os relacionamentos que existem dentro do
grupo” LEVETON, 1979.

Moreno colocar as técnicas como incentivo ao cliente no sentido de que eles


sejam no palco o que eles são o mais real possível e se despojar das aparências
e dos preconceitos. Moreno coloca algumas técnicas e discute sobre elas. Seus
seguidores apresentam outras que partiram da inspiração do Moreno e nós
vamos acabar descobrindo muitas outras que só vão ajudar no crescimento e no
desenvolvimento das pessoas.

35. Em relação ao conceito de transferência da Psicanálise, Moreno coloca o


conceito de TELE. Na transferência, o paciente desloca para o terapeuta certos
sentimentos que já vivenciou em outras situações, como por exemplo, com
figuras de autoridade retratadas pelo pai, mãe etc. Para Moreno o que o paciente
sente em relação ao terapeuta é a sensação de duas pessoas que se encontram
e não necessariamente um processo repetido da infância. Assim, Tele é a
capacidade do indivíduo perceber a outra pessoa sem distorções. A
transferência é uma patologia da Tele. O normal é o indivíduo ter Tele, perceber
o mais objetivamente possível a outra pessoa com quem está se relacionando.
No Psicodrama o que se deve conseguir é uma boa relação télica e não
transferencial” SOEIRO, 1976.

Aqui, Moreno traz uma contribuição relevante que vai ajudar o terapeuta a se
organizar na sua relação com o cliente. Então ele coloca o termo TELE para
expressar a busca pelo encontro, na medida em que tanto o cliente quanto o
terapeuta buscam compreender a questão do encontro olho no olho em que há
uma reciprocidade nas relações interpessoais.

No dia 13.03, tivemos o nosso 64o. Encontro do nosso grupo de estudos em


“Humanismo e Psicodrama”. Foi bastante profícua a reunião que contou com a
presença de sete pessoas comigo: Jéssica, Pollyana, Rômulo, David, Adriana,
Luciana e eu. Discutimos o aquecimento e vamos continuar a página 2. Vamos
usar uma metodologia de estudos de casos com aspectos teóricos. Assim, o
grupo se comprometeu de apresentar os casos. O primeiro caso será
apresentado e acompanhado de uma dramatização no dia 27.03 pela primeira
equipe que é composta por: Pollyana, Rômulo e Adriana. O segundo caso será
apresentado no dia 17.04.20 pela segunda equipe que é composta por: Jéssica,
David e Luciana. No momento, o desenrolar do grupo de estudos contempla:
uma aula com discussão teórica e na próxima uma aula de dramatização de
casos. Vão ter momentos também com pessoas de fora que farão palestras e
vivências. Vamos focar os encontros numa metodologia ativa.

[06:49, 16/03/2020] Professor Parente: 178. “A vida real, com suas contingências
sociais, é apenas uma variante entre diversos modos possíveis de existência.
Mas esta dimensão criadora, que a representação dramática nos faz descobrir,
pode ser reintroduzida na vida, e o teatro terapêutico torna-se um teatro torna-
se um teatro permanente. “O verdadeiro símbolo do teatro terapêutico é o
domicílio particular”. Os nossos conflitos podem ser vividos na representação
dramática. Recriando nossos próprios papéis, no contexto de nossos conflitos
reais, deles nos libertamos. Deste modo, o “ponto de vista criador” (P.I., p. 28)
relativo à nossa própria vida, a tudo o que fizemos e a tudo o que fazemos, é
reencontrado” (WIDLÖCHER, 1970, p. 9 e 10). A dimensão criadora é que faz a
diferença. Ela pode ser reintroduzida na vida. Pela recriação simbólica se
recoloca em seu verdadeiro lugar. A questão está em reintroduzir a
representação dramática na vida do dia a dia da gente. Vamos recriando os
nossos papéis reais, encontraremos novamente a capacidade criadora.
Precisamos restaurar a unidade original.
[06:51, 16/03/2020] Professor Parente: 1.093. “A alegria é o sinal pelo qual a vida
marca seu triunfo” Alexis Carrel.

179. “A teoria do papel constitui um dos conceitos fundamentais do pensamento


de Moreno. Ele cuidadosamente distingue os papéis reais, que a existência nos
impõe, dos papéis fictícios da situação psicodramática. Estes últimos, no
entanto, dão aos primeiros sua dimensão simbólica. O que se passa na
realização do papel “psicodramático” nos informa sobre as origens dos nossos
papéis “reais”. Assumindo o primeiro, somos esclarecidos sobre a possibilidade
de assumir os outros” (WIDLÖCHER, 1970, p. 10). Considero importante essa
passagem quando o autor se refere à realização do papel “psicodramático” que
vai nos ajudar a compreender as origens dos nossos papéis “reais”.

Inversão de papéis
Como o próprio nome indica o processo desta técnica é a troca de papéis.
Quando na dramatização o protagonista interage com o ego auxiliar e o director
enuncia a palavra troca o protagonista toma o papel do seu interlocutor. “Antes
de tudo é preciso salientar que a inversão ou a troca de papéis só ocorre quando
as pessoas envolvidas estão de facto presentes. Quando o protagonista «troca»
de papel, desempenhando o papel de alguém a quem está se referindo, real ou
imaginário, o que se está usando é uma variação da técnica de apresentação de
papéis, em que ele toma o papel do outro, expressando o modo pelo qual o
vê.” (Monteiro, 1998, p. 21)

[15:56, 17/03/2020] Professor Parente: Técnica da inversão de papéis.


Essa provavelmente é uma das técnicas clássicas mais utilizadas são na clínica.
Propicia além da vivência do papel do outro, o emergir de dados sobre o próprio
papel que, sem este distanciamento, não seria possível.
Para Cukier (1992), no psicodrama bipessoal, a evolução da
tomada de papel à
possibilidade de realmente experimentar ser o outro, se dá através do
aquecimento. A técnica da entrevista feita pelo terapeuta, durante a fase da
tomada de papel do outro e, o fato de o terapeuta emprestar sua voz à almofada,
que representa o próprio sujeito vão criando este aquecimento e propiciando um
"como se" mais substancial, onde aquela relação parece estar ocorrendo no aqui
e agora.
As informações colhidas nessa técnica se prestam a várias funções: saber
melhor como o paciente se sente visto pelo papel complementar; enxergar uma
nova verdade através da tomada do ponto de vista do outro; responder para si
mesmo as perguntas que tem por fazer ao papel complementar. Porém, a
utilização desta técnica fica prejudicada quando o paciente não tem condições
de discriminar seu mundo interno do outro ou quando perdem esta capacidade
devido à intensidade da emoção evocada.
No psicodrama em grupo esta técnica também é largamente utilizada,
sendo monitorado o seu uso com a participação de egos auxiliares, que ocupam
ou encarnam os papéis dos personagens internos do paciente, de figuras do seu
mundo interno ou relacional, de seus sentimentos, etc.
(Cybele.M.R.Ramalgo, 2010, pg 53 e 54)
[16:15, 17/03/2020] Professor Parente: 71. “O terceiro instrumento é o diretor.
Ele tem três funções: produtor, terapeuta e analista. Como produtor, tem de estar
alerta para converter toda e qualquer pista que o sujeito ofereça em ação
dramática, para conjugar a linha de produção com a linha vital do sujeito e nunca
deixar que a produção perca contato com o público. Como terapeuta, atacar e
chocar o sujeito é, por vezes, tão permissível quanto rir e trocar chistes com ele;
às vezes, poderá se tornar passivo e indireto, e a sessão, para todos os fins
práticos, parece ser dirigida pelo paciente. Enfim, como analista, poderá
complementar a sua própria interpretação mediante respostas provenientes de
informantes no público, marido, pais, filhos, amigos ou vizinhos” (MORENO,
1978, p. 19).
[16:15, 17/03/2020] Professor Parente: Aqui, Moreno mostra as funções do
diretor do Psicodrama. O diretor exerce funções significativas, pois precisa estar
atento às leituras do grupo. É o gerente da orquestra. Está atento a toda nota
desafinada. Olha para o grupo e faz interferências quando necessários. Se
preocupa com o coletivo do grupo e entrar numa boa sintonia de grupo.
[16:15, 17/03/2020] Professor Parente: 72. “O quarto instrumento é um staff de
egos auxiliares. Estes egos auxiliares ou atores terapêuticos têm um duplo
significado. São extensões do diretor, exploratórias e terapêuticas, mas também
são extensões do paciente, retratando as personae reais ou imaginadas de seu
drama vital. As funções do ego auxiliar são triplas: a função do ator, retratando
papéis requeridos pelo mundo do paciente; a função do agente terapêutico,
guiando o sujeito: é a função do investigador social” (MORENO, 1978, p. 19).
[16:15, 17/03/2020] Professor Parente: O ego auxiliar tem função de ator,
representando papéis requeridos pelo mundo do paciente. É também um guia,
um agente terapêutico complementando o papel do diretor. É através dessa
função que conduzimos as técnicas psicodramáticas. Moreno fala de suas
funções triplas: ator, agente terapêutico e investigador social.
[16:15, 17/03/2020] Professor Parente: 85. “O quinto instrumento é o público.
Este reveste-se de uma dupla finalidade. Pode servir para ajudar o paciente ou,
sendo ele próprio ajudado pelo sujeito no palco, converte-se então em paciente.
Quando ajuda o paciente, é um sólido painel de opinião pública. Suas respostas
e comentários são tão extemporâneos quanto os do paciente e podem variar
desde o riso ao violento protesto. Quando mais isolado estiver o paciente, por
exemplo, porque o seu drama no palco é formado por delírios e alucinações,
mais importante se torna para ele a presença de um público disposto a aceitá-lo
e compreendê-lo. Quando o público é ajudado pelo sujeito, assim se tornando o
próprio sujeito, a situação inverte-se. O público vê-se a si mesmo, isto é, um de
seus síndromes coletivos é retratado no palco” (MORENO, 1978, p. 19).
[16:15, 17/03/2020] Professor Parente: 105. “A fase de compartilhamento foi
particularmente esclarecedora. Muitas das dúvidas dos alunos haviam sido
abordadas por intermédio do role-playing. As situações mais mobilizadoras para
os alunos foram relacionadas com o contato com detentos e pacientes terminais.
Um paciente com câncer, por exemplo, queria saber que doença tinha e se
morreria. O consenso do grupo foi sair do papel de mensageiro do médico e
incentivar o paciente a assumir atitude mais proativa em seu tratamento.
Comentamos ainda sobre a importância do trabalho multidisciplinar e do apoio
ao médico” (MONTEIRO et al., 2008, p. 27 e 28).

[06:34, 18/03/2020] Professor Parente: 1.095. “Crer na perfectibilidade do outro.


Todo ser humano é perfectível, isto é, tem condições de melhorar e aperfeiçoar-
se. Nunca dizer frases como estas: “Com você não adianta mais nada!” “Você é
um caso perdido!” “Deixe como estar para ver como é que fica!” “Fiz o que podia
e agora só me resta lavar as mãos...” “Não há mais nada a fazer”. Tais
expressões levam ao desânimo e conduzem a quedas maiores. A fé de que
somos perfectíveis anima e encoraja” Frei Anselmo Fracasso, OFM.
[06:35, 18/03/2020] Professor Parente: 1.095. “Crer na perfectibilidade do outro.
Todo ser humano é perfectível, isto é, tem condições de melhorar e aperfeiçoar-
se. Nunca dizer frases como estas: “Com você não adianta mais nada!” “Você é
um caso perdido!” “Deixe como estar para ver como é que fica!” “Fiz o que podia
e agora só me resta lavar as mãos...” “Não há mais nada a fazer”. Tais
expressões levam ao desânimo e conduzem a quedas maiores. A fé de que
somos perfectíveis anima e encoraja” Frei Anselmo Fracasso, OFM.
[06:38, 18/03/2020] Professor Parente: 180. “O papel aparece ao mesmo tempo
como uma relação ao outro, e, particularmente, à mãe. No começo, a
espontaneidade é imediata, e seu modelo encontra-se no ato criador do
nascimento. Ao nascer, a criança age espontaneamente; ela é criada de um
modo, por assim dizer, intransitivo. Para criar-se enquanto indivíduo, ela deverá
criar seu próprio papel. Para isso, serve-se do Outro, como de um Ego auxiliar,
e de seu próprio corpo, ou, mais exatamente, das partes de seu corpo, como loci
nascendi. Deste modo, definem-se os “starters”, físicos e psíquicos, necessários
ao desenvolvimento da espontaneidade criadora” (WIDLÖCHER, 1970, p. 11).
O autor dá o exemplo do ato de comer – o papel de comer. A mãe oferece o seio
e assim influencia a criança. Ao representar seu papel como cuidadora da
criança, ela vai induzir o papel da criança. Aqui vê-se a “matriz de identidade” do
Moreno, em que a criança vai criar o seu papel daquela pessoa que come e faz
a representação espontânea do ato. A mãe atua com o seu papel indutor, aquela
que alimenta seu filho. O nascimento é um ato criador e a criança nessa relação
vai criar seu próprio papel que é ajudado pela mãe que é uma espécie da ego
auxiliar. Na matriz de identidade, a criança descobre uma complementaridade
entre o seu papel e o de sua mãe.
[12:06, 18/03/2020] Professor Parente: Acabei de receber esse texto de uma
amiga que vive em Milão, na Itália...leiam por favor

Oi Simone li teus posts sobre precaução e vi tbm q a ignorância é mais perigosa


q o covid_19, como vc sabe moro em Milão e só tenho uma coisa a dizer a quem
acha q fechar coisas, evitar contatos e evitar sair de casa seja excessivo, q
venham pra cá ver o inferno q estão os hospitais, os médicos estão
enlouquecendo, sem recursos, eles tem crises de choro q vcs nem imaginam
nos corredores dos hospitais, fazendo turnos de até 42 horas e tendo q decidir
todos os dias quem deixar viver e quem deixar morrer, pois a ordem nos hospitais
é q acima de 60 anos perde a prioridade de usar os respiradores, tendo assim
uma morte horrível, por insuficiência respiratória, morrem sozinhos pois ninguém
pode ficar perto, aos parentes entregam só as cinzas, pois como ainda não
sabem tudo sobre o contágio, cremam imediatamente, detalhe, é proibido reunir-
se pra fazer o enterro ou algo parecido, esses que não querem deixar de fazer
isto ou aquilo em nome de um bem comum, deveriam conversar com as famílias
dos 1.002 mortos hoje na Itália, e muitos dos mortos foram contagiados pelos q
não respeitaram as regras de contenção do vírus. A Itália foi negligente, tomou
medidas de contenção quando a coisa já estava fora de controle, e o pior ainda
está por vir por aqui.vendo a demora daqui em prevenir, outros países
começaram bem antes a contenção e palmas pro Brasil que está entre esses
países, mas se não houver uma consciência coletiva de q não é uma simples
gripe e o contágio é uma coisa nunca vista, muitas famílias vão enterrar seus
pais, avós, tios e pessoas a com a saúde vulnerável, problema de pressão,
coração, diabetes, renais, e os acima de 65 anos não tem a menor chance
quando esse vírus desce pro pulmão e isso aconteceu em 80% dos casos aqui.
Quando isso passar, não teremos mais anciãos na Itália, não está escapando
praticamente nenhum....e sabe quem contagiou eles? Esses q não respeitam as
recomendações do governo, q na maioria são jovens e em saúde, q pegam o
vírus e viram só um número na estatística dos contagiados, mas se recuperam
de boa, ao contrário dos frágeis e idosos ( não sao só velhos como diriam alguns,
são entes queridos q queremos conosco por mais tempo.) q eles ajudaram com
o egoísmo deles a enterrar...Deus nos ajude e dê juízo a esses rebeldes
inconsequentes, muitas vzs fantasiados de cristãos....o q vcs sabem aí sobre o
q esta acontecendo aqui não chega nem perto da realidade q estamos vivendo
e pode acreditar essa coisa de correr pra mercado fazer estoque é tudo
babaquice, é surto de histeria coletiva desnecessária, não estamos em guerra
e nem o Brasil, os abastecimentos estão normais, preocupem-se em não se
aglomerarem, lavem muitas vzs as mãos, quando não estiverem em casa, usem
máscara, evitem contatos físicos, não toquem olhos, boca e nariz quando
estiverem na rua.e lembrem_se cristãos,a fé não é selo de imunidade ao vírus
mas o maior meio de contágio é a teimosia, burrice, ignorância, e o pior de
todos...o egoísmo. Deus livre o Brasil de passar o q esta nação q amo esta
passando....espero ter sido de ajuda ao teu esforço em conscientizar os
distraídos.

88. “Como método didático, o Psicodrama garante a aquisição do conhecimento


a nível intuitivo e a nível intelectual, mas também leva a uma participação maior
do aluno e à utilização do seu corpo, permitindo ao professor, ao mesmo tempo,
o manejo do grupo como uma unidade.
As técnicas básicas do Psicodrama, como a inversão de papéis e o solilóquio,
podem ser adaptadas sem maiores problemas às metodologias escolares
comuns.
No início, em geral, os alunos, reagem com surpresa, mas aos poucos começam
a sentir -se à vontade. Em alguns casos há alunos que resistem à mudança da
metodologia, e há até os que acham ridículo o que está se fazendo. Mas todas
as reações acabam se tornando positivas, consideradas desde a perspectiva da
dinâmica de grupo.
Por isso, ganha muita importância à aula em que se introduz a técnica pela
primeira vez. Nela é bom que o professor haja com segurança e afeto, para dar
tempo à entrada do maior número possível de alunos dentro da situação total.
Não é necessário que atuem muitos alunos, mas é bom que a maior parte dos
que permanecem nas carteiras participem, mesmo assim, do que está sendo
vivenciado.
Quando no decorrer de um curso, nos momentos oportunos, vão sendo utilizadas
as técnicas dramáticas, vai-se percebendo nos alunos maior seriedade e justeza
no desempenho dos papéis que lhes são atribuídos, mais vivacidade na
percepção dos sentimentos e na intuição da ideia. Percebe-se também maior
soltura no corpo e na ação espontânea.
Também no grupo como um todo observam-se mudanças: há maior interação
entre os alunos, as opiniões são mais sinceras, os comentários e as críticas são
melhor aceitas e o conhecimento é utilizado como algo próprio e presente.
Os papéis fixos e estáticos dentro do grupo começam a diluir-se. Pouco à pouco
cada um - o distraído, o agressivo, o competitivo, etc. - vão tomando consciência
da sua situação no grupo.
À medida que os alunos evoluem, percebe-se que as técnicas dramáticas, ao
mesmo tempo que facilitam a integração do conhecimento, facilitam a integração
de aspectos socializantes e de estilos de conduta, que abrem novas perspectivas
para a sua maneira de agir e de relacionar-se com seu ambiente” (ROMAÑA,
1985, p. 26).

[06:01, 20/03/2020] Professor Parente: O método de Moreno se aplica em muitas


áreas do saber humano. Na educação ele inovou apresentando um método
didático que faz o aluno aprender e ir além dos métodos tradicionais em que o
aluno quase não aprende. Há sempre uma resistência ao novo, ao diferente, mas
o educador precisa arriscar e quando arrisca e sentem-se à vontade, acabam
gostando muito e se torna algo prazeroso pois estimula a participação do aluno
no processo de aprendizagem. Eles levam a sério o desempenho dos papéis
que lhe são atribuídos. Eles vão adquirindo mais vivacidade quanto às vivências
dos sentimentos e das emoções. E vão adquirindo mais desenvoltura e
flexibilidade e assim adquirem mais criatividade e espontaneidade. A interação
se instala com ricos comentários e observações pertinentes. As conservas
culturais vão cedendo lugar para mais inovações e os papéis vão tendo uma
riqueza no seu desempenho. Isso é que vai gerar aprendizagens significativas
para a vida do estudante.
[06:01, 20/03/2020] Professor Parente: 89. “É em atenção a estes aspectos que
devemos ter uma certa cautela quanto à frequência das dramatizações: sua
utilização deve ser periódica mas não constante.
Em nossa prática educativa, nestes últimos anos temos utilizado as
dramatizações nas situações seguintes:
1) Fixar e exemplificar o conhecimento.
2) Encontrar as soluções alternativas aos problemas disciplinares.
3) Desenvolver papéis novos (Estágios no magistério).
4) Como prevenção de situações ansiógenas (provas).
5) Sensibilizar grupos.
6) Elaborar mudanças (de professores, de classe, de turma, de escola).
7) Avaliar o trabalho em equipe.
Pelos resultados obtidos, achamos que as técnicas dramáticas podem ser
utilizadas no ensino de 1o. e 2o. grau, e mesmo na pré - escola. Da mesma
forma, podem ser levadas ao ensino superior.
Não há dúvida de que é necessária uma formação especial, para que seja
possível uma utilização responsável e feliz das técnicas dramáticas; por outro
lado, poucos são os elementos didáticos que poderão, como elas, fazer o
professor sentir-se tão realizado e tão enriquecido” (ROMAÑA, 1985, p. 27).
[06:01, 20/03/2020] Professor Parente: Vê -se que o Psicodrama pedagógico
pode ser usado em vários momentos da prática pedagógica e é um instrumento
valioso para realizar bem o professor e enriquecê-lo na sua prática. O uso do
Psicodrama é apontado pela autora para diversas situações da prática
educativa. As técnicas dramáticas podem ser usadas em todas as modalidades
de ensino mas exige que se tenha uma formação especial para tanto.
[06:01, 20/03/2020] Professor Parente: 90. “Procurando deixar bem claro o que
quero dizer quando me refiro à empatia, recorro à definição de Greenson (1982):
“(...) ter empatia significa compartilhar, experimentar os sentimentos de outra
pessoa. Este compartilhar de sentimentos é temporário. Compartilha-se da
quantidade e não da intensidade dos sentimentos; do tipo e não da qualidade.
Este é um fenômeno primordialmente pré -consciente. O principal objetivo da
empatia é a obtenção de uma compreensão do paciente”. Essa definição é
concordante com a apresentada por Paiva (1980) no II Congresso Brasileiro de
Psicodrama: “A empatia consiste no fato de se poder perceber o referencial
interno de outra pessoa e os seus valores, percebendo também a real
significação emocional que possuem para a outra pessoa, tal como se fosse ela
mesma. Antes da forma que reveste a comunicação, a empatia visa à intenção,
o que só se consegue pela apreensão do mundo interno do outro, num nível de
comunicação independente do verbal, num verdadeiro estado de comunhão, em
que, contudo, se mantém claros os limites do Eu e Tu” (FERREIRA - SANTOS,
2013, p. 99).
[06:01, 20/03/2020] Professor Parente: O autor fala da postura do
psicoterapeuta, ele destaca a importância da capacidade empática do terapeuta
para não se desviar do objetivo determinado. O compartilhar e experimentar os
sentimentos de outra pessoa vai de encontro à empatia. O objetivo é obter uma
maior compreensão do paciente. Perceber o referencial do outro e apreender
seu mundo interno é a meta que se tem e que se vai perseguindo, mantendo -
se claros os limites do Eu e Tu.

[08:04, 23/03/2020] Professor Parente: 1.096. “...Que lindo sentir que a vida está
a nosso favor e que um novo dia alvorece, nos trazendo mensagens de sucesso,
de fé e de entusiasmo...” Lauro Trevisan.
[08:07, 23/03/2020] Professor Parente: 181. Inversão de Papéis - “Essa
provavelmente é uma das técnicas clássicas mais utilizadas na clínica. Propicia
além da vivência do papel do outro, o emergir de dados sobre o próprio papel
que, sem este distanciamento, não seria possível. Para Cukier (1992), no
psicodrama bipessoal, a evolução da tomada de papel à possibilidade de
realmente experimentar ser o outro, se dá através do aquecimento. A técnica da
entrevista feita pelo terapeuta, durante a fase da tomada de papel do outro e, o
fato de o terapeuta emprestar sua voz à almofada, que representa o próprio
sujeito vão criando este aquecimento e propiciando um "como se" mais
substancial, onde aquela relação parece estar ocorrendo no aqui e agora. As
informações colhidas nessa técnica se prestam a várias funções: saber melhor
como o paciente se sente visto pelo papel complementar; enxergar uma nova
verdade através da tomada do ponto de vista do outro; responder para si mesmo
as perguntas que tem por fazer ao papel complementar. Porém, a utilização
desta técnica fica prejudicada quando o paciente não tem condições de
discriminar seu mundo interno do outro ou quando perdem esta capacidade
devido à intensidade da emoção evocada. No psicodrama em grupo esta técnica
também é largamente utilizada, sendo monitorado o seu uso com a participação
de egos auxiliares, que ocupam ou encarnam os papéis dos personagens
internos do paciente, de figuras do seu mundo interno ou relacional, de seus
sentimentos, etc.” (RAMALHO, 2010, P. 29). Na inversão de papéis, o ego
auxiliar tem essa oportunidade de aprender o papel que ele vai desempenhar
com o protagonista. Este vai sacar muitas compreensões do outro que está
invertendo os papéis. Há uma representação do papel do outro e cada um vai
percebendo essa dinâmica. E ao viver o papel e o do outro aumenta a
compreensão acerca da outra pessoa. E assim o indivíduo vai compreendendo
não apenas as ações da outra pessoa, como também as suas e, assim, vai
resolvendo muitas pendências pois clareia os mal entendidos, as injustiças, vai
quebrando as barreiras do afastamento e surge momentos de aproximação.
Assim, uma vez rompendo certos preconceitos e a comunicação vai fluir
naturalmente. O indivíduo vai se libertando das amarras, das coisas reprimidas
no inconsciente e que se alojaram ao longo da vida do indivíduo. Ele vai
incorporando melhor o seu papel na medida em que toma o papel do doutro
nessa relação e, conforme Moreno, cada um vê o outro com os seus próprios
olhos e com os olhos do outro.

[05:33, 24/03/2020] Professor Parente: 1.097. “O bem-estar e todas as boas


coisas da vida começam a existir fora depois de existirem dentro” Lauro Trevisan.
[05:42, 24/03/2020] Professor Parente: 182. “O aquecimento pode ser de dois
tipos: inespecífico e específico. O aquecimento inespecífico visa situar o grupo
ou um paciente na sessão, focando sua atenção em si mesmo e despistando as
resistências, permitindo que o novo apareça na sessão. [...] Este aquecimento
inespecífico cria a disponibilidade para a mágica, para o inusitado, para a
realidade suplementar, favorecendo o surgimento do estado de espontaneidade.
O aquecimento inespecífico verbal refere-se às primeiras verbalizações do
paciente, que vai aos poucos concentrando sua atenção nos conteúdos
relatados. O aquecimento inespecífico em movimento evita a tentação de se ficar
no verbal, meio de comunicação que os terapeutas melhor dominam e com o
qual mais se defendem. Tem por objetivo resgatar a percepção do corpo, da
respiração, enfim, do si mesmo do paciente. Outras possibilidades de
aquecimento inespecífico em movimento são: caminhar, alongar, alcançar o teto,
trabalhar com almofadas, visualizar a situação que causa maior dificuldade no
momento, massagem, consciência corporal, respiração, coisas que se quer
versus coisas que não se quer, ritmo alternado, andar em texturas distintas,
andar em linha reta e em linha curva e sentir o rosto. Nesta fase são utilizados
muitos jogos dramáticos com o objetivo de aquecer o grupo. Já o aquecimento
específico visa a preparação do protagonista para a dramatização propriamente
dita. Mas, ao terminar uma dramatização, é preciso lembrar do desaquecimento,
que deve pontuar suavemente o final de um trabalho dramático e o retorno ao
contexto grupal e social. O aquecimento específico para dramatização de cenas
envolve tanto a caracterização de uma situação e/ou local, como a composição
de personagens com quem o protagonista vai contracenar. Quanto ao
aquecimento especifico para um psicodrama interno, em especial, visa acalmar
o paciente e auxiliá-lo a desligar sua atenção do mundo externo, para mergulhar
no espaço do mundo interno. Todas as técnicas de relaxamento são aqui
apropriadas” (RAMALHO, 2010, p. 27 e 28). Para surgir o protagonista, é preciso
aquecer o grupo. Pode-se fazer uma discussão no grupo interligando alguns
pontos com sessões anteriores. O diretor pede os resultados da sessão anterior
ao protagonista e também a todos os elementos do grupo podem relatar suas
experiências. E, nesse processo, pode surgir algo relevante que interesse a
todos do grupo. O aquecimento é um dos momentos mais significativos do
psicodrama. Há que se ter um grupo que está ficando em sintonia uns com os
outros, há uma criação de vínculos, de cumplicidade e aqui estamos criando as
bases sólidas do contexto social para haver um foco do grupo numa tarefa que
será realizada em conjunto. A autora lembra que não se pode esquecer do
momento final de desaquecimento e aqui se faz necessário o uso também de
técnicas de relaxamento.
[19:28, 24/03/2020] +55 85 9787-8582: 182. “O aquecimento pode ser de dois
tipos: inespecífico e específico. O aquecimento inespecífico visa situar o grupo
ou um paciente na sessão, focando sua atenção em si mesmo e despistando as
resistências, permitindo que o novo apareça na sessão. [...] Este aquecimento
inespecífico cria a disponibilidade para a mágica, para o inusitado, para a
realidade suplementar, favorecendo o surgimento do estado de espontaneidade.
O aquecimento inespecífico verbal refere-se às primeiras verbalizações do
paciente, que vai aos poucos concentrando sua atenção nos conteúdos
relatados. O aquecimento inespecífico em movimento evita a tentação de se ficar
no verbal, meio de comunicação que os terapeutas melhor dominam e com o
qual mais se defendem. Tem por objetivo resgatar a percepção do corpo, da
respiração, enfim, do si mesmo do paciente. Outras possibilidades de
aquecimento inespecífico em movimento são: caminhar, alongar, alcançar o teto,
trabalhar com almofadas, visualizar a situação que causa maior dificuldade no
momento, massagem, consciência corporal, respiração, coisas que se quer
versus coisas que não se quer, ritmo alternado, andar em texturas distintas,
andar em linha reta e em linha curva e sentir o rosto. Nesta fase são utilizados
muitos jogos dramáticos com o objetivo de aquecer o grupo. Já o aquecimento
específico visa a preparação do protagonista para a dramatização propriamente
dita. Mas, ao terminar uma dramatização, é preciso lembrar do desaquecimento,
que deve pontuar suavemente o final de um trabalho dramático e o retorno ao
contexto grupal e social. O aquecimento específico para dramatização de cenas
envolve tanto a caracterização de uma situação e/ou local, como a composição
de personagens com quem o protagonista vai contracenar. Quanto ao
aquecimento especifico para um psicodrama interno, em especial, visa acalmar
o paciente e auxiliá-lo a desligar sua atenção do mundo externo, para mergulhar
no espaço do mundo interno. Todas as técnicas de relaxamento são aqui
apropriadas” (RAMALHO, 2010, p. 27 e 28). Para surgir o protagonista, é preciso
aquecer o grupo. Pode-se fazer uma discussão no grupo interligando alguns
pontos com sessões anteriores. O diretor pede os resultados da sessão anterior
ao protagonista e também a todos os elementos do grupo podem relatar suas
experiências. E, nesse processo, pode surgir algo relevante que interesse a
todos do grupo. O aquecimento é um dos momentos mais significativos do
psicodrama. Há que se ter um grupo que está ficando em sintonia uns com os
outros, há uma criação de vínculos, de cumplicidade e aqui estamos criando as
bases sólidas do contexto social para haver um foco do grupo numa tarefa que
será realizada em conjunto. A autora lembra que não se pode esquecer do
momento final de desaquecimento e aqui se faz necessário o uso também de
técnicas de relaxamento.
[19:29, 24/03/2020] +55 85 9787-8582: 181. Inversão de Papéis - “Essa
provavelmente é uma das técnicas clássicas mais utilizadas na clínica. Propicia
além da vivência do papel do outro, o emergir de dados sobre o próprio papel
que, sem este distanciamento, não seria possível. Para Cukier (1992), no
psicodrama bipessoal, a evolução da tomada de papel à possibilidade de
realmente experimentar ser o outro, se dá através do aquecimento. A técnica da
entrevista feita pelo terapeuta, durante a fase da tomada de papel do outro e, o
fato de o terapeuta emprestar sua voz à almofada, que representa o próprio
sujeito vão criando este aquecimento e propiciando um "como se" mais
substancial, onde aquela relação parece estar ocorrendo no aqui e agora. As
informações colhidas nessa técnica se prestam a várias funções: saber melhor
como o paciente se sente visto pelo papel complementar; enxergar uma nova
verdade através da tomada do ponto de vista do outro; responder para si mesmo
as perguntas que tem por fazer ao papel complementar. Porém, a utilização
desta técnica fica prejudicada quando o paciente não tem condições de
discriminar seu mundo interno do outro ou quando perdem esta capacidade
devido à intensidade da emoção evocada. No psicodrama em grupo esta técnica
também é largamente utilizada, sendo monitorado o seu uso com a participação
de egos auxiliares, que ocupam ou encarnam os papéis dos personagens
internos do paciente, de figuras do seu mundo interno ou relacional, de seus
sentimentos, etc.” (RAMALHO, 2010, P. 29). Na inversão de papéis, o ego
auxiliar tem essa oportunidade de aprender o papel que ele vai desempenhar
com o protagonista. Este vai sacar muitas compreensões do outro que está
invertendo os papéis. Há uma representação do papel do outro e cada um vai
percebendo essa dinâmica. E ao viver o papel e o do outro aumenta a
compreensão acerca da outra pessoa. E assim o indivíduo vai compreendendo
não apenas as ações da outra pessoa, como também as suas e, assim, vai
resolvendo muitas pendências pois clareia os mal entendidos, as injustiças, vai
quebrando as barreiras do afastamento e surge momentos de aproximação.
Assim, uma vez rompendo certos preconceitos e a comunicação vai fluir
naturalmente. O indivíduo vai se libertando das amarras, das coisas reprimidas
no inconsciente e que se alojaram ao longo da vida do indivíduo. Ele vai
incorporando melhor o seu papel na medida em que toma o papel do doutro
nessa relação e, conforme Moreno, cada um vê o outro com os seus próprios
olhos e com os olhos do outro.
[08:29, 25/03/2020] Professor Parente: 1.098. “Não existe desengano, fracasso
e nem desilusão para quem olha para a frente e para quem acredita em si e na
vida” Lauro Trevisan.
[08:34, 25/03/2020] Professor Parente: 183. “A dramatização propriamente dita
é a etapa do “como se”, onde se trabalha com a realidade suplementar. É o
clímax da sessão, embora nem todas as sessões possam culminar numa
dramatização. Mas ela é o ponto nuclear da sessão, de criação maior, quando
os personagens já definidos ganham vida. Serão apresentadas aqui algumas
técnicas utilizadas nesta fase: técnicas clássicas (duplo, espelho, inversão de
papéis, solilóquio, maximização e concretização), a dramatização em cena
aberta, o psicodrama interno, o onirodrama (ou trabalho psicodramático com
sonhos), o trabalho com imagens, jogos dramáticos e outras técnicas”
(RAMALHO, 2010, p. 28). Na dramatização, o diretor se dirige à pessoa que vai
atuar como protagonista da nova sessão. Ele vai ao palco, sobe nele e reconstitui
o contexto de sua vida. Junto com o diretor vai criando a cena selecionando-a
bem. E, se necessário for, o diretor pode efetuar um novo aquecimento. Nesse
momento da dramatização, o diretor vai criando as condições para que o
paciente possa exteriorizar os seus problemas. Ele e os egos vão auxiliar nesse
processo e, através do uso de técnicas apropriadas do psicodrama, o paciente
vai revelando, como diz muito bem o Moreno, novas dimensões da mente e que
podem ser exploradas em condições experimentais.

[09:27, 26/03/2020] Professor Parente: 183. “A dramatização propriamente dita


é a etapa do “como se”, onde se trabalha com a realidade suplementar. É o
clímax da sessão, embora nem todas as sessões possam culminar numa
dramatização. Mas ela é o ponto nuclear da sessão, de criação maior, quando
os personagens já definidos ganham vida. Serão apresentadas aqui algumas
técnicas utilizadas nesta fase: técnicas clássicas (duplo, espelho, inversão de
papéis, solilóquio, maximização e concretização), a dramatização em cena
aberta, o psicodrama interno, o onirodrama (ou trabalho psicodramático com
sonhos), o trabalho com imagens, jogos dramáticos e outras técnicas”
(RAMALHO, 2010, p. 28). Na dramatização, o diretor se dirige à pessoa que vai
atuar como protagonista da nova sessão. Ele vai ao palco, sobe nele e reconstitui
o contexto de sua vida. Junto com o diretor vai criando a cena selecionando-a
bem. E, se necessário for, o diretor pode efetuar um novo aquecimento. Nesse
momento da dramatização, o diretor vai criando as condições para que o
paciente possa exteriorizar os seus problemas. Ele e os egos vão auxiliar nesse
processo e, através do uso de técnicas apropriadas do psicodrama, o paciente
vai revelando, como diz muito bem o Moreno, novas dimensões da mente e que
podem ser exploradas em condições experimentais.
[09:43, 26/03/2020] Professor Parente: 1.099. “Esperança é o que precisamos
para que nossa alegria seja completa” Teilhard de Chardin.

[09:27, 26/03/2020] Professor Parente: 183. “A dramatização propriamente dita


é a etapa do “como se”, onde se trabalha com a realidade suplementar. É o
clímax da sessão, embora nem todas as sessões possam culminar numa
dramatização. Mas ela é o ponto nuclear da sessão, de criação maior, quando
os personagens já definidos ganham vida. Serão apresentadas aqui algumas
técnicas utilizadas nesta fase: técnicas clássicas (duplo, espelho, inversão de
papéis, solilóquio, maximização e concretização), a dramatização em cena
aberta, o psicodrama interno, o onirodrama (ou trabalho psicodramático com
sonhos), o trabalho com imagens, jogos dramáticos e outras técnicas”
(RAMALHO, 2010, p. 28). Na dramatização, o diretor se dirige à pessoa que vai
atuar como protagonista da nova sessão. Ele vai ao palco, sobe nele e reconstitui
o contexto de sua vida. Junto com o diretor vai criando a cena selecionando-a
bem. E, se necessário for, o diretor pode efetuar um novo aquecimento. Nesse
momento da dramatização, o diretor vai criando as condições para que o
paciente possa exteriorizar os seus problemas. Ele e os egos vão auxiliar nesse
processo e, através do uso de técnicas apropriadas do psicodrama, o paciente
vai revelando, como diz muito bem o Moreno, novas dimensões da mente e que
podem ser exploradas em condições experimentais.
[09:43, 26/03/2020] Professor Parente: 1.099. “Esperança é o que precisamos
para que nossa alegria seja completa” Teilhard de Chardin.

A criança vive o seu nascimento com o seu corpo disperso, vive numa identidade
total com o mundo não se distinguindo da mãe e dos objetos ao seu redor. Existe
muito enquanto uma função fisiológica, enquanto papel psicossomático, no dizer
de Moreno. O ato de mamar é o contato com o mundo. Não há uma unidade , é
um corpo parcial. Recebe o reconhecimento das pessoas que a cercam e isso
vai lhe ajudando a desenvolver e conquistar uma identidade própria.
Inicialmente, a criança vive seu universo como uma Matriz de Identidade
indiferenciada. A criança ainda não se reconhece como filho de uma mãe e um
pai determinados.

[06:26, 27/03/2020] Professor Parente: 94. “A segunda fase do Desenvolvimento


Infantil é descrita por Moreno como a etapa do reconhecimento do eu, de sua
singularidade como pessoa (1). A vivência unitária é subjetiva do corpo próprio
que vinha sendo realizada na fase anterior é agora antecipada pela imagem de
si mesma que a criança consegue apreender através do espelho (2). Assim, pois,
a vivência interna do corpo próprio completa -se através de sua imagem externa,
revelada pela vivência especular; com isso a criança se reconhece como um
corpo unitário, que se mantém idêntico a si mesmo através de suas variações
diante do espelho; surge a identidade, o eu. O processo é gradativo, pois,
inicialmente a criança não se reconhece na imagem especular; só aos poucos é
que, através da correspondência entre a vivência interna do corpo e sua
aparência externa, por meio de uma simetria que aparece através dos
movimentos realizados diante do espelho, o corpo conquista enfim a sua
unidade. O corpo desta fase poderia, pois, ser descrito como um corpo-pessoal,
quer dizer, a criança descobre-se como pessoa, distinta de outras pessoas.
Entretanto, a identidade conquistada nesta fase ainda é incompleta, pois a
criança, se consegue distinguir-se corporalmente dos seres que a cercam, ainda
se desconhece como identidade social, ou seja, não se vê como ocupando uma
posição e um papel no seio da família. Vivendo à margem da ordem da cultura,
o corpo põe-se como pessoa privada e acredita-se o centro do universo. Por
isso, essa fase é caracterizada por um egocentrismo e voluntarismo acentuados:
da mesma forma que consegue dominar sua própria imagem no espelho, a
criança espera dominar todos que a cercam e mantê-los servos de suas
vontades e desejos; reduz as posições e os papéis sociais da mãe e do pai a
posições do seu mundo pessoal e privado (1). O término desta fase vai ocorrer
na medida em que a criança vai encontrando resistência à sua ação sem limites,
tanto por parte dos pais, como por parte da própria realidade. É quando começa
a distinguir a realidade da fantasia, ou seja, um espaço onde seu poder é
limitado, de uma outra dimensão onde se imagina onipotente” (NAFFAH NETO,
1980, p. 9 e 10).
[06:26, 27/03/2020] Professor Parente: As fases da Matriz de Identidade de
Moreno - A segunda se relaciona ao reconhecimento do eu. A criança já faz uma
imagem de si mesma no espelho, uma imagem externa e, assim, surge a
identidade, o eu e o corpo vai aos poucos atingindo sua unidade. A pessoa se
distingue como pessoa distinta de outras pessoas, embora ainda incompleta pois
ainda se desconhece como identidade social. Acredita-se o centro, é um certo
egocentrismo, ela espera dominar não apenas a sua própria imagem mas todos
que a cercam e ela fica no centro das atenções. Ela encontra resistência à sua
ação e começa a distinguir a realidade da fantasia com seu poder limitado e se
imagina onipotente.
[06:26, 27/03/2020] Professor Parente: 95. “Sentindo -se ameaçada pelas
limitações do adulto, a criança começa a identificar -se com ele; isso como forma
de reconquistar imaginariamente o poder perdido. Mas ao identificar-se com o
adulto e representar ludicamente o seu papel, a criança conquistará aquilo que
Moreno denomina função psicodramática, capacidade de jogo simbólico onde
inverte papéis com os pais e descobre, através da vivência, a rede dos papéis
sociais na qual está inscrita sua identidade. A função psicodramatica, como
capacidade de catalisar o imaginário e transformá- lo em ação. De reunificar
fantasia e realidade numa ação espontânea de conquista simbólica do mundo,
transformará o corpo num agente de conhecimento. Pois, através da vivência
psicodramática dos vários papéis famílias, a criança descobrirá sua posição no
mundo cultural, o mundo verdadeiramente humano, e seu corpo deixará o
isolamento e a marginalidade de um mundo privado para descobrir -se como
corpo -cultural, quer dizer, corpo -simbólico. Esta é a terceira etapa da Matriz de
Identidade, fase de reconhecimento do tu e dos outros. Se conseguir atingi-la, a
criança conquistará a unidade do ser-no-mundo através de um corpo ativo, que
conhece sua posição real e que, por isso mesmo, é capaz de transformá-la,
através do desempenho e da recriação do papel que lhe foi destinado. A função
psicodramática transforma, pois, a espontaneidade, antes uma simples
capacidade de adaptação - espontaneidade - instintiva nos termos de Moreno -
numa função criativa. O corpo vive, agora, mergulhado no real e posicionando -
se segundo o seu fluxo de transformação: como corpo-simbólico é capaz de
aprender o real humano, situar-se frente às contingências do presente e catalisar
o imaginário, transformando-o em ato criador. É a emergência da
espontaneidade-criativa e a concretização das relações tele: a capacidade de se
fazer reconhecer e de reconhecer o outro. Entretanto, se não consegue atingir a
constituição deste corpo-simbólico, a criança permanecerá existindo ou como
corpo-pessoal ou como corpo-parcial, dependendo da fase da Matriz de
Identidade onde seu desenvolvimento tiver se perdido, se cristalizado, enfim, se
feito conserva. (...)” NAFFAH NETO, 1980, p. 11 e 12.
[06:26, 27/03/2020] Professor Parente: Aqui, é descrita a terceira fase da Matriz
de Identidade. A criança começa a identificar-se com o adulto, buscando o poder
perdido. Essa identificação ajuda a criança a buscar uma função psicodramática.
E descobre a rede de papéis sociais . Ela cataliza o imaginário e transforma em
ação. Reunifica fantasia e realidade. A criança descobre sua posição no mundo
cultural e aqui reside a terceira etapa da matriz de Identidade que é a fase do
reconhecimento do tu e dos outros e assim poderá atingir a unidade do ser-no-
mundo. Há uma transformação da espontaneidade numa função criativa.
Transforma o imaginário em ato criador. Emerge a espontaneidade-criativa e há
a concretização das relações tele: a capacidade de se fazer reconhecer e de
reconhecer o outro. Caso contrário permanece perdido e feito conserva
acarretando consequências.

[06:32, 30/03/2020] Professor Parente: 1.100. “O medo de um acontecimento é


sempre mais insuportável que o próprio acontecimento” Stefan Zweig.
[06:36, 30/03/2020] Professor Parente: 184. “Podemos afirmar que o psicodrama
é uma abordagem que se situa na interface entre a arte e a ciência, mantendo
os benefícios de ambas. Foi definido pelo seu criador como o método que estuda
as verdades existenciais através da ação, pois em grego, etimologicamente, a
palavra “drama” significa “ação”. Surgiu como uma reação aos métodos
individualistas e racionalistas predominantes e privilegiou o estudo do homem
em relação, como um ser bio - psico - social e cósmico. As bases filosóficas do
psicodrama encontramos na filosofia existencial fenomenológica, pois Moreno
recebeu influência de Henri Bérgson, Martin Buber, E. Husserl e F. Nietzsche,
entre outros. Mas, veremos abaixo também a forte influência da religião e do
teatro na sua vida e obra (RAMALHO, 2010, p. 1). A partir da análise existencial,
as psicoterapias de base fenomenológico-existenciais procuram o sentido da
vida, o sentido da luta a partir também de referenciais da ética. Havia uma
oposição ao determinismos das terapias reinantes à época que não estavam
dando conta da realidade que se apresentava. Moreno trabalha bastante o
momento existencial como uma experiência existencial, o ser, o aqui-e-agora, o
encontro, etc. Também o método psicodramática está sempre aberto a novas
investigações, a novas experiências e assim procura ver o mundo nessa ideia
de constante transformação. E as pessoas que procuram essa abordagem, elas
querem viver em plenitude as suas angústias existenciais. E fica difícil situar o
pensamento moreniano numa única corrente filosófica e isso se torna bastante
controvertida, segundo a autora, e impossível de se realizar. Trata-se de uma
proposta ampla que não cabe limitações ao método.

1.102. “Eu te libero das minhas expectativas e exigências e te respeito e, ao


mesmo tempo, eu me libero das suas expectativas e exigências e me respeito”.

[07:44, 31/03/2020] Professor Parente: 185. Técnica do duplo: “Esta técnica tem
por objetivo entrar em contato com a emoção não verbalizada do paciente a fim
de ajudá-lo a expressá-la. Quanto mais o terapeuta estiver identificado com o
paciente, melhor duplo será capaz de fazer. O perigo desta técnica é de não se
integrar no papel e confrontar o paciente com sentimentos e emoções que não
são dele necessariamente, ou de integrado no papel não dar tempo para o
paciente sentir a emoção (CUKIER, 1992, apud RAMALHO, 2010, p. 28). O ego
auxiliar fará o duplo ficando de pé atrás do protagonista para representar outros
lados do protagonista para que ele possa tomar consciência da existência de
outros aspectos do seu conflito. Vai exigir que o ego auxiliar conheça bem a
realidade e tenha com o protagonista uma maior sintonia. Agora, na hora em que
o ego auxiliar está colocando outros aspectos do dilema do protagonista, é
preciso ter o cuidado para não cometer exageros e, assim, como diz a autora
confronta o paciente com sentimentos e emoções que não são deles. É bom
atentar para essas questões que, ao invés de ajudar, vão prejudicar o andamento
das reflexões do protagonista. As evidências das contradições precisam ser
explicitadas e bem.
[07:49, 31/03/2020] Professor Parente: 1.101. “A verdadeira falta é cometer erros
e deles nunca se corrigir” Francisco Barbosa Ciríaco.
[07:49, 31/03/2020] Professor Parente: 1.101. “A verdadeira falta é cometer erros
e deles nunca se corrigir” Francisco Barbosa Ciríaco.

[19:25, 31/03/2020] +55 85 8406-3283: 183. “A dramatização propriamente dita


é a etapa do “como se”, onde se trabalha com a realidade suplementar. É o
clímax da sessão, embora nem todas as sessões possam culminar numa
dramatização. Mas ela é o ponto nuclear da sessão, de criação maior, quando
os personagens já definidos ganham vida. Serão apresentadas aqui algumas
técnicas utilizadas nesta fase: técnicas clássicas (duplo, espelho, inversão de
papéis, solilóquio, maximização e concretização), a dramatização em cena
aberta, o psicodrama interno, o onirodrama (ou trabalho psicodramático com
sonhos), o trabalho com imagens, jogos dramáticos e outras técnicas”
(RAMALHO, 2010, p. 28). Na dramatização, o diretor se dirige à pessoa que vai
atuar como protagonista da nova sessão. Ele vai ao palco, sobe nele e reconstitui
o contexto de sua vida. Junto com o diretor vai criando a cena selecionando-a
bem. E, se necessário for, o diretor pode efetuar um novo aquecimento. Nesse
momento da dramatização, o diretor vai criando as condições para que o
paciente possa exteriorizar os seus problemas. Ele e os egos vão auxiliar nesse
processo e, através do uso de técnicas apropriadas do psicodrama, o paciente
vai revelando, como diz muito bem o Moreno, novas dimensões da mente e que
podem ser exploradas em condições experimentais.
[19:26, 31/03/2020] +55 85 8406-3283: 181. Inversão de Papéis - “Essa
provavelmente é uma das técnicas clássicas mais utilizadas na clínica. Propicia
além da vivência do papel do outro, o emergir de dados sobre o próprio papel
que, sem este distanciamento, não seria possível. Para Cukier (1992), no
psicodrama bipessoal, a evolução da tomada de papel à possibilidade de
realmente experimentar ser o outro, se dá através do aquecimento. A técnica da
entrevista feita pelo terapeuta, durante a fase da tomada de papel do outro e, o
fato de o terapeuta emprestar sua voz à almofada, que representa o próprio
sujeito vão criando este aquecimento e propiciando um "como se" mais
substancial, onde aquela relação parece estar ocorrendo no aqui e agora. As
informações colhidas nessa técnica se prestam a várias funções: saber melhor
como o paciente se sente visto pelo papel complementar; enxergar uma nova
verdade através da tomada do ponto de vista do outro; responder para si mesmo
as perguntas que tem por fazer ao papel complementar. Porém, a utilização
desta técnica fica prejudicada quando o paciente não tem condições de
discriminar seu mundo interno do outro ou quando perdem esta capacidade
devido à intensidade da emoção evocada. No psicodrama em grupo esta técnica
também é largamente utilizada, sendo monitorado o seu uso com a participação
de egos auxiliares, que ocupam ou encarnam os papéis dos personagens
internos do paciente, de figuras do seu mundo interno ou relacional, de seus
sentimentos, etc.” (RAMALHO, 2010, P. 29). Na inversão de papéis, o ego
auxiliar tem essa oportunidade de aprender o papel que ele vai desempenhar
com o protagonista. Este vai sacar muitas compreensões do outro que está
invertendo os papéis. Há uma representação do papel do outro e cada um vai
percebendo essa dinâmica. E ao viver o papel e o do outro aumenta a
compreensão acerca da outra pessoa. E assim o indivíduo vai compreendendo
não apenas as ações da outra pessoa, como também as suas e, assim, vai
resolvendo muitas pendências pois clareia os mal entendidos, as injustiças, vai
quebrando as barreiras do afastamento e surge momentos de aproximação.
Assim, uma vez rompendo certos preconceitos e a comunicação vai fluir
naturalmente. O indivíduo vai se libertando das amarras, das coisas reprimidas
no inconsciente e que se alojaram ao longo da vida do indivíduo. Ele vai
incorporando melhor o seu papel na medida em que toma o papel do doutro
nessa relação e, conforme Moreno, cada um vê o outro com os seus próprios
olhos e com os olhos do outro.

[07:40, 01/04/2020] Professor Parente: 1.103. “Se eu tivesse cumprido todas as


regras, eu nunca teria chegado em qualquer lugar” Marilyn Monroe, Jornal “O
Povo”, caderno “Vida & Arte”, Coluna de Sônia Pinheiro, 03.11.17, p. 2.
[07:46, 01/04/2020] Professor Parente: 186. Técnica do Espelho: “Esta consiste
em o terapeuta se colocar na postura física que o paciente assume em
determinado momento da dramatização, com o objetivo de que o paciente,
olhando para si de fora da cena, perceba com todos os aspectos presentes nela.
É um recurso útil para o fim de dramatizações, pois é uma das técnicas que
melhor favorece o insight. No caso do psicodrama a dois ou bipessoal, o
terapeuta pode se colocar no papel do paciente ou pode colocar uma almofada
em seu lugar e descrever verbalmente o que percebe, sugerindo que o paciente
assim o veja também. Porém, essa técnica corre o risco de ser uma técnica
agressiva, sobretudo se tomar a forma de uma caricatura. Seu benefício
terapêutico se perde, suscitando um acirramento das defesas” (RAMALHO,
2010, p. 28 e 29). O protagonista vê seu comportamento estampado no outro
como num espelho. O ego auxiliar passa a espelhar o comportamento do
protagonista. E este assiste toda a cena frente a frente e, às vezes pode ser
chocante, correndo o risco, como diz a autora de ser uma técnica agressiva.
Portanto, as técnicas são instrumentais valiosos mas que requer competência e
habilidade para exercê-la bem. É por isso que se torna necessário estar em
constante processo de avaliação da sessão e aprender com o momento do
compartilhamento que é o terceiro momento do Psicodrama. Mas, não se pode
deixar de exercê-la bem, pois os erros vão sendo dirimidos com as
aprendizagens de cada sessão terapêutica e psicodramática.

[08:38, 02/04/2020] Professor Parente: 96. “Passemos agora a examinar os dois


conceitos fundamentais que acabo de mencionar Tele e Transferência. Moreno
torna a produzir algumas contradições que convém esclarecer: chama tele ao
substrato das relações interpessoais. Aqui aparece tele como termo genérico. O
fator tele pode conter duas variáveis duas variáveis: uma fisiológica, normal ou
desejável que assegura a correta percepção em ambas as direções, a que
também denomina tele e isto favorece as confusões. O outro aspecto é o
responsável pelas distorções de uma ou ambas as partes e a isto chama
transferência. Se pensarmos no conceito de complementar interno patológico
veremos que é este o responsável pelas relações transferenciais, em que o outro
é uma figura de seu mundo interno, fica claro que em seu aspecto mais profundo
a relação tele-transferência é de limites muito amplos, não há relação totalmente
télica nem totalmente transferencial. Do ponto de vista da relação tele-
transferencial é interessante definir-se a partir de que posição se efetuam as
intervenções terapêuticas tanto verbais como psicodramática” (BUSTOS, 1982,
p. 25).
[08:38, 02/04/2020] Professor Parente: Bustos mostra que os termos tele e
transferência são complexos e não podemos dizer que eles são totalmente
distintos. E descreve isso muito bem. Há algumas contradições produzidas por
Moreno, segundo Bustos. Na transferência há algumas distorções, mas há um
aspecto profundo em que há limites mais amplos na relação tele-transferência,
pois, para Bustos não há relação totalmente télica nem totalmente transferencial.

[06:26, 03/04/2020] Professor Parente: 97. “O que é exatamente que se


transfere?
Responder a esta pergunta de maneira profunda exigiria mais tempo do que
disponho neste momento. Não obstante, vou expor alguns pontos para serem
discutidos. Moreno nos fala de transferência de emoções ou de distorção de
percepção, assim como a contrapõe à tele, à qual define como empatia de dupla
direção ou percepção recíproca correta. Então, torna-se difícil estabelecer um
limite entre tele e transferência.
Talvez seja mais correto falar de captação e não de percepção, termo que
poderia dar lugar a equívocos ao parecer referir-se somente ao substrato
anatomofisiológico do fator tele. Ao falar da matriz de formação de símbolos
veremos como cada símbolo contém toda a história e experiência de uma
pessoa, seus valores, sua cosmovisão.
Ao captar o outro sempre o fazemos a partir desta subjetividade. O outro que
vemos sempre é ele mais quem o está vendo. Por isto, até certo ponto, a
captação do outro de forma absoluta é mera ilusão.
Por isso, Moreno nos diz que a transferência é um processo estritamente
subjetivo, enquanto que o processo tele é um sistema objetivo das relações
interpessoais 8, devemos redefini-lo a partir de sua necessidade de enfatizar a
importância do predomínio télico na relação terapêutica. Se sempre há certo grau
de distorção, ainda na relação de encontro profundo, o contrário também é certo:
sempre há um certo grau de tele na relação, de transferência. A correta captação
de determinados sinais do outro subjaz a todo vínculo transferenciais” (BUSTOS,
1982, p. 26 e 27).
[06:26, 03/04/2020] Professor Parente: É difícil delimitar os fatores
transferenciais e télicos nas relações entre pessoas. Pois o outro que vemos
sempre é ele mais quem o está vendo. É ilusão captar o outro de uma forma
completa e absoluta. A relação é sempre intersubjetiva e sempre vai ocorrer
certos graus de distorções até porque ninguém é perfeito e isso é uma longa
conquista como já dizia Bergson quando se referia à liberdade. Também não há
esse encontro profundo. Há graus de tele numa relação transferencial, há graus
de tele, mas também há muitos graus de pequenas distorções nas relações vez
que há um imbricamento nas relações interpessoais. Eu vejo o outro também a
partir de mim, como me vejo e há muita coisa que está a níveis inconscientes.
As relações interpessoais são bastante complexas pois o homem é um ser
carregado de muita complexidade.

Do livro*
O Amor nos Tempos do Cólera
Gabriel Garcia Marques.

- Capitão, o menino está preocupado e muito inquieto devido à quarentena que


o porto nos impôs!
- O que te inquieta, menino? Não tens comida suficiente?
Não dormes o suficiente?
- Não é isso, Capitão. É que não suporto não poder ir à terra e abraçar minha
família.
- E se te deixassem sair do navio e estivesses contaminado, suportarias a culpa
de infectar alguém que não tem condições de aguentar a doença?
- Não me perdoaria nunca, mas para mim inventaram essa peste.
- Pode ser, mas e se não foi inventada?
- Entendo o que queres dizer, mas me sinto privado da minha liberdade, Capitão,
me privaram de algo.
- E tu te privas ainda mais de algo.
- Está de brincadeira, comigo?
- De forma alguma. Se te privas de algo sem responder de maneira adequada,
terás perdido.
- Então quer dizer, segundo me dizes, que se me tiram algo, para vencer eu devo
privar-me de mais alguma coisa por mim mesmo?
- Exatamente. Eu fiz quarentena há 7 anos atrás.
- E o que foi que tiveste de te privar?
- Eu tinha que esperar mais de 20 dias dentro do barco. Havia meses em que eu
ansiava por chegar ao porto e desfrutar da primavera em terra. Houve uma
epidemia. No Porto Abril nos proibiram de descer. Os primeiras dias foram duros.
Me sentia como vocês. Logo comecei a confrontar aquelas imposições utilizando
a lógica. Sabia que depois de 21 dias deste comportamento se cria um hábito, e
em vez de me lamentar e criar hábitos desastrosos, comecei a comportar-me de
maneira diferente de todos os demais. Comecei com o alimento. Me impus comer
a metade do quanto comia habitualmente. Depois comecei a selecionar os
alimentos de mais fácil digestão, para não sobrecarregar o corpo. Passei a me
nutrir de alimentos que, por tradição histórica, haviam mantido o homem com
saúde.
O passo seguinte foi unir a isso uma depuração de pensamentos pouco
saudáveis e ter cada vez mais pensamentos elevados e nobres. Me impus ler ao
menos uma página a cada dia de um argumento que não conhecia. Me impus
fazer exercícios sobre a ponte do barco. Um velho hindu me havia dito anos
antes, que o corpo se potencializava ao reter o alento. Me impus fazer profundas
respirações completas a cada manhã. Creio que meus pulmões nunca haviam
chegado a tamanha capacidade e força. A parte da tarde era a hora das orações,
a hora de agradecer a uma entidade qualquer por não me haver dado, como
destino, privações graves durante toda minha vida.
O hindu me havia aconselhado também a criar o hábito de imaginar a luz
entrando em mim e me tornando mais forte. Podia funcionar também para as
pessoas queridas que estavam distantes e, assim, integrei também esta prática
na minha rotina diária dentro do barco.
Em vez de pensar em tudo que não podia fazer, pensava no que faria uma vez
chegado à terra firme. Visualizava as cenas de cada dia, as vivia intensamente
e gozava da espera. Tudo o que podemos obter em seguida não é interessante.
Nunca. A espera serve para sublimar o desejo e torná-lo mais poderoso. Eu me
privei de alimentos suculentos, de garrafas de rum e outras delícias. Me havia
privado de jogar baralho, de dormir muito, de praticar o ócio, de pensar apenas
no que me privaram.
- Como acabou, Capitão?
- Eu adquiri todos aqueles hábitos novos. Me deixaram baixar do barco muito
tempo depois do previsto.
- Privaram vocês da primavera, então?
- Sim, naquele ano me privaram da primavera e de muitas coisas mais, mas eu,
mesmo assim, floresci, levei a primavera dentro de mim, e ninguém nunca mais
pode tirá-la de mim.

1.104. “Você pode resistir até que, em algum momento, verá que o único
caminho é tornar-se amigo do outro, por mais difícil que isso possa ser. É fácil
amar algumas pessoas, outras é quase impossível. É fácil amar aquela pessoa
por quem você está apaixonado, mas o convite é para amar o seu ex-marido,
aquele que te traiu; amar o seu pai que te maltratou ou aquela pessoa
irresistivelmente desagradável; amar a quem não te ama e quer te matar... Esse
é o seu maior desafio: amar a todos sem distinção” Sri Prem Baba. Jornal “O
Povo”/Vida & Arte, 02.11.17, p. 5.

187. Técnica da Inversão dos Papéis - “Essa provavelmente é uma das técnicas
clássicas mais utilizadas na clínica. Propicia além da vivência do papel do outro,
o emergir de dados sobre o próprio papel que, sem este distanciamento, não
seria possível. Para Cukier (1992), no psicodrama bipessoal, a evolução da
tomada de papel à possibilidade de realmente experimentar ser o outro, se dá
através do aquecimento. A técnica da entrevista feita pelo terapeuta, durante a
fase da tomada de papel do outro e, o fato de o terapeuta emprestar sua voz à
almofada, que representa o próprio sujeito vão criando este aquecimento e
propiciando um "como se" mais substancial, onde aquela relação parece estar
ocorrendo no aqui e agora. As informações colhidas nessa técnica se prestam a
várias funções: saber melhor como o paciente se sente visto pelo papel
complementar; enxergar uma nova verdade através da tomada do ponto de vista
do outro; responder para si mesmo as perguntas que tem por fazer ao papel
complementar. Porém, a utilização desta técnica fica prejudicada quando o
paciente não tem condições de discriminar seu mundo interno do outro ou
quando perdem esta capacidade devido à intensidade da emoção evocada. No
psicodrama em grupo esta técnica também é largamente utilizada, sendo
monitorado o seu uso com a participação de egos auxiliares, que ocupam ou
encarnam os papéis dos personagens internos do paciente, de figuras do seu
mundo interno ou relacional, de seus sentimentos, etc.” (RAMALHO, 2010, p.
29). Aqui a técnica da inversão de papéis ajuda a desenvolver a empatia, o
colocar-se no lugar do outro. As pessoas vivem tanto o seu papel como o do
outro, segundo Moreno e isso permite que haja uma maior compreensão do
outro. É um exercício da percepção de si e do outro que vai se desenvolvendo.
Moreno dizia que essa técnica ajuda a libertar coisas reprimidas no inconsciente
ao longo dos tempos. Aumenta a independência nas crianças e isso facilita as
relações interpessoais.

[07:31, 07/04/2020] Professor Parente: 1.105. “A mente é a árvore da realização


dos desejos. Absolutamente, tudo que se manifesta na vida, tudo que
entendemos por realidade, é criada por ela. Criamos o que desejamos e muitas
vezes, sem ter consciência, desejamos o mal. Isso ocorre porque as marcas dos
traumas infantis ficam registradas no subconsciente e se transformam em
imagens congeladas. Tais imagens se tornam formas rígidas de pensamento
que também podemos chamar de crenças e que funcionam como comandos
para amente. Dessa forma acabamos materializando coisas que,
aparentemente, não desejamos” Sri Prem Baba. Jornal “O Povo”, Vida & Arte,
06.11.17, p. 5.
[07:44, 07/04/2020] Professor Parente: 188. Técnica do Solilóquio - “Esta
consiste em se pedir ao paciente que "pense alto", como se fosse possível haver
um alto-falante em sua cabeça. É útil sempre que o paciente apresenta-se
inquieto ou dá mostras de estar se atendo a condutas socialmente esperadas e,
portanto, estereotipadas. Colabora muito para pesquisar resistências e aquecer
o paciente para uma ação dramática, mas quanto menos solilóquio for
necessário, mais o paciente está aquecido numa ação dramática” (RAMALHO,
2010, p. 30). Quando o paciente pensa alta, ele vai tomando consciência de si
de muitas ações suas e permite assim que ele se corrija de algumas falhas
notadas, pois ele vai exprimir expressar sentimentos, emoções que às vezes
entram em contradição. Falar sem haver uma correspondência com o sentir é se
distanciar de si e o solilóquio permite uma aproximação maior de si e o fato
precisa ser coerente consigo mesmo. É conveniente mostrar assertividade sobre
o que a pessoa sente naquela determinada ocasião. A coerência é um ponto
importante para se atingir essa meta. Segundo Moreno (1988, p. 90), “Solilóquio
é uma das técnicas verbais utilizadas para tornar expressáveis níveis mais
profundos do “mundo interpessoal” do protagonista”.

[07:58, 08/04/2020] Professor Parente: 1.106. “A alegria faz amar a vida e amor
à vida representa metade da saúde. A tristeza, o ódio, o desprezo aceleram a
velhice” Iva Leivas Piúma.
[08:01, 08/04/2020] Professor Parente: 189. ETAPA DO COMPARTILHAMENTO
- “Moreno chama essa terceira e última etapa da sessão de participação
terapêutica do grupo, pois nela todos os participantes são solicitados a
compartilhar com o protagonista os sentimentos, as emoções e os pensamentos
eliciados pelo trabalho dramático. Esta etapa é fundamental para as elaborações
verbais dos conteúdos manifestos. No psicodrama bipessoal processual, Cukier
(1992) adverte que esse compartilhar de experiências e emoções deve ser
entendido com certa cautela. Em primeiro lugar, a relação terapêutica é, de fato,
assimétrica em muitos aspectos. Em segundo lugar, não é possível imaginar o
cotidiano de um terapeuta que compartilhe experiências em todas as sessões
dramatizadas com todos os pacientes. A autora ainda adverte que o terapeuta
tem que sempre avaliar se o seu Compartilhar está a serviço dele mesmo ou de
seu paciente e que esta avaliação não é fácil, posto que exige certa humildade
de perceber as próprias necessidades e a capacidade de direcionar a obtenção
de satisfação narcísica em outras fontes que não no paciente” (RAMALHO, 2010,
p. 34). Trata-se de uma oportunidade de clarear ainda mais os sentimentos que
ainda não estão claros. É um momento em que há uma troca de feedbacks tão
necessários para a obtenção de uma maior compreensão de si e do outro. Há
uma participação de todos no processo. Tudo vai ser compartilhado,
sentimentos, emoções, pensamentos, etc. E esse momento também deve ser
visto com muito cuidado e o terapeuta precisa estar consciente da sua
capacidade de discernir bem as suas próprias necessidades e as do outro.
O fim de uma era. A cidade mais privilegiada de Itália está na fila para o pão. A
partir de Milão, onde vive e está isolado, o escritor italiano Antonio Scurati
escreve o que vê da janela da sua casa.

Como posso convencer a minha mulher de que, enquanto olho pela janela, estou
a trabalhar? — perguntava-se Joseph Conrad no início do século passado.
Eu, em vez disso, pergunto-me: como posso explicar à minha filha que, quando
olho pela janela, vejo o fim de uma era?
A era em que ela nasceu, mas que não conhecerá, a era do mais longo e
distraído período de paz e prosperidade desfrutado na história da Humanidade.
Vivo em Milão, até ontem a mais evoluída, rica e brilhante cidade de Itália, uma
das mais desejadas do mundo. A cidade da moda, do design, da Expo.
A cidade do aperitivo, que deu ao mundo o Negroni Sbagliato e a happy hour e
que hoje é a capital mundial do Covid-19, a capital da região que, sozinha, soma
trinta mil contágios confirmados e três mil mortos.
Uma taxa de mortalidade de 10 por cento, os caixões empilhados à frente dos
pavilhões dos hospitais, uma pestilência vaporosa que paira sobre as torres da
sua catedral como sobre as cidades amaldiçoadas das antigas tragédias gregas.
As sirenes das ambulâncias tornaram-se a banda sonora dos nossos dias; as
nossas noites são atormentadas por homens adultos que choramingam no sono:
“O que é, sentes-te bem?”.
“Nada, não é nada, volta a dormir”.
Milhares de amigos, parentes e conhecidos tossem até cuspir sangue, sozinhos,
fora de todas as estatísticas e sem qualquer assistência, nas camas dos seus
estúdios decorados por arquitetos de renome.
Se, neste momento, olhar pela janela, vejo uma pobre loja de conveniência
gerida com admirável diligência por imigrantes cingaleses.
Até ontem, era uma singular anomalia neste bairro semicentral e, ao seu modo
elegante, uma nota dissonante.
Hoje é um lugar de peregrinação. Na fila para o pão em frente às suas vitrinas
despidas, vejo homens e mulheres que até ontem o desdenhavam por não ter a
sua marca preferida de farinha.
Ficam, apoiados pela disciplina do desânimo, a um metro de distância uns dos
outros, ao mesmo tempo ameaçadores e ameaçados, com máscaras
improvisadas, feitas de pedaços de tecido com os quais, até ontem, protegiam
as plantas exóticas do seu roof garden, gazes desfiadas penduradas nos seus
rostos com a melancolia mole dos restos de uma era acabada.
Vejo estes homens e estas mulheres tristes, incongruentes consigo mesmos.
Olho-os. Não tenho nenhuma intenção de os diminuir ou de troçar deles.
São homens e mulheres adultos, contudo por cima das máscaras mostram o
olhar assustado das crianças carentes.
Chegaram totalmente despreparados ao seu encontro com a história e, no
entanto, precisamente por este motivo, são homens e mulheres corajosos.
Fizeram parte do pedaço mais abastado, protegido, longevo, bem vestido,
nutrido e cuidado da Humanidade a pisar a face da Terra e, agora, na casa dos
cinquenta, estão na fila do pão.
A sua aprendizagem na vida foi uma longa aprendizagem da irrealidade
televisiva.
Tinham vinte anos quando assistiram, a partir das suas salas de estar, à primeira
guerra da história humana ao vivo na televisão, trinta quando foram alvejados
através dos televisores pelo terror midiático, quarenta quando a odisseia dos
condenados da terra aterrou nas praias das suas férias.
Todos encontros fatídicos que não poderiam perder. As grandes cenas da sua
existência foram consumidas em eventos midiáticos, foram guerreiros de sala,
banhistas nas praias dos migrantes, veteranos traumatizados pelas noites
passadas em frente à televisão. E agora estão na fila do pão.
A sua infância foi uma mangá japonesa, a sua juventude uma festa de piscina —
lembram-se? Era sábado à noite e íamos a uma festa; era sempre sábado à
noite e íamos sempre a uma festa —, a sua idade adulta é um tributo a uma
trindade insossa e feroz: o frenesi do trabalho, os verões na praia, o sublime do
spa.
Viveram bem, melhor do que qualquer outra pessoa, mas quanto mais viviam,
mais inexperientes eram na vida: nunca conheceram o terror da guerra, nunca
foram tocados pelo sentimento trágico da existência, nunca viveram uma
questão sobre o seu lugar no universo.
E agora, aos cinquenta anos, com os cabelos já brancos, o abdómen prolapso e
a ânsia que lhes incomoda os pulmões, estão na fila do pão.
Turistas compulsivos, correram o mundo sem nunca sair de casa e agora a sua
casa marca para eles os limites do mundo; sofreram quase só dramas interiores
e agora o drama da história catapulta-os para a linha de fogo de uma pandemia
global; têm uma casa na praia e um carro de última geração, mas agora estão
na fila do pão; tiveram mais cães do que filhos e agora arriscam as suas vidas
para levar o seu caniche a mijar.
Olho-os da janela do meu estúdio enquanto escrevo.
Observo-os enquanto o número de mortes sobe para quatro mil, enquanto o
contágio cresce exponencialmente, enquanto sustenho a respiração para não
inalar o ar do tempo.
Olho-os e compadeço-me deles porque foram a geração mais sortuda da história
humana, mas, depois, tocou-lhes viver o fim do seu mundo justamente quando
começaram a ficar demasiado velhos para esperar um mundo vindouro.
Porém, terão de o fazer. E o farão, estou seguro. Vão ter de imaginar o mundo
que têm sido obrigados a experimentar nestes dias: um mundo que se questiona
sobre como educar os próprios filhos, sobre como preservar um ar respirável,
sobre como cuidar de si e dos outros.
Uma era acabou, outra começará.
Amanhã.
Hoje estamos na fila para o pão. Hoje os jornais titulam: "resiste, Milão!" E Milão
resiste.
Lanço um último olhar pela janela sobre os meus contemporâneos dos cinquenta
anos, os meus concidadãos milaneses, os meus rapazes repentinamente
envelhecidos: como são grandes e patéticos com os seus ténis de corrida e as
suas máscaras cirúrgicas.
Tenho piedade, compreendo-os, compadeço-me deles. Dentro de alguns
segundos estarei na fila junto deles.

#Antonio Scurati é prof. de Linguística e Comunicação na Universidade de Milão.


Com o livro "M - O filho do século", Scurat ganhou o Prêmio Strega, o mais
importante da literatura italiana. O texto acima é da publicação portuguesa

[10:33, 09/04/2020] Professor Parente: 98. “O gesto de rejeição do terapeuta


pode ser captado corretamente pelo paciente e é fundamental compreender até
que ponto a captação é certa e nos achamos diante de uma relação télica e
quando diverge para dar lugar à transferência. Ali importa investigar a distorção
da interpretação do sinal percebido, cuja proporcionalidade e estrutura temática
pode ter relação com um conflito interno.
Voltamos aqui ao conceito de complementar interno patológico. Se uma
dinâmica relacional permanecer fixada a um modus operandi primário, oferecerá
comportamentos e emoções ligados não ao complementar real e atual, mas a
seu interno patológico.
Aqui talvez esteja a tentativa de resposta à pergunta sobre o que se transfere:
não é um papel, como personagem interno (embora em momentos de grande
necessidade possa sê-lo), mas um complexo de características combinadas de
papéis complementares e, além disso, dos vínculos entre esses personagens,
assim como pode referir-se a emoções ligadas a aspectos parciais dos mesmos”
(BUSTOS, 1982, p. 27).
[10:33, 09/04/2020] Professor Parente: Aqui adentramos num campo bastante
difícil e se refere aos gestos de aceitação e rejeição além de observar até que
ponto a captação é correta mesmo. Pois há componentes que ficam difíceis até
de compreender devido um certo grau de patologia e conflitos que se instalam.
Não é fácil responder à pergunta o que é que se transfere?

[09:07, 10/04/2020] Professor Parente: 99. “Para Ancelin-Schützenberger (94) a


essência do Psicodrama repousa na definição do homem em quatro dimensões:
a) o conjunto de papéis que representa na vida; b) a rede de interações de todas
as pessoas com as quais está em rela; c) seu “átomo social” (seu mundo pessoal
afetivo); d) seu “status sociométrico”, ou seja, sua “cota de amor” nos grupos a
que pertence. Seu “ser no mundo” se manifestaria também por seu grau de
espontaneidade e de comunicação verdadeira (tele)” (FONSECA FILHO, 1980,
p. 8).
[09:07, 10/04/2020] Professor Parente: A essência do Psicodrama dá um sentido
à vida. No final, trata-se de um movimento de encontro com o outro que é o
encontro com a vida.

[07:14, 13/04/2020] Professor Parente: 1.107. “A auto responsabilidade é uma


chave mestra do caminho da realização. Enquanto não assumimos
responsabilidade por tudo que acontece em nossas vidas, o que inclui tomar
consciência do nosso desejo pelo negativo, continuamos andando em círculos,
alimentando a crença de que somos vítimas indefesas. É muito mais fácil apontar
o dedo para o outro e dizer que ele é culpado pelo nosso sofrimento do que
assumir que somos nós que escolhemos ser infelizes” Sri Prem Baba, Jornal “O
Povo/Vida & Arte”, 03.11.17, p. 7.
[07:17, 13/04/2020] Professor Parente: 190. “Na visão moreniana , os recursos
inatos do homem são a espontaneidade, a criatividade e a sensibilidade. Desde
o início, ele traz consigo fatores favoráveis a seu desenvolvimento, que não vêm
acompanhados por tendências destrutivas. Entretanto, essas condições, que
favorecem a vida e a criação, podem ser perturbadas por ambientes ou sistemas
sociais constrangedores. Nesse caso, resta a possibilidade de recuperação dos
fatores vitais, através da renovação das relações afetivas e da ação
transformadora sobre o meio” (GONÇALVES et al., 1988, p. 45). O homem tem
dentro de si potencialidades incríveis para se construir e construir a humanidade.
Ao nascer, ele é um ser que participa e que é sujeito de transformação da
realidade. E participa desde o nascimento, momento em que entra na cena da
vida real. O homem é um ser ativa e Moreno definia que à capacidade de
responder adequadamente à situação usada pela primeira vez no nascimento,
Moreno deu o nome de espontaneidade. E a espontaneidade está presente no
momento do nascimento. A criança nasce espontânea e, devido a fatores
adversos do ambiente, ele deixa de ser espontâneo e vai se tornando uma
pessoa rígida e severa com ele mesmo. O ambiente apresenta obstáculos ao
desenvolvimento da espontaneidade.

[07:43, 14/04/2020] Professor Parente: 1.108. “Ler também ajuda no combate ao


estresse. “Na medida em que você vai lendo, vai fazendo sinapses neurais. Seu
cérebro vai trabalhando, recebendo novas informações e este movimento
permite que a pessoa tenha mais saúde física e emocional”, explica a terapeuta
holística e educadora empresarial especializada em Programação
Neurolínguística, Magui Guimarães”, Jornal “O Povo/Empregos & Carreiras”,
05.11.17, p. 4.
[07:46, 14/04/2020] Professor Parente: 191. “A Revolução Criadora moreniana é
a proposta de recuperação da espontaneidade e da criatividade, através do
rompimento com padrões de comportamento estereotipados, com valores e
formas de participação na vida social que acarretam a automatização do ser
humano (conservas culturais)” (GONÇALVES et al., 1988, p. 46). Somos
agentes do nosso próprio destino e é preciso que nos reconheçamos assim para
nos sentirmos vivos. Nós não somos peças de engrenagens em que os outros
procuram nos colocar nessa situação. Quando o ser humano se permite reduzir
a essas condições, ele vai aos poucos se privando da sua espontaneidade.
Somos, até mesmo de forma inconsciente, privados de nossa espontaneidade.
Somos tratados de forma mecanicista e como uma máquina.

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