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Terapia Centrada na Pessoa

A Terapia Centrada na Pessoa (TCP) tinha a visão do processo terapêutico


como uma relação de cooperação entre o terapeuta e o cliente. Nessa relação,
é visado o desenvolvimento pleno, a descoberta do “eu” e a autorealização.

A tese defende que não se deve dar ênfase apenas aos problemas e situações
ruins vividas anteriormente, vistas de um aspecto racional e intelectual, mas
sim a todos os sentimentos que envolvem emocionalmente a pessoa. E o mais
importante, dando ênfase a como a pessoa está se sentimento no momento
presente.

Na TCP, é colocado que toda pessoa possui uma tendência natural a


atualização, sendo promovida de acordo com as suas relações. Sendo essa
tendência a atualização, o que impulsiona o indivíduo para seu
desenvolvimento e realização pessoal.

E para que ocorram essas atualizações, é necessário que ocorra em um


ambiente facilitador. Esse ambiente possui as seguintes características:

Essa parte é bem importante!! Esses são basicamente os 3 pilares em que


Rogers escreveu sua teoria. Segundo ele esses são fatores indispensáveis
para que o processo terapêutico tenha um efeito positivo

1. Aceitação Positiva Incondicional

Ela consiste em que o terapeuta aceite incondicionalmente o seu cliente, não


fazendo julgamentos ou censuras. O terapeuta deve estar aberto a ouvir ambos
os pensamentos positivos, quanto negativos do paciente.

2. Empatia

A empatia é a capacidade do terapeuta conseguir se colocar no lugar do


paciente. De sentir como ela está se sentindo, e como os eventos ao seu redor
lhe afetam. A empatia ajuda o terapeuta a pensar como tudo que a pessoa está
lhe afetando, e a partir disso moldar a melhor forma de ajudá-la.

3. Autenticidade

O psicólogo deve ser autêntico no sentido de transparente e verdadeiro, ele


expressar o que sente, sem enganar o paciente ou a si mesmo. Isso faz com
que o terapeuta possa trazer reflexões ao paciente, ao ser mais objetivo em
suas colocações.

Assim, todas essas condições são importantes para que o paciente se sinta
aceito e compreendido. Ao perceber que está sendo entendido, o paciente se
desenvolve pessoalmente e há um crescimento genuíno.
Na teoria, as três condições são igualmente importantes. Porém, dependendo
do paciente, uma ou outra pode se sobrepor. Dessa forma, é função do
terapeuta ficar atento e identificar qual a maior necessidade do cliente.

Outro ponto que a gente precisa destacar galera é o fato de Rogers


deixar muito claro que seu objetivo é entender cada pessoa como um
indivíduo extremamente complexo vou deixar aqui alguns trechos do
livro:

“Descobri que sou mais eficaz quando posso ouvir a mim mesmo aceitando-me, e
quando posso ser eu mesmo. Julgo que aprendi isto com meus clientes, bem como
através da minha experiência pessoal - não podemos mudar, não podemos afastar
do que somos enquanto não aceitarmos profundamente o que somos.”

“A experiência mostrou-me que as pessoas têm, fundamentalmente, uma


orientação positiva. Acabei por me convencer de que quanto mais um indivíduo é
compreendido e aceito, maior tendência tem para abandonar as falsas defesas que
empregou para enfrentar a vida, e para progredir num caminho construtivo.”

“Nas minhas relações com as pessoas descobri que não ajuda, a longo prazo, agir
como se eu fosse alguma coisa que eu não sou.”

“Sinto-me mais feliz simplesmente por ser eu mesmo e deixar os outros serem eles
mesmos.”

“O objetivo deste livro é o de compartilhar convosco algo da minha experiência -


alguma coisa de mim. Aqui está um pouco daquilo que experimentei na selva da
vida moderna, no território amplamente inexplorado das relações pessoais. Aqui
está o que vi. Aqui está aquilo em que comecei a acreditar. Foi esta a forma como
tentei verificar e pôr à prova aquilo em que acreditava. Aqui estão algumas das
perplexidades, questões, inquietações e incertezas que tive de enfrentar. Espero
que o leitor possa encontrar neste livro que lhe é dedicado algo que lhe diga
respeito.”

Por fim vou deixar aqui em baixo em amarelo uma conclusão do que julgo ser o
pensamento central de C. Rogers.

A hipótese central da abordagem centrada na pessoa é a de que o


indivíduo possui dentro de si mesmo vastos recursos para a auto-compreensão
e para alterar o seu auto-conceito, suas atitudes básicas e seu comportamento
auto-dirigido, e estes recursos podem ser liberados se um clima definido de
atitudes psicológicas facilitadoras puder ser oferecido. Na terapia o indivíduo
torna-se verdadeiramente um organismo humano, com todas as riquezas que
isso implica. Ele é realmente capaz de se controlar a si próprio e está
incorrigivelmente socializado nos seus desejos. E isto não é a besta do
homem. Apenas existe homem no homem.

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