Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
OBJETIVO:
OTransbordaéumespaçoqueconstruímosjuntascommuitoamor
e dedicação. O seu objetivo é proporcionar questionamentos,
ampliação de consciência, insights e crescimento, para ajudar
as pessoas a se conectarem consigo mesmas e a alcançarem
seus objetivos. Além de formar psicólogos mais autênticos,
livres e competentes.
01
INTRODUÇÃO
GESTALT-TERAPIA
A Gestalt-terapia é uma abordagem psicoterapêutica fundada
por Fritz e Laura Perls na década de 1940. Ela possui uma grande
bagagem teórica fundamentada: no existencialismo, que tem
grande contribuição para a visão holística do homem, o considerando
como um ser livre para fazer escolhas e ser responsável por elas; na
fenomenologia, que instrumentaliza o trabalho clínico da Gestalt-
terapia com a ideia da redução fenomenológica, compreendendo
os fenômenos e o sentido deles a partir da consciência de cada um;
e na postura dialógica, que nos chama a atenção para a importância
do vínculo estabelecido entre terapeuta e cliente, sendo este
imprescindível para que o processo psicoterapêutico aconteça e,
para isso, contamos com o auxílio do humanismo, trazendo a ideia
da compreensão empática ao indivíduo.
02
Nesse sentido, a Gestalt-terapia busca, através da redução
fenomenológica dos eventos e experiências do indivíduo, acessar
Gestalten abertas e possibilitar que ele integre todo o seu potencial
para se adaptar à realidade a sua frente. O objetivo é tornar o cliente
mais consciente de si mesmo, de suas necessidades e de como
interage com o meio.
INTRODUÇÃO À OBRA
03
CONCEITOS
1- ABERTURA
EXISTENCIAL
Para a Gestalt-terapia, neurose é um modo de viver rígido, repetitivo
e padronizado, que advém do acúmulo de Gestalten abertas, isto é,
da obstrução do processo de autorregulação, que se forma a partir
da insatisfação das necessidades. Por isso, se torna objetivo de um
processo terapêutico gestáltico proporcionar a abertura existencial
dos clientes com esse padrão neurótico de comportamento.
04
No decorrer do processo terapêutico, acessando suas frustrações,
questionando suas introjeções, falando sobre as suas inseguranças
e investigando de onde elas vinham, o cliente conseguiu se abrir
para novas experiências, correndo mais riscos, buscando outros
empregos, outras formas de se relacionar e modos de viver que
fossem mais adaptativos e trouxessem mais felicidade. Esse foi
o processo de abertura existencial que buscamos com todos os
clientes em um processo gestáltico.
2- AJUSTAMENTO
CRIATIVO
Ajustamento criativo é um dos conceitos fundamentais para a Gestalt-
terapia. Essa abordagem considera o homem uma totalidade que se
autorregula a partir do contato com o meio – interação organismo/
meio. O ajustamento criativo é uma das formas de contato com
o meio que inclui autorregulação, abertura ao novo e um contato
vitalizante, em contraposição à um controle externo, dependência,
aprisionamento ao passado e comportamentos repetitivos.
05
e imprimindo a sua marca nos acontecimentos da vida. Quando o
contato não é feito de forma criativa ele é apenas uma adaptação
excessiva, uma acomodação e cristalização de comportamentos.
Essa perspectiva implica que a psicoterapia é a restauração do poder
de ajustamento criativo do cliente. É um processo de atualização
de suas potencialidades criativas, tal qual só pode acontecer a
partir da tomada de consciência sobre sua vida, seus padrões e
comportamentos. Quanto mais insights um indivíduo tiver, mais
ampliação de consciência sobre sua vida, seu meio e suas relações
ele terá e, com isso, mais em awareness estará e, portanto, com
mais capacidade de se ajustar de forma criativa no meio.
3- AJUSTAMENTO
NEURÓTICO
Para a Gestalt-terapia um organismo saudável é aquele que
se autorregula e se ajusta criativamente no meio, no processo
de criação e destruição de figuras sem interrupção do ciclo. O
ajustamento neurótico é um modo de relacionar com o mundo que
06
não proporciona a autorregulação. Se refere àquilo que uma pessoa
faz diante de um problema, que não consegue contornar, ao recorrer
à formas desatualizadas e congeladas no passado. Esse movimento
interrompe o processo de percebermos o que realmente poderia
ser feito para solucionar aquele conflito (que seria o ajustamento
criativo). Mas é importante ressaltar que o ajustamento neurótico
foi no passado, em algum momento, um ajustamento criativo.
07
intimidade e se sentia sozinha. Isso atrapalhava sua vida amorosa,
social e até profissional. Mesmo em ambientes diferentes,
com uma nova realidade, ela continuava utilizando padrões de
comportamentos antigos que não eram mais adaptativos para o
momento. Muito pelo o contrário, lhe prejudicavam no momento
atual. E isso representa o ajustamento neurótico.
4- AMPLIAÇÃO DE
CONSCIÊNCIA
O processo de ampliação de consciência se dá a partir do
autoconhecimento e esse é um dos objetivos da psicoterapia
gestáltica. A partir do autoconhecimento, o indivíduo tem acesso
a suas reais necessidades, faz uma leitura de campo, do meio e
de suas relações de forma mais verdadeira. Tudo isso através da
exploração de si mesmo.
08
momento em que deixamos de lado todas as nossas crenças, teorias
e julgamentos para captar o sentido das experiências do nosso
cliente. Isso significa ajudar o cliente no processo de se dar conta
de suas necessidades, fechar Gestalten, integrar partes alienadas
e polaridades e tudo isso a partir dos insights. Esse movimento é o
que dá possibilidade ao cliente de ressignificar as suas experiências
e, assim, se abrir para o mundo.
5- ANGÚSTIA
O homem é liberdade e isso é condição promotora de angústia.
Angústia é um conceito muito importante no existencialismo, mas
que a Gestalt-terapia utiliza na sua prática clínica. O conceito não
está ligado a um sentimento negativo. É uma experiência valiosa
que ocorre quando tomamos consciência da nossa liberdade de
escolha e do vazio existencial. Angústia é o vazio. É viver em um
09
mundo cheio de possibilidades de escolha, com um vazio a ser
preenchido, mas sem a menor garantia de realização, sucesso ou
segurança.
10
6- ANSIEDADE
O organismo, para manter o seu equilíbrio homeostático, necessita
da interação com o meio e é por meio delas que ele assimila aquilo
que é nutritivo e rejeita aquilo que lhe é tóxico. A assimilação de
novos elementos é o que possibilita o crescimento.
11
ansiosa, impossibilitando o seu crescimento. No consultório,
buscamos identificar essas Gestalten abertas, ajudando o cliente
a reconhecer os seus desejos insatisfeitos, a fazer uma boa leitura
de si mesmo e do mundo. A intenção é fechar Gestalten, seja na
satisfação ou frustração, diminuindo a tensão organímisca e dando
possibilidade para que a pessoa se abra para o novo.
7- AUTOSSUPORTE
O conceito de autossuporte foi desenvolvido por Perls, em seus
escritos da década de 1960, e está diretamente ligado à maturidade
do indivíduo. “Amadurecimento é o desenvolvimento que se dá de um
apoio ambiental à independência pessoal”, ou seja, é a capacidade
do indivíduo de andar com seus próprios pés, se responsabilizando
por suas ações, sentimentos e pensamentos.
12
disponíveis no contato com o outro. Só é possível acontecer a
mudança, se o autossuporte do cliente for desenvolvido.
8- AUTORREGULAÇÃO
ORGANÍSMICA
Este conceito vem da Teoria Organísmica proposta por Kurt
Goldstein. Ele definia a autorregulação organísmica como uma
forma do organismo de interagir com o mundo, segundo a qual o
organismo pode se atualizar, respeitando sua natureza. Segundo
Goldstein, a emergência de tarefas, desafios, ou ações necessárias
para o bom funcionamento do organismo surgem, em determinado
momento, como prioridades para uma pessoa. Isso é o que Perls
chama de necessidades e desejos na teoria da Gestalt-terapia.
13
Esta interação com o meio pode se dar tanto através de reações de
aceitação e adaptação ao meio, quanto também através de ações
de rejeição e fuga do mesmo. Quando a continuidade do sistema
organísmico é ameaçada pelo contato com o meio, a retirada do
contato é uma tentativa de adaptação do organismo. Esta noção
de fuga e de resistência como respostas também de equilibração, é
claramente levada para o campo conceitual da Gestalt-terapia.
14
Por exemplo, um cliente controlador que chega ao consultório
relatando ter que controlar tudo sempre (seu trabalho, seu tempo
e suas relações), não está se equilibrando, está apenas alienando
sua insegurança, criando defesas de controle para não entrar em
contato com suas fragilidades e, desta forma, não se reconhece
verdadeiramente. É o papel da terapia compreender a necessidade
de controle e integrar suas partes inseguras para dar espaço para
a coragem e autenticidade.
9- AWARENESS
Awareness é um conceito central e fundamental para a Gestalt-
terapia. A tradução do inglês para o português se refere, de imediato,
à palavra consciência. No entanto, a Gestalt-terapia adota um
sentido mais próprio, que foi sintetizado por “saber da experiência”.
Então, awareness se refere ao fluxo da experiência aqui-agora em
que, a partir da interação presente entre o organismo e meio, é
configurado um sentido (saber tácito). É um saber imediato, implícito
do campo e de modo pré-reflexivo. É um saber da experiência aqui-
e-agora.
15
verdadeira - está aware - ele sabe o que fazer e como fazer, se
sentindo livre e responsável para escolher.
16
O ciclo de contato é a teorização pela qual Perls se utilizou para
pensar a forma como nos relacionamos com o mundo. A priori nem
todo contato é bom, nem toda fuga é doentia. Nenhum é bom ou
mau em princípio, ambos são formas de enfrentamento. O ciclo do
contato é o processo de satisfação de necessidades e serve para
explicar a forma como nos relacionamos com o mundo na busca
da satisfação de um desejo ou necessidade que surge no nosso
organismo.
17
A primeira etapa é a sensação: nessa fase, a pessoa sente uma
impressão vaga, uma inquietude. Ainda não há uma forma definida
que indique o que fazer com esse estímulo. A próxima etapa é o dar-
se conta: nessa fase a pessoa consegue dar nome a essa inquietude.
É tomada de consciência de uma necessidade (fome, sede, sexo,
contato etc.). O corpo compreende o conjunto de sinais e estímulos,
ou seja, eles se mostram, nessa fase, mais claros e definidos. A
próxima etapa é a da energização. Na medida que o corpo toma
consciência de sua necessidade, começa então o processo de
mobilização de energia que mobiliza todo o corpo para partir para
a ação e satisfazer essa necessidade. A partir disso, se dá, então, a
ação, isto é, o corpo se põem em marcha para alcançar a satisfação
da necessidade. É o fazer de fato. A quinta fase, a fase de contato, o
corpo entra em contato com o objeto de satisfação.
Se tenho sede, bebo água e ela agora faz parte do corpo. Essa etapa
é de transformação tanto para o indivíduo quanto para o meio. A
última fase, da retração, é a fase da retirada do objeto de satisfação.
Quando a necessidade foi satisfeita ficamos saciados e não há
mais o interesse, então há a retirada e o organismo permanece em
repouso até a próxima sensação.
18
relação que tinha com seus pais e que queria sair de casa, mas
não conseguia. Ao aprofundar no processo psicoterapêutico,
percebemos que ela não conseguia se movimentar para buscar
melhorar no emprego, procurar apartamento e ter movimento
para satisfazer seu desejo. Ela esperava que os pais dessem
dinheiro a ela e a ajudasse a sair de casa. Neste caso percebemos
uma pessoa travada, no ciclo de contato, na ação. Sabendo disso,
podemos localizar o mecanismo de defesa que está envolvido
neste bloqueio. Neste caso a cliente estava utilizando as defesas:
o egotismo, por querer que os pais resolvessem seu desejo para
ela; e a racionalização, pois utilizava de justificativas lógicas para
não enfrentar as suas inseguranças de tomar decisões sozinha.
Ambas defesas mantinham ela no mesmo lugar: insatisfeita e
na casa dos pais. Depois de percebido isto, buscamos entender
de onde vem este bloqueio que estava lhe travando no ciclo de
contato e fazendo com que ela não se realizasse no mundo.
Por trás disso tudo nos deparamos com uma pessoa insegura,
medrosa que não estava disposta a bancar a responsabilidade da
escolha de ter uma casa e arcar com as consequências, querendo,
inconscientemente, se manter dependente dos pais.
11-
CONTRATRANSFERÊNCIA
A Gestalt-terapia entende a transferência como a forma de percepção
e de se relacionar do cliente com o mundo. A contratransferência se
refere a resposta à transferência do cliente. Para a Gestalt-terapia
não há problema em o terapeuta expressar e revelar o que se sente
na relação. Isso também faz parte do processo e é o que torna a
relação autêntica, embora ela deva ser seletiva. Isso demonstra
empatia com o cliente, congruência consigo mesmo e simpatia na
relação Eu/Tu estabelecida entre cliente e terapeuta.
19
na relação e não se sente apenas como um objeto de interesse
profissional. Essa troca humaniza e passa confiança na relação. No
entanto, é importante frisar que é um compartilhamento seletivo e
que deve ser importante para o processo no dado momento e a todo
tempo consciente. Então dizemos que é uma contratransferência
em vigilância.
20
12- DEMANDA
INICIAL E DEMANDA
TERAPÊUTICA
Demanda, em sua definição, se refere à solicitação de um
determinado serviço. Todo cliente que chega até o nosso consultório
traz consigo uma demanda. Essa demanda, normalmente, fala de
um sintoma, uma questão, uma dificuldade, um problema ou um
conflito existente na vida da pessoa. Nem sempre se trata de uma
demanda terapêutica e, por isso, é importante falarmos sobre a
diferença entre demanda inicial e demanda terapêutica.
21
processo de desvelar da consciência.
13- DOMINADOR E
DOMINADO – TOP DOG
E UNDERDOG
Muitas das nossas necessidades individuais se opõem à sociedade.
Competição, necessidade de controle, exigências de perfeição
e imaturidade são características de nossa cultura atual. As
expectativas neuróticas da sociedade levam o indivíduo a se
22
dissociar de sua própria natureza, impedindo seu processo de
integração. Então, para ser aceito pela sociedade, o indivíduo
responde com um conjunto de respostas fixas, ignorando seus
próprios sentimentos, desejos e emoções.
23
julgava muito e, com isso, desenvolveu vários sintomas ansiosos.
Permitir que sua sensibilidade aparecesse e entender de onde vinha
os seus julgamentos foi importante para eliminar os seus sintomas.
24
situações de dormir sozinho para não vivenciar a possível dor que
viveu no passado.
15- EXPECTATIVA
CATASTRÓFICA
A autorregulação organísmica mantém relação direta com a
fronteira de contato, já que é por meio do contato com o mundo
que necessidades são satisfeitas ou não. Ao atender a necessidade
da melhor forma possível, se ajustando criativamente, a Gestalt se
fecha, o organismo se equilibra e novas necessidades podem se
tornar figura.
25
consultório. E são elas que impedem a abertura para o novo, que
é o que traz crescimento. Por exemplo: “se eu terminar o meu
namoro, eu vou ficar sozinha para sempre” e é isso que impede
que a pessoa termine a relação e se abra para novas que poderiam
trazer mais felicidade e crescimento. É importante questionar
essas expectativas, entender de onde elas vieram, mas, também,
sustentar a angústia do cliente para lidar com as incertezas da
vida.
26
conseguindo ver e fundo é o contexto, o que está por trás daquilo que
eu consigo ver. Toda experiência vivida, os conflitos, dificuldades e
potencialidades fazem parte de um fundo, mesmo que esse fundo
não consiga se apresentar por completo. Na Gestalt devemos buscar
o fundo, pois é através dele que chegamos ao insight, o que dará
sentido ao problema, ou o conflito, e assim, reestruturar o campo
do cliente para que ele mesmo encontre uma solução.
E assim é hora de ir para o fundo. Nós vamos investigar o que está por
trás desta compulsão para entender o sentido dela para o cliente.
Para isso é necessário que nós, Gestalt terapeutas, exploremos
todo campo e história de vida do cliente: seu meio, suas relações
com pai, mãe, amigos e amores, sua relação com a comida, suas
experiências de vida, escolhas etc. Investigamos profundamente o
campo da vida do cliente para chegarmos ao insight, percebermos
o sentido da compulsão e fechar a Gestalt.
A objetivo é colocar luz nas questões do cliente. Neste caso ele vem
com uma demanda da compulsão que está consciente, está clara
e nós vamos sair desta figura e colocar luz no que está no fundo,
olhando mais profundamente para suas relações e decisões, por
exemplo.
27
17- GESTALT ABERTA
Todas as vezes que surge uma necessidade ou um desejo no
organismo de uma pessoa, uma Gestalt se abre. O ciclo do contato
explica o processo de satisfação das necessidades e desejos. Esse
ciclo, quando interrompido, é o que mantém as Gestalten abertas e é
exatamente o acúmulo de Gestalten abertas que geram as neuroses.
O ciclo é interrompido pela forma com que nos relacionamos com
nós mesmos e com o mundo.
28
No processo terapêutico é muito importante reconhecer todo esse
processo de Gestalten abertas e mecanismos que impedem o seu
fechamento, para que o cliente se relacione com o mundo de outra
forma e feche suas Gestalten.
18- INSIGHT
O Insight é a tomada de consciência de algo importante e significativo
a respeito da vida do cliente, durante o processo terapêutico. É a
percepção que o cliente tem do padrão ou configuração em sua
experiência, sentimento, comportamento e pensamento. Então se
refere ao momento que o cliente se dá conta da forma como tem
agido no mundo e do que o levou a agir assim.
29
é importante afirmar que os trabalhos terapêuticos costumam
favorecer e acelerar o surgimento de insights.
19- INTEGRAÇÃO DE
PARTES ALIENADAS
As partes alienadas se referem a partes que foram dominadas em
uma pessoa, ou seja, as partes que não podem aparecer para que
30
uma pessoa seja aceita pela sociedade.
20- MECANISMOS DE
DEFESA
Como já dito aqui neste Vocabulário, as fases do ciclo do contato
servem para todas as necessidades e desejos, desde os mais
simples e fisiológicos até necessidades emocionais mais
complexas. A existência de cada pessoa é vista em ciclos de contato
31
e retraimento, nos quais se chega à autorregulação organísmica
ou ajustamento criativo da pessoa em seu meio. Esse processo
acontece constantemente. Surgem necessidades para serem
satisfeitas e, quando concluídas, novas necessidades emergem.
INTROJEÇÃO
32
mundo social) e tóxicos (inibição do excitamento espontâneo e
criativo).
Exemplo: “só posso sair de casa quando casar”, “mulher não sabe
dirigir”, “tenho que me formar até os 25 anos”...
CONFLUÊNCIA
EGOTISMO
33
em relação às outras pessoas. O egotista impõe de tal forma sua
vontade, que negligencia a atenção ao seu meio; tem dificuldade
para dar e receber.
RETROFLEXÃO
DEFLEXÃO
34
de forma rasa, o que pode gerar a sensação de estar perdida (sem
contato com seu próprio desejo), além de confusa e deslocada.
DESSENSIBILIZAÇÃO
PROJEÇÃO
35
pessoa que não pode aceitar seus sentimentos e ações, porque
não deveria sentir ou agir de determinada maneira, entendendo o
sentimento ou ação como desagradável.
PROFLEXÃO
Ele está fora do contato com fontes de auto suporte que existem
dentro de si mesmo e com as várias opções que estão a seu dispor,
assim ele não vê alternativas em manipular e fazer manobras para
conseguir tocar o outro, ser reconhecido por ele e conseguir o que
deseja. É como se amasse para ser amado. Se adulasse para ser
adulado.
NEGAÇÃO
36
em negar alguma característica: “eu não sou assim”. Essa
característica ou sentimento diz sobre algo que envolve dor e
que não aceitamos ou reconhecemos em nós mesmos, por isso, a
tendência é negarmos.
RACIONALIZAÇÃO
FIXAÇÃO
37
21- MUDANÇA
Perls não possui em sua teoria um conceito claro de mudança na
Gestalt-terapia, mas ela fica implícita em seu trabalho e pode ser
explicada pela Teoria Paradoxal da Mudança, escrita por Arnold
Beisser, em 1970. Essa teoria diz que a mudança não ocorre quando
o indivíduo tenta de forma opressiva ser o que não é, e nem quando
o outro tenta mudá-lo, mas sim quando o indivíduo se esforça para
ser o que realmente é.
38
alienadas. A mudança é vista, então, como consequência do
processo.
39
entanto, foi apenas quando ele as aceitou e integrou-as como
parte de sua personalidade, que ele pode mudar. Ele conseguiu
acolher estas partes e só assim a mudança foi possível: ele se
encorajou se sentindo mais seguro e confiante.
22- NECESSIDADES/
DESEJOS
As necessidades e desejos se referem àquilo que o seu organismo
pede, naquele momento, para retomar ao seu equilíbrio
homeostático. As necessidades podem ser básicas: fome, sede,
sexo, sono etc. Na perspectiva da psicoterapia, dentro do conceito
de necessidades, está também o conceito de desejo, pois o ser
humano é mais complexo que apenas necessidades básicas.
40
mobilizar para satisfazê-los e a Gestalt se mantém aberta enviando
tensão para o corpo.
23- NEUROSE
A Gestalt-terapia é considerada como a terapia do contato. A
experiência humana se dá na fronteira de contato entre o organismo
e o ambiente. Acredita-se que estamos sempre em contato com
o meio e é por meio deste contato que o funcionamento humano
pode tornar-se saudável ou disfuncional. Para a Gestalt-terapia
uma relação de conflito existente entre o organismo e seu meio que
inicialmente vai determinar a neurose, embora aconteça depois um
processo de internalização desse conflito.
41
inevitável. Se torna neurótico na medida que esse comportamento
se torna repetitivo e padronizado, mesmo quando não mais
necessário. Dizemos que, diante de situações intoleráveis, as quais
não podem ser evitadas nem transformadas, o organismo prioriza
a necessidade de sobrevivência em detrimento de seu prazer e de
seu crescimento harmonioso, produzindo as neuroses.
42
da pessoa, ou seja, o que e como ela introjetou certos conceitos e
padrões, e o que ela alienou de sua personalidade. Tudo isso para
integrar todas essas partes.
24- REDUÇÃO
FENOMENOLÓGICA
A redução fenomenológica consiste numa suspensão momentânea
da “atitude natural” com a qual nós nos relacionamos com as coisas
do mundo. Isso significa deixar de lado todos os preconceitos,
teorias e definições que nós utilizamos para conferir sentido às
coisas. Fazemos isso para compreender as coisas como elas são
em si mesmas.
43
Por isso, utilizamos desse método o tempo todo no consultório. É
a forma que conseguimos captar o sentido da experiência para o
próprio cliente. Quando o cliente diz que está angustiado é preciso
entender, de antemão, o que é angústia para ele. É preciso, de modo
geral, saber como cliente sentiu e internalizou cada experiência.
44
seus compromissos e a procrastinação estava relacionada a sua
dificuldade em se tornar adulto.
25- RELAÇÃO
TERAPÊUTICA
A relação terapêutica entre cliente e terapeuta é um dos aspectos
mais importantes do processo psicoterapêutico e a Gestalt-terapia
utiliza a postura dialógica, da filosofia de Martin Buber, priorizando a
relação Eu-tu e o humano que há no outro. A relação Eu-Tu consiste
em estar plenamente presente, e de forma viva, com poucas
finalidades ou objetivos direcionados para si.
45
numa relação dual denominada de Simpatia, em contraposição a
empatia de Carls Rogers e a Apatia da Psicanálise. A empatia vem da
abordagem não diretiva de Carls Rogers e se refere a uma aceitação
incondicional no processo terapêutico, que é centrado no cliente. A
psicanálise, propõe uma neutralidade em que o terapeuta se mantém
distante emocionalmente do cliente para provocar processos de
transferência. Esse processo é denominado de apatia.
46
segredo que ele não conseguia falar para a terapeuta sobre. Como
a relação terapêutica não estava bem estruturada, a terapeuta
ao questionar demais sobre o que de fato era este tema, acabou
pressionando o cliente e este se sentiu desconfortável e ainda
mais resistente para se abrir para o processo. Este foi um exemplo
da consequência negativa que teve a não criação de uma boa
relação terapêutica.
26- RESPONSABILIDADE
Para a Gestalt-terapia, o indivíduo é um ser livre e responsável por
construir sua própria história. Nós estamos em constante mudança
e movimento.
47
inseridos. No entanto, o que fazer a partir disso é sempre escolha e
responsabilidade de cada um.
27- SAÚDE
Para a Gestalt-terapia, saúde é dada pela capacidade do sujeito de
satisfazer suas necessidades no meio. É o ajustamento criativo
utilizando a potencialidade máxima do sujeito inserido no meio.
O organismo saudável é aquele que se autorregula e se ajusta
criativamente no seu campo, no processo de criação e destruição
de figuras sem interrupção do ciclo.
48
desejo do organismo) trazendo uma tensão. Essa tensão faz com
que o organismo se excite e mobilize energia, concentrando toda
atenção sobre ela até a sua satisfação ou fechamento. A satisfação
dessa necessidade acontece através de uma ação e de um contato
com o meio e, assim, o desejo é resolvido, entramos em equilíbrio
energético e a figura desaparece gradualmente no fundo, de onde
emerge uma nova.
49
28- SINTOMA
O sintoma é uma tentativa de adaptação do organismo. É uma
resposta do organismo, sem sucesso, buscando equilibrar-se
entre as demandas do meio e as necessidades prioritárias para o
funcionamento do organismo.
50
A ampliação de consciência, ao invés do rótulo e da medicação
que apenas eliminaria os sintomas, é o que dá a possibilidade da
mudança.
29- SONHOS
Para Perls, os sonhos são o caminho que conduz a integração de
nossas partes alienadas. Ele afirma que cada parte de um sonho é
uma projeção, isto é, cada fragmento do sonho, cada pessoa, coisa,
estado de espírito é uma porção de self alienado. Assim, partes
do nosso self encontram-se com outras. Há um encontro entre o
Dominador e o Dominado.
51
Um exemplo clínico de um sonho, foi de uma cliente que trouxe
o seguinte sonho para a terapia: estava em um sítio com várias
pessoas que ela não reconhecia muito bem e com um casal de
amigos próximos, quando anoitecia no sítio e todos iam dormir,
ela e o marido da amiga ficavam juntos em uma relação amorosa.
30- TRANSFERÊNCIA
Todo processo de psicoterapia é um encontro e dizemos que a
aptidão para psicoterapia se soma à aptidão para o encontro, ou
seja, não há psicoterapia sem encontro, não há psicoterapia sem
relação terapêutica.
52
as suas Gestalten abertas e o acúmulo dessas Gestalten abertas,
geram a neurose, que é exatamente o modo repetitivo, padronizado
de comportamentos, pensamentos e ações dele no mundo. Assim,
o cliente vai enxergar o mundo e se relacionar com o seu terapeuta
a partir desse conjunto de percepções enrijecidas. Em suma,
dizemos que o cliente percebe o terapeuta com as mesmas lentes
deformadoras e restritivas através das quais se utilizava enquanto
criança.
53
Referências bibliográficas
54
O QUE ACHOU DO NOSSO EBOOK?
Um abraço!
Helena e Isadora.
https://www.instagram.com/transborda.gestaltterapia/
www.transbordapsicoterapias.com