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INTRODUÇÃO
Este presente estudo visa analisar as principais atitudes do terapeuta da
Abordagem Centrada na Pessoa, no qual ocasionam mudanças positivas durante o
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Discente Ana Paula Farias Cruz de Andrade do 10° Semestre do Curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras,
Londrina/ PR 2 Docente e Supervisor Clínico Francisco Heitor da Rosa CRP 07/8436 e 08/IS-033 do Curso de
Psicologia da Faculdade Pitágoras, Londrina/ PR
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trabalho terapêutico. De maneira geral, o trabalho terapêutico refere-se a um método
de tratamento psicológico que um profissional treinado para tal exerce com o principal
objetivo de ajudar as pessoas a lidarem de forma mais saudável com seus
sofrimentos, que no caso podem ser vividos e experienciados de diferentes formas,
tanto na parte física quanto emocional (MONDARDO, et. al, 2009).
”A prática psicoterapêutica é tradicionalmente conhecida como sendo o
exercício de uma arte. O terapeuta, no contexto da singularidade de um caso,
combina convicções teóricas e sensibilidade pessoal para aliviar o sofrimento
psicológico de alguém”. (GOMES, 1995, p. 83 apud FALEIROS, 2004).
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desenvolva e assim, facilite seu crescimento pessoal. A atitude de congruência ou
autenticidade proporciona uma relação sem fachadas, o terapeuta é o que é,
plenamente aberto aos sentimentos que "naqueles momentos fluem nele próprio". A
consideração positiva incondicional condiz a uma aceitação do cliente como ele
realmente é, prezando o cliente de um modo que não aprova e nem reprova suas
reações. A empatia é uma compreensão do mundo interno do cliente como se fosse
ele próprio, porém, sem perder o seu Eu. (Editorial Psicologia Ciência e
Profissão,1988).
Este presente estudo foi realizado na clínica escola da Faculdade Pitágoras,
Londrina-PR, no qual oferece atendimentos psicológicos para a população de classe
baixa. Com isso, o estudo realizado teve como principal objetivo mostrar aos leitores
que através das três atitudes terapêuticas da abordagem rogeriana, é possível que o
cliente vivencie uma aceitação incondicional de si próprio, sendo assim, possibilitando
ao cliente ser quem ele realmente é, sem fachadas.
DESENVOLVIMENTO
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seus sentimentos” (p. 23). É necessário respeitar incondicionalmente o cliente e
também sua individualidade, desejar que o mesmo consiga identificar e possuir seus
próprios sentimentos.
Enquanto uma condição facilitadora, para Rogers (1980) a aceitação positiva
incondicional reside em uma preocupação do terapeuta para com o cliente que não
deve ser possessiva. É uma consideração pelo outro “como uma pessoa separada,
digna de respeito por um mérito que lhe é próprio. É uma confiança básica - uma
crença de que esta outra pessoa é, de alguma maneira fundamental, digna de
confiança.” (ROGERS, 1974, p. 149). É de extrema relevância ressaltar que essa
condição vai além do terapeuta aceitar o cliente, deve igualmente existir no
psicoterapeuta uma aceitação de si mesmo.
Segundo Rogers (1980) para uma relação significativa é necessário sentir um
desejo continuo de compreender o outro “uma empatia sensível com cada um dos
sentimentos e comunicações do cliente como estes lhe parecem no momento.” (p. 24).
O autor faz uma colocação de que a aceitação não possui um grande significado caso
não haja a compreensão.
Esta terceira condição condiz em proporcionar ao cliente uma liberdade para
que ele possa explorar seu interior. Isso acontece através de uma compreensão
empática de todos os sentimentos e pensamentos do cliente, até mesmo aqueles que
para ele parecem ser terríveis, errôneos e bizarros. Essa compreensão condiz com a
capacidade do psicoterapeuta de ver e aceitar esses sentimentos e pensamentos
exatamente como o cliente os vê.
“Por isso pode-se acreditar que o terapeuta autenticamente comprometido no
esforço de pôr em prática certas atitudes, obtenha tanto êxito no exercício de sua
profissão, como aquele que assimilou estas atitudes.” (ROGERS; KINGET, 1977. P,
109).
A partir do momento que é proporcionado um ambiente no qual tenha essas
três atitudes facilitadoras do psicoterapeuta, o cliente naturalmente se desenvolve e é
capaz de descobrir seu eu real.
Segundo Rogers (1980), este processo implica em “uma transformação das
formas de vivenciar” (p. 85). Ao iniciar o processo terapêutico, muitas vezes o individuo
apresenta uma fixidez, ele se encontra afastado de sua vivência e o seu atual presente
é interpretado em termos de significações passadas.
O indivíduo passa desse afastamento em relação à sua vivência para o
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reconhecimento desta mesma vivência como de um processo perturbador que
se desenrola dentro dele. A experiência toma-se gradualmente um ponto de
referência interior mais aceito, ao qual se pode voltar para obter significações
cada vez mais adequadas. Por último, o indivíduo torna-se capaz de viver
livremente e de se aceitar num processo fluido de experiências, utilizando-as
com segurança como a principal referência para o seu comportamento.
(ROGERS, 1980, p. 85).
SÍNTESE DO CASO
HISTÓRIA DO CLIENTE
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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