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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

PROF. PENELOPE ESTEVES RAPOSO MATHIAS

DISCIPLINA PSICOLOGIA E PROCESSOS CLÍNICOS

CURSO DE PSICOLOGIA

Francine Ribeiro de Carvalho (3701218)

Raphaelle Cecy Ribeiro Barroso (3701220)


Barra da Tijuca – RJ

2023

O presente artigo tem como finalidade apresentar especificidades que diferenciam as


abordagens psicoterápicas. Existem três grupos de abordagens que foram criadas a
partir do ponto de vista do homem e do mundo, são elas: a Behaviorista, que tem a
perspectiva sobre o comportamento, a Humanista, que tem como foco a experiência e
que também é dividida em dois subgrupos, como a psicoterapia centrada no cliente e a
psicoterapia experiencial. A terceira tem como foco o inconsciente e sobre a linguagem.

De acordo com Carl Rogers no que se refere à ACP, existem três premissas
necessárias para o desenvolvimento: a empatia, a aceitação incondicional e a
congruência. É necessário que o terapeuta experiencie a compreensão empática a fim
de compreender os sentimentos do cliente. Além disso, a segunda condição tem como
princípio acreditar nas potencialidades do indivíduo, sem julgamentos. Já a
congruência significa estar próximo a vivência do paciente, de comunicar o que sente e
agir conforme a experiência, quando for adequado. O autor possui um olhar otimista
acerca do homem. Segundo ele, o ser humano tem a capacidade de compreender,
solucionar os seus problemas e encontrar tanto o equilíbrio emocional, quanto a
maturidade psicológica. É uma tendência natural que necessita de um ambiente de
relações humanas que valorize o eu. Quando o cliente experimenta a liberdade
experiencial, ele conseguirá acessar aos seus sentimentos.

O terapeuta, conforme a abordagem, deverá oferecer as condições necessárias para o


progresso do indivíduo, isto é, a partir destas disposições, o cliente se aceitará de
forma mais ampla e conseguirá agir de acordo com as suas emoções. A tendência
atualizante acontece quando essas condições são oferecidas.

O terceiro grupo, orientado à perspectiva psicanalítica analisa a ACP e disserta que as


condições impostas por Rogers é fundamental em qualquer psicoterapia, todavia, são
suficientes. Para a psicanálise, o homem é um indivíduo contrastante, que é
segmentado as pulsões, de vida e de morte. A psicanálise enxerga o homem como um
ser desconhecido de si mesmo, que gerencia por forças que não possui controle. A
linha psicanalítica compara um conhecimento sobre o homem e tem como finalidade
tornar consciente o que é inconsciente.

A análise existencial confronta de maneira mais elaborada sobre o consciente e o


inconsciente. Fundamentada por Martin, para ele, não é viável admitir o inconsciente
como parte de dentro e enigmático ao indivíduo, e uma consciência como algo que é
atingível a ele. Segundo Edmund Husserl, a consciência é marcada pela
intencionalidade. As ocorrências só são compreensíveis quando são assimilados pela
consciência. Esta não é separada do mundo.

As terapias como base no Behaviorismo defende que as condições propostas por


Rogers não são suficientes ao tratamento. As terapias comportamentais tem como
objetivo a alteração do comportamento. Dessa forma, o indivíduo é fruto do seu meio e
é marcado por ações via reforçamento, punição, extinção e condicionamento.

De acordo com os Behavioristas, o homem advém do meio, ou seja, é um ser


passivo. Dessa maneira, faz-se necessário que o terapeuta multimodal tenha domínio
de técnica , além de uma relação de sujeito objeto com o cliente. Ao observarmos as
distinções nos três grupos e como cada um olha a situação trazida pelo cliente.
Vejamos o exemplo de queixa de depressão. No Behaviorismo a depressão é um
obstáculo que deve ser empenhado. Desse modo, o terapeuta investiga e averigua o
que está reforçando a situação. Contudo, os behavioristas - diferentemente dos
humanistas - buscam mudar o comportamento, diferentemente. Na abordagem
existencialista o indivíduo tem a intencionalidade e significado para cada atitude. Neste
último, o terapeuta relaciona o sujeito com o paciente , pois na terapia faz-se
necessário condições para que este perceba o significado do problema .É importante
salientar que o terapeuta Gestalt, bem como o terapeuta existencialista, vê o homem
livre para fazer suas escolhas tanto positivas quanto negativas. Por sua vez, a
psicanálise viria a depressão como sintoma de conflitos que viriam do inconsciente. Na
abordagem psicanalista os problemas têm um porquê ou seja o porquê da depressão e
possivelmente a resposta estaria no passado dessa pessoa. O autor reforça três
comentários:

O primeiro é sobre os currículos dos cursos de psicologia. Segundo, é de suma


importância estudar profundamente a fundamentação filosófica das teorias e nos
estudos de epistemologias.O segundo comentário é que a prática não é garantida pela
teoria . O conhecimento advindo de uma teoria não é determinista para que o
terapeuta atende de acordo com ela.Um ponto não menos importante é o terapeuta
está bem resolvido com sua vida pessoal,emocional.O último comentário está
relacionado ao limite das abordagens psicoterápicas: nenhuma delas abrange o
homem como o todo. Cada abordagem contribui no conhecimento do indivíduo. Mas
nenhuma detém a verdade absoluta. É interessante o terapeuta perceber a
contribuição das variáveis teorias e assim ser flexível ao que o paciente traz. É
importante o terapeuta ter consciência que a ética é o compromisso com o cliente, ou
seja, utilizar-se dos estudos da psicologia a fim de servi-lo e não apenas focar na
teoria que, muitas vezes, não se adequa a realidade do cliente.

Referências Bibliográficas:

PARREIRA, Walter Andrade; ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE AS


DIFERENÇAS ENTRE AS ABORDAGENS PSICOTERÁPICAS.

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