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A RELAÇÃO

TERAPÊUTICA
Profa. Dra. Patrícia Fasolo Romani
• EMPIRISMO COLABORATIVO

Um dos princípios de suma


importância para a terapia
cognitivo-comportamental é o
empirismo colaborativo, que
diz respeito ao relacionamento
entre o psicoterapeuta e o
paciente; ambos assumem uma
postura de compartilhamento
de responsabilidades,
estabelecendo metas e
assuntos para discutir durante
as sessões, de forma interativa
(Wright, Basco e Thase, 2008),
formando uma aliança de
trabalho.
• Funcionam como uma equipe que
avalia as crenças do paciente,
testando-as para verificar se estão ou
não corretas e modificando-as de
acordo com a realidade, se necessário
(Knapp & Beck, 2008).

• De acordo com Kuyken et al. (2008), o


empirismo colaborativo é responsável
por acionar o processo de
conceitualização cognitiva. Terapeuta
e cliente desenvolvem juntos uma
compreensão compartilhada sobre a
formação das crenças, emoções,
estratégias compensatórias e
pensamentos automáticos que
geraram sintomas e comportamentos
específicos. O cliente entra com a sua
história de vida e o terapeuta, com seu
conhecimento técnico, e juntos
trabalham para modificar o que for
disfuncional.
Relação Terapêutica
• Grande associação entre o
resultado do tratamento e a força
do vínculo.
• Questões Importantes sobre o
Terapeuta: experiência clínica,
supervisão e psicoterapia.
• Empatia e afeto pessoal regulados –
equilíbrio.

Cuidar para não parecer desconectado,


frio ou não-responsivo. Empatia
fora de hora pode reforçar
cognições negativamente. Ex.:
assentir com a cabeça várias vezes
frente a verbalizações negativas,
pode levar o paciente a pensar que
concordamos com o que ele pensa
e diz.
• Envolver-se demais com a dor do
outro pode comprometer nossa
avaliação do caso.
• Autenticidade: diplomacia no
feedback e reforço dos pontos
positivos do paciente/cliente,
investindo no seu potencial.
Otimismo.
• Buscar por soluções é mais do que
se preocupar. Foco em estratégias
de enfrentamento mais adaptativas
e evoluídas.
• Alto grau de atividade nas sessões.
• Interatividade. Postura ativa do
terapeuta.
• Treinador: amigável, não emite
julgamentos, envolvido
(comprometido, responsável,
interessado genuinamente), criativo
quanto aos métodos de
aprendizagem, capacitado
(bagagem teórica, capacidade de
frustração, jogo de cintura,
improviso...), orientado para a ação
(inclusive na busca por alternativas
complementares).
• Uso do humor: estratégia de
enfrentamento adaptativa; auxilia
no processo de resiliência.
• Estilo flexível e personalizado,
levando em consideração fatores
situacionais, sócio-culturais,
diagnóstico e sintomas.
Necessidade de ajustes na relação.
Adaptações. Aperfeiçoamento
sobre alguns assuntos relacionados
aos pacientes. Tolerância e respeito
às diferenças.
• Transferência na T.C.C: foco no
padrão repetitivo e disfuncional da
forma de pensar, sentir e agir.
• Contratransferência: ativação de
P.A.s e esquemas do terapeuta.
• Knapp, P.; Beck, A.T. (2008).
Fundamentos, modelos conceituais,
aplicações e pesquisa da terapia
cognitiva. Rev Bras Psiquiatr., 30
(Supl II), p.54-64.
• Kuyken, W., Padesky, C. A., &
Dudley, R. (2008). The science and
practice of case conceptualization.
OBRAS Behavioural and Cognitive
CONSULTADAS Psychotherapy, 36(6), 757-768.
• Wright, J.H.; Basco, M.R.; Thase,
M.E..(2008). Aprendendo a terapia
cognitivo-comportamental. Porto
Alegre, Artmed.

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