PSICOLOGIA

Agentes de Mudança em Psicoterapia

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AGENTES DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA

PSICOLOGIA CLÍNICA

Agentes de Mudança em Psicoterapia

Conceito de Psicoterapia
Psicoterapia é um tratamento que ocorre num contexto interpessoal, dentro de uma rela-
ção profissional e formal e que será aplicado por pessoas com competência acadêmica e
técnica, profissionais treinados e pessoas qualificadas, as quais farão uso de meios, agentes,
técnicas, intervenções e métodos psicológicos, de natureza verbal e não verbal (mas, princi-
palmente verbal).

Objetivos
Ajudar a resolver, modificar, eliminar, buscar alternativas, influenciar para mudança, ofe-
recer melhorias, remover, retardar e mediar problemas, queixas, conflitos, sintomas, padrões,
características, processos, transtornos e disfunções emocionais, cognitivos, comportamentais,
mentais, de personalidade, de atitudes, de valores, de pensamentos, de desenvolvimento,
sentimentais, intrapsíquicos, intersubjetivos e sociais.

Finalidades
• Promover a saúde mental;
• Proporcionar a oportunidade para novas aprendizagens;
• Propiciar a superação de medos e evitações;
• Criar um ambiente que proporcione o entendimento e a busca de alternativas;
• Proporcionar uma oportunidade de expressão de emoções e revisão de experiên-
cias passadas;
• Promover o crescimento e desenvolvimento positivos da personalidade;
• Induzir mudanças estáveis nos diferentes níveis de expressão do comportamento;
5m
• Ajudar a realizar os potenciais, ter atitudes mais produtivas em relação à vida e cons-
truir relacionamentos interpessoais mais gratificantes;
• Ajudar no enfrentamento do sofrimento psíquico;
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• Promover a realização do bem-estar biopsicossocial dos indivíduos na sociedade;

• Ajudar a cuidar melhor dos problemas da vida.

Sujeitos
Paciente e cliente

Bases
• Princípios psicológicos;
• Corpo teórico;
• Modelo explicativo;
• Conceitos Sistematizados.

Essas bases fornecem fundamentos para um corpo técnico, técnicas e um conjunto de

sistemas técnicos, os quais se inserem em um contexto social, em um modelo sociocultural
no qual foi originado e em um sistema de ideologias. Essas ideologias precisam ser científi-
cas, sistematizáveis e comprováveis em sua efetividade. Há uma grande discussão acerca
da efetividade da psicoterapia, sobretudo em relação aos efeitos que ela pode trazer para os
pacientes. Os agentes de mudança em psicoterapia são divididos em fatores específicos e
inespecíficos.

• Fatores específicos — São fatores que dizem respeito à uma abordagem específica.
• Fatores inespecíficos — São fatores que estão presentes em toda e qualquer abordagem.
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Classificações

Modelo de Jérome Frank — Eixo Principal de Estudos

Esse modelo gira em torno da estrutura das relações de ajuda. Principais pontos:

1. Estabelecimento e manutenção de uma relação significativa entre paciente e terapeuta;

2. Presença de uma quantidade significativa de esperança e confiança de que a psicote-
rapia atuará para alívio do sofrimento psíquico;
3. Oferta de novas informações e, portanto, de novas possibilidades de aprendizagem;
4. Facilitação de uma liberação emocional (catarse);
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5. Aumento das oportunidades de verificar as mudanças e os sucessos na prática;

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6. Aumento das sensações de domínio e autoeficácia;

Modelo de Brandura — Eixo Principal de Estudos — Plano Cognitivo

Esse modelo estuda o fator inespecífico da autoeficácia.
Ciclo de aumento da autoeficácia:
1. Resolução exitosa de um problema;
2. Reforço da confiança em sua autoeficácia;
3. Aumento da disposição para mudança.

Principais pontos:
Intervenções que ensinam novas formas de comportamento ao paciente;
Intervenções que incentivam o paciente a viver novas experiências;
Intervenções que propiciam ao paciente sentir coisas novas;
Intervenções que facilitam uma resposta emocional do paciente.

Modelo de Karasu — Eixo Principal de Estudos — Planos Afetivo, Cognitivo e Com-

portamental
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1. Experiências afetivas: a terapia propiciaria um clima favorável para expressar e compar-
tilhar emoções. A oportunidade de realizar uma catarse tornaria o paciente mais acessível e
mais passível de ser influenciado pelo terapeuta, por meio da quebra de mecanismo de defesa
e de resistências;
2. Aumento das Habilidades cognitivas: por meio da aquisição e integração de novos
padrões de pensamento e de percepção, o que promove um aumento do conhecimento e da
compreensão de si;
3. Regulação do Comportamento: em toda psicoterapia existiria certo nível de aprendiza-
gem de controle de ações e hábitos que resultaria em mudanças de comportamento.

Modelo de Cordiolli — Acrescenta ao Modelo de Karasu os Fatores Sociais

Remota os fatores do modelo de Karasu e acrescenta outros.
• Fatores de Natureza Cognitiva
1. Psicoeducação. Trata do fornecimento do conhecimento para a psiquê do paciente.
25m 2. Reestruturação Cognitiva.
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3. insight.
• Fatores de Natureza Comportamental
1. Terapeuta como fonte de reforço. Os reforços podem levar a uma mudança de compor-
tamento do paciente.
2. Aprendizagem em um sentido mais amplo. Aqui, o terapeuta seria um exemplo para o
paciente, a partir de como ele lida com as questões éticas, por exemplo.
3. Extinção e habituação. Essas são técnicas de exposição, as quais possuem o objetivo
de remover comportamentos. A extinção consiste na exposição do paciente a um estímulo
condicionado e que leva o enfraquecimento e o desaparecimento do comportamento indese-
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jado. A habituação consiste na exposição prolongada do paciente perante o objeto fóbico, com
o intuito de extingui-lo.
4. Técnicas comportamentais. São técnicas aplicadas diante de sintomas específicos.
Exemplos: técnicas de exposição e modelagem.
• Fatores inerentes à relação terapêutica (experiências afetivas)
1. O vínculo afetivo e a aliança de trabalho;
2. Identificação com a pessoa do terapeuta;
3. Apoio. Esse é um elemento fundamental, o qual consiste no acolhimento do paciente
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4. Catarse. Esse elemento consiste na expressão das emoções do paciente.
• Fatores sociais, grupais ou sistêmicos
1. Situações de grupo;
2. Terapia interpessoal.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Fabiola Maria de Carvalho Izaias.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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