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Comissão Exploradora do Planalto Central:

Missão Cruls
Somente com a Proclamação da República e a
Constituição de 1891 é que esta volta a tona e conseguem
aprovar no artigo 3º a localização e a ordem para
demarcar "...uma zona de 14.400 quilômetros quadrados,
que será, oportunamente, demarcada, para nela
estabelecer-se a futura Capital Federal".

Deste modo, o Presidente Floriano Peixoto determina a


formação de uma comissão multidisciplinar de técnicos de
diversas áreas do conhecimento humano, chefiada pelo
astrônomo belga Luiz Cruls, para explorar e demarcar os
14.400 km2 do Planalto Central.
Em 9 de junho de 1892, partiu do Rio de Janeiro a comissão
composta por 22 técnicos, entre eles, astrônomos, médicos,
farmacêutico, geólogo, botânico, mecânico, auxiliares e
militares com destino a Uberaba pela linha férrea da
Companhia Mogyana.

A partir daí, a comissão viajaria em lombos de cavalos, burros


e mulas para o Planalto Central, servindo-se de podômetro,
bússula e aneróide para determinação e orientação dos
trajetos. Em 29 de junho, a comissão deixa a cidade de
Uberaba com destino a Pirenópolis.
Planetário de Brasília receberá nome de Luiz Cruls

Astrônomo e geodesista que “desvendou com precisão


e sensibilidade caminhos, belezas e riquezas naturais
do quadrilátero que abrigaria a nova Capital”, o belga
Luiz Cruls (1848-1908) dará nome ao Planetário de
Brasília, situado no Eixo Monumental. Projeto de lei nº
818/2019, de autoria da deputada Arlete Sampaio (PT).
SÉCULO XX
Pedra Fundamental
Na comemoração do centenário da Independência, em 7 de setembro
de 1922, ao meio-dia, o presidente dos Estados Unidos do Brasil,
Epitácio Pessoa, fez assentar a pedra fundamental da futura capital do
país a 10 km de Planaltina. Baseada no sonho de Dom Bosco, a pedra
fundamental caracterizaria o ponto central do Brasil, "entre os
paralelos 15 e 20 graus."
Poli Coelho
A Constituição de 1934 volta a prever a transferência para o ponto central do Brasil,
mas apenas em 1946, com a quarta Constituição Republicana, a lei volta a
representar ação prática para a mudança: o presidente Eurico Dutra nomeia um
novo grupo técnico para realizar estudos de localização. Liderada por Djalma Polli
Coelho, a comissão indica o mesmo território apontado por Luiz Cruls.

O relatório da comissão Djalma Polli é enviado ao Congresso Nacional em 1948,


mas só é aprovado em 1953. Um projeto de lei autoriza o governo a definir o sítio
da nova capital e Getúlio Vargas cria uma Comissão de Planejamento da Mudança
da Capital Federal. Um ano depois, com assessoria de empresas de foto análise e
foto interpretação, a delegação indica os cinco melhores sítios para ser construída a
nova capital e o governo enfim escolhe o Sítio Castanho como local exato para a
construção da nova capital.

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