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Realidades do Distrito Federal

Realidade Histórica

Primeiros habitantes do DF: indígenas (não foram os portugueses) do tronco


lingúistico macro-jê, como o acroás, xacribás, xavantes, caiapós, javaés e outros

Primeira Capital do Brasil: Salvador (1549-1763)

Segunda capital do Brasil: Rio de Janeiro (1753-1960)

A ideia mudancista é antiga e data do periodo colonial

1749: Francisco Tosi Colombina elaborou a Carta de Goiás e das Capitanias


Próximas, sugerindo a mudança da capital do litoral para a região central do país. Há
indícios de que o Marquês de Pombal tenha sido o mentor da ideia. O Marquês
argumentava que a capital longe do litoral estaria mais segura e não ficaria
vulnerável ao ataque de naus (embarcações marítimas de Guerra) inimigas

1789 – Participantes da Inconfidência Mineira nao consideravam correta a sepração


entre o centro politico (a capital) e o centro econômico (as Minas Geraes –
principal polo econômico do Brasil). Defenderam a tesa de mudança da capital para
São João del –Rei – MG.

1808/1813 – Hipólito José da Costa (jornalista) defendeu, em sucessivos artigos, no


jornal Correio Braziliense, a ideia da construção de uma nova capital no interior do
Brasil. Utilizou argumentos relativos à segurança, de ordem econômica, política e
demográfica

1821 – José Bonifácio defendeu, na Corte Constituinte, em Lisboa, a mudança da


capital para o centro do país – Paracatu dos Príncipes - MG (na época, não
atualmente)

Brasil independente – 1822

1823 – Jose Bonifácio apresenta, na constituinte Império Brasileiro, projeto para a


mudança da capital e sugere o nome “Brasília” (Segundo a historiografia esse nome
surgiu em um folheto que circulou em um folheto na Assembleia constituinte e após
josé bonifácio sugeriu formalmente) ou “Petrópolis” para a nova cidade.

1839 a 1877 – Francisco Adolfo Varnhagen, defendeu a ideia de mudança da capital


em vários artigos: A Questão da Capital Marítima ou no Interior

1877 – primeira visita prática ao local, definiu o lugar mais apropriado para a
construção da futura capital: um triângulo formado pelas lagoas Feia, Formosa, e
Mestre d’Armas (Se encontram em: Formosa (GO), Planaltinas de Goiás (GO) e
Planaltina (DF) respectivamente). Sugeriu o nome de Imperatória para a nova
capital, que seria a sede do Império.

 Missão Cruls

1883 – famoso sonho de Dom Bosco, que é associado a Brasília. Sacerdote católico
italiano, ele sonhou que fazia uma viagem à América do Sul – continente que jamais
visitou.

 Construção da Capital Federal ficou consolidada no Art. 3º da CF/1891, que


estabelece:

Fica Pertencente à União, no Planalto Central, uma zona de 14.400 km2, que sera
oportunamente demarcada, para nela estabelecer-se a future Capital Federal

1892 – 1893 – Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, nomeada pelo


presidente Floriano Peixoto, chefiada por Luís Cruls (Geógrafo), demarcou area de
14.400 km2 considerada adequada para a futura capital. A area ficou conhecida
como “Quadrilátero ou retângulo Cruls”.

Para demarcação da area Cruls utilizou o critério do quadrilátero, inspirado na


prática estadunidense onde limites dos estados da sua federação são, na verdade,
arcos de meridiano e arcos de paralelo.

Passa-se um tempo sem grandes iniciativas

7/9/1922 – Centenário da Independência – Colocada a pedra fundamental “da


future capital federal dos Estados Unidos do Brasil”, no Morro do Centenário, perto
da cidade de Planaltina, no perímetro do atual Distrito Federal.

Nessa época era presidente do Brasil Epitácio Pessôa.

Constituição de 1934 – Dizia que seria transferida a capital do Brasil para um ponto
central. Seriam realizados estudos de localidades adequadas e a Câmara dos
Deputados escolheria o local. Então o DF passaria a constituir um Estado

Este dispositivo não teve consequência prática

1946 – O Brasil sai da ditadura, nova CF – CF/1946


Dizia que a Capital da União seria transferida para o planalto central do País Seriam
realizados estudos de localidades adequadas e seria encaminhado ao Congresso
Nacional que estabeleceria um prazo para início da delimitação da area e escolheria
a data para a mudança da capital. Então o atual DF passaria a constituir o Estado da
Guanabara.
1946 – Nomeação da Comissão de Estudos para a Localização da Nova Capital do
Brasil, pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, presidida pelo General Djalma Polli
Coelho.

 Missão Poli Coelho ou Comissão Poli Coelho

1948 – Relatório geral apresentado pela comissão

 Comissão atestou a excelente qualidade do lugar já pré-estabelecido para a


construção da futura capital (o quadrilátero demarcado anteriormente)

 No entanto, propôs uma área bem maior para o futuro Distrito Federal, de
77.254 km2

1953 – Relatório aprovado pelo Congresso Nacional

1953 – Sancionada a Lei nº 1.803 de 5/01/1953 que autorizou o Poder Executivo a


realizar os estudos definitivos para a escolha do sítio da nova capital na área
compreendida pelos paralelos 15º 30’ e 17º (graus) Sul, e pelos meridianos 46º 30’ e
49º 30’ a oeste de Greenwich

 Retângulo de 52.000 km2

 Determinou que, em torno do sítio a ser escolhido fosse dermarcada uma


área aproximada de 5.000 km2 que deveria conter os requisites necessaries à
constituição do DF e que seria incorporado ao Patrimônio da União

 Estudos deveriam ser feitos conseiderando uma cidade para 500.000


habitantes

1953 – Getúlio Vargas institui a Comissão de Localização da Nova Capital Federal,


presidida pelo general Aguinaldo Caiado de Castro

 Cruzeiro do Sul Aerofotogrametria – fotografou uma área de 52.000 km2

 Donald J Belcher and Associates – estudos de fotoanálise e de


fotointerpretação (hoje fotogrametria)

 Cinco sítios – castanho, verde, azul, vermelho e amarelo

 Escolhido o Sítio Castanho para ser construída a nova Capital do Brasil

1955 – A Comissão de Localização da Nova Capital Federal é transformada e


Comissão de Planejamento da Construção e da Mudança da Capital Federal,
continuando a ser presidida por Aguinaldo Caiado, posteriormente substituído pelo
Marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque.

 Presidente do Brasil: Café Filho (quem instituiu essa Comissão)

04/04/1955 – Comício de JK em Jataí – GO


Promessa de que se eleito iria cumprir o que estava na CF (mudança da capital)

18/04/1956 – Já eleito JK encaminha ao Congresso a “Mensagem de Anápolis”


(assinada na base aérea de Anápolis – GO), propondo, entre outras medidas, a
criação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (NOVACAP) e o nome de
Brasília para a nova capital

19/09/1956 – Mensagem de Anápolis aprovada, convertendo-se na Lei nº


2.874/1956

 JK – Plano de Metas. 31ª meta, metassíntese, construção da nova capital cujo


objetivo era acelerar o desenvolvimento do país em diversas áreas como nas
de energia, transportes, produção agrícola, indústria e educação.

Fatores que levaram a transferência da capital

 Segurança Nacional
 Interiorizaçã o do povoamento e do desenvolvimento e integraçã o
nacional
 Símbolo do Brasil Novo
 Afastar o governantes (a capital) da concentricã o de etividades das
pressõ es populares
 Projeto urbanístico: Lúcio Costa
 Projeto arquitetônico: Oscar Niemeyer
 NOVACAP – Israel Pinheiro (primeiro presidente)

21/4/1960 – No mesmo dia que se comemora o dia de Tiradentes Brasília foi


inaugurada, durante o governo de JK.

 Construçã o de Brasília enfrentou muitas resistências políticas.

*OBS: Quando inaugurada Brasília ainda tinha muitas obras inconclusas, ex:
Catedral de Brasília.

 Brasília foi construída num ritmo febril e atraiu dezenas de milhares de


trabalhadores de vá rios pontos do Brasil

 Candangos (trabalhadores) – vieram principalmente do Nordeste

 Jornada de trabalho era intensa, os alojamentos eram insalubres,


alimentaçã o nã o era de boa qualidade e os salá rios eram baixos
 Praticamente nã o tinham folga, feriado ou final de semana

 Manifestaçõ es por melhores condiçõ es de trabalho eram repelidas com


violência pela Guarda Especial de Brasília (GEB)

 Para abrigar esses trabalhadores, vá rios nú bcleos de moradia surgiram


eram torno no Plano Plioto. A principal concentricã o foi a Cidade Livre,
atual, Núcleo Bandeirante.

ANOTAÇÕ ES:

 Cidades Satélites: termo utilizado na geografia para se referir à s


cidades-dormitó rios (cidades onde pessoas residem e se deslocam
para trabalhar em outra cidade central, metró pole) Antigamente
no DF, antes de brasília foi criada a primeira cidade satélite mas
atualmente nã o sã o mais chamadas assim, mas tã o somente de
cidades. As regiõ es administrativas nunca foram cidades satélites.

 O DF nã o pode ser dividido em municípios

 Em funçã o do conjunto de beleza e da importâ ncia arquitetonica,


Brasilia recebeu em 1987, o título de Patrimô nio Cultural da
Humanidade concedido pela Organizaçã o das Naçõ es Unidas para
a Educaçã o, a Ciência e a Cultura (Unesco)

Tombamento do Plano Piloto e Brasilia Patrimônio da Humanidade

 Patrimônio cultural da humanidade:


Título concedido pela UNESCO em 1987

 Tombamento do Conjunto Urbanístico de Brasília (Plano Piloto)


IBPC, atual IPHAN – 1990

 Portaria nº 314/1992 do IBPC: Conjunto urbano construído em


decorrência do Plano Piloto vencedor do concurso nacional para a
nova capital do Brasil, de autoria do arquiteto Lúcio Costa

O tombamento de Brasília pelo atual IPHAN e a sua inscriçã o pela UNESCO como
patrimô nio cultural da humanidade tem o mesmo objetivo, o de preservação
do seu conjunto urbanístico, e abrangem a mesma área territorial (entre o
lago e via EPIA).

* Brasília possui a maior area urbana considerada patrimonio cultural da


humanidade do mundo
Projeto de Lúcio Costa
A Brasília do arquiteto e urbanista Lucio Costa foi escolhida em marco de 1957,
por um jú ri internacional como o melhor projeto para a capital federal de
Juscelino Kubitscheck. Ela foi dividida em quatro escalas principais:

 Escala Monumental: Representada pelo eixo do mesmo nome, onde está


o centro administrative e politico. Concentra a maior parte das obras de
Oscar Niemeyer

 Escala Bucólica: Cinturã o verde que se mistura a outras escalas da


cidade

 Escala Gregária: Ponto de encontro humano, foi erguida ao redor da


plataforma rodoviá ria, no centro da cidade. Fica a 1km de outros pontos
gregarious, como os Setores Hoteleiros e de Diversã o

 Escala Residencial: Onde as pessoas moram, foi construída ao longo do


Eixã o das W3 Norte e Sil e Lagos Norte e Sul.

Aspectos da Geografia Física do DF

 Clima
Tropical semiúmido ou subúmido ou tropical

Duas estaçõ es bem definidas:


1. Verã o – quente e ú mido – outubro a abril, estaçã o chuvosa, grande
parte das chuvas anuais
2. Inverno – frio e seco, maio a setembro, estaçã o seca

Sazonabilidade bem marcada

 Relevo
Regiã o de planalto

Dominâ ncia de grandes superficies planas a suave onduladas, conhecidas


como chapadas, situdas acima da cota de 1.000 metros

Altitude media situa-se em torno de 1.100 metros

Ponto Culminante: Pico do Roncador, com 1.349 metros, localizado na


Serra do Sobradinho, no Parque Nacional de Brasília, numa á rea
denominada Colina do Rodeador, na regiã o administrative de Brazlâ ndia,
onde se posicionam as antes da Embratel

Ponto Culminante 2: Com 1.349 metros – Rodeador, na Chapada da


Contagem, pró ximo a Brazlâ ndia.

 Solos
Há vá rios tipos de solo no DF, sendo que predomina o latossolo
vermelho-escuro e vermelho-amarelo

Latossolos – Sã o solos profundos, bem drenados, á cidos e nã o apresentam


boa fertilidade, o que nã o impediu a expansã o da fronteira agrícola para a
á rea central do país, pois o solo pode ser corrigido para prá ticas agrícolas
por meio da calagem, que consiste em acrescentar calcá rio ao solo.

 Hidrografia

Região Hidrográfica Bacias Hidrográficas


Tocantins / Araguaia Maranhã o
Sã o Francisco Rio Preto
- Lago Paranoá
- Corumbá
Paraná - Sã o Marcos
- Sã o Bastolomeu
- Rio Descoberto

Lago Paranoá

 É um lago artificial

 Mençã o a sua construçã o por um dos integrantes da Missã o Cruls –


objetivo de geraçã o de energia elétrica, paisagismo e recreaçã o

 1955 – Comissã o de Localizaçã o da Nova Capital Federal – inclusã o


da criaçã o do lago para margear a future capital

 Construçõ es e ocupaçõ es irregulars da oral foram removidas

 Plano Orla Livre – tornar o lago um ponto de encontro mais


acessível, organizado e com diversas opçõ es de lazer, além de
pensar em oportunidades de negó cios pontuais que fomentem a
economia local

 Vegetação – domínio do cerrado


Constituído por dois estratos vegetacionais. Um superior, compost de
arbustos e de á rvores retorcidas e dispersas, e um inferior, formado de
gramíneas
Á rvores caducifó lias

Geralmente as á rvores sã o de pequeno e médio porte

Árvores e arbustos são dotados de raízes profundas, troncos e galhos


retorcidos e recobertos por cascas grossas

Formaçã o da vegetaçã o de cerrado deve-se à alternâ ncia de períodos


chuvosos e secos, respectivamente no verã o e no inverno

Estratificação do domínio do cerrado

 Cerrato típico (ou Cerrado stricto sensu)


 Cerradã o
 Cerrado ralo ou campo cerrado
 Campos limpos
 Campos sujos
 Campos rupestres
 Veredas
 Matas ciliares
 Matas de galeria

O cerrado é o principal polo de expansã o da agropecuá ria do país

 Unidades de Conservação da Natureza

 Estação Ecológica de Águas Emendadas – onde ocorre o


fenômeno da união de duas grandes bacias da América Latina,
a Tocantins/Araguaia e a Platina

RA VI (Região de águas emendadas) – Planaltina

 Parque Nacional de Brasilia – mais conhecido por “Á gua


Mineral” localizado no DF e em Padre Bernardo (GO).

Realidade Geográfica e Política do DF

 Limites

Com Municípios:

 Norte - Planaltina de Goiás, Padre Bernarco e Formosa


 Sul – Cristalina, Santo Antônio do Descoberto, Cidade
Ocidental, Valparaíso de Goiás e Novo Gama

 Leste – Formosa (GO) e Cabeceira Grande (MG)

 Oeste – Santo Antônio do Descoberto, Padre Bernardo e Águas


Lindas de Goiás

 Distrito Federal

 Á rea: 5.780 Km2 (menor entre os estador e o DF)

 Ente federado autônomo – competencias executivas e legislativas


reservadas aos estados e municípios, nos temos da Constituiçã o do
Brasil de 1988

 Regido por lei orgânica, típica de municípios e nã o por uma


constituiçã o estadual

 Câmara Legislativa – cará ter híbrido, mistura de Câ mara


Municipal (Poder Legislativo Municipal) e Assembleia Legislativa
(Poder Legislativo Estadual). 24 deputados distritais

 Governador: Ibaneis Rocha (MDB)

 Elege 8 deputados federais e 3 senadores

 Regiões Administrativas (RAs)

 Constituiçã o de 1988 (Art. 32) – veda expressamente a divisã o do


Distrito Federal em municípios
 Nú cleos urbanos, sedes das RAs, sã o chamados de cidades
 DF está dividido em 33 RAs
 LODF , Art 10: O Distrito Federal organiza-se em Regiõ es
Administrativas, com vistas à descentralizaçã o administrative, à
utilizaçã o racional de recursos para o desenvolvimento
socioeconô mico e à melhoria da qualidade de vida
 RA 1 – Plano Piloto (nã o é Brasília)

O que é Brasília?
Capital do Brasil e sede do governo do DF

 Principais características urbanas do DF

 Polinucleado
 Segregação e periferização sociespacial
 Expansão urbana desordenada

Realidade Econômica do DF

 DF: 3,84% do PIB nacional (IBGE/2016)


 Maior PIB do Centro-Oeste
 Oitavo maior PIB dos estados brasileiros, ficando atrás dos Estados
de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná

 Distribuiçã o do PIB por setores (CODEPLAN)

 Setor primá rio (agropecuá ria) – 0,4%


-> Hortaliças e frutas (Brazlâ ndia)
-> Cultivos de grã os com destaque para a soja - Extretamente
produtiva e compõ e pauta de exportacao do DF para outras
Unidades Fderativas e para o exterior (Planaltina e Paranoá )
-> Animas (suínos, caprinos, aves, gado, coelhos, peixe e abelhas)
-> Abastecimento do Mercado interno e exportaçã o
-> Regiõ es que se destacam nessas atividades: Sã o Sebastiã o,
Cilâ ndia, Gama, Nú cleo Bandeirante e Sobradinho

 Setor secundá rio (indú stria) – 6,3% - Predominante a Construçã o


Civil

 Setor terciá rio (comércio e serviços) – 93,3% - Predominante as


atividades de administraçã o, educaçã o, saú de, pesquisa e
desenvolvimento pú blicos, defesa e seguridade social – Aqui
brasília faz um importante papel geoeconô mico e ideoló gico
(também na vocaçã o política)

 Os investimentos do Governo Federal em tecnolodia da informaçã o


estimulam o surgimento de um polo de informá tica com mais de mil
empresas em Brasília

 Forte Concentracã o de emprego no Plano Piloto (RA I) – 48% do total dos


empregos do DF. A maior oferta de emprego na capital federal se dá no
setor terciá rio da economia
Realidade Étnica do DF

 Populaçã o do DF cresceu rapidamente


 Projeçã o de 500.000 habitantes no ano de 2000
 Censo/2010: 2.570.160 habitantes
 Estimativa 2018 (IBGE): 2.974.703 habitantes
 Elevado fluxo migrató rio para o DF e Entorno
 1970 – 22,2% da populace nascida no DF
 2018 – Maioria da populace é nativa

 A maioria das pessoas que estã o no DF sem ter nascido lá sã o de Minas


Gerais
 Populaçã o Parda – 47,4%
 Branca – 41,1%
 Preta – 10%
 Amarela – 1,2%
 Indígenas – 0,3%

 Alta desigualdade na distribuição social da renda

 DF Segundo pior índice de Gini do Brasil – 0,583 (2016) 0,602


(2017)
 Amazonas 0,604 (2017)
 Causa da péssima distribuiçã o de renda no DF: forte diferença em
termos de rendimento entre os ocupados e aposentados do setor
public0 e os assalariados e aposentados do setor privado e
autô nomos.

 Elevado PIB per capita – o maior entre os estados brasileiros

 Maior IDH entre os estados do do Brasil


 Elevada desigualdade espacial da renda e do IDH entre as Regiõ es Adm.
Do DF
 Elevada assimetria do pib per capita e do IDH entre o DF e os municípios
da RIDE
 Envelhecimento populacional – declínio da taxa de fertilidade
(fecundidade) e aumento da expectativa de vida

 RAs mais populosas

 Censo 2010/IBGE: Ceilândia, Plano Piloto e Taguatinga


 PDAD (Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio)/2015:
Ceilâ ndia, Samambaia e Plano Piloto

 Densidade demográfica
 Maiores: Cruzeiro, Sudoeste e Á guas Claras
 Menores: Paranoá, Fercal e SIA

Realidade Cultural do DF

 Em funçã o da construçã o de Brasília e em busca de melhores condiçõ es de


vida, muitas pessoas vieram de todas as regiõ es do país para o DF
 Por conta disso, possui diferentes costumes, sotaques e culturas
 DF nã o tem uma cultura de caractéristicas pró prias, porém, dessa mistura
e com o passar do tempo surgiu sua identidade cultural

 Música

- No final dos anos 1970, predominavam os ritmos regionais, como o forró


e mú sica sertaneja

- No começo dos anos 1980, surgiram, em Brasília, vá rias bandas de rock


que despontaram no cená rio nacional, como Legiã o Urbana, Capital Inicial
e Plebe Rude, todas com influencia punk

- O impacto das bandas de Brasíia no rock nacional foi tã o forte, que, na


década de 1980, a cidade era conhecida como “capital nacional do rock”

- A mais famosa desas bandas foi a Legiã o Urbana, liderada por Renato
Russo

 Cinema

- Festival de Brasília do Cinema Brasileiro - Mais antigo do gênero no país e


acontece anualmente no histó rico Cine Brasília

- Principal prêmio do festival: Troféu Candango, uma homenagem aos


brasilienses

- Devido ao recrudescimento da censura do Regime Militar, teve três


ediçõ es canceladas: 1972, 1973 e 9174

 Monumentos e Espaços Culturais do DF


Se encontram em sua maioria em brasília no eixo monumental
- Praça dos Três Poderes
Abriga a sede dos três poderes do Estado Brasileiro: o Palácio do
Planalto (Poder Executivo), o Congresso Nacional (Poder Legislativo) e
o Supremo Tribunal Federal (Poder Judiciá rio)

Os prédios representativos dos poderes nã o se sobressaem um diante dos


outros, em atençã o ao princípio de que os poderes sã o harmô nicos e
independents e, portanto, têm o mesmo peso.

Na praça temos as esculturas: Os Guerreiros de Bruno Giordi (mais


conhecido como Os Candangos), e A Justiça de Alfredo Ceschiatti, em
frente ao STF.

Pode-se ver ainda a Pira da Pátria, o Pombal e o Marco Brasília, em


homenagem ao ato da Unesco que considerou a cidade Patrimô nio
Cultural da Humanidade

Mastro da Bandeira, um monument de autoria de Sérgio Bernardes de


cem metros de altura, com a maior bandeira permanentemente
hasteada do mundo, medindo 286m2.

Na face oeste da praça, está o Panteão da Pátria, construído em


homenagem ao ex-presidente Tancredo Neves e aos herois da patria.
Projetado por Oscar Niemayer, sua forma sugere a imagem de uma
pomba.

No salã o principal podem ser admirados o vitral de Marianne Peretti e o


painel sobre a Inconfidência Mineira, de João Câmara.

No salã o vermelho, pode-se apreciar o painel de Athos Bulcão

Espaço Lúcio Costa – situado sob o piso da praça, mostra uma maquete
de Brasília, com 179 metros quadrados

Espaço Oscar Niemayer – está localizado na parte posterior da Praça dos


Três Poderes. Edificaçã o cilíndrica onde se podem admirar os trabalhos
(painéis, desenhos e fotos) que representam as obras deste arquiteto

Museu da Cidade – nasceu junto com a cidade de Brasília, projetado por


Niemeyer, e marca a transferência da capital do Rio de Janeiro para lá . A
fachada ostenta uma escultura da cabeça de Juscelino Kubitscheck.

- Teatro Nacional Cláudio Santoro


Projetado por Oscar Niemayer, com a colaboraçã o do pintor e cenó grafo
Aldo Calvo

Chamado inicialmente de “Teatro Nacional de Brasília”, a partir de 1989


passou a se chamar oficialmente “Teatro Nacional Claudio Santoto”, em
homenagem ao maestro e compositor que fundou a orquestra do Teatro
em 1979 e dirigiu-a até sua morte em 1989

Tem a forma geométrica de uma pirâ mide sem á pice

A sua á rea externa é revestida por um painel formado de blocos de


concreto nas fachadas laterais, criado por Atos Bulcã o.

- Complexo Cultural da República João Herculino


Constituído pela Biblioteca Nacional de Brasília ou Biblioteca
Nacional Leonel de Moura Brizola e o Museu Nacional Honestino
Guimarães.

Foram projetados por Oscar Niemeyer.

- Catedral de Brasília
Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida foi inaugurada em
1970. Primeiro monumento a ser criado em Brasília. Pedra fundamental
foi lançada em 12 de setembro de 1958

Projetada por Oscar Niemayer

Na praça de acesso ao tempo, encontram-se quatro esculturas em bronze


com 3 metros de altura, representando os Quatro Evangelistas, de Alfredo
Ceschiatti, com a colaboraçã o de Dante Croce

Uma piscina refletora de 12 metros de largura e 40 centímetros de


profundidade rodeia a cathedral, ajudando a resfriar o edifício. Os
visitants passam sob esta piscine ao entrar na cathedral

Seus vitrais sã o de autoria da artista plá tica Marianne Peretti

- Torre de TV Digital
Apelidada Flor do Cerrado

Ú ltima escultura projetada por Oscar Niemayer antes de sua morte em 5


de dezembro de 2012

Situada na RA XVIII – Lago Norte, num dos pontos mais altos do DF

Torre de transmissã o televisiva do sistema de TV Digital para todo


Distrito Federal e algumas cidades do Entorno.

- Casa do Cantador
Considerada o Palácio da Poesia e da Literatura de Cordel no Distrito
Federal

Projetada por Oscar Niemayer para homenagear a comunidade


nordestina que habita o Distrito Federal

Situada em Ceilândia

- Ponte JK
Ponte Juscelino Kubitschek é formada por três arcos metá licos que se
intercalam por cima das pistas

Projetada pelo arquiteto Alexandre Chan

Eleita, em 2003, como a ponte mais bonita do mundo pela Sociedade de


Engenharia do Estado da Pensilvâ nica, nos Estados Unidos

- Memorial JK
Construído em homenagem ao ex-presidente Juscelino Kubitschek

Projetado por Oscar Niemayer

Está localizado na Praça do Cruzeiro, pró ximo ao lugar onde foi celebrada
a primeira missa da cidade

Maior museu privado do Distrito Federal e um dos maiores do Brasil

- Memorial Darcy Ribeiro


Localizado do campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília, em
Brasília

Híbrido de oca com disco voador

Projetado pelo arquiteto João Filgueiras Lima (conhecido como Lelé)

Antropó logo Darcy Ribeiro foi um dos responsá veis pela criaçã o da
Universidade de Brasília (UNB) e o seu primeiro reitor

- Museu Vivo da Memória Candanga


Ocupa as instalaçõ es do já extinto Hospital Juscelino Kubitschek de
Oliveira (HJKO), o primeiro construído no novo Distrito Federal

Situado à s margens da BR-040, pró ximo ao Nú cleo Bandeirante


Museu está tombado, integrando o Patrimô nio Histó rico e Cultural
Nacional

O acervo conta a histó ria de Brasília desde os primordios de sua


construçã o até sua inauguraçã o em 1960

- Catetinho
Foi a primeira residência official do president Juscelino Kubitschek no
novo Distrito Federal na época da construçã o da nova capital

Projetado por Oscar Niemayer, foi construído em apenas 10 dias, em


novembro de 1956, é um prédio simples, feito de madeira, e conhecido
como “Palá cio de Tá buas”

Localizado na BR-040, no Gama

Pequeno museu aberto à visitaçã o pú blica. Exposiçã o traz referências da


época, através da preservaçã o do mobiliá rio original e outros objetos e
imagens fotográ ficas.

RIDE – Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal

O que é uma Região Metropolitana?

 Conurbação – conjunto formado por duas ou mais cidades em que ocorre


uma interact física e functional entre elas

 Metrópole – cidade central de uma á rea urbana formada por cidades


ligadas entre si fisicamente ou através de fluxos de pessoas e serviços

 Sã o cidades populosas em que a sua influência se estende de forma


acentuada à s cidades vizinhas, funcionando como polos de prestaçã o de
serviceos sofisticados

 Termo também é utilizado pelo IBGE para denominar as cidades que


assumem importante posiçã o (econô micam política, cultural, etc) na rede
urbana da qual fazem parte (metropoles nacionais e regionais).

* Para o IBGE Brasília é uma Metrópole Nacional

A conurbação de várias cidades tende à formação de uma região


metropolitana
Região Metropolitana (conceito geográ fico) – grandes espaços urbanizados,
formados por municípios adjacentes, integrados functional e
socieconomicamente a uma metrópole.

O que é uma RIDE?

 CF, Art. 43: Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua
ação em um mesmo complex geoeconômico e social, visando a seu
desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais

 Instituiçã o do disposto no artigo acima é o que denomina-se de Região


Integrada de Desenvolvimento (RIDE)

 Envolve a participaçã o da Uniã o, de estados, e/ou Distrito Federal, se for o


caso, e de municípios.

 É uma forma de açã o mais ampla que a prevista nas regiõ es


metropolitanas que sã o interestaduais e envolvem somente um estado e
os municípios da regiã o metropolitana

 Grandes aglomeraçõ es urbanas que se situam em mais de um estado

 Criadas por legislaçã o federal específica, que delimita os municípios que a


integram e fixa as competencias assumidas pelo colegiado das mesmas

 Objetivo: Articular e harmonizar as açõ es administrativas da Uniã o, dos


Estados, do DF e dos municípios para a promoçã o de projetos que visem à
dinamizaçã o econô mica e provisã o de insfraestruturas necessá rias ao
desenvolvimento em escala regional

RIDES EXISTENTES

 RIDE DO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO – LC Nº 94 DE 19/02/1998

 RIDE DO POLO DA GRANDE TEREZINA – LC Nº 112 DE 19/09/2001

 RIDE DO POLO PETROLINA E JUAZEIRO – LC Nº 112 DE 19/09/2001

CONCLUSÕES:
 Regiã o metropolitan só pode ser instituída por lei estadual e para agrupar
municípios limítrofes

 A Uniã o nã o pode criar regiõ es metropolitanas

 Legalmente nã o existe a RM de Brasília

 Funcionalmente Brasília é uma metró pole e a cidade central da sua regiã o


metropolitana

RIDE DO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO – LEGISLAÇÃO

 Criada pela LC nº 94/98

 Alterada pela LC nº 163 de 14/06/2018 (Alterou apenas Art. 1º da lei


anterior)

 Regulamentada pelo Decreto nº 7.469/2011

 Composição atual: Distrito Federal e 33 municípios, sendo 29 de


Goiás e quatro de Minas Gerais

 Composiçã o anterior: Distrito Federal e 21 municípios, sendo 19 de


Goiás e dois de Minas Gerais

 Foram acrescidos 12 municípios, sendo 10 de Goiás e 2 de Minas Gerais

Anexar LC 94/98 (Com alteraçã o pela 163/18) e grifar de acordo com slide
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Conselho Administrativo da Região Integrada de Desenvolvimento do


Distrito Federal e Entorno – COARIDE

 Vinculado à Superintendência do Desenvolvimento do Cento-Oeste-


SUDECO

 Finalidade de coordenar as atividades a serem desenvolvidas na RIDE

 SUDECO, vinculada ao Ministério da Integraçã o Nacional (atual


Ministério do Desenvolvimento Regional)

POPULAÇÃO

 Maior parte da populace reside no DF

 Rápido crescimento populacional do Entorno (27,2% - 2000/2010)


 Município mais populoso (Censo 2010): Luziâ nia

 Município menos populoso (Censo 2010): Mimoso de Goiá s

 Maior á rea territorial: Unaí – 8.448,08 Km²

 Maior á rea territorial: Valparaíso de Goiá s – 61,45 Km²

 Maior densidade demográ fica: Valparaíso de Goiá s (2.165,48 hab/Km²)

 Menos densidade demográ fica: Cavalcante (1,35 hab/Km²)

ECONOMIA

 Predomínio do setor terciário, seguido do secundá rio e primá rio

 Distrito Federal concentra 89,90% do PIB, sobretudo no setor de

serviços, mas tem participaçã o expressiva também nos demais setores

 Agropecuária – destaque para Cristalina, predomínio das culturas de soja

e milho

 Indústria – predomínio da construçã o civil

 Luziâ nia – principal município do entorno que tem um parquet industrial

de destaque, sobretudo devido à indú stria de alimentos

 Barro Alto (níquel), Cavalcante, Niquelâ ndia (um dos maiores produtores

de níquel do mundo) – extrativismo mineral

 Turismo – DF, Pirenó polis, Alto Paraíso de Goiá s e Cavalcante

COMÉRCIO EXTERIOR

 Barro Alto (maior exportador da RIDE) – ferro ligas


 Luziâ nia – soja e milho

 Unaí – soja

ÁREA METROPOLITANA DE BRASÍLIA (AMB) OU PERIFERIA

METROPOLITANA DE BRSÍLIA (PMB) – NÃO É RIDE

 Codeplan – no â mbito da RIDE do Distrito Federal e Entorno há duas

dinâ micas: uma metropolitan e outra nã o metropolitan

 Delimitaçã o informal

 Distrito Federal e 12 municípios goianos pró ximos ao DF e que com este

têm alto nível de integraçã o: Á guas Lindas de Goiá s, Alexâ nia, Cidade

Ocidental, Cocalzinho de Goiá s, Cristalina, Formosa, Luziâ nia, Novo Gama,

Padre Bernardo, Planaltina, Santo Antô nio do Descoberto e Valparaíso de

Goiá s.

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