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JK

Neste momento, a história da transferência cruza-se com a de Juscelino


Kubitschek, então candidato à Presidência da República. Em 4 de abril de
1955, em um comício na cidade de Jataí (GO), JK é questionado se cumpriria
a Constituição e faria a transferência da capital caso fosse eleito. “Quero
confessar que até aquele instante não havia fixado, com a devida atenção, o
problema da mudança. Mas tive que responder de pronto à pergunta”,
escreveu Juscelino mais tarde com a eleição de JK, a construção da capital
começa a se tornar realidade. Em setembro de 1956, é sancionada a lei que
criou a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e deu o nome de
Brasília à capital. As obras começaram em outubro daquele ano e, depois de
três anos e meio, Brasília é inaugurada em uma festa que durou quase dois
dias.
Em comício no interior de Goiás, o então candidato à presidência da República Juscelino Kubistchek (JK), ao ser
inquirido por um eleitor, comprometeu-se, se eleito, a transferir a capital brasileira para o interior do país. Em
seu governo, JK comandou a construção de Brasília em tempo recorde, inaugurando-a em abril de 1960.
Considerando os aspectos marcantes da construção de Brasília e de sua consolidação como a nova sede dos
Poderes da República, julgue os itens seguintes.

32 A presença de operários vindos dos mais diversos pontos do país, a exemplo de mineiros e nordestinos,
conhecidos como candangos, foi vital para a construção de Brasília, além de ter contribuído para a diversificada
composição da população do novo Distrito Federal.

33 A construção de Brasília inscreve-se no contexto de desenvolvimentismo dos anos JK, quando a crença
otimista na modernização do país era embalada, por exemplo, pela conquista da primeira Copa do Mundo de
Futebol.

34 A construção de Brasília não sofreu oposição relevante e, depois da inauguração da cidade, sua consolidação
como a nova sede político-administrativa da República avançou sem maiores contestações.

35 A criação da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE) cumpriu


integralmente seu objetivo ao promover a ocupação ordenada e planejada de toda a área limítrofe do Distrito
Federal, ao sanar problemas estruturais com a plena oferta de bens e serviços públicos, oportunidades de
emprego e assistência à saúde no chamado Entorno.
No contexto da Independência do Brasil (1822), importantes personalidades, como José
Bonifácio e Hipólito da Costa, já defendiam a transferência da capital para o interior do país.
Na República, as Constituições de 1891, 1934 e 1946 tratavam do tema. Todavia, só na
segunda metade dos anos 50 as obras da nova sede político-administrativa do Brasil foram
implementadas no Planalto Central. A inauguração de Brasília se deu em 21 de abril de 1960.
Considerando aspectos marcantes do processo de transferência da capital brasileira para o
interior do país e de sua consolidação como sede dos Poderes da República, ao longo de seis
décadas, julgue os itens seguintes.
32 Historicamente, dois argumentos foram utilizados para justificar a necessidade de
transferência da capital brasileira do litoral para o interior do país: inicialmente, o da defesa,
pois isso a tornaria menos suscetível a ataques pelo mar; mais tarde, a possibilidade de
promover a interiorização do desenvolvimento nacional pela ocupação de áreas do vasto
território até então negligenciadas.

33 A construção de Brasília, no governo Juscelino Kubistchek de Oliveira, não ficou imune à


ação oposicionista, tendo a oposição à mudança da capital sido liderada pela seção goiana da
União Democrática Nacional (UDN), contrária à cessão de parte do território de Goiás para o
novo Distrito Federal.
1. Francisco Adolfo de Varnhagen, um dos precursores da ideia de
interiorização da capital do Brasil, defendeu, em 1877, que uma nova
cidade fosse construída na região em que se situam as lagoas Feia,
Formosa e Mestre D’Armas.

2. Com a criação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (NOVACAP), o


governo assegurou a distribuição de moradia às famílias de acordo com a
posição de cada uma delas na burocracia civil e militar e com o seu nível de
renda.
3. A ideia da transferência da capital federal para o centro do Brasil é bastante
antiga: no final do século XVIII, os inconfidentes mineiros defendiam que a
capital se mudasse para São João del-Rei (MG), e, no início do século XIX, o
patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva, propôs uma
nova capital — com o nome de Brasília —, que deveria ser situada na atual
cidade de Paracatu (MG).
4. O desejo de situar a capital no interior do território brasileiro é antigo,
remontando ao período colonial. A ideia foi defendida pelos inconfidentes
mineiros e chegou a ser inscrita na primeira constituição republicana.

5. As dimensões e os limites territoriais atuais do Distrito Federal são os mesmos


propostos pelo relatório da Comissão Exploradora do Planalto Central chefiada
pelo cientista belga Luiz Cruls.

6. Ao longo de todo o processo histórico que norteou a transferência da nova


capital, somente na segunda metade da década de 1940, no caso, em 1946, foram
tomadas novas atitudes em relação à transferência da capital. Na Constituição
promulgada naquele ano, estava previsto que um novo estudo sobre a região fosse
feito e, em 1948, o presidente Eurico Gaspar Dutra nomeou a Comissão Poli Coelho,
que chegou à conclusão de que a área demarcada pela Missão Cruls, no final do
século 19, era a ideal para a nova capital.
7. Na estratégia desenvolvida pelo governo JK, na qual Brasília
desempenharia papel relevante, era fundamental a existência de uma
infraestrutura que permitisse a circulação de produtos alimentícios do
interior para os centros urbanos e de produtos industrializados para as
áreas mais afastadas dos grandes centros urbanos.

8. Marques de Pombal argumentava que a capital longe do litoral estaria


mais segura e não ficaria vulnerável ao ataque de naus inimigas.

9. Alguns estudos publicados atribuem o pioneirismo da ideia de


interiorização da capital do Brasil a Francesco Tosi Colombina. Cartógrafo
italiano a serviço da Coroa portuguesa, Colombina esteve em Goiás em 1749
e elaborou a Carta de Goiás e das Capitanias Próximas, sugerindo a mudança
da capital do litoral para a região central do país.
10. Planaltina e Brazlândia – cidades-satélites de Brasília – eram
cidades goianas, preexistentes à instalação da capital da República.

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