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Os decretos que Ciro fez em matéria de direitos humanos foram gravados em acadiano num
cilindro de barro cozido.
Ciro, o Grande, o primeiro rei da Pérsia, libertou os escravos da Babilónia em 539 a.C.
Em 539 a.C., os exércitos de Ciro, O Grande, o primeiro rei da antiga Pérsia,
conquistaram a cidade da Babilónia. Mas foram as suas acções posteriores
que marcaram um avanço muito importante para o Homem. Ele libertou os
escravos, declarou que todas as pessoas tinham o direito de escolher a sua
própria religião, e estabeleceu a igualdade racial. Estes e outros decretos foram
registados num cilindro de argila na língua acádica com a escritura cuneiforme.
Conhecido hoje como o Cilindro de Ciro, este registo antigo foi agora
reconhecido como a primeira carta dos direitos humanos do mundo. Está
traduzido nas seis línguas oficiais das Nações Unidas e as suas estipulações
são análogas aos quatro primeiros artigos da Declaração Universal dos Direitos
Humanos.
Carta Magna, ou “Grande Carta”, assinada pelo rei da Inglaterra, em 1215, foi um ponto de
viragem nos direitos humanos.
A Carta Magna, ou a “Grande Carta”, foi possivelmente a influência inicial mais
significativa no amplo processo histórico que conduziu à regra de lei
constitucional hoje em dia no mundo anglófono.
Em 1215, depois do Rei João da Inglaterra ter violado um número de leis
antigas e costumes pelos quais Inglaterra tinha sido governada, os seus
súbditos forçaram–no a assinar a Carta Magna, que enumera o que mais tarde
veio a ser considerado como direitos humanos. Entre eles estava o direito da
igreja de estar livre da interferência do governo, o direito de todos os cidadãos
livres possuírem e herdarem propriedade, e serem protegidos de impostos
excessivos. Isto estabeleceu o direito das viúvas que possuíam propriedade a
decidir não voltar a casar–se, e estabeleceu os princípios de processos devidos
e igualdade perante a lei. Isto também contém provisões que proíbem o
suborno e a má conduta oficial.
Em 1628, o Parlamento Inglês enviou esta declaração de liberdades civis do rei Carlos I.
O seguinte marco miliário registado no desenvolvimento dos direitos humanos
foi a Petição de Direito, feita em 1628 pelo Parlamento Inglês e enviada a
Carlos I como uma declaração de liberdade civis. A rejeição pelo Parlamento
de financiar a política exterior impopular do rei tinha causado que o seu
governo exigisse empréstimos forçados e aquartelasse tropas nas casas dos
súbditos como uma medida económica. Prisão arbitrária e aprisionamento por
oposição a estas políticas produziram no Parlamento uma hostilidade violenta a
Carlos e a Jorge Villiers, o Duque de Buckingham. A Petição de Direito, iniciada
por Sir Edward Coke, baseou–se em estatutos e cartas anteriores e afirmou
quatro princípios: (1) Nenhum tributo pode ser imposto sem o consentimento do
Parlamento, (2) Nenhum súbdito pode ser encarcerado sem motivo
demonstrado (a reafirmação do direito de habeas corpus), (3) Nenhum soldado
pode ser aquartelado nas casas dos cidadãos, e (4) a Lei Marcial não pode ser
usada em tempo de paz.
Uma Breve História dos
Direitos Humanos
Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776)
Em 1776, Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência dos Estados Unidos da
América.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem tem inspirado um número de outras leis e
tratados de direitos humanos em todo o mundo.
Em 1948, a nova Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas tinha
captado a atenção mundial. xxxSob a presidência dinâmica de Eleanor
Roosevelt, a viúva do presidente Franklin Roosevelt, uma defensora dos
direitos humanos por direito próprio e delegada dos Estados Unidos nas
Nações Unidas, a Comissão elaborou o rascunho do documento que viria a
converter–se na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Roosevelt,
creditada com a sua inspiração, referiu–se à Declaração como a Carta Magna
internacional para toda a Humanidade. Foi adotada pelas Nações Unidas no
dia 10 de dezembro de 1948.
No seu preâmbulo e no Artigo 1.º, a Declaração proclama inequivocamente os
direitos inerentes de todos os seres humanos: “O desconhecimento e o
desprezo dos direitos humanos conduziram a atos de barbárie que revoltam a
consciência da Humanidade, e o advento de um mundo em que os seres
humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi
proclamado como a mais alta inspiração do Homem... Todos os seres humanos
nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.”
Os Estados Membros das Nações Unidas comprometeram–se a trabalhar uns
com os outros para promover os trinta artigos de direitos humanos que, pela
primeira vez na história, tinham sido reunidos e codificados num único
documento. Em consequência, muitos destes direitos, de várias formas, são
hoje parte das leis constitucionais das nações democráticas.