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O antecedente mais remoto pode ser a Magna Carta, (expressão em latim que
significa “Grande Carta”) foi o primeiro documento a colocar por escrito alguns
direitos do povo inglês. O rei João sem Terra, da Inglaterra, assinou-a a 15 de
junho de 1215. A Magna Carta estabeleceu que o rei devia seguir a lei e não
podia mais, reinar como bem entendesse. Foi um dos primeiros documentos a
conceder direitos aos cidadãos. Desse modo, é considerado um tipo
de constituição.
Os nobres ingleses (chamados barões), os líderes da Igreja e o povo não
gostavam do rei João. Ele exigia muito dinheiro ao seu povo. Os barões
redigiram a Magna Carta para limitar o poder do rei, e João não teve força
suficiente para se opor a eles.
A Magna Carta garantiu essencialmente os direitos dos barões e da Igreja
Católica. Contudo, também deu às mulheres e às crianças o direito de herdar
propriedades. Além disso, estabeleceu que ninguém podia ser punido por um
crime antes de ser legalmente julgado e condenado como culpado. A Magna
Carta também deu aos barões o direito de declarar guerra ao rei se este não
respeitasse o documento.
A Magna Carta foi o primeiro passo para a elaboração da constituição da
Inglaterra. Embora trate essencialmente de assuntos relevantes do século XIII,
quando foi redigida, e apesar de ter sido revista várias vezes para se adequar
às circunstâncias de cada época, algumas disposições da versão original ainda
integram as leis inglesas de hoje. Mais tarde, muitos outros países utilizaram as
ideias da Magna Carta para elaborar suas próprias constituições.
Desde que a constituição entrou em vigor em 1789, foi alterada vinte e sete
vezes. Em geral, as dez primeiras emendas, conhecidas coletivamente
como Bill of Rights ("Carta de Direitos"), oferecem proteções específicas de
liberdade individual inclusive a religiosa e a da justiça, além de restringir os
poderes do governo. A maioria das dezassete alterações posteriores visaram
expandir os direitos civis individuais. As dez Emendas Constitucionais
americanas permanecem em vigor até hoje, demonstrando o caráter atemporal
desses direitos fundamentais. Essas Emendas têm caráter apenas
exemplificativo, já que, constantemente, novos direitos fundamentais podem
ser declarados e incorporados à Lei Fundamental Americana.
A Declaração de Direitos do estado da Virgínia declara que “todos os homens
são por natureza igualmente livres e independentes e têm certos direitos inatos
de que, quando entram no estado de sociedade, não podem, de nenhuma
forma, privar ou despojar de sua posteridade, nomeadamente o gozo da vida e
da liberdade, com os meios de adquirir e possuir propriedade e procurar e obter
felicidade e segurança”. Assegura, também, todo poder ao povo e o devido
processo legal (julgamento justo para todos).
Um exemplo reconhecido de "jus cogens" é a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU de
1948, que apesar de não ser uma norma formalmente necessária, já que não é um tratado, possui
obrigatoriedade material, uma vez que foi votada na assembleia geral das nações unidas
RELATIVISMO CULTURAL
O conflito
Para o relativista cultural não havendo valores morais universais só temos os
direitos atribuídos pela cultura a que pertencemos. Por outro lado, a
Declaração Universal dos Direitos Humanos defende que não temos só os
direitos que a cultura a que pertencemos, nos concede.
Reconhecer que há direitos humanos é negar que as práticas e tradições de
uma cultura sejam intocáveis, há valores que estão acima de qualquer tradição
cultural.
Logo, parece que defender os direitos humanos implica negar o Relativismo
Cultural, ou seja, afirmar que, em alguns casos, tem cabimento a ideia de que
“nós estamos certos e eles errados”.
O Relativismo afirma que ao defender a ideia que “nós estamos certos e eles
errados”, estamos a fomentar uma atitude intolerante e a negar o respeito
mútuo entre diversas culturas.
Se admitirmos a ideia de direitos humanos, assumimos que há direitos
universais e valores que não devem ser desrespeitados, mesmo que as várias
culturas discordem acerca do que é certo ou errado.
Razões para aceitar o Relativismo Cultural
O relativista defende que, seja qual for a maioria, ela está correta. Ora, muitas
vezes a maioria é ignorante, não está bem informada, e por isso as suas
opiniões podem não ser as melhores. A maioria pode estar enganada.
Segundo o Relativista Cultural, devemos aceitar mesmo as práticas das outras
sociedades que nos pareçam monstruosas, pois elas têm razão de existir no
seio da cultura em que foram geradas. Se aceitarmos o Relativismo, não
teremos razões para criticar, nem para tentar convencer os outros povos de
que estão errados. Não há dúvidas que a tolerância é um bem, mas isso não
significa que qualquer comportamento seja tolerável desde que beneficie de
aprovação social.
O homem é um ser que utiliza o etnocentrismo, que não é mais do que uma
visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e
todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos
modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode
ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença - no plano afetivo, como
sentimentos de estranheza, medo e hostilidade.
O Estado de Direito
O Estado Democrático
Em suma:
Os direitos de 1ª GERAÇÃO (direitos civis e políticos) – que compreendem as
liberdades clássicas, negativas ou formais – realçam o princípio da liberdade
Os direitos de 2ª GERAÇÃO (direitos económicos, sociais e culturais) – que se
identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas – acentuam o
princípio da igualdade
Os direitos de 3ª GERAÇÃO, que materializam poderes de titularidade coletiva,
atribuídos genericamente a todas as formações sociais, consagram o princípio
da solidariedade e constituem um momento importante no processo de
desenvolvimento, expansão e reconhecimento dos direitos humanos.
Princípios a que obedecem cada uma das Gerações de Direito
Principais decretos
1832, março – Reduz os dízimos nos Açores aos cereais, laranjas e outras
frutas, extinguindo os demais.
abril - suprime os morgadios e capelas cujo rendimento líquido não chegasse a
dois mil réis;
- Aboliu o pagamento das sisas, exceto em vendas ou trocas de bens de raiz;
- Impõe 1% de direitos de exportação sobre o valor das mercadorias de
produção, indústria ou manufatura nacional.
maio - torna aplicáveis nos Açores os decretos sobre a abolição da
escravatura; - Introduz reformas na administração pública e na justiça.
julho - Extingue o privilégio exclusivo da companhia dos vinhos do Alto Douro
da venda de vinhos e de fabrico de aguardentes.
agosto – Extingue os forais e revoga os foros , pensões, censos e outros
tributos que sobrecarregavam a terra e o camponês.
1833, julho – Alterações na divisão do território.
Finanças
Mouzinho da Silveira teve atenção com a parte das finanças, ou não sobrasse
para ele, a pasta da Fazenda.
As suas reformas implicaram Eliminação do secular sistema de tributação local,
através do qual grande parte dos impostos revertia a favor do clero e da
nobreza. Criaram também o Tribunal do Tesouro Público, que substituiu o
antigo Erário Régio, para o efeito de arrecadação de impostos e contabilização
dos fundos do Estado.
Para centralizar as receitas e pagar as despesas, existia em cada província um
recebedor-geral, e na comarca, um delegado, prevendo-se a criação de
subdelegados onde fosse necessário.