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Direitos Fundamentais

A problemática dos direitos Fundamentais

Direitos fundamentais em sentido formal e direitos fundamentais em sentido


material

Direitos fundamentais – são os direitos ou as posições jurídicas das pessoas


enquanto tais, individual ou institucionalmente consagradas, assentes na constituição.
Seja na constituição em sentido formal ou em sentido material.

Assim temos direitos fundamentais em sentido formal e direitos fundamentais


em sentido material.

Os direitos fundamentais abrangem os direitos subjectivos, expectativas,


pretensões e interesses legítimos.

- Os direitos fundamentais pressupõem que as pessoas estejam em relação


imediata com o poder, beneficiando de um estatuto comum e não separados em razão de
grupos ou das condições a que pertençam. Não há direitos fundamentais sem Estado ou
pelo menos sem uma comunidade Politica integrada.

Não há direitos fundamentais sem reconhecimento de uma esfera Publica de


pessoas, frente ao poder Político direitos fundamentais sem no Estado Totalitário.

O conceito formal em direitos fundamentais está ligado ao conceito de


constituição em sentido formal. Direitos fundamentais em sentido material esta ligado
ao conceito de constitucionalidade e revisão.

É constitucional uma lei que viole a constituição e só por revisão pode ser
eliminada ou ter o seu conteúdo alterado.

Levantam-se dúvidas quanto ao conceito de direitos fundamentais em sentido


material, por sua neutralidade supor-se equivalente a um positivismo cego aos valores
permanentes da pessoa e por a variação de condições que toma em conta poder conduzir
a um relativismo sem qualquer estuário seguro.

Admite-se que os direitos fundamentais passem em cada ordenamento aqueles


que a sua Constituição, expressa de certo e determinado regime politico como tais
difamasse, seria mesmo que admitir a não consagração, a consagração insuficiente ou a
violação reiterada de direitos como o direito a vida ou ao trabalho, a liberdade de
crenças ou participação na vida política só porque de menor importância ou desprezíveis
para um qualquer regime politico.

Devemos estudar os direitos fundamentais ``prima facie`` como direitos


inerentes a noção da pessoa, como direitos básicos da pessoa, como direitos que
constituem a base jurídica da vida humana ao seu nível actual de dignidade.
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Os direitos fundamentais dependem das filosofias políticas e económicas e
sociais e das circunstâncias de cada época.

Não devemos excluir o apelo ao direito natural, o apelo ao valor e a dignidade da


pessoa humana, os direitos derivados da natureza do homem ou da natureza do Direito.

Os direitos fundamentais vão prá lá da compreensão do direito natural. Os


conteúdos dos direitos fundamentais são impostos pelo direito natural. Existem outros
que não. Vide direito de antena artigo 45 CR, o direito de acção popular artigo 74 da
C.R.A, os direitos das comissões de trabalhadores artigo 50 da C.R.A.

Alias, do conceito material de direitos fundamentais não se trata de direitos


declarados, estabelecidos, atribuídos pelo legislador constituinte pura e simplesmente,
trata-se também de direitos resultantes da concepção de constituição dominante, de ideia
de Direito do sentido jurídico dominante.

Esta posição assenta no respeito mínimo de respeito pela dignidade do homem


concreto. Há no fundo uma proclamação dos direitos postulados pelo direito natural.

O que esta em causa não é o elenco dos direitos fundamentais em si, o que está
em causa é a eficiência dessa constituição material em confronto com outras, o regime
político correspondente, a situação de opressão que certos povos vivem.

A distinção dos direitos fundamentais em sentido material e direito em sentido


formal, remonta do IX Aditamento de (1971) a constituição dos Estados Unidos e
encontra-se expressa ou implícita em várias constituições. Nesse aditamento lê-se `` A
especificação de certos direitos pela constituição não significa que fiquem excluídos ou
desprezados outros direitos até agora possuídos pelo povo.

Vide artigo 13 da C.R.A

Kelsen entende que a constituição norte-americana consagra a doutrina dos


direitos naturais. Pois existem direitos não expressos na constituição nem na ordem
positiva.

Kelsen entende ainda que os órgãos de execução do direito especialmente os


tribunais poderiam estipular outros direitos, indirectamente estabelecidos na
constituição.

Os direitos não dependem da vontade do legislador, eles já existem, trata-se do


legislador aderir a eles ou não.

Na linguagem corrente fala-se de direitos do homem. Não apenas porque na


declaração Universal dos direitos do homem de 1789 desenvolve um percurso decisivo
na aquisição dos direitos fundamentais, porque a expressão traduz bem a ideia de
direitos do homem, só por ser homem e direitos que, por isso mesmo são comuns a
todos os homens.

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A questão da terminologia (direitos fundamentais; direitos Humanos, direitos do
Homem.

Materialmente são uma e a mesma coisa. Ambos emergiam do mesmo processo


histórico (remontam dos estóicos gregos e romanos, passando pela tradição Britânica).

São a mesma coisa porque traduzem-se na possibilidade dos cidadãos reivindicar


em seus direitos junto do monarca. Estes direitos tiveram o seu apogeu com as
proclamações Americanas e Francesas dos direitos dos cidadãos e do homem.

Este processo ganha o seu cunho mais recente, em que se consagra a designação
dos ``direitos humanos``, quando após a segunda guerra mundial, as Nações Unidas
proclamam a Declaração Universal dos direitos do homem no dia 10 de Dezembro de
1948.

Vieira de Andrade distingue os direitos fundamentais dos direitos humanos com


a seguinte afirmação:

Direito Fundamentais quando se pretende referir os direitos garantidos por cada


Estado aos seus cidadãos.

Direito Humanos termo a que se recorre para designar os direitos do homem que
são validos para todos os povos e em todos os tempos, assumindo, neste último sentido,
a dimensão dos direitos naturais.

Utiliza-se várias vezes a expressão direitos do homem, direitos humanos nas


línguas latinas, mas também são uma e a mesma coisa. A questão está no conceito do
homem e também coloca-se a questão de saber se abrange os dois géneros ou seja o
homem e a mulher como categorias humanas.

O embrião dos direitos Humanos na antiguidade clássica e a sua codificação

 O código de Amurabi de cerca de 1700 anos a.C. (Protecção dos mais fracos e a
remuneração justa do trabalho).
 Edito de Cícero ano 539 a.C. (onde o Imperador Persa se compromete a
respeitar os direitos e o bem-estar dos Babilónios).
 Relatos do Camponês Eloquente- século XX e XVIII a.C. no Egipto (defendia
valores democráticos e de justiça-social).
 Documentos de cariz religioso.
 Deuteronómio da bíblia judaica (salvaguarda da ordem social, c/respeito a
pessoa humana).
 Buda, Confucio, Zoroasto (salientavam ideias escritas em defesa dos direitos
humanos e da protecção da dignidade humana c/em sentido universalista.

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 Lei das 12 tábuas de Roma 450 a.C. (surge como resultado da luta das classes
mais desfavorecidas por maior respeito a sua dignidade perante as
arbitrariedades das classes mais desfavorecidas).

Evolução dos direitos Humanos

O homem desde as comunidades primitivas percebeu que existem valores


que devem ser respeitados pela comunidade e por elementos integrantes da
mesma, estes valores são ditados pela dignidade da vida e da pessoa humana.
Estes são ditados pelo conceito de direitos humanos. Estes valores apareciam
em códigos, (actualmente observamos as crueldades feitas contra a pessoa
humana, incluído a eliminação da vida).
Estes actos dirigem-se contra que violaram os aludidos direitos
Fundamentais. Hoje existe a pena de morte, práticas religiosas onde são
sacrificados as pessoas, em alguns países.

O embrião dos direitos Humanos na antiguidade e sua codificação

O processo de defesa dos direitos humanos deriva dos tempos mais remotos e já
nesta altura observa-se uma acção de codificação distante dos compromissos religiosos
onde destacamos:

1- Os direitos humanos na tradição Britânica: foi na Inglaterra durante o século


XIII, quando se estabeleceram os mecanismos da Inquisição, como já se
mencionou que outorgada pelo rei João sem Terra foi proclamada histórica
Magna Carta. Antes da Magana Carta os cidadãos estavam a inteira disposição
dos poderes políticos. A Magna Carta estabeleceu o principio da legalidade que
é uma das traves mestras do Estado de Direito moderno ao estabelecer que:
``nenhum homem livre poderá ser detido, sujeito a prisão, privado dos seus bens,
exilado, ou alvo de outra forma de violência, senão com base num julgamento
assente no respeito pela lei do reino``.

2- Em 1628 ainda na luta pelos direitos e liberdades dos cidadãos na Grã-Bretanha


é aprovado a Petitionof Right (era um reforço a Carta Magana), sendo um
documento dirigido ao rei Carlos I, pelos Parlamento. Neste documento foram
consagrados princípios que vigoram até hoje, entre os quais:

 O princípio da não fixação de impostos sem o consentimento do Parlamento


(Notibutation with representation).
 O princípio da não detenção e prisão de nenhum cidadão sem causa.
 O princípio da não declaração da lei marcial em tempo de paz.

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3- O Habeas Corpus que é um princípio de liberdade provisória e é uma garantia
p/evitar prisões arbitrárias sem julgamento.

4- O Bill of Rights revela o conhecimento dos direitos naturais do homem e do


cidadão e consequentemente o fim da ideia de que o poder dos reis é de origem
divina o que evolui naturalmente p/a ideia de eleições p/o provimento
parlamentar e p/a composição dos governos.

É este movimento no Império Britânico que justifica a revolução Francesa, precedida


das ``Anglo-saxónicas`` e Revolução Americanas.

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Fundamentos filosóficos e ideológicos da concepção moderna dos direitos humanos

Surge o movimento Renascentista no século XIII-XV onde avulta o humanismo,


onde são invocados valores da antiguidade grego-romana, são desenvolvidas ideias
estóicos gregos sobre o Caracter universal do género humano e dos romanos Cícero e
Seneca sobre as libertas e a humanistas que ressaltam e valorizam o mesmo tipo de
pensamento.

O homem é o centro do mundo o Humanismo renascentista luta contra a


condenação, a intolerância, as guerras religiosas, as perseguições por motivos religiosos
(a inquisição).

Defende a tolerância a liberdade de credo como a concórdia entre os homens.


Surge a reforma protestante. Chega-se ao jus naturalismo (posição jurídica que se
reconhece o primado do direito natural sobre o direito positivo) os direitos naturais tem
como núcleos os direitos humanos (direito a vida, a procriação, a liberdade religiosa, o
principio da igualdade dos homens) são universais e imutáveis. No século XVII e XVIII
fixa-se o conceito de direitos humanos, aqueles que hoje são conhecidos como direitos
humanos de primeira geração.

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A revolução Americana

A par de frança foram as primeiras Republicas regidas por princípios de Estado


Democrático e de direito, assentes no princípio pelo respeito dos direitos Fundamentais
e Humanos.

Os colonos reivindicaram contra a metrópole, procuravam igualdade entre os


homens, liberdades e garantias.

Nesta revolução destacam-se 3 documentos históricos:

1- Declaração dos direitos aprovados na Virgínia a 1/7/1976


2- Declaração da Independência 4/7/1776
3- Constituição dos E.U 17/9/1787 que se seguiu da declaração dos direitos,
constituída por 10 emendas, a constituição a que se deu o nome de BILL OF
RIGHTS norte-americana.

A revolução Americana contribui na fixação dos conteúdos dos direitos


humanos designadamente direito a vida, a liberdade, a propriedade, a felicidade,
segurança, a par de preconizar a participação do cidadão de forma livre na condução da
coisa Pública.

Estes direitos não atingem todos os grupos humanos, quanto a raça, sexo e
condição de classe.

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A revolução Francesa e a Declaração dos direitos do homem e do cidadão

-Vide ideias filosóficas da época (Iluminismo).

- A revolução Francesa foi liderada pela burguesia liberal

- Montesquieu, JJ. Rousseau e Voltaire.

Do sistema Feudal passou-se a monarquia despótica, insensível aos desenvolvimentos


da Inglaterra (Vide Bill of Rights). O príncipe se considerava o representante do poder
divino, Rei Luís XIV (1661-1765) - O estado sou eu-L`etactc` estmoi.

A revolução Francesa

- 14 de Julho 1789 tomada de bastilha (fortaleza, castelo).

- 26 de Julho de 1789 proclamação da histórica declaração DTOS do Homem e do


Cidadão. Ressalta o direito natural dos direitos fundamentais do homem tais como a
liberdade de expressão, a propriedade, a segurança e a resistência a opressão. No
entanto na revolução francesa não foram reconhecidos os direitos económicos sociais e
culturais. Foram consagrados apenas direitos da primeira geração.

A ordem jurídica das Nações Unidas e os direitos Humanos

No preambular da carta das Nações Unidas os direitos humanos ocupam um


lugar de destaque. É ressaltada a dignidade do homem, o valor da pessoa humana bem
como a igualdade entre direitos da primeira geração.

Nos artigos 1º e 2º são expostos os princípios e objectivos das Nações Unidas. O


nº 4 do artigo 2 enuncia o princípio da solução pacífica dos deferidos, princípios que só
admitem excepções a legitima defesa e as acções contra os Estados que tenham violado
esse princípio (solução pacifica diferendos).

O objectivo fundamental da O.N.U é a preservação da paz e da segurança


internacional.

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Carta das Nações Unidas

Declaração universal dos direitos do homem o pacto internacional de direitos


económicos, sociais e culturais

Nesta altura já existia a declaração universal dos direitos do homem que limitou
a compilar os direitos já reconhecidos desde o advento da Escola dos direitos Naturais e
proclamados pela revolução Inglesa (1968), Americana (1776) e Francesa (1789)
acrescidos dos direitos naturais da segunda geração engendrados pelas revoluções
industriais do século XIX podendo assim ser resumido: Direito a igualdade, direito a
vida, direito as liberdades (pensamento, opinião, expressão, manifestação, reunião,
associação, religião etc.). Direito a circulação dentro e fora do País, direito a
nacionalidade, direito ao casamento, a protecção da família, direito a propriedade, a
participação democrática (escolar e ser escolhido p/os poderes públicos), direitos
económicos, sociais e culturais.

A importância desse D.H radica no facto de ter-se constituído na primeira


tentativa de universalização dos direitos humanos.

Os direitos da terceira geração, devido certamente ao de não haver consensos


internacionais em torno do fenómeno como a colonização, foram tratados em
documentos posteriores. Ex: Declaração sobre a concessão da Independência aos Países
e Povos colonizados (resolução 1514) das Nações Unidas de 1960 e a resolução sobre a
soberania permanente sobre os recursos Naturais de 1962 entre outros.

1962 (16 de Dezembro) surge o Pacto Internacional de direitos Civis e Políticos,


os Pactos Internacionais dos direitos Económicos, sociais e culturais.

A entrada em vigor destes documentos foi em 1976 que terminou o processo de


ratificação destes documentos pelos estados membros da O.N.U.

A grande importância destes pactos radica nos factos de terem sido introduzidos
mecanismos da garantia e fiscalização de garantia e fiscalização do conteúdo dos
direitos reconhecidos na declaração de 1948.

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Os direitos Humanos nos instrumentos regionais

Europa, América e Africa

No âmbito do funcionamento do conselho da Europa (ocidental) criada em 1949,


p/a defesa dos principais valores ocidentais, foi aprovada a Convenção Europeia dos
direitos do homem e das Liberdades Fundamentais (CEDH). O documento foi aprovado
em 1950, tendo entrado em vigor em 1953, são estabelecidos os seguintes direitos:

 Direito a vida
 Direito a liberdade e a segurança
 Direito ao respeito da vida privada e familiar
 Direito a inviolabilidade do domicílio e a correspondência
 Direito a administração equitativa da justiça
 Direito a liberdade de pensamento, da consciência e religião
 Direito a liberdade e expressão e de opinião
 Direito a liberdade de circulação e de escolha de residência
 Direito ao respeito pelos bens, direito a casa e constituição de família
 Direito de abandonar qualquer país, incluindo o de que se é natural
 Direito de viver em Estados de que se é natural e nacional
 Direito de ser educado de acordo c/as convicções Políticas e religiosas de cada
um.

Esta convenção não contempla direitos económicos, sociais e culturais. Em


1963 foi assinada a carta social Europeia que continha os seguintes direitos:

 Direito ao trabalho
 Direito a condições de trabalho equitativas
 Direitos a segurança e higiene no trabalho
 Direito sindical
 Direito a negociação colectiva
 Direito dos trabalhadores a participação
 Direito a segurança social e assistência medica.

A união Europeia trouxe outra dinâmica aos direitos humanos, aos 7 de


Dezembro de 2000, foi proclamada a carta dos direitos fundamentais da união
europeia. A carta trouxe problemas de sob reposição do sistema visto que
limita-se a questão específica consagração e regulação do direito de cidadania
europeia, transportou o mesmo elenco de direitos da CEDH, da Carta social
europeia e de outros instrumentos pertinentes, realçando o reforçando a sua
importância como elementos central da cultura europeia.

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América

No âmbito da organização dos Estados da América (OEA), criada em 1948 foi


aprovada a convenção Americana dos direitos humanos de 1968 que entrou em vigor
em 1978, protege uma série de direitos civis e políticos, tais como o direito á
personalidade jurídica, direito a vida, direito ao tratamento humano, direito a
julgamento e outros de primeira geração e outros já consagrados na declaração universal
dos direitos do homem e no Pacto Internacional dos direitos Civis e Políticos.

Em relação aos direitos económicos sociais e culturais o artigo 26º CADH


remete para carta de OEA. Foi aprovado o protocolo de S. Salvador aos 17 de Setembro
de 1986 a Carta Africana dos direitos do homem e dos Povos (depois da sua
ratificação).

África

O movimento de adaptação continental da problemática dos DH chegou a África


em 1981 c/a aprovação da O.U.A que tinha inscrito como objectivo fundamental a
emancipação dos povos Africanos. Foi aprovada em 1981 mas só entrou em vigor 1986
a Carta Africana dos direitos do homem e dos povos (depois da sua ratificação).

1- Foi adoptada o conceito Carta em vez de convenção.


2- A doutrina discute se são direitos humanos ou direitos colectivos.
3- Direitos dos povos e não humanos.

Consagram-se os seguintes direitos:

1- Igualdade perante a lei


2- Direito ao respeito da vida e sua igualdade
3- Direito a liberdade e segurança
4- Direito as garantias judiciais
5- Direito a liberdade de consciência, profissões, politica e religiosa
6- Direito a informação e liberdade de expressão
7- Direito a associação e reunião
8- Direito a liberdade de circulação e a escolha de residência
9- Direito ao asilo
10- Direito de participação nos assuntos públicos
11- Direito ao acesso aos bens públicos
12- Direito a propriedade
13- Direito a trabalho em condições equitativas e ao salario justo
14- Direito a saúde, educação e cultura
15- A assistência familiar num de igualdade do género e atenção especial á crianças
e idosos.
16- Direito a igualdade e dignidade dos povos e o fim da dominação de um povo
sobre outro.
17- Direito dos povos a livre disposição das suas riquezas e recursos naturais.

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18- Direito dos povos ao desenvolvimento económico e social e cultural no estrito
respeito a sua liberdade e a sua identidade, e ao gozo igual do património
comum da humanidade.
19- Direito a Paz e segurança, tanto no plano nacional como internacional.
20- Direito dos povos a um meio ambiente satisfatório e global, propicio ao seu
desenvolvimento.

Direitos humanos especiais (em razão da categoria de pessoas ou em razão


de matéria especifica)

Também sobre a égide da O.N.U tem sido levada a cabo uma actividade
notável no domínio de áreas sectoriais, como o direito das crianças, mulheres,
das minorias, refugiados, deficientes, por outro lado na regulação de várias áreas
ligadas a protecção de aspectos especiais do direito a vida e sua dignidade (ex:
tortura, genocídio, terrorismo, o trabalho forçado e o trafico de pessoas).
Ana Maria Guerra define os DH:
 É um conjunto de regras jurídicas internacionais, quaisquer que seja a
fonte de onde emanam, que reconhecem sem discriminação aos
indivíduos, direitos e faculdades que asseguram a liberdade e a dignidade
da pessoa humana e que beneficiam de garantias institucionais.
Nest
es termos os DH obedecem a uma série de princípios.
1- O Princípio da dignidade
2- O Princípio da liberdade
3- O Princípio da igualdade
4- O Princípio da solidariedade e da responsabilidade
5- O Princípio da universalidade.

Princípio da Dignidade

Cada homem é uma realidade singular e irrepetível, pelo que deve


ser tratado com dignidade, preservando e respeitando o seu direito a vida
a integridade física e mental, bem como a um tratamento condigno.

Princípio da Liberdade
O ser humano deve agir como lhe dita a sua consciência, apenas
limitado pela necessidade de realização dos outros e pelo interesse
público (já que os DH tem também um carácter social).

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Princípio da Igualdade

Os homens são iguais, independentemente da raça, sexo, local de


nascimento ou outros critérios. (um princípio proclamado no texto da
Declaração dos direitos do homem e do cidadão da Revolução Francesa).

Princípio da Solidariedade e de Responsabilidade

Decorre da natureza social do homem, (a solidariedade e a


responsabilidade interlaçam-se de forma especial c/os outros princípios).
O princípio da solidariedade pressupõe cooperação entre os homens da
geração actual e cooperação c/as gerações futuras sob o risco de perigar-
se o futuro da humanidade.

Princípio da Universalidade

Fundamenta a passagem dos direitos, liberdades e garantias p/o


nível dos direitos humanos, este articulado aos princípios de igualdade
entre os homens, independentemente de quaisquer critérios
qualificativos.

Este princípio impõe restrições a soberania dos estados nas


relações controvertidas perante circunstâncias nacionais ou estrangeiras.

Tipologia dos Direitos Fundamentais:

Não é uniforme, varia de autor para autor, falar da tipologia é


falar da classificação. Existe o critério cronológico:
1- Direitos de primeira geração
2- Direitos de segunda geração
3- Direitos de terceira geração
4- Direitos de última geração

Direitos de primeira geração

Os direitos de primeira geração são os que surgem depois da I e


II revolução sendo esta A Francesa e a Americana. V.G: o direito a
propriedade.
Estes direitos pretendem-se com o individuo, ou seja são direitos
de índole individual.
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Direitos da segunda geração

Os direitos da segunda geração são aqueles surgem ao longo do


século XIX, constituindo um esforço para os direitos da primeira
geração, visto que os mesmos não atendiam as exigências da sociedade,
daí a criação dos de segunda geração.
Os direitos de segunda geração têm um caracter colectivo ou de
grupo. V.G: neste período surge direitos como o trabalho, saúde,
habitação, protecção no emprego, surge também direitos económicos,
sociais e surge o socialismo.
Direitos da terceira geração

Os direitos da terceira geração são aqueles que prendem-se com a


afirmação no plano internacional. Com estes direitos surgem:
 Direitos dos povos escolherem a sua forma de Governo
 Direito das minorias (V.G: os curdos) os que não têm grande capacidade de
desenvolvimento.
 Direito a Paz e segurança colectiva
Os direitos de terceira geração caracterizam-se por ser um direito misto,
porque abarca tanto características individuais (primeira geração),
características colectivas (segunda geração).
Este direito de terceira geração tem uma índole colectiva em termos de
solidariedade internacional.

Direito de última geração

São os que estão ligados aos últimos desenvolvimentos das


tecnologias de informação e no avanço das ciências sobre o genoma
humano. V.G: direito a protecção dos dados e o direito a disposição do
seu próprio genoma contra eventuais abusos.
Genoma: estrutura de genes, distribuída por 23 pares de
cromossomas que constitui a informação genética que cada individuo
recebe por transmissão hereditária (código genético).

Conceitos Afins e Categorias de direitos Fundamentais:

DF e conceitos afins:

a) Direitos subjectivos
b) Direitos de personalidade
c) Direitos dos povos
d) Interesses difusos
e) Garantias Institucionais
f) Deveres Fundamentais
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Direitos Fundamentais e Direitos Subjectivos Públicos

Os direitos fundamentais têm origem nos E.U.A e na França (séc. XVII)

Direitos subjectivos Públicos significam direitos subjectivos atribuídos por


normas de direito público, em contraposição aos direitos subjectivos atribuídos
por normas de direito privado.

Abrangem situações jurídicas ativas das pessoas frente ao Estado,


abrange situações reguladas pelo direito administrativo no direito tributário ou
direito processual. V.G: (direitos dos funcionários e os direitos dos
contribuintes), inclui ainda direitos de entidades públicas, enquanto sujeito de
relações jurídicas administrativas, relações jurídicas-financeiras ou de relação de
direito publico interno.

Direitos Fundamentais e direitos de personalidade

Direitos de personalidade são posições jurídicas do homem que ele tem


pelo simples facto de nascer e viver. Vide direitos de personalidade no código
civil artigo 70 e seguintes.
Existem zonas de coincidência (direitos a integridade pessoal, ao bom
nome, reputação, a imagem, liberdade de consciência, religião, culto, escolha da
profissão, direito ao trabalho, ao ambiente).
São direitos distintos porque existem outros constantes do texto constitucional,
vejamos:
 O direito de acesso aos tribunais, direito a cidadania, as garantias de
liberdade e da segurança, liberdade de imprensa, direito de antena, os
direitos políticos, a grande maioria dos direitos, liberdades e garantias
dos trabalhadores, os direitos económicos, sociais e culturais ou direitos
fundamentais dos administrativos.

Os direitos distintos fundamentais distinguem-se dos Direitos de personalidade


pelo seguinte:

1- Os direitos fundamentais pressupõem uma relação de poder


Os direitos de personalidade pressupõem uma relação de igualdade
2- Os direitos fundamentais têm uma incidência Publicista. Os direitos de
personalidade têm uma incidência privatística.
3- Os direitos fundamentais pertencem ao domínio do direito constitucional. Os
direitos de personalidade pertencem ao domínio do direito civil.

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Direitos fundamentais e situações funcionais

Situações funcionais são as situações jurídicas, activas e passivas, dos titulares e


porventura, certos agentes do Estado e de quaisquer entidades públicas enquanto tais.

``É o estatuto inerente aos cargos desempenhados por essas pessoas no Estado e
noutras entidades públicas``.

Vide responsabilidade criminal do Presidente artigo 127 da C.R.A,


incompatibilidades e impedimentos dos deputados, imunidades parlamentares,
responsabilidade criminal dos membros do governo.

Embora contrário ao princípio da igualdade, os titulares dos cargos políticos tem


algumas situações de vantagem. V.G: pensão de reforma.

Muitas variáveis são a natureza e a estrutura dessas situações:

A) Direitos subjectivos (livre transito, direito a carta especial de identificação)


patrimoniais (direito de remuneração) a deveres (exercer o cargo com zelo) e a
restrições (incompatibilidade).
B) Direitos funcionais ou regalias.
C) Garantias de imunidade (responsabilidade e inviolabilidade pessoal) e o direito
de recurso p/o tribunal Constitucional contra a perda de mandato.
D) Especificas situações de responsabilidade V.G: suborno a pátria (tipificados sob
a forma de crimes de responsabilidade dos titulares dos cargos políticos e
especificas formas de protecção penal (contra atentados ou agressões de que
esses titulares sejam alvo), V.G: golpe de Estado.

As situações funcionais distinguem-se dos direitos fundamentais pelo seguinte:

1- Nos poderes funcionais é analisada a competência dos órgãos, sendo os órgãos


colegiais, são autonomizados p/efeito de dinamização de competências.
2- Os direitos fundamentais implicam diferenciação, separação ou exterioridade
diante do estado. As situações funcionais são situações jurídicas de membros do
Estado poder ou Estado aparelho.

Os direitos fundamentais são situações das pessoas, de membros do Estado-comunidade


(dos cidadãos).

3- As situações são para a prossecução do interesse Público. Daí o princípio o


caracter obrigatório de exercício ou inovação de situações funcionais e o
caracter livre de exercício dos direitos fundamentais.

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Direitos fundamentais e direitos dos Povos

São direitos económicos, sociais, culturais e políticos dos povos. Os direitos dos
povos são direitos das colectividades.

O artigo 1º dos pactos das Nações Unidas de 1966 estabelece ``Todos os povos
tem o direito de dispor deles mesmos e determinar livremente o seu desenvolvimento
económico, social, cultural, para atingir os seus fins, todos os povos podem dispor
livremente das suas riquezas e dos seus recursos, sem prejuízo das obrigações
decorrentes da cooperação económica internacional, fundada no principio do interesse
mutuo em nenhum caso poderá ser privada dos seus meios de subsistência.

Em África foi celebrada a Carta Africana dos direitos do homem. V.G: direito a
auto determinação.

A diferença é que os direitos Fundamentais são direitos das pessoas ou dos


povos.

Direitos fundamentais e interesses difusos

É uma manifestação da existência ou alargamento de necessidades colectivas


individualmente sentidas.

Trata-se de um conjunto de necessidades comuns a conjuntos mais ou menos


largos e indeterminados de indivíduos e que somente podem ser satisfeitas numa
perspectiva comunitária.

Não são interesses Públicos nem interesses individuais que possam projectar-se
na esfera jurídica destas ou daquelas pessoas. V.G: o artigo 74 da C.R.A, património
cultural, defesa do ambiente, saúde pública, preservação (e o aproveitamento dos
recursos naturais, protecção do consumidor.

Os interesses difusos são interesses dispersos por toda a comunidade (apenas a


comunidade, pode prosseguir) é prosseguida pela Administração directa ou indirecta do
Estado, associações Públicas ou pela Administração autónoma.

Tem legitimidade p/a protecção de interesses difusos ou cidadãos a quem a


actuação administrativa possa provocar prejuízos relevantes. (Vide Acção Popular).

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Direitos e Deveres Fundamentais

Deveres fundamentais são situações jurídicas de necessidade ou de adstrição,


constitucionalidade estabelecidas, impostas as pessoas frente ao poder político ou, por
inferência de direitos ou interesses difusos, a certas pessoas perante outras.

Tal como nos direitos fundamentais, pressupõem a separação entre o poder e


comunidade (Estados e sociedades) e uma relação directa entre a pessoa e o poder
político. Essa relação pode configurar-se em duas perspectivas:

A) Em geral são deveres de natureza política ou homologa de direitos políticos (no


domínio tributário, eleitoral ou fiscal).
B) Em alguns casos são de natureza económica, social ou cultural, de natureza
constitucional. V.G. A escolaridade básica; defesa do ambiente.

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Direitos Fundamentais e Garantias Institucional

Conhecem-se duas acções de garantia institucional: conceito lato e impreciso de


disposição constitucional, em que se comtempla e se garante qualquer instituição
(abrangendo ate qualquer direito tomado como instituição).

Conceito restrito: disposição constitucional consagrada de qualquer instituição


ou qualquer outra forma ou princípios de organização social que o Estado deva
respeitar.

Sentido amplo: liberdade religiosa ou liberdade de imprensa.

Sentido restrito: religião, confissões religiosas ou a imprensa.

Até ao século XIX as garantias numa acepção restrita estavam fora das
constituições, porque nesta altura os direitos, liberdades e as garantias estavam
reduzidas.

Já no século XX, o dilatar do âmbito da constituição material, a consciência de


que o individuo vive situado em comunidades e instituições, a pressão dos grupos e a
intervenção do Estado nos domínios Económicos, Social e Cultural concorrem p/
salientar constitucionalmente a par dos direitos fundamentais, instituições numerosas,
de cuja subsistência e de cujas condições curam normas especificas.

Em regra os direitos fundamentais e as garantias institucionais são tratados em


conjunto. Distinguem-se pelo seguinte:

A) Direitos fundamentais ou de agir ou de exigir

Garantias Institucionais: são vistas num sentido organizatorio.

B) Direitos fundamentais: V.G: direito a vida, direito a reunião, direito de sufrágio,


direito a greve, direito a habitação.

Garantias Institucionais: V.G: o casamento, adopção, associações Públicas


(ordem dos advogados), serviço Nacional da Saúde, Serviço Público de rádio e
televisão.
Há direitos Fundamentais das Indissociáveis das Garantias Institucionais, o
direito de constituir família é indissociável da protecção da Instituição família.
Há Direitos Fundamentais das Instituições V.G: partidos (concorrer as eleições,
dos Partidos), Sindicatos.

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Categorias de direito fundamentais

Quanto a estrutura (Jellinek)

Status libertis, Status civitatis e satus activae, civiatatis, direito de agir, direito de
exigir direito de existência, direito de liberdade, direito de participação, direito
de prestação e direito de defesa.

Quanto aos sujeitos

Direitos Fundamentais individuais e institucionais, direitos comuns e


direitos particulares, direito do homem do cidadão e do trabalhador.

Direito a exercícios

Direito de exercícios individual, direito de exercício colectivo e direito de


exercícios individual e colectivo simultaneamente.
- As garantias
- Direitos, liberdades, garantia, direitos económicos, sociais, culturais
consagrados na constituição e em instrumentos Internacionais.

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1- Status Libertis- são prosseguidos fins estreitamente individuais, ou seja são
direitos de liberdade. Tem por objectivo a expansão da liberdade sem
interferência do Estado.
2- Status Civitas- pretensões estatais no interesse individual. São também
entendidos como direitos cívicos, e que tem como objectivo os interesses dos
indivíduos e prestações do Estado, de outras entidades Públicas e da
sociedade no seu conjunto.
3- Status Active- quando o individuo é autorizado a exercer os poderes
políticos, quando tem por objectivo a interferência na actividade do Estado.
V.G: votar.
4- Direitos de Existência: são os que exigem a tutela dos bens essenciais da sua
existência contra comportamentos ofensivos destes bens.
5- Direitos de Prestações: são direitos de exigir o acesso a certos os bens
serviços ao Estado ou a outras entidades.
6- Direitos fundamentais institucionais: são direitos fundamentais da
instituição.
7- Direitos fundamentais individuais: são direitos individuais das pessoas.
8- Direitos fundamentais comuns: são aqueles que se aplicam a todos da
comunidade.
9- Direitos fundamentais particulares: são os que se aplicam a alguns grupos
específicos de pessoas. V.G: Direitos dos jornalistas, direitos dos filhos.
10- Direitos sociais: são os que são vistos numa perspectiva colectiva.
11- Direitos gerais: são os que são atribuídos em situações de caracter geral.
V.G: direito a vida, habitação, educação.
12- Direitos especiais: são os direitos atribuídos em função de situações
especiais eventualmente verificáveis. V.G; habeas corpus.

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Direitos de agir de exigir

- Liberdade em geral

-Direitos que apresentam situações

Jurídicas apresentando de certo modo

os direitos potestativos , direito positivo,

De associações, direito de sufrágio

Outros direitos políticos

Liberdades

Direitos de

Direitos Defesa (habeas corpus)

Direitos de - prestações jurídicas ex:

Exigir Direitos de exigir acesso a justiça.

Prestações ou comporta- - Prestações materiais ex:

mentos positivos direitos económicos, sociais e


culturais

Direitos de exigir

Comportamentos

Negativos. (Vg: não

Haver censura, tortura,

Á imprensa)

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Direitos de existência, de liberdade de participação, prestação e de defesa

Direitos de existência: - a vida, artigo (30º CRA)

- A integridade, pessoal, artigo (31º CRA)

- A capacidade civil, cidadania, bom a


reserva a intimidade privada, (artigo 32º
CRA)

Coincidem com os direitos de personalidade. Os direitos de existência de


pendem da existência da pessoa.

Direitos de liberdade

- Direito de desenvolvimento da personalidade

- Liberdade de casamento

- Liberdade de expressão e informação (40º CRA)

- Liberdade de consciência, religião e culto (41º CRA)

- Liberdade de associação cultural

- Liberdade propaganda

- Liberdade física, (artigo 36º CRA)

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Direitos de participação

- Participação política em geral (artigo 58)

- Direito de sufrágio (artigo 54º CRA)

- Direito de acesso aos cargos Públicos (artigo 53)

- Direito de Acção Popular (artigo 74º)

- Direito de participação das associações de consumidores


(artigo 78º)

Direitos a prestações

- Direito a administração da justiça

- Direito dos trabalhadores a assistência material, quando


individualmente se encontrem em situação de desemprego

- Direito a segurança social

- Direito a protecção da saúde (artigo 77º)

- Direito a habitação

- Direito ao ensino

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Direitos de defesa

Direito a resistência

Direito a requerer o habeas corpus (artigo 68º)

Direitos de arguidos em processo penal/ disciplinar

Direitos de defesa em caso de expulsão ou extradição


(artigo 70º)

Direito a objecção de consciência

Direito a greve (artigo 51º)

Os direitos de liberdade de participação e de defesa tendem a qualificar-se como


direitos de conteúdo activo e os direitos de existência e a prestação de conteúdo passivo.

Conteúdo activo pressupõe um comportamento do sujeito, os de conteúdo


negativo pressupõem um comportamento de outrem.

Todos estes direitos pressupõem liberdade.

Direitos de Liberdade e Direitos sociais em especial

Direitos de Liberdade

Liberdade de imprensa (artigo 44º)

Liberdade de associação e reunião (artigo 48º, 47)

Liberdade religiosa (artigo 41)

Direito de manifestação (artigo 47º)

Liberdade de propaganda (artigo 45)

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Direitos sociais

- Direito ao trabalho (artigo 76º)

- Pensão de velhice ou invalidez

- Direito de Habitação

- Direito de uma mulher trabalhadora não ser privada da


sua retribuição e de qualquer regalia por causa da
maternidade

- Direito das pessoas deficientes não sofrerem


descriminações

Direito de Liberdade

- Nos direitos de liberdade há um conteúdo positivo (o individuo tem de agir),


nos direitos sociais há um conteúdo negativo (há uma maior intervenção de Estado ou
de outras entidades). Embora nos direitos de liberdade o Estado tenha o encargo de criar
e preservar a segurança para que possam ser exercidos; deve garantir a ordem Pública.

- A violação dos direitos de liberdade por entidades públicas fá-las invocar em


responsabilidade civil.

- A suspensão ou restrições inconstitucionais envolve a responsabilidade


criminal dos titulares de cargos políticos que as tenham prescrito.

- Alguma dessas liberdades tem legislação própria (liberdade de imprensa,


liberdade de associação ou liberdade de reunião) entre outras.

Grande parte desta liberdade pressupõem prestações positivas. VG: quando o


direito de liberdade é violado, o individuo deve recorrer ao mecanismo do Habeas
Corpus (artigo 68 da CRA).

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Direitos Sociais

Quase todos postulam um dever de respeito de outrem, a prestações que lhes


correspondem, não devem ser impostas contra a sua vontade, salvo quando envolvem
deveres, mesmo aqui certos limites (tratamento medico ou frequência de Escola).

- Os direitos sociais pressupõem participação do Estado ou de outras entidades.


E vedado ao poder Público restringir o acesso aos sociais (D.S) constitucionalmente
consagrados ou legalmente garantidos, por meio de medidas arbitrárias e evidentemente
lesar os bens ou os interesses que lhe correspondem (V.G: o ambiente ou o património
cultural).

- A sua efectivação dos direitos sociais dá-se da participação dos interessados?


VG: participação das comissões de trabalhadores ou (sindicatos) ou de moradores,
associações de cidadãos, participação dos alunos na gestão democrática das escolas,
promoção da cultura dos desportos.

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Quanto a estrutura

Direitos Fundamentais individuais e Direitos Fundamentais Institucionais

Direitos Fundamentais

Institucionais

- Direito a greve (artigo 51º)

- Direito de organização do trabalho em condições

Socialmente dignificantes

- Direito de associações (artigo 48º)

Direitos Individuais

Direito ao trabalho

Direito de remuneração

- A concepção oitocentista consagrava apenas os direitos individuais, as


designações eram direitos individuais ou direitos dos cidadãos.

- As constituições liberais do século XX e XXI, tomam mais frequentes os


direitos de dimensão institucional e colectiva. Algumas liberdades clássicas entendem-
se as instituições.

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