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11/10 - Barbara
São produto dos direitos fundamentais São produto dos direitos humanos
Normas internacionais
(Declaração Universal Direitos humanos constitucionais
dos Direitos Humanos – (plano interno)
Direito Privado)
(plano global/internacional)
- Idade Média: Igreja e Estado, sociedade piramidal – direito, religião e política (direito
consuetudinário).
Direitos Inatos
Estado
Sociedade
15/10 – Trovão
Direitos Humanos – todos aqueles que são inerentes à pessoa humana (pessoa
singular e não coletiva) porque essenciais ao seu próprio ser. Por outras palavras, ao
ser negada a existência de um direito humano a um indivíduo, este não terá
preenchido o seu ser e a sua condição de pessoa humana. Todos aqueles direitos que
se enquadrem nesta definição são direitos humanos.
Quais os direitos humanos? Esta afirmação dos direitos humanos encontra como
referência uma norma de direito internacional de 1948, a Declaração Universal dos
Direitos Humanos, na qual os estados reconhecem um conjunto de direitos a cada
indivíduo, independentemente da sua condição (raça, origem, religião).
Em 1948, três anos depois da II Guerra Mundial, os estados consideraram um
elenco do direito como sendo próprios de cada indivíduo – cada indivíduo tem aquele
conjunto de direitos. Precisamente para os indivíduos começarem a ver, afirmarem e
respeitarem um compromisso dos diversos estados onde aquele conjunto de direitos
serão respeitados, desde logo pelos próprios estados.
No art.º 3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, afirma-se o direito à
vida como sendo reconhecido direito humano por parte dos estados.
Estes direitos são próprios e necessários aos indivíduos.
Direito à vida – Não é sempre respeitado, nomeadamente nos estados onde existe a
pena de morte.
Muitos dos direitos humanos têm uma matriz coincidente com aquilo que é um
fenómeno diligente.
No âmbito dos direitos humanos e cada um dos direitos humanos que encontramos na
Declaração Universal dos Direitos Humanos referem-se a indivíduos. Porém, há alguns
direitos humanos cujos titulares também podem ser pessoas coletivas, embora não
lhes sejam destinados. Por exemplo, o direito à imagem.
18/10 - Barbara
México é o primeiro Estado a dispor que os sujeitos têm direito a educação, trabalho,
cultura, etc, em 1917.
Constitucionalidade/juridicidade – maioritariamente antropocêntricas
Dignidade da pessoa humana.
Democracia – estado de direito democrático/estado democrático de direito.
Dinamicidade ‘’os direitos fundamentais não são dados, mas sim construídos’’
H. Arendt – ‘’Direitos humanos não são um dado, mas sim um construído’’. Por
exemplo, o art.º 13 da CRP foi modificado na revisão de 2005 para inclusão de
orientação sexual como um fato de igualdade.
Evolutividade, permanente construção, demanda/movimentos sociais.
Em construção:
- Direitos do ambiente e Direitos da natureza
- Direitos sexuais e reprodutivos
- Neuro direitos (manipulação da mente humana, especialmente através de
plataformas digitais)
- Direitos fundamentais tecnologia, informação e comunicação
- Direitos e bioética/biomedicina
Fundamentalização Formal:
Num primeiro plano, encontramos a previsão dos direitos humanos que se
considerem então fundamentais numa norma superior o que constitui,
formalmente, um modo de proteção desses direitos, enquanto se encontrar
integrado num sistema hierarquizado de normas. Temos sempre presente
aquilo que é a relevância no âmbito jurídico o pensamento de Hans Kelsen, em
que a norma inferior está sujeita à norma superior. Esta hierarquia permite-nos
hierarquizar e a circunstância de estes direitos serem colocados numa norma
superior relativo àquilo que sejam considerados as normas superiores. A mera
circunstância disto permite que se afirme esta proteção dos direitos na
hierarquia de normas. Consagrado no art.º 277, n.º 1 da Constituição da
República Portuguesa (Inconstitucionalidade por ação). É a própria Constituição
que dá importância à conservação dos direitos fundamentais numa formação
hierárquica.
O segundo aspeto da fundamentalização formal consiste na existência de
mecanismos agravados de revisão que permitem um especial grau de proteção
aos preceitos da própria lei fundamental. Ao contrário do que ocorre com os
demais atos legislativos onde possa ser suficiente para sua aprovação uma
pluralidade de votos (art.º 116, n.º 3 da CRP), ou mesmo uma maioria absoluta
dos deputados (como é o caso das leis orgânicas – art.º 168, n.º 5 da CRP). No
caso dos preceitos constitucionais só podem ser revistos se e quando forem
respeitados os diversos limites de revisão constitucional constantes do art.º
284 e seguintes da Constituição, tendo que ser aprovado por uma maioria
qualificada de dois terços qualquer alteração à Constituição.
Num terceiro plano, percebe-se a importância de alguns direitos fundamentais
serem inatingíveis mesmo que ocorra um processo de revisão constitucional,
ou seja, a própria constituição prevê a circunstância de alguns dos direitos
fundamentais não poderem ser objeto de revisão (art.º 288, alínea d) da CRP)
correspondentes aos direitos, liberdades e garantias.
Direitos, liberdades e garantias é um conceito particularmente importante no
âmbito dos direitos fundamentais.
Existe uma diferença entre direitos económicos, sociais e culturais.
Em 1976, quando se definiu os direitos fundamentais, o legislador separou-os
em dois grupos: direitos, liberdades e garantias e direitos económicos, sociais
e culturais. Relativamente aos direitos, liberdades e garantias, o objetivo é
estabelecer limites à ação de quem tem o poder. Neste elenco de direitos,
liberdades e garantias vamos encontrar a previsão de direitos e a afirmação de
direitos que se consideram como aqueles que não devem ser postos em causa
pelo Estado (inclui regiões autónomas, autarquias locais, tudo o que tenha
poder). As diversas disposições pretendem fundamentalmente que não sejam
prejudicados esses direitos, pretendem proteger os mesmos através de formas
de garantia de parte de quem possa colocá-los em causa, tanto o direito à vida,
o direito à liberdade, à segurança do emprego dos trabalhadores (art.º 24 a 57
da CRP – direitos, liberdades e garantias).
O direito à vida, como todos, é passível de restrição. O direito à vida não pode
ser revisto – art.º 288, alínea d) e art.º 24 da CRP.
Pode haver pena de morte em Portugal? Corresponde a uma sanção a ser
estabelecida em lei ordinária para a prática de determinados crimes. É a lei
penal que consagra essa sanção, não é a Constituição que é revista.
O art.º 24 da CRP, estabelecendo a afirmação do direito à vida não deixa de no
n.º 2 expressamente estabelecer essa proibição de pena de morte.
O art.º 25, n.º 2 da CRP – proibição de submeter alguém a tortura.
- Norberto Bobbio – L’eta dei Diritti – A era dos Direitos – 1990 – 3 Gerações de
direitos.
- Classificação historicidade dos DH/DF – contextos, situações sociais, económicas e
políticas.
- Contemporaneidade: reconhecimento de 4ª, 5ª e 6ª dimensões de direitos – não
consensual.
- Terminologia: GERAÇÕES e DIMENSÕES de direitos – caráter estanque e releitura.
GERAÇÕES
DIMENSÕES
1º
Geração
2º
Geração
3º
Geração
Paradigmas jurídicos:
- Estado Liberal
- Estado Social
- Estado de Direito Democrático – Estado Democrático de Direito
Direitos Políticos
Ex: art.º 48 (participação na vida pública), 49 (sufrágio), 50 (direito de cargos
públicos), 51 (associações e partidos políticos), 52 (direito de petição e ação
popular).
29/10 – Trovão
Uma norma pode ser alterada, teremos de ver quantos votos serão necessários, estará
no art.º 116, n.º 3 da CRP.
De acordo com o art.º 166, n.º 3 da CRP, a norma sendo aprovada por uma
pluralidade de votos (mais votos a favor que contra) ela será então a nova fonte.
Assim, se tivermos 230 deputados na A.R, se nada mais resultasse nem da CRP nem da
lei, dois deputados a favor e três contra, isto alterava a lei. Só não será assim se a CRP
estabelecer uma forma diferente que não a pluralidade de votos.
Em função das características do órgão, a CRP e a lei determinam que algumas das
deliberações têm de ser tomadas pela maioria absoluta ou por maioria absoluta
qualificada dos membros desse órgão.
Por exemplo: o art.º 168, n.º 5 da CRP – maioria absoluta dos deputados em
efetividade de funções.
Se o P.R. vetar politicamente uma lei orgânica, a sua aprovação é feita por 2/3 dos
deputados em efetividade de funções.
Sendo que assumem essencialmente uma dimensão negativa, ou seja, proibindo que
haja uma atuação por parte de quem tenha poder sobre os direitos e as liberdades
individuais. Na CRP, encontramos diversos exemplos destes direitos como o direito à
liberdade de expressão, o direito à vida, o direito à liberdade de manifestação, o
direito à integridade física e moral, onde se afirma a existência desses direitos e
liberdades individuais com a correspondente limitação na ação de quem detém poder.
Princípio da igualdade – art.º 13 da CRP (todos os cidadãos são iguais perante a lei).
Terceira geração – está em causa direitos ou interesses difusos, são comuns a toda a
humanidade. Todos nós temos direito ao ambiente – art.º 66 da CR.
Quarta geração – vamos encontrar a seguinte ideia: somos hoje os titulares de direitos
que herdamos competindo-nos respeitar e transmitir esses direitos, por outras
palavras, está em causa a existência duma herança genética cujo respeito devemos
assegurar para transmissão às gerações vindouras. Por exemplo: no âmbito da
Declaração do Genoma Humano e dos Direitos Humanos. A ideia de património da
Humanidade e a própria intransmissibilidade do genoma humana e da possibilidade de
transações financeiras.
Quinta geração – Direito à paz que tem como pressuposto a verificação dos demais
direitos e sendo o próprio direito à paz o pressuposto dos demais direitos.
05/11
Princípio da universalidade
São titulares de todos os direitos e de todos os deveres todos os cidadãos
portugueses.
Constitui um critério quantitativo, ou seja, não se olha a quais ou se pondera qualquer
fator.
Art.º 12, n.º 1 da CRP.
O princípio da igualdade é muitas vezes confundido, no entanto ao contrário do
princípio da universalidade, é um critério qualitativo.
A lei será a lei da nacionalidade, é uma lei orgânica, que é a que estabelece os
requisitos para se ser cidadão português, mas também resulta de normas de direito
internacional. A CRP remete para a possibilidade de Portugal na sua relação com
outros estados ou comunidades políticas estabelecer as condições em que seja
estabelecida essa cidadania.
Art.º 64 da CRP – direito à saúde; art.º 65 da CRP – direito à habitação; não são direitos
políticos, integram o elenco dos direitos fundamentais numa afirmação em
consequência do princípio da universalidade, estão afirmados num primeiro plano em
consequência do art.º 12 da CRP como sendo direitos dos cidadãos portugueses, quais
sejam os que resultem do art.º 4 da CRP.
Só as pessoas humanas poderão ser elas próprias cidadãs. Não são as pessoas
coletivas, ou pessoas jurídicas, apenas as pessoas singulares podem assumir esse
estatuto.
Um direito que não seja compatível com a natureza de uma pessoa coletiva?
- Direito ao sufrágio
- Direito ao casamento (art.º 36 da CRP)
- Direito à vida
Art.º 15, n.º 1 da CRP e o nº 2 são exceção ao n.º 1, o n.º 3 é exceção ao n.º 2 e por ai
em diante.
08/11
Introdução
- Dimensão de direitos releitura/refinamento, interligados (Ex: art.º 25 – Direito à
integridade pessoal; art.º 27 Direito à Liberdade e à segurança; art.º 37 Liberdade de
expressão e informação; art.º 39 Regulação da Comunicação Social; art.º 42 Liberdade
de criação cultural; art.º 60 Direitos dos Consumidores).
- Carta Portuguesa de Direitos Humanos na Era Digital (Lei n.º 27/2021, de 17 de maio)
– art.º 1 – objeto – a presente lei aprova a carta portuguesa de direitos humanos na
era digital.
1 – Análise normativa
- Ciberespaço (art.º 1 e 2) ambiente digital (art.º 1, 1)
Diretamente aplicáveis
Vinculam entidades públicas e privadas
- Ação popular digital – art.º 21 – 1) Art.º 52, 3 da CRP – ação popular devidamente
adaptada à realidade do ambiente digital; 2) direitos de reclamação (art.º 52, 1 da
CRP), recurso e formas alternativas de solução de litígios em relações jurídicas no
ciberespaço.
12/11
(...) é limitar qualquer atuação arbitrária ou discricionária, desde logo, por parte do
Estado.
Art.º 13 da CRP – princípio da igualdade. Todos os cidadãos são iguais perante a lei,
têm a mesma dignidade social.
Art.º 13, n.º 1 da CRP – a afirmação no sentido da igualdade é para evitar e proibir
qualquer discriminação, por parte do Estado ou de qualquer outro que atue no plano
dos direitos, liberdades e garantias.
Este princípio também, numa vertente negativa, limitação ou condicionamento da
ação de quem tem poder, surge noutros pontos da CRP – art.º 266, n.º 2 da CRP.
Não sendo nos factualmente iguais, não o podemos deixar de o ser num plano jurídico.
A própria CRP indica um conjunto de fatores de desigualdade, de categorias suspeitas
as quais por tantas vezes gerarem situações de desigualdade jurídica devem merecer
uma particular atenção.
Esses fatores de desigualdade têm sido gradualmente desenvolvidos sendo que a
orientação sexual passou a integrar o n.º 2 do art.º 13 da CRP na revisão constitucional
de 2004.
Art.º 59 da CRP – no âmbito dos direitos dos trabalhadores, que estes sejam exercidos
independentemente da verificação dos fatores de desigualdade.
Art.º 16, n.º 1 da CRP – através da cláusula aberta que não temos no art.º 13, n.º 2 da
CRP uma disposição integrando um elenco taxativo de fatores de desigualdade.
O art.º 13, n.º 2 da CRP funcionará de uma forma apenas exemplificativa.
Discriminação ilícita – violação do princípio da igualdade, direitos fundamentais por
algum atributo pessoal.
Princípio da igualdade é para conferir a igualdade jurídica (ou seja, igualdade perante a
lei), bem como a igualdade fáctica.
19/11 – Trovão
26/11 – Trovão
Resposta: art.º 43, n.º 2; art.º 41; art.º 73; art.º 74; (art.º 112, n.º 2 e 3); art.º 58, n.º 2,
alínea b); art.º 47, n.º 1; art.º 76; art.º 30; art.º 198, n.º 1; art.º 161, n.º 1, alínea b);
art.º 165, n.º 2.
Neste caso prático, criticamos o excesso da sanção, mas o princípio da
proporcionalidade pressupõe a concordância prática.
Aqui salvaguardamos o direito ou interesse legalmente protegidos. Restringimos vários
direitos – como liberdade religiosa ou direito à educação, mas não salvaguardamos
nenhum, por isso, está em causa o princípio da concordância prática – art.º 18, n.º 3.
03/12 – Trovão
Art.º 36 da CRP.
Art.º 26, n.º 1 e 2 da CRP – direito à capacidade civil
Art.º 35 da CRP.
Art.º 59, n.º 1, alínea d).
17/12