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Direitos Fundamentais

Aula Teórico-Prática 1
15/02/2019
- Programa:
 I – Momento da Consagração
- O Estado como berço da noção de direitos fundamentais.
A evolução histórica dos direitos fundamentais.
- A importância atual dos sistemas de proteção internacional – regional e
universal.
As ‘‘gerações’’ de direitos fundamentais.

 II – Momento da proteção especial: a definição de um regime particular


dos direitos fundamentais
- A divisão dos direitos fundamentais entre direitos, liberdades e garantias
e dos direitos econômicos, sociais e culturais.
- O regime geral aplicável a todos os direitos fundamentais
- O regime especifico dos direitos, liberdades e garantias.

 III – Momento da efetivação da proteção: momento de reação a violação


de direitos fundamentais.
- Meios formais e informais, jurisdicionais e não-jurisdicionais estaduais e
internacionais de defesa de direitos fundamentais.
- O papel do provedor de justiça e de outras autoridades administrativas.
- O direito de petição.
- O direito de resistência.
- A ausência de um recurso de amparo.
- As influencias reciprocas entre o sistema estadual e os sistemas
supraestaduais de proteção dos direitos humanos.
- O direito de queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
- A proteção jurisdicional dos direitos fundamentais na União Europeia.
- Os mecanismos de proteção dos comités das Nações Unidas.

Método de ensino e avaliação


- Aulas teóricas
- Aulas TP (casos práticos e analises de jurisprudência)
* Primeira aula: 25 de fevereiro.
- Avaliação periódica:
* Avaliação por dois exercícios escritos (50% cada)
* Datas: 1° - 22 de março/ 2° - 29 de abril.

Bibliografia:
- Elementos de apoio as aulas teóricas de Direitos Fundamentais (a serem
disponibilizadas na plataforma) = só para ajudar no estudo.
- Direitos Fundamentais – casos práticos resolvidos e jurisprudência
selecionada, AEDUM.
- A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia – Âmbito de
aplicação, direitos e princípios, Petrony, 2018.
- Os Direitos Fundamentais na Constituição Portuguesa de 1976 – José
Carlos Vieira de Andrade.

 Legislação essencial:
- Constituição da República Portuguesa
- Declaração Universal dos Direitos Humanos
- Pacto Internacional Direitos Civis e Políticos
- Pacto Internacional DESC
- Convenção Europeia dos Direitos Humanos
- Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.
 Constituições nacionais:
- O constitucionalismo moderno – marco no processo de reconhecimento
dos direitos fundamentais.
- Se tenta organizar o poder com base numa separação de poderes. As
constituições em sentido moderno, visam fazer face ao absolutismo,
pretendem criar um novo modelo social, em que esses excesso de poder são
limitados. As constituições modernas, organiza o exercício de poder
repartindo-o poder por diferentes órgãos (não se concentra num só) e
também a construção de um leque de direitos fundamentais/ garantias de
direitos ao cidadãos. Aqui temos duas experiências marcantes: a
experiencia francesa e a própria constituição americana (para além dos Bill
Of Rights).
- Declaração ode direitos da Virgínia 1776.
- Artigo 16 ° da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: noções
essências do que é uma constituição em sentido moderno.
- Temo o surgir dos direitos fundamentais, num primeiro momento como
direitos de defesa, de não ingerência do Estado, e depois os cidadãos
começam a exigir mais, e assim há a geração de outros direitos,
designadamente os DESC (que antes não era entendido como obrigação do
Estado)
- Finais do século XVIII.

 Antes da II guerra mundial


- Direito internacional centrado na regulação das relações entre estados,
individuo não era compreendido como sujeito de DI.
- Antes da II guerra mundial, o surgir do individuo na esfera do direito
internacional enquanto sujeito, é relativamente recente, após o fim da II
guerra, as pessoas surgem, e apesar disso, haviam desde logo o afloramento
da proteção da pessoa humana:
- Direito Internacional humanitário
- Sociedade das Nações
- Organização Internacional do trabalho.
- 1945 é o ano 0 do DIDH: reconhecimento da forma de como os Estados
tratam os cidadãos, não é uma matéria exclusiva dos Estados, e passa a ser
interpretada como uma matéria de importância internacional, sendo
necessário criar uma tutela sobre tal matéria.
- 1948 Declaração Universal dos Direitos Humanos: foi complementado.
- A proteção dos direitos fundamentais não é completa se não houver
mecanismos internacionais de proteção, os Estados podem ser grandes
agressores dos direitos fundamentais.
- Convenção Europeia dos Direitos do Homem – 1950.
- Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (Estrasburgo).
- Funciona sobre uma perspectiva de subsidiariedade, quando os Estados
não são por eles próprios de assegurar os direitos fundamentais
 A nível da União Europeia:
- Foi assumindo responsabilidade no domínio dos direitos fundamentais, a
medida que os TJUE foi afirmandi princípios – nomeadamente o princípio
do primado –
- O Tribunal recorria a tradição constitucional comuns dos Estados
Membros.
- O Tribunal de Justiça foi sentindo a necessidade...
- A verdade é que mais recentemente se celebrou um documento
vocacionado a proteção dos direitos fundamentais da União Europeia:
Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.
- Temos aqui diferentes níveis de proteção. Não há a ideia de
hierarquização, mas sim de convivência.

 Direitos humanos ou diretos humanos:


- O termo de direitos humanos é utilizado no direito internacional e numa
perspectiva mais filosófica,
- Quando referimos aos direitos fundamentais estamos a nos referir aos
direitos internos positivados na constituição.
- O próprio conceito de direitos fundamentais está em via de
internacionalização.
- Há uma confusão entre os dois termos, e que podem ser usados como
sinônimo.
- Maria Lucia Amaral: os direitos fundamentais são os ‘direitos humanos’
positivados em constituições escritas e dotadas da maior força normativa.
São direitos resistentes a lei, e colocados a proteção do poder judicial. Aqui
há diferenças quanto ao acessoa justiça
- Jorge Mirando: direitos ou posições jurídicas subjetivas das pessoas,
individual ou institucionalmente consideradas, assentes na constituição.
- Jorge Reis Novais: direitos dos particulares tem como destinatário
primário o Estado.

 Conjunto dos direitos fundamentais:


A teoria das gerações de direitos, de Karel Vasak: aqui temos uma
perspectiva que passa por várias gerações (1 a 4° geração).
A teoria das gerações – ainda há quem critique – os direitos fundamentais
se vão acumulando e não se substituindo, e os DESC são direitos de tipo
diferentes daqueles que surgem com as constituições liberais.
- Acumulação, variedade e abertura do catálogo (Vieira de Andrade).
Acumulação tem haver com o facto de que eles se acumulam, a variedade
porque há direitos fundamentais distintos dos mais diversos tipos, e
abertura...
- Onde que na CRP admite-se que podem haver outros direitos
fundamentais, para além dos que nela estão previstas: artigo 16°: é da
clausula aberta do artigo 16° que a constituição não permite a constituição
esgotar os direitos fundamentais.

 A positivação na CRP:
- Direitos, liberdades e garantias
- Direitos econômicos, sociais e culturais
- A CRP protegem ambos de acordo com regime diferentes. Há em relação
os direitos econômicos, sociais e culturais estão dependentes para a sua
concretização da imediação do legislador, e dependem do economicamente
possível e democraticamente possível. Ideia de reserva do possível e da
criação do legislador.
Razões estruturais:
- Os diretos, liberdades e garantias: são direitos de conteúdo constitucional
determinável.
- Os DESC: direitos a prestação sujeitas a determinação política.

Razões históricas:
- Numa primeira fase surgem os direitos de liberdade, civis e políticos e
nessa fase pretendia-se que o Estado não deveria se interferir.
- Depois percebe-se que esse modelo de construção social e com a
revolução industrial, as pessoas desenraizando-se do seu meio, passam a
estar mais desamparadas e passam a assumir outras funções, e assim
começamos a ver nas constituições as ideias de direitos sociais

Razões ideológicas:
- Diferenciação a nível da proteção internacional: pacto internacional de
direitos políticos e pacto internacional de direitos sociais. O sentido de
fazer dois pactos diferentes – haviam duas formas na segunda guerra sob a
proteção – uma perspectiva mais ocidental tendia aos direitos liberdades e
garantias e a perspectiva mais socliasta, os desc,

 Distinção está hoje em crise:


- No plano internacional:
- Declaração de Viena de 1933
- CDFUE
- No plano nacional:
O professor Jorge reis novais, o professor defende que ambos os direitos
devem estar sujeitos ao mesmo regime. Há também vozes que se devem
ouvir internamente, e não se deve ouvir nenhuma noção de hierarquização,
essa é uma visão ultrapassada, o que os distingue são as razões estruturais e
não de hierarquia. A constituição persiste tal, porque consagra regime
diferentes.

 A nossa constituição tem um catálogo extenso:


Direito: a liberdade
Garantias: são garantias a esse direito de liberdade, visam tutela aquele
bem jurídico de forma acessória.
Liberdades: tem como elemento central o facto de terem uma dmensão
positiva e outra negativa: liberdade de ter uma religião/liberdade não ter
uma religião...

 Deveres fundamentais:
- Associados a diretios.
- Dever cívico previsto no artigo 49°/2
- Deveres fundamentais conexos ou associados a direitos.
- Deveres autônomos
- Nossa constituição é muito mais garantidora de direitos do que de
deveres.

 A CRP:
Abertura ao direito internacional/ europeu de direitos do homem.
- Artigo 16°
Direitos fundamentais fora do catalogo:
- Artigo 260° por exemplo.
- Direitos fundamentais dispersos na constituição.
- De fonte legal (podem encontrar em legislação ordinária) = Direito de
reagrupamento familiar.
- De fonte internacional.
 Direitos fundamentais do catálogo (ou direitos fundamentais em sentido
formal).
- DLG
DLG pessoas
DLG de participação política
DLG dos trabalhadores

- DESC

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