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Nos termos do artigo 31°, n°1 da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas “o
agente goza de imunidade penal do Estado acreditador”. Quer dizer, se um agente
diplomático vier a cometer um crime em Portugal, goza de imunidade de jurisdição em
Portugal. Mas como o n°4 do mesmo artigo determina que “a imunidade de jurisdição
de um agente diplomático no Estado acreditador não o isenta de imunidade no Estado
acreditante”. Então, esse agente não será imune de responsabilidade penal no seu Estado
de origem.
Por sua vez, a Convenção de Viena de relações consulares, determina no artigo 41° as
imunidades relativas, uma vez que não está excluída totalmente a possibilidade de
atuação do Estado acreditador perante os funcionários consulares. Mas aqui convém
fazer algumas precisões. Mas apenas a nível excecional, em casos de crimes graves ou
de decisão de autoridade judicial competente é que podem ser detidos ou presos ou
limitados em sua liberdade pessoal.
Ação/omissão: não há crime se não houver ação – realização de uma conduta que está
prevista na lei - ou mesmo omissão – imiscuir-se da prática de uma determinada
conduta também prevista em lei.
Tipicidade: a ação ou omissão em questão necessita de ser tipificada, ou seja,
necessita estar prevista na lei.
Ilicitude: a ação ou omissão em questão tem que contraria a disposição legal da
norma juridica em questão.
Culpa: juízo de censura que recai sobre aquela ação ou omissão. Só se pode censurar
quem poderia ter atuado de maneira diversa.
Condições de punibilidade: mesmo que todos os pressupostos anteriores estejam
preenchidos, cumpre para o efeito saber se a conduta do agente consegue cumprir
todas as condições de punibilidade previstas, caso sim, então o facto é punível.
No caso do Direito Penal português, o ponto de partida na determinação de um facto ilícito-
típico enquanto crime, faz-se necessário realizar uma analise com base na teoria
teologicamente funcional e racional: isso quer dizer que temos em conta que quando o
indivíduo pratica aquilo que a lei considera crime, nos antecipamos para o momento da
tipicidade e da ilicitude.
Existem dois tipos de ilícito: objetivo e subjetivo. O tipo de ilícito objetivo, é aquele que não
depende nem do conhecimento e nem da vontade, depende de elementos externos do
próprio agente, desde logo, o próprio autor do crime; o tipo de ilícito subjetivo, tem a ver
com o conhecimento ou com a vontade, ou quando não é problema destes, tem que ver com a
negligência.
Dentro do tipo de ilícito ainda temos dois blocos: justificadores e incriminadores. Os primeiros,
são aqueles que se realizados levam a incriminação da pessoa; os segundos, são aqueles que se
realizados absolvem o agente.
Tipos Incriminadores Objetivos.
1. Dolosos: estes são o tipo regra. Sempre que se pensa em um tipo incriminador (objetivo) ele
é sempre doloso. Não há tipos exclusivamente negligentes. Excecionalmente também pode
ser por imprudência – violação de um dever de cuidado. O dolo é a regra, negligência é
excecional. Pode haver crime sem negligência, mas não crime sem dolo.
O tipo legal de crime é um tipo de garantia, isso quer dizer que recuperamos o princípio da
legalidade – nullum crime sine lege – as pessoas só são punidas pelo que estiver previsto no
tipo legal previsto na norma legal.
O tipo legal pode compreender duas coisas ou apenas uma: