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que o agente nao pode beneficiar de uma lei mais favoravel para
circunstancias diferentes.
0 momento da pratica do facto
Outra questao essencial e a determinaao do momento da pratica
do facto ("tempus delicti"), art. 3. do CP: o facto considera-se
praticado no momento em que o agente actuou (ou, no caso de
omissao, no momento em que deveria ter actuado), independentemente
do momento em que o resultado tipico tenha ocorrido. Daqui podem
retirar-se duas conclusoes:
i) O que revela para a determinacao do momento da pratica do facto e
nunca o resultado - isto e importante uma vez que a conduta e o
momento do resultado podem nao coincidir temporalmente (ex: A
dispara sobre B, que vem a morrer uma semana mais tarde no hospital),
inclusivamente podem ter um consideravel distanciamento temporal.
ii) Se o que vale e a conduta, esta regulamentacao valera para todos os
intervenientes no ilicito-tipico, sejam eles autor ou cumplice.
Para alem disto, e ao momento da actuacao do agente que se referem
os problemas da sucessao das leis penais do tempo na optica da
aplicacao dos principios da proibicao da retroactividade da lei penal e da
aplicacao de lei mais favoravel: o agente controla o momento da
produao da acao mas nao o momento da produao do
resultado tfpico, logo se fosse relevante o momento da producao do
resultado nao tinha sentido a funcao garantistica daqueles principios