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Nota Prévia:
Foram elaborados pelo aluno Guilherme Tarrinha, tendo por base as aulas e documentos
disponibilizados pela docente Francisca Silva. Salienta-se que estes apontamentos são
apenas complementos de estudo, não sendo dispensada, por isso, a leitura das obras
obrigatórias e a presença nas aulas.
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Índice
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Aula de 03/11
Caso prático nº 1
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atribuição de penas, crimes e medidas de segurança (artigo 165º/1 da
CRP); Figueiredo Dias entende que este plano só faz sentido quanto à
matéria de criminalização ou agravamento da matéria penal, admitindo
uma concorrência entre a AR e o Governo no que respeita à atenuação ou
exclusão da responsabilidade criminal.
• Plano da determinabilidade do tipo legal – qualquer conduta só
consubstancia a prática de um crime se encontrar correspondência com um
tipo legal de crime, cabendo ao legislador definir os tipos legais de crime.
• Plano da proibição da retroatividade da lei penal – no que respeita a
aplicação da lei no tempo, vigora a proibição da retroatividade contra o
agente; a contrario a retroatividade será permitida se for utilizada para
excluir ou atenuar a responsabilidade criminal.
• Plano da proibição da analogia – a analogia é proibida sempre que
utilizada contra o agente, seja para agravar ou fundamental a sua
responsabilidade criminal; a contrario a analogia será sempre permitida
se for utilizada a favor do agente.
Não, dado que não há nenhuma lacuna e a conduta do professor não é digna
de tutela penal, portanto não é típica, não encontrando correspondência com
nenhum tipo legal de crime. Neste caso, a analogia não poderia, sequer, ser
utilizada, dado que estaríamos a fundamentar a responsabilidade criminal do
agente, algo expressamente proibido pelo artigo 29º/3 da CRP.
b) O juiz continuaria a aplicar a analogia, que já seria permitida, dado que seria a
favor do agente, no sentido de atenuar a sua responsabilidade criminal, mas,
mesmo neste caso, não parece ser necessário recorrer à analogia, dado que a
conduta não é considerada típica, acabando o problema por se solucionar por
recurso à interpretação.
Caso prático nº 2
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fixar o momento da prática do facto atendendo à conduta do agente,
independentemente do momento em que se tenha produzido o resultado típico.
Em Direito Penal, a regra geral será a da aplicação do regime mais favorável. Pode
haver lugar a dois resultados:
• Descriminalização pura – a conduta que era crime deixa de o ser e passa
a ser lícita; nestes casos, vai admitir-se a retroatividade, por ser favorável
ao agente – artigo 2º/2 do Código Penal -, que será tão forte que se
aplicará aos casos transitados em julgados.
• Descriminalização impura – deixa de ser crime e passa a ser considerado
ilícito de outra natureza; o agente não poderá ser sancionado
criminalmente, mas equaciona-se se poderá ser sancionado a nível
contraordenacional, associando-se uma coima – apesar da conduta,
anteriormente, não ter sido considerada contraordenação, tem-se
considerado que é legítimo, por duas razões.
• Despenalização – existe uma atenuação da consequência jurídica, o que
significa que a nova lei será concretamente mais favorável ao agente,
admitindo-se a retroatividade – artigo 2º/4 do Código Penal -, que será
tão forte que abrange as sentenças transitadas em julgado, casos em que o
agente não vai poder cumprir uma pena superior ao limite máximo fixado
pela moldura penal que a nova lei prevê.
O Professor Almeida Costa defende que deve aplicar-se, sempre, a lei que está
em vigor no momento da última conduta, mesmo que seja desfavorável ao
agente, considerando-se que, se o agente prolonga a sua conduta criminosa no
tempo, conforma-se com essa agravação.
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Leis temporárias ou de emergência, que são editadas pelo legislador para
vigorarem num período determinado de tempo. Vão aplicar-se, sempre, a
factos praticados durante a sua vigência.
4. No dia 13/12/2012, surge a L4, que previa uma pena de prisão de 1 mês a
4 anos.
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Caso prático nº 3
L2 - crime
Resposta: aplica-se a L1, por ser a mais favorável ao agente, excluindo-se a aplicação da
L3, pelo facto da sua vigência estar associada a um dado período que já vingou.