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1. Princípio da Legalidade
4. Princípio da Fragmentariedade
Determina este princípio que o Direito Penal deve incidir apenas sobre
um fragmento das condutas humanas, somente quando atentarem sobre os bens jurídicos
mais relevantes, partindo da máxima que o Estado protege apenas bens jurídicos mais
importantes, assim deve intervir só nos casos de maior gravidade.
5. Princípio da Subsidiariedade
1. Fato típico
1.1 Conduta
Conduta humana é uma ação comissiva (positiva) ou omissão
(negativa), dolosa (o agente quer ou assume o risco de produzir um resultado), ou
culposa (quando o agente não observa o seu dever de cuidado agindo com imprudência,
imperícia ou negligência), sendo que nem todos os tipos de condutas tem relevância
para o direito penal.
Duas teorias estudam o sistema teórico do delito, a Teoria Causal
Naturalista (clássica) e a Teoria Finalista, que é a adotada no Brasil.
Conforme a Teoria Causal, a conduta é a ação humana, o autor deve
ser punido quando simplesmente der causa ao resultado, independentemente de dolo ou
culpa, ou seja, não se verifica a intensão do agente. Esses elementos serão analisados
somente na fase da culpabilidade, eles não pertencem à conduta. Assim, torna o sistema
mais lento e demorado, tendo em vista que a culpa ou o dolo só são analisados após o
enquadramento do crime, causando o rompimento da ordem sistemática.
Já para Teoria Finalista a conduta humana é a ação ou omissão,
consciente e dirigida a uma determinada finalidade, nesse caso analisa-se primeiramente
a vontade e a real intenção do agente, que somente será punido se o fato praticado por
ele for cometido com dolo ou culpa, não pune-se pura e simplesmente a conduta do
acusado, mas somente torna fato típico aquele praticado com dolo ou culpa.
1.2 Resultado
A conduta humana para ter relevância para o direito penal deve ter
uma consequência naturalística, modificando o estado natural de algo, e para que isso
ocorra, prescinde de um fenômeno chamado resultado.
A teoria majoritariamente adotada quanto ao resultado é a Teoria
Naturalística, segundo a qual será atribuído o resultado a toda pessoa que praticou uma
determinada conduta e dessa conduta ocasionou um resultado crime. Não se atribui ao
agente praticante da conduta as causas resultantes de fatos supervenientes, sendo que a
omissão para que o resultado não ocorra é punível ao agente que não a observar, nos
termos do art. 13 do Código Penal Brasileiro.
Apenas nos crimes materiais (ex. crime de homicídio) que se exige um
resultado naturalístico, nos crimes formais e de mera conduta não é exigido esse
resultado. Nos crimes formais (ex. crime de extorsão) o resultado naturalístico pode
acontecer, mas não tem relevância para o Direito Penal, nos crimes de mera conduta
(ex. crime de invasão de domicílio) esse resultado sequer é possível acontecer.
Vale lembrar que o resultado jurídico, que é a lesão ao bem jurídico
tutelado sempre estará presente em todos os tipos de crime, assim, pode haver crime
sem resultado naturalístico, mas não há crime sem resultado jurídico.
1.4 Tipicidade
Conforme a doutrina tradicional existe a tipicidade formal e a
tipicidade material, sendo aquela a adequação da conduta do agente a uma normal penal
definida como crime e esta a ocorrência de uma ofensa significativa ao bem jurídico
protegido pela norma penal.
Ocorre que nem sempre a conduta do agente se amoldará
perfeitamente ao tipo penal, daí adentramos à adequação típica, a qual é considerada
imediata (direta) quando a conduta do agente é perfeitamente descrita na lei penal
incriminadora, contrariamente, temos a adequação típica mediata (indireta) em que a
conduta não corresponde exatamente ao que diz o tipo, fazendo-se necessário a
utilização de uma norma de extensão, como ocorre nos crimes tentados, nos quais são
conjugados os tipos penais, por exemplo.
Dessa forma, é importante destacar que para ocorrer a tipicidade é
necessário o preenchimento tanto do requisito formal, quanto do material, assim mesmo
que determinada conduta esteja perfeitamente descrita no tipo penal e não atingir (lesão
ou exposição à risco) significativamente o bem jurídico tutelado não será passível de
punição, como ocorre nos casos de aplicação do princípio da insignificância.
2. Ilicitude
3. Culpabilidade
A conduta ilícita e típica praticada por um indivíduo deve ser por este
responsabilizado, assim, para que se possa imputar tal conduta a determinado individuo,
antes devemos verificar se essa conduta poderá ou não ser a ele imputada.
Os artigos 26 e 27 do Código Penal preveem as hipóteses em que não
haverá responsabilização do agente pelo fato praticado:
4. Punibilidade
Sempre que uma lei penal nova descriminalizar uma conduta até então
definida como crime, ela produzirá efeitos em relação aos que respondem a inquéritos,
processos judiciais ou cumprem pena pela sua prática, decretando-se a extinção da
punibilidade, nos termos do parágrafo único do art. 2º do Código Penal.
4. Prescrição – art. 107, IV, do Código Penal