Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
HOME
2. RELIGIÃO
3. A PERSPECTIVA PAULINA DA DOUTRINA DA DEPRAVAÇÃO TOTAL
O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal
colaborativo Monografias. O Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do
artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor. Para acessar os textos
produzidos pelo site, acesse: http://www.brasilescola.com.
ÍNDICE
1. RESUMO
2. INTRODUÇÃO
2.1 Objetivos
2.1.1 Objetivo Geral
2.1.2 Objetivo Específico
2.2 Revisão Bibliográfica
3. ASPECTOS TEOLÓGICOS – HISTÓRICOS DA DOUTRINA DA
DEPRAVAÇÃO TOTAL
3.1 Análise do conceito de Depravação Total
3.2 A depravação e a incapacidade de auto-salvação do homem
3.3 Concepção histórica
3.4 Na teologia dos pais da igreja
3.5 Na teologia dos reformadores do século XVI
3.6 Nas confissões de fé reformadas
4. A DEPRAVAÇÃO E A CULPA
4.1 A natureza da culpa
4.2 Graus de culpa
4.3 A punição
4.3.1 O pecado desfigurou a imagem divina no homem
4.3.2 O pecado deu origem a um estado pecaminoso que afetou toda a raça
humana
4.3.3 O pecado acarretou punições naturais e físicas na vida do homem
4.3.4 O pecado gerou um contínuo conflito moral e espiritual entre corpo e alma de
cada criatura humana
4.3.5 O pecado despertou a consciência do homem
4.3.6 O pecado trouxe ao homem a punição da morte física
4.3.7 Consideramos também o castigo disciplinador
4.3.8 O castigo (a pena) final do pecado
5. A perspectiva paulina da doutrina da depravação total
5.1 O cosmo na visão Paulina
5.2 A universalidade do pecado na ótica paulina
5.3 As consequências da queda para o homem
6. Considerações finais
7. Referências bibliográficas
1. RESUMO
O presente estudo tem por objetivo apresentar as concepções a respeito da
perspectiva Paulina da doutrina da depravação total e sua influência no ministério
pastoral. Sendo assim, será abordada a concepção do pecado original, trazendo
sobre outros aspectos, a sua representação histórica e social. Através da revisão
literária serão esboçados os pensamentos tendo os conteúdos pesquisados como
base empírica para a construção deste estudo, bem como a exegese de perícopes
bíblicas relacionadas ao proposto. A intenção final deste estudo foca em
determinar a herança da depravação total, que o homem carrega por todo o
período de sua vida na terra.
Palavras-chave: Depravação total. Pecado original. Teologia reformada.
História do pecado.
ABSTRACT
The purpose of this study is to present the conceptions regarding the Pauline
perspective of the doctrine of total depravity and its influence on the pastoral
ministry. Thus, the conception of original sin will be approached, bringing its
historical and social representation on other aspects. Through the literary review
will be sketched the thoughts having the contents researched as empirical basis
for the construction of this study, as well as the exegesis of Biblical pericopes
related to the proposed one. The final intent of this study focuses on determining
the inheritance of total depravity that man carries throughout his life on earth.
Keywords: Total depravity. Original sin. Reformed theology. History of sin.
2. INTRODUÇÃO
A contemporaneidade tenta a todo modo evidenciar os aspectos representativos
pertinentes ao caráter humano, em uma forma genérica atribuída a resultados
conflitantes para a sociedade, tende-se a julgar quem é bom ou quem é mau por
natureza. Esta subjetividade se relaciona a todo o momento com as religiões,
onde de fato, o homem deve inclinar-se para a bondade em seu coração e para os
ensinamentos de Deus.
A título de introdução, vale ressaltar também que, na tentativa de agradar ao
homem, e não a Deus, muitos pregadores não estão mais preocupados em
confrontar o pecado —, o cerne dos problemas da humanidade —, mas, na
maioria das vezes, o que vemos e ouvimos são paliativos psicológicos os quais se
encarregam de substituir o ensino das Escrituras visando massagear o ego
humano. Entrando assim, numa clara contradição com a Palavra de Deus, de tal
forma que o homem deixa de ser um pecador para tornar-se uma vítima de
Satanás.
Em gênesis 8:21, lê-se: “O Senhor disse em seu coração: Nunca mais
amaldiçoarei a terra por causa do homem, pois o seu coração é inteiramente
inclinado para o mal desde a infância”. Neste sentido, em um período pós-
dilúvio, onde habitavam a terra apenas Noé e sua família salva, Deus já declarava
que o mal era essência comportamental do homem desde a sua infância. Esta
relação se dá unicamente através do pecado cometido por Adão, que marcou uma
herança maldita em todas as gerações futuras.
Em Salmos 51:5, Davi confessa: “Sei que sou pecador desde que nasci, sim,
desde que me concebeu minha mãe”, assim como em Romanos 3:10-18 que diz:
“Não há nenhum justo, nem um sequer, não há ninguém que entenda, ninguém
que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram se juntamente inúteis; não há
ninguém que faça o bem, não há nem um sequer. Suas gargantas são um túmulo
aberto; com suas línguas enganam. Veneno de serpentes está em seus lábios.
Suas bocas estão cheias de maldição e amargura. Seus pés são ágeis para
derramar sangue, ruína e desgraça marcam os seus caminhos, e não conhecem o
caminho da paz. Aos seus olhos é inútil temer a Deus".
Existem muitas dúvidas a respeito do pecado em relação a salvação eterna, pode-
se de certa forma simplificar o tema, dizendo que existem duas formas de
pecado, a primeira em que o pecado se perpetua através das gerações como uma
maldição iniciada por Adão, ao cometer o pecado original, e a segunda em que o
pecado é cometido diretamente pela pessoa durante a sua vida.
Mas o que de fato classifica o pecado original? Quais termos históricos associam-
se a esta maligna herança? E quais efeitos para o ministério pastoral podem ser
relacionados com a Depravação total do homem?
Posto isso, asseguramos que a finalidade deste estudo é apresentar as
características pontuais relacionadas a doutrina da depravação total através da
teologia reformada, visando abordar as principais sínteses relacionadas. Bem
como, a importância histórica da doutrina da depravação total que pode ser
compreendida como uma das maiores formas de esclarecimento a respeito do
pecado, evidenciando de fato qual o principal significado desta palavra. Portanto,
levando em consideração a urgente necessidade de confrontar o pecado nos dias
atuais, torna-se, mais que evidente a importância do estudo aprofundado sobre as
bases históricas e bíblicas quanto a formulação da concepção teológica atribuída
ao pecado através da doutrina da depravação.
2.1. Objetivos
2.1.1. Objetivo Geral
2.1.2. Objetivo Específico
2.2. Revisão Bibliográfica
3.3. Concepção histórica
Neste tópico, pretendemos apenas citar o artigo em que são enfatizados nas
confissões de Fé Reformadas, julgando ser de muita importância para a
contribuição deste trabalho. O Dr. Heber Carlos Campos, falando sobre a
relevância dos Credos e Confissões, afirma:
Em tempos de tanta confusão teológica por que passa a igreja cristã neste final do
século XX, não é aconselhável professar o cristianismo sem afirmar com clareza
aquilo em que se crê. A igreja de Cristo sempre foi uma igreja confessante,
porque a genuinidade da nossa fé tem que ser evidenciada naquilo em que
cremos e confessamos. Temos que ter a ousadia de afirmar clara e abertamente e,
de preferência, de forma escrita, as coisas em que cremos. Reconheço que
vivemos numa era que rejeita a noção credal ou confessional, mas esta posição
tem que ser repensada. Tantas são as heresias e as tentativas de assalto à fé
genuína que tornam-se necessárias a formulação e a confissão daquilo em que
cremos, para que a igreja, na sua inteireza, não venha a ficar perdida, lançada de
um lado para outro por quaisquer ventos de doutrina ( MONERGISMO, 2018)
Mark Noll afirma de forma muito precisa que as confissões de fé têm servido aos
protestantes “como pontes entre a revelação bíblica e culturas específicas”
(NOLL, 2012. p, 399). Elas responderam a necessidades específicas e concretas
de sua época. Algumas perderam influência rapidamente, outras, no entanto,
devido à sua sensatez e equilíbrio vem permanecendo como fonte de inspiração e
alimento para a fé. E aí, entendemos que somos chamados para expressar nossa
fé em nossa época. O Dr. Heber ainda afirma: “importante nos lembrarmos de
que não é necessária a adesão a um credo para que uma pessoa se torne cristã,
mas, uma vez cristã, a pessoa tem que confessar a sua fé”. Portanto, veja o que
algumas Confissões afirmaram sobre o efeito da Queda de Adão à sua
posteridade.
Na Confissão Belga, 1561, artigo 14:
Cremos que Deus criou o homem do pó da terra, e o fez e formou conforme sua
imagem e semelhança: bom, justo e santo, capaz de concordar, em tudo, com a
vontade de Deus. Mas, quando o homem estava naquela posição excelente, ele
não a valorizou e não a reconheceu. Dando ouvidos às palavras do diabo,
submeteu-se por livre vontade ao pecado e assim à morte e à maldição. Pois
transgrediu o mandamento da vida, que tinha recebido e, pelo pecado, separou-se
de Deus, que era sua verdadeira vida. Assim ele corrompeu toda a sua natureza e
mereceu a morte corporal e espiritual. Tornando-se ímpio, perverso e corrupto
em todas as suas práticas, ele perdeu todos os dons excelentes, que tinha recebido
de Deus (BRÈS).
Na segunda Confissão Helvética, 1566, artigo 8:
Por pecado entendemos a corrupção inata do homem, que se comunicou ou
propagou de nossos primeiros pais, a todos nós, pela qual nós - mergulhados em
más concupiscências, avessos a todo o bem, inclinados a todo o mal, cheios de
toda impiedade, de descrenças, de desprezo e de ódio a Deus - nada de bom
podemos fazer, e, até, nem ao menos podemos pensar por nós mesmos. Além
disso, à medida que passam os anos, por pensamentos, palavras e obras más,
contrárias à lei de Deus, produzimos frutos corrompidos, dignos de uma árvore
má (Mt 12,33). (BULLINGER).
No Cânones de Dort, 1619, Capítulo 1:
Todos os homens pecaram em Adão, estão debaixo da maldição de Deus e são
condenados à morte eterna. Por isso Deus não teria feito injustiça a ninguém se
Ele tivesse resolvido deixar toda a raça humana no pecado e sob a maldição e
condená-la por causa do seu pecado, de acordo com estas palavras do apóstolo:
"... para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus... pois
todos pecaram e carecem da glória de Deus...", e:"...o salário do pecado é a
morte..." (Rom. 3:19,23; 6:23). (DORT, 2016).
Na Confissão de Fé de Westminster, 1647, capítulo 6:
III. Sendo eles o tronco de toda a humanidade, o delito dos seus pecados foi
imputado a seus filhos; e a mesma morte em pecado, bem como a sua natureza
corrompida, foram transmitidas a toda a sua posteridade, que deles procede por
geração ordinária. (At. 17:26; Gn. 2:17; Rm. 5:17, 15-19; ICo. 15:21-22,45, 49;
Sl.51:5; Gn.5:3; João3:6). (WESTMINSTER, 2001. p, 59 e 60).
NA Confissão de Fé Congregacional, 2015, capítulo 7:
IV. Desta corrupção original, pela qual nos tornamos totalmente indispostos,
incapazes e antagônicos a todo bem, e totalmente inclinados a todo mal,
procedem todas as transgressões atuais (Gn.6.5; 8.21; Rm. 3. 10-12; 7.18; 8.7-8;
Cl. 1.21. Mc. 7.21-23; Ef. 2.1-3; Tg. 1.14-15). (CONGREGACIONAL, 2015. p,
52).
Desse modo, podemos perceber que essas confissões têm grande importância
para uma igreja confessional nos dias de hoje. Pois, elas ajudam a dar expressão à
unidade da igreja, identifica quem somos e como entendemos as Escrituras.
Ademais, tais confissões auxiliam-nos no ensino dos membros em relação aos
fundamentos da fé cristã e fortalece o Corpo de Cristo contra os perigos da falsa
doutrina. Portanto, caso queiramos uma igreja imunizada contra os arroubos
teológicos, nada é mais oportuno do que uso das confissões para ensinar aos
cristãos as bases de nossa fé cristã à luz das Santas Escrituras.
4. A DEPRAVAÇÃO E A CULPA
4.2. Graus de culpa
4.3. A punição
4.3.2. O pecado deu origem a um estado pecaminoso que afetou toda a raça
humana
BERKHOF (2001), diz que são “punições naturais e positivas” em que as leis
naturais da vida são violadas. São punições de ordem física que resultam em
doenças, dores e sofrimentos ao homem, não se trata de punições imediatas a
qualquer prática de pecado, mas se trata daquelas doenças impregnadas na terra,
no ar e nas águas. Essas punições naturais resultam da maldição do pecado no
planeta. A promessa de cura e redenção da Terra e do homem provém da pessoa
de Jesus, o Filho de Deus, que se fez carne, habitou entre nós, para expiar a culpa
do pecado dos homens (Gn 3:15; Is 53:4-5; Rm 5:21). Os sofrimentos da vida
tornaram-se realidade na vida cotidiana do homem, como resultado da penalidade
do pecado.
Seu corpo tornou-se presa de doenças e fraquezas provocando mal-estar e
desconforto, sua vida mental e emocional ficou sujeita a angústias, tristezas,
paixões sem domínio e desejos conflitantes. Sua vontade perdeu a capacidade de
escolha, e conforme disse Paulo, toda a criação ficou sujeita à vaidade e
escravidão (Rm 8:20). De certo modo, nosso sofrimento físico nos dá, pela morte
física, a esperança de obtermos, um dia, corpos transformados e espirituais.
Tão logo o homem pecou, entranhou-se em seu ser um conflito entre sua natureza
superior, expressa por alma e espírito, e sua natureza inferior, e manifesta através
do corpo. O homem se encontrou dividido em si mesmo, e sua natureza física e
inferior, tornou-se frágil e subjugada aos poderes do pecado (Rm 7:24). O grande
pregador Charles H. Spurgeon falou em uma de suas pregações que “o mar todo
fora do navio não causa dano enquanto a água não penetra nele e enche-lhe o
porão”. Aprendemos com esse ensino de Spurgeon que o perigo está dentro de
nós mesmos, é interno e na linguagem metafórica da Bíblia esse perigo chama-se
coração, que é, de fato, o nosso maior inimigo, porque nos engana e, a síntese
dessa ideia é que devemos ter o coração sob controle para que ele não nos
engane. Nesse fato está a questão da tentação, ela em si mesma não se constitui
pecado, mas ela pode se tornar em ocasião para o pecado. O Novo Testamento,
especialmente, fala constantemente sobre “carne e espírito” como opostos um ao
outro (Gl 5:13-14), esse conflito envolve a totalidade da pessoa, porque “carne”
induz a volta do domínio do pecado, no caso do cristão. Porém, o cristão
fortalece o seu espírito para vencer a carne e estar submisso ao senhorio de
Cristo.
4.3.5. O pecado despertou a consciência do homem
Paulo declarou que “por um home entrou o pecado no mundo e pelo pecado, a
morte” (Rm 5:12), a palavra morte, “thanatos” (gr.), significa separação das
partes física e espiritual do ser humano. Indiscutivelmente, a separação de corpo
e alma faz parte da penalidade imediata do pecado, a Bíblia diz que “o salário do
pecado é a morte” (Rm 6:23). Pelágio e seus discípulos ensinaram que a morte
física fazia parte do primeiro estado do homem antes do pecado e que ele fora
criado como um ser mortal. Naturalmente, esse conceito errôneo foi rejeitado
através da história. A igreja adotou uma posição definida quanto a questão da
morte, a saber, que a morte sempre se constituiu uma penalidade do pecado.
Existem aqueles que admitem que os ímpios serão lançados no inferno, mas que
insistem que o castigo é corretivo e não retributivo, com isso, se isto não for
esclarecido à luz das escrituras, nascerá uma espécie de purgatório protestante
cujo o fogo serve para castigar em vez de punir.
PINK (1978) sobre esse assunto afirma:
Se os homens que morreram rejeitando o Salvador depois haverão de ser salvos,
se o fogo do inferno tem como objetivo fazer aquilo que o sangue da cruz não
pôde fazer, então por que foi necessário o divino sacrifício todos poderiam ser
salvos pelos sofrimentos disciplinares do inferno, e assim Deus poderia ter
poupado o Seu Filho. Além do mais, se Deus Se compadece tanto de Seus
inimigos e não deseja senão um final feliz de infinita compaixão para aqueles que
desprezaram e rejeitaram Seu Filho, perguntamos: Por que, então, Ele toma
providências tão terríveis para com eles? Se eles não precisam de outra coisa
senão de disciplina amorosa, não poderia a sabedoria divina inventar alguma
medida mais gentil do que entregá-los ao “tormento” do lago de fogo pelos
“séculos dos séculos”? Assim percebemos que o lago de fogo é o lugar do
castigo, e não da disciplina, e que é a ira de Deus e não o Seu amor que lança ali
os réprobos, desaparece toda e qualquer dificuldade sobre o assunto. (A. W.
PINK, 1978. p, 134).
Alguns teólogos procuram fazer distinção entre castigo, punição e pena e, sem
dúvida, há certa distinção que deve merecer a nossa apreciação. Entretanto,
preferimos usar o termo castigo com abrangência ao modo de tratamento de Deus
quanto aos pecados cotidianos dos cristãos e quanto aos pecados que implicam o
tratamento final de Deus. Nesse ponto, especialmente, o castigo disciplinador
relaciona-se com o comportamento do cristão, e objetiva corrigi-lo e repreendê-
lo, a fim de que não se perca. A doutrina no que tange a esse tipo de castigo
revela que é possível até mesmo morrer? Prematura do cristão como modo de
disciplina divina e a salvação da alma (I Cr 22:30-34).
O autor da carta aos Hebreus faz uma distinção entre filhos e bastardos (Hb 12:6-
8), nesse texto Deus se mostra como “Pai amoroso que corrige os filhos”; por
isso, a correção tem sentido disciplinador. Quando o escritor emprega o termo
“bastardo”, faz isso para distingui-lo do filho verdadeiro de Deus, aquele que
aceita a correção do Pai (v8). CHAFER (2003, p.755) escreveu sua teologia
sistemática, que “a disciplina, numa forma ou de outra, é a experiência universal
de todos os que são salvos; o ramo que produz fruto é podado, para que produza
mais fruto ainda (Jo 15:12)”.
Começamos esse capítulo falando da visão de Paulo sobre cosmo, como este
entedia, em harmonia com as demais Escrituras, que este é um mundo gentílico,
corrompido para o pecado e inimigo de Deus. No segundo ponto falamos da
universalidade do pecado e como este atingiu a toda humanidade sem restrição
alguma, tomando como ponto de convergência a carta de Paulo aos Romanos.
Agora, neste terceiro ponto, iremos mostrar as consequências do pecado, na visão
paulina, no sujeito. Vamos tratar em dois pontos básicos. Primeiro sobre o
“homem interior”, o nous (mente), o coração com parte do proceder pecaminoso;
e o “homem exterior”, com corpo e membros afetados pelo pecado.
A princípio precisamos distinguir entre o que é o “homem interior” e o que é o
“homem exterior”. Podemos usar, objetivamente, as palavras de RIDDERBOS
(2004, p.122) que resume esses dois conceitos dizendo que: “a distinção em si é
de um significado bastante geral e formal, descrevendo o lado exterior, visível e
físico e o lado interior, invisível e espiritual da existência humana”. O apóstolo
Paulo fala do homem interior e do homem exterior em suas epístolas, podemos
apontar três passagens Romanos 7.22 “Porque, segundo o homem interior, tenho
prazer na lei de Deus”. Em 2 Coríntios 4.16 diz “Por isso não desfalecemos; mas,
ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de
dia em dia.” Assim como diz em Efésios 4.16: “para que, segundo as riquezas da
sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no
homem interior.” Fica evidente nesses três textos que a distinção entre esses dois
aspectos da vida do homem é algo claro na teologia paulina.
Podemos nos aprofundar um pouco mais no conceito de homem interior citando
BAVINCK, (2012, p.102) que elucida dizendo que: “O homem interior é a
pessoa real, a entidade espiritual que é fortalecida com poder, por meio do
Espírito Santo. Nesta referência está também incluída a mente, o intelecto (...) O
homem interior é também o homem moral essencial, ou seja, a natureza moral
que precisa ser transformada pelo poder do Espírito.” Já a do homem exterior é
bem simples de entender já que corresponde a parte visível do ser humano, seu
corpo, o organismo tangível e visível.
Deixar claro o conceito e diferenciação entre homem interior e homem exterior é
fundamental na compreensão da doutrina do pecado na visão paulina. Pois com
essa definição e distinção podemos ver alguns pontos onde o homem é afetado
diretamente. Primeiro podemos falar do homem exterior e especificamente do
corpo. Paulo parte de uma simples conceituação, que podemos dizer que seria a
parte tangível, organismo visível que podem ser distinguidos os demais
membros.
Nesse sentido, Paula fala, por exemplo, de levar no corpo as marcas de Jesus
(Gl6.17; cf.2Co4.10), de entregar o corpo para ser queimado (1Co13.3), do corpo
como lugar onde encontra-se a sexualidade (Rm4.19; 1Co7.4; Rm1.24), sobre o
corpo como presença pessoal e física (2Co10.10). Nesse sentido, o “corpo”
muitas vezes é sinônimo de “carne” na medida em que a carne, algumas vezes,
denota apenas a corporalidade material do homem (cf., por exemplo, Rm2.28 –
circuncisão “na carne”; Cl2.1,5 – estar presente ou ausente “quanto ao corpo”).
(RIDERBOS, 2004, p.122)
RIDERBOS (2004) completa sua ideia dizendo que o termo carne também diz
respeito a existência do homem. Fica claro essa afirmativa quando lemos
Romanos 12.1, na expressão “apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo”,
de que além de se referir ao que é tangível, o termo carne também se refere a
existência de cada indivíduo em sua subjetividade. Pegando como ponto o texto
citado de Romanos 12.1, afirmamos que o sacrifício do corpo, é na verdade, uma
oferta da nossa existência a Deus.
Então, temos em primeiro lugar a ideia de corpo como referência a parte tangível
do homem, em segundo lugar como a sua existência subjetiva, e em terceiro
lugar como a vida humana na terra. Como é dito em 2 Co 4.10 que ele (Paulo)
leva sobre si (no corpo) o morrer de Jesus. Que a vida de Paulo, sendo assim é
caracterizada pela morte de Cristo. Onde fica evidenciado que corpo também é o
meio pelo qual se age, obedece ou desobedece, se honra ou desonra, se peca e se
santifica. A existência caótica e necessitada da misericórdia de Deus, pode ser
resumida no termo corpo, na teologia paulina, sem a menor dificuldade.
O “somatos” é, em quarto lugar, a transitoriedade da carne. Quando em 1
Coríntios 15 que o corpo perece e se danifica com o passar do tempo, como
evidência do pecado residente em nós. Fica elucidado pela ressurreição de que o
homem não apenas tem um corpo, mas ele também é o corpo. É uma afirmação
importante, para que no que diz respeito aos atos, o homem não se isente de
culpa, responsabilizar o “somatos” pelos feitos pecaminosos.
O homem interior é descrito, por sua vez, por uma série de elementos que podem
mostrar detalhadamente pelo Apóstolo Paulo a parte imaterial e intangível do
homem. O primeiro elemento que podemos destacar, por uma questão de ordem
e não de hierarquia, é a mente. A “nous”, “entendimento” diz respeito a
capacidade de compreender. “Num sentido parecido, nous pode significar bom
senso ou juízo (2 Ts 2.2)”. RIDERBOS, (2004, p.125) A capacidade de
compreensão, de ter bom senso ou juízo sobre o mundo que nos cerca, é
apresentado no texto de Filipenses 4.7 quando Paulo diz que a paz de Deus é
além da nossa capacidade de compreendê-la. Evidenciando assim, que no homem
interior existe algo que é importante que sua capacidade de compreender, julgar e
mensurar a existência de todas as coisas, inclusive a sua própria. Mas, no entanto,
essa existência é limitada.
A mente tem um papel tão importante da antropologia paulina que este
recomenda aos irmãos em Romanos (12.1) que transformem suas mentes. E que a
renovação do mundo tem como ponto de partida a transformação do
entendimento de cada um que segue a Cristo, com o propósito de discernir qual é
a vontade de Deus. Aqui não é simplesmente onde se encontra o conhecimento
natural de Deus, mas sim a capacidade, ou como diz Riderbos a “susceptibilidade
do homem assimilar a revelação de Deus”. RIDERBOS (2004, p.126) O homem
compreende a existente de Deus e a forma de relacionar-se com Ele, com a
criação e consigo mesmo. Por isso que, na teologia paulina, o ponto de partida
para a transformação de um modo de vida é pela mudança da mente.
A mente precisa ser transformada, pois é nela que reside toda a autodeterminação
do homem, que modela e guia sua forma de vida e determina sua forma de
relacionar-se com Deus e todos os demais elementos da vida que o cerca. Tendo
em vista que aqui não só reside a postura moral, mas também as decisões
individuais que norteiam os passos de cada um.
Para nosso propósito é suficiente afirmar que a partir do ponto de vista de uma
antropologia teológica, o conceito de nous tem grande importância em Paulo, no
sentido que o nous denota, por um lado, o órgão, a possibilidade na qual a
revelação de Deus dirige-se ao homem como ser que pensa e é responsável e, por
outro lado, constitui também a descrição daquilo que o determina mais
profundamente em seu pensar e agir. (RIDERBOS, 2004, p.127)
O segundo elemento que podemos falar da teologia paulina sobre o homem, é o
coração. Do grego Kardia, que tem seu conceito muito próximo ao conceito de
nous. Na teologia paulina, assim como em todo o Novo Testamento, kardia
(coração) tem basicamente a denotação do ego humano “em seu pensamento,
afeições, aspirações, decisões, tanto no relacionamento do homem com Deus
como com o mundo ao seu redor”. RIDERBOS (2004, p.127) Podemos resumir
dizendo que o coração seria o homem em sua forma religiosa e moral.
Temos que compreender até onde existe aproximação entre nous e kardia (mente
e coração). A conversão, que é a mudança de mente (nous), é questão que
começa no coração (Rm 2.5). Numa abordagem bem objetiva, podemos dizer que
a mente é o ego humano no que diz respeito ao intelecto e a razão, enquanto que
o coração é o ego humano no que diz respeito as emoções, aspirações e desejos.
O Coração está extremamente ligado a Deus, como diz Romanos 2.12, pois nele
está declarada a Revelação de Deus para o homem. E mesmo aqueles que não
tendo a Lei, dão testemunho da Lei por esta estar cravada em seu coração.
Mesmo assim, não podemos dizer que sem a iluminação de Deus, o homem
possua em si tudo que é necessário para agradar e amar a Deus, sem a revelação.
Isso apenas mostra que o homem é indesculpável de suas volições pecaminosas e
que estão distantes da vontade do criador. Paulo fala sobre Israel, que existe um
véu (2 Co 3.15) sobre o coração que afasta o verdadeiro conhecimento de Deus,
impedindo a compreensão da glória de Deus.
Um ponto importante sobre o coração é merecedor de fechamento desse tópico, é
o fato deste ser demonstrado na teologia paulina como o centro do próprio
homem. Segundo RIDERBOS o coração é o ponto de partida do governo de
Deus.
Assim como Deus, por sua revelação, declara-se ao coração do homem como
verdadeiro centro de seu ser, assim também esse coração é o sujeito da resposta
do homem a essa revelação, quer esta seja positiva ou negativa; sendo que o
coração é, então sondado, provado e manifesto por Deus (Rm 8.27; 1Ts 2.4; 1Co
4.5) RIDERBOS (2004, p.128).
O terceiro elemento que queremos destacar é compreensão de Alma/Espírito na
teologia paulina. Nos antecipamos que nesse trecho do trabalho não queremos
entrar na discussão sistemática entre dicotomia e tricotomia, mas apenas
apresentar na perspectiva paulina o conceito desses dois termos. Onde Psycke e
pneuma (Alma e Espírito) não tem o sentido helenista de homem imortal,
distinguindo da soma. Na teologia paulina significa a vida natural do homem
(Rm 11.3;16.4; 1 Ts 2.8). Nessa perspectiva, quando Paulo se refere a
Alma/Espírito está denotando o homem em sua existência, como em passagens
onde é dito que a graça de Cristo seja com o “vosso espírito” (Gl 6.18; Fp 4.23)
que seria o mesmo que dizer simplesmente “seja convosco”. “Não significa nada
além do homem em sua existência natural interior”. RIDERBOS (2004, p. 129)
Baseado no que afirmamos, podemos dizer que o pecado opera na existência
humana, que a vida em sua abrangência está contaminada pelo mal do pecado e
compromete a relação do homem com o seu Criador.
6. Considerações finais
Tendo em vista os aspectos observados, conclui-se, portanto, que a natureza
humana é totalmente corrompida pelo pecado. Pois, a tendência humana para
fazer aquilo que contraria a vontade de Deus só corrobora sua essência caída e
depravada. Desse modo, como já disse WATSON (2009, p. 151): “Deus não
incute a maldade no homem. Ele retira a influência de sua graça e, então, o
coração se endurece por si só”. Portanto, uma vida de desobediência, depravação
moral, inclinada para fazer o mal e disposta a todo tipo de rebelião contra Deus
só reforça a existência do abismo estabelecido entre perdição e vida eterna.
Outro aspecto interessante é que, embora criado à imagem e semelhança de Deus,
ainda assim —, como consequência da queda —, não podemos negar o fato de
que o homem seja predisposto ao pecado (Rm 7.19). Nossa vontade pecaminosa
só pende para os desejos de nossa própria carne, demonstrando assim, a total
inaptidão do homem para buscar a Deus sem a influência da graça redentora.
Ademais, a salvação pela graça de Deus só reforça a verdade quanto à
incapacidade humana de alcançar o favor divino mediante seus próprios méritos
(Ef. 2.8). Em razão disso, sou inclinado a concordar com BAXTER (2007, p.
103), que ao falar sobre o assunto disse o seguinte: “... que merecido seja escrito
no chão do inferno, mas na porta do céu: O dom gratuito”.
Não se pode esquecer também que, ao dizer que estamos mortos em nossos
delitos e pecados (Ef 2.1), o apóstolo Paulo, mais uma vez, está relatando a
verdade referente à depravação total do homem. Pois, em linhas gerais a Bíblia
afirma que todos os homens nascem em pecado (Sl 51.5), que não temos justiça
em nós mesmos (Rm 3.10), que não buscamos a Deus mediante nossa própria
vontade (Rm 3.11), e que o coração humano, isto é, a origem de suas vontades, é
totalmente entregue à idolatria e enganoso por natureza (Jr 17.9).
Por fim, ao fazermos um contraste entre depravação e salvação, concluímos que,
a salvação pela graça indica que o fundamento de nossa salvação está em Deus, e
não no homem. A Bíblia diz que Deus nos deu vida estando nós mortos nos
nossos delitos e pecados (Ef 2.1). Portanto, de acordo com PINK (1977, p. 112 e
113), da mesma forma que a gravidade, de acordo com sua lei, só leva um objeto
para baixo, assim também, para que o homem se levante do lamaçal do pecado, é
preciso que uma força externa o faça subir. E, essa é a relação de Deus com o
homem. Pois, enquanto o poder divino o sustenta, ele é impedido de afundar cada
vez mais no pecado; todavia, retirado esse poder, o homem cai. Ou seja —, seu
próprio pecado o afunda.
Reconhecemos que o pecado corrompeu toda a criação, dentre os quais, também
o homem que fora feito à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26). No entanto, a
salvação pela graça transforma o ser humano em uma nova criatura. Em
decorrência disso, um ser outrora depravado e morto nos delitos e pecados, passa
então a ter prazer em cumprir a Lei de Deus, tendo-a como orientação. Um
pecador condenado tem a Lei de Deus como regra de condenação, mas, um
pecador regenerado encontra na Lei de Deus ensinos de gratidão.
Soli Deo Glória !
7. Referências bibliográficas
AGOSTINHO. A cidade de Deus: contra os pagãos. Petrópolis. RJ: Vozes,
1990. 2 vls.
ALLISON, G. R. Teologia Histórica: uma introdução ao desenvolvimento da
doutrina cristã. São Paulo: Ed Vida Nova, 2017.
BAVINCK, Herman. Dogmática Reformada. Ed. Cultura Cristã 2012.
BAREN, G. V. Depravação Total. Disponível em: . Acesso em: 02 jan. 2019.
BEEKE, R. J. Vivendo para a glória de Deus. Ed Fiel, São Paulo, p.72, 2010.
BERKHOF, L. A História das Doutrinas Cristãs. São Paulo: Publicações
Evangélicas Selecionadas,1992.
BERKHOF, L. Teologia Sistemática. Ed. Cultura Cristã 2001.
ERICKSON, Millard j. Teologia Sistemática. Ed. Vida Nova, 2015.
BAXTER, Richard. O descanso eterno dos santos. São Paulo: Shedd
Publicações, 2007.
CALVINO, J. As institutas de tratado da religião cristã. Tr. Walter Carvalho
Luz. São Paulo: CEP, 1985. Vol. 2, p. 23.
CALVINO, J. As Institutas. São Paulo: Volume 2, Editora Cultura Cristã,2006.
CHAFER, L. S. Teologia Sistemática. São Paulo, Hagnos, 2003.
CONFISSÃO DE FÉ CONGREGACIONAL: Declaração de fé das Igrejas
Evangélicas Congregacionais / Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais
do Brasil. Recife: Aliança Editora, 2015.
DAGG, l. J. Manual de Teologia. São José dos Campos-SP: Editora Fiel, p.139,
2003.
DE SOUZA, I. T. Hamartiologia: Doutrina do Pecado. Disponível em: . Acesso
em: 02 jan. 2019.
EDITORA MONERGISMO, apud CAMPOS, H. C. A relevância dos credos e
confissões. Disponível em: . Acesso em: 02 jan. 2019.
FERREIRA, Franklin, Teologia Sistemática: Uma análise histórica, bíblica, e
apologética para o contexto atual / Franklin Ferreira e Alan Myatt. – São Paulo :
Vida Nova, 2007
GRUDEM, W. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova. 1999, p.414.
HODGE, C. Teologia sistemática. Tr. Walter Martins. São Paulo: Hagnus, 2001.
JUNIOR. J. Entenda a Doutrina da Depravação Total. Disponível em: .
Acesso em: 02 jan. 2019.
LUTERO, M. Nascido Escravo. Ed, Fiel, 1992, p.27
MACDOWELL, B. A. Depravação Total. Disponível em:
http://www.monergismo.com/textos/depravacao_total/depravacao-
total_McDowell.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2019.
NOLL M. A. Confissões de Fé. 2012, vol. 1 p. 339
OLIVEIRA. T. A doutrina da depravação total situada na
história. Disponível em: . Acesso em: 02 jan. 2019.
ROGER, O. História da Teologia Cristã. Ed. Vida 2017, p. 121.
PIPER, J. Five Points Towards a Deeper Experience of God’s Grace. The
Desiring God Foundation, Scotland, Great Britain, 2013.
PINK A. W, Castigo Eterno (Tradução Helio Kircheim) 1978.
PINK, A. W. Deus é soberano. São José dos Campos-SP: Editora Fiel, 1977.
PEARLMAN, M. conhecendo as Doutrinas da Bíblia. Editora Vida, São Paulo,
2009, p. 135.
RIDDERBOS, H. A Teologia do Apóstolo Paulo. São Paulo: Editora Cultura
Cristã, 2004.
ROBINSON, Edward. Léxico Grego do Novo Testamento. Trad. Paulo Sérgio
Gomes. Rio de Janeiro. CPAD, 2004
SCHREINER, J. Theologie des Alten Testaments I. Würzburg: Echter, 1995.
Col.: Die Neue Echter Bibel. Ergänzungsband 1. zum Alten Testament.
SPROUL, R.C. O que é teologia reformada; traduzido por Helena Hope
Gordon, São Paulo: Cultura Cristã, 2009
STEELE David N. e Curtis C. Thomas. As Doutrinas da Graça: Depravação
Total. Disponível em: Totalhttps://reformados21.com.br/2015/12/25/as-
doutrinas-da-graca-depravacao-total/
STRONG, A. H. Teologia Sistemática. São Paulo: Editora Hagnos, pg.1129-
1130, 2007
WATSON, Thomas. A fé crista, estudos baseados no breve catecismo de
Westiminster. São Paulo: Cultura Cristã, 2009.
WRIGHT, N. T. What Saint Paul Really Said: Was Paul of Tarsus the Real
Founder of Christianity? Trad. Sérgio Gomes. Grand Rapids: Eerdmans, 2009.
MAIS AVALIADOS
1º A importância do lúdico na educação infantil
2º Centro Cultural
3º Oferta e Procura
4º Alexandre Magno
5º História da Moeda
EDUCADOR
Visite o canal
TIRE SUAS DÚVIDAS!
ESTRATÉGIA DE ENSINO
Saiba o que abordar sobre o Estado Islâmico!
ESTRATÉGIA DE ENSINO
Utilize o stop motion nas aulas de Biologia!
Versão mobile
SIGA O BRASIL ESCOLA
Copyright © 2022 Rede Omnia - Todos os direitos reservados Proibida a reprodução total ou parcial sem
prévia autorização (Inciso I do Artigo 29 Lei 9.610/98)