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MAPEANDO
PROCESSO
PENAL
Copyright© 2021 Viviane Medeiros de Amorim

Editora-Chefe Fernanda Pacheco Amorim


Design Editorial Laura Pra Baldi de Freitas
Preparação de Texto Deborah Cristina Amorim
Diagramação Viviane Medeiros de Amorim

Conselho Editorial
Aldacir Rachid Coutinho - UFPR Gabriel Real Ferrer - UNIVALI e Universidad de Alicante-ES
Alexandre Morais da Rosa - UFSC e UNIVALI Gisela França da Costa - Estácio de Sá-UNESA, UERJ e EMERJ
Alfredo Coppeti Neto - Unioeste e Unijuí Jéssica Gonçalves - UFSC
Ana Claudia Bastos de Pinho - UFPA
Jorge Bheron Roche - Unifor
Claudio Ladeira de Oliveira - UFSC
Juan Carlos Vezzulla - IMAP-PT
Claudio Melim - Univali
Júlio César Marcellino Jr - UNISUL
Daniela Villani Bonaccorsi - Imed
Márcio Ricardo Staffen - UNIVALI
Denise Schimitt Siqueira Garcia - UNIVALI
Maria Claudia da Silva Antunes de Souza - UNIVALI
Diogo Rudge Malan - UERJ e UFRJ
Eduardo de Avelar Lamy - UFSC Orlando Celso da Silva Neto - UFSC

Flávio Pansieri - PUC/PR Pedro Miranda de Oliveira - UFSC


Francisco José Rodrigo de Oliveira Neto - UFSC e UNIVALI Roberto Miccù - Universidade de Coimbra-PT

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO


SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
A545m

Amorim, Viviane Medeiros de


Mapeando processo penal [recurso eletrônico] : entendendo o processo penal por
mapas mentais / Viviane Medeiros de Amorim. - 1. ed. - Florianópolis [SC] : Emais,
2021.
recurso digital

Formato: epdf
Requisitos do sistema: adobe acrobat reader
Modo de acesso: world wide web
Inclui índice
ISBN 978-65-86439-37-3 (recurso eletrônico)

1. Direito penal - Brasil - Manuais, guias, etc. 2. Processo penal - Brasil -


Manuais, guias, etc. 3. Serviço público - Brasil - Concursos. 4. Livros eletrônicos. I.
Título.
21-69562
CDU: 343.2(81)

Meri Gleice Rodrigues de Souza - Bibliotecária - CRB-7/6439

É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive quanto
às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais consiste crime
(Código Penal, art. 184 e seus § § 1º, 2º ve 3º, Lei da Lei 10.695 de 01/07/2003), sujeitando-se
à busca e apreensãoe e indenizações diversas (Lei nº 9.610/98).

Todos os direitos desta edição reservados à emais


www.emaiseditora.com.br
euquero@emaiseditora.com.br
Florianópolis/SC

Impresso no Brasil / Printed in Brazil


Viviane Medeiros de Amorim

MAPEANDO PROCESSO PENAL

Entendendo o processo penal por mapas mentais

2021
OLÁ

CONCURSEIRO OU

ESTUDANTE DE DIREITO!

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LEIA COM ATENÇÃO

Qualquer forma de reprodução, distribuição,


transformação ou revenda dessa obra só poderá ser
realizada com autorização expressa da autora,
ressalvadas as exceções previstas em lei. Caso seja
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Informamos que o único meio de disponibilização desse


material será por meio do site da emais editora.

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer e dedicar esta obra às seguintes pessoas: minha família,


minha mãe Maria Shirley, meus filhos - Alexandre e Lara, meu esposo Domingos
Guerra, minha tia Maria de Lourdes e aos meus avós Rita e Luis.

Inicialmente, gostaria de agradecer a minha família, especialmente, minha mãe,


mulher forte, guerreira e de fibra que batalhou muito, abdicando boa parte da sua
vida para me proporcionar uma educação de qualidade, sei que não foi fácil ,mas
chegamos até aqui! Obrigada mãe, por ser meu arrimo, ser minha maior
incentivadora, ser aquela que nunca me deixa esmorecer e por me ensinar a ter fé
e sorrir sempre. Amo você!

Agradeço aos meus dois presentes de Deus: Alexandre e Lara. Vocês são meus
tesouros.

Agradeço também ao meu esposo Domingos Guerra, que nunca cansou de me


incentivar, de dizer que eu “nasci para o Direito”, que esteve sempre presente nas
alegrias e tristezas, sempre acreditou no meu potencial e nunca negou uma
palavra de incentivo ou uma crítica necessária. Obrigada meu amor, por suportar
as crises de estresse, momentos de dúvida e minha ausência em diversos
momentos junto a ti.

Gostaria de agradecer a minha avó Rita e ao meu avô Luis que estão juntos lá no
céu, mas sempre serão meus exemplos de determinação, luta e sempre me
ensinaram valores importantes, como a honestidade e a humildade. Sei vovó que,
apesar de não estar presente fisicamente, ilumina os meus passos e orienta as
minhas decisões e, espero, um dia, poder sentir, novamente, seu abraço quente e
seu colo fofo.

Ainda agradeço a minha tia Lourdes, exemplo de docente, aquela mestre por
amor, sempre doce, carinhosa e paciente para ler meus textos e sanar minhas
dúvidas.

Agradeço aos meus amigos queridos que me fizeram rir em tempos de estresse e
que nunca me deixaram desistir. Com certeza, o fardo se torna mais leve por
existirem pessoas em quem confio.

Não posso deixar de agradecer a equipe da emais editora, ao Dr. Alexandre


Morais da Rosa que apostou em mim sem nem me conhecer e nunca deixou de
incentivar a minha produção científica.

Muito obrigada!
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o
que ensina”
Cora Coralina
SUMÁRIO

PROCESSO PENAL – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 08


FONTES DO PROCESSO PENAL 09
PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL 10
JUIZ NATURAL 11
IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO 12
IMPEDIMENTO 13
SUSPEIÇÃO 14
INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL 15
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO 16
LEI PROCESSUAL NO TEMPO 17
JURISDIÇÃO 18
COMPETÊNCIA I 19
COMPETÊNCIA II 20
COMPETÊNCIA III 21
CONEXÃO E CONTINÊNCIA 22
CONFLITO DE COMPETÊNCIA 23
SUJEITOS DO PROCESSO PENAL I 24
SUJEITOS DO PROCESSO PENAL II 25
SUJEITOS DO PROCESSO PENAL III 26
AÇÃO PENAL I 27
AÇÃO PENAL II 28
CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL 29
PEÇA ACUSATÓRIA DA AÇÃO PENAL I 30
PEÇA ACUSATÓRIA DA AÇÃO PENAL II 31
AÇÃO PENAL PRIVADA 32
INQUÉRITO POLICIAL I – NOÇÕES GERAIS 33
INQUÉRITO POLICIAL II – INSTAURAÇÃO DO IP 34
FLUXOGRAMA – FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO IP 35
INQUÉRITO POLICIAL III 36
INQUÉRITO POLICIAL IV 37
INQUÉRITO POLICIAL V 38
INQUÉRITO POLICIAL VI – CONCLUSÃO DO IP 38
INQUÉRITO POLICIAL VII 40
INQUÉRITO POLICIAL VIII – NOTITIA CRIMINIS 41
INQUÉRITO POLICIAL IX – ARQUIVAMENTO DO IP 42
FLUXOGRAMA DO ARQUIVAMENTO DO IP 43
INQUÉRITO POLICIAL X – ARQUIVAMENTO DO IP (PACOTE ANTICRIME) 44
FLUXOGRAMA DO ARQUIVAMENTO DO IP – PACOTE ANTICRIME 45
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL I 46
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL II 47
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL III 48
FLUXOGRAMA DO ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL 49
JUIZ DE GARANTIAS 50
RITOS DO PROCESSO PENAL 51
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 52
CITAÇÃO 53
TRIBUNAL DE JURI I – NOÇÕES GERAIS 54
TRIBUNAL DE JURI – PRIMEIRA FASE: CONCEITOS 55
TRIBUNAL DE JURI – PRIMEIRA FASE: ETAPAS 56
FLUXOGRAMA PRIMEIRA FASE DO JURI 57
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA 58
TRIBUNAL DE JURI – SEGUNDA FASE: CONCEITOS 59
FLUXOGRAMA SEGUNDA FASE DO JURI 60
COMPROMISSO LEGAL 61
QUESTÕES PREJUDICIAIS 62
QUESTÕES INCIDENTAIS I 63
QUESTÕES INCIDENTAIS II 64
QUESTÕES INCIDENTAIS III 65
RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS 66
MEDIDAS ASSECURATÓRIAS 67
CONFISCO 68
NULIDADES PROCESSUAIS I 69
NULIDADES PROCESSUAIS II 70
NULIDADES PROCESSUAIS III 71
NULIDADES PROCESSUAIS IV 72
TEORIA GERAL DA PROVA I – NOÇÕES GERAIS 73
TEORIA GERAL DA PROVA II – MEIOS DE PROVA 74
TEORIA GERAL DA PROVA III – ÔNUS DE PROVA 75
TEORIA GERAL DA PROVA IV – CONCEITOS IMPORTANTES 76
TEORIA GERAL DA PROVA V – CLASSIFICAÇÃO 77
TEORIA GERAL DA PROVA VI – TIPOS DE PROVAS 78
TEORIA GERAL DA PROVA VII – PROVAS CAUTELARES, NÃO REPETÍVEIS E 79
ANTECIPADAS
SISTEMAS DE VALORAÇÃO DA PROVA 80
STANDARDS PROBATÓRIOS 81
PROVAS INADMISSÍVEIS 82
PROVAS EM ESPÉCIE: EXAME DE CORPO DE DELITO 83
PROVAS EM ESPÉCIE: PROVA TESTEMUNHAL 84
PROVAS EM ESPÉCIE: INTERROGATÓRIO 85
PROVAS EM ESPÉCIE: BUSCA E APREENSÃO 86
PROVAS EM ESPÉCIE: CONFISSÃO 87
PROVAS EM ESPÉCIE: INDÍCIOS, ACARIAÇÃO E RECONHECIMENTO DE PESSOAS E 88
COISAS.
CADEIA DE CUSTÓDIA DA PROVA I 89
CADEIA DE CUSTÓDIA DA PROVA II 90
PRISÕES – NOÇÕES GERAIS 91
PRISÃO EM FLAGRANTE I 92
PRISÃO EM FLAGRANTE II 93
PRISÃO PREVENTIVA I 94
PRISÃO PREVENTIVA II 95
PRISÃO TEMPORÁRIA 96
97
PRISÃO DOMICILIAR 98
MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO 99
LIBERDADE PROVISÓRIA I – LIBERDADE SEM FIANÇA 100
LIBERDADE PROVISÓRIA II – LIBERDADE COM FIANÇA 101
LIVRAMENTO CONDICIONAL 102
TEORIA DOS RECURSOS – NOÇÕES GERAIS 103
RECURSOS EM ESPÉCIE: APELAÇÃO 104
FLUXOGRAMA – PROCESSAMENTO DA APELAÇÃO
RECURSOS EM ESPÉCIE: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 105
RECURSOS EM ESPÉCIE: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO I 106
RECURSOS EM ESPÉCIE: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO II 107
RECURSOS EM ESPÉCIE: EMBARGOS INFRINGENTES 108
RECURSOS EM ESPÉCIE: CARTA TESTEMUNHÁVEL 109
RECURSOS EM ESPÉCIE: AGRAVO EM EXECUÇÃO E ROC 110
HABEAS CORPUS 111
FLUXOGRAMA HABEAS CORPUS 112
MANDADO DE SEGURANÇA CRIMINAL 113
REVISÃO CRIMINAL 114
FLUXOGRAMA REVISÃO CRIMINAL 115
RECURSOS EM ESPÉCIE: FLUXOGRAMA DE ESCOLHA 116
RELAXAMENTO DE PRISÃO 117
FLUXOGRAMA RELAXAMENTO DE PRISÃO 118
REVOGAÇÃO DA PRISÃO 119
HABILITAÇÃO DO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO 120
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL I 121
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL II – SUSPENSÃO 122
CONDICIONAL DO PROCESSO
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL III – TRANSAÇÃO PENAL 123
FLUXOGRAMA TRANSAÇÃO PENAL 124
QUADRO COMPARATIVO – TRANSAÇÃO, SUSPENSÃO 125
CONDICIONAL DO PROCESSO E ANPP
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 126
CONCEITO

Trata-se de um conjunto de princípios e normas que regulam:

A aplicação jurisdicional do direito penal;


As atividades persecutórias da polícia judiciária;
Estruturação dos órgãos da função jurisdicional;
Estruturação e atuação dos orgãos auxiliares.

Instrumento
legitimador do direito
de punir do Estado

DOIS SIGNIFICADOS

PROCESSO Ramo da ciência


jurídica.

PENAL
NOÇÕES GERAIS PROCESSO PENAL COMO RAMO DA CIÊNCIA
JURÍDICA: trata-se de um ramo da ciência
jurídica que estuda as normas e regras, bem
como os princípios que disciplinam o processo
penal que, é o instrumento legitimador do
direito de punir do Estado.

PROCESSO PENAL COMO INSTRUMENTO


LEGITIMADOR DO DIREITO DE PUNIR DO
ESTADO: trata-se do modelo que deve,
obrigatoriamente, ser observado pelo Estado
para que seja possível o exercício do direito de
punir.

PERSECUÇÃO PENAL

Trata-se dos ATOS e CAMINHOS que o Estado percorre para fazer valer o ius puniendi

Inquisitivo
Investigação
Sem contraditório e ampla
preliminar
defesa
FASES
Acusatório
Ação Penal
Ampla defesa e contraditório
CONCEITO

É tudo aquilo que contribui para o surgimento das


normas jurídicas a ele relacionadas.

MATERIAIS

CLASSIFICAÇÃO

FORMAIS

FONTES DO FONTES MATERIAIS: revelam quem


detém a competência para produzir a
PROCESSO PENAL norma jurídica.

No caso do Processo Penal, a fonte


material é a UNIÃO (art. 22, I, CF/88)

IMPORTANTE: A competência da
União para legislar sobre matérias
penais é PRIVATIVA, porém não é
EXCLUSIVA. Em razão disso, em
casos específicos os Estados e o DF
também poderão fazê-lo (art. 22,
parágrafo único e art. 24, CF/88)

FONTES FORMAIS:  referem-se aos


modos pelos quais se revelam a norma
criada. Podem ser:
A) Fonte formal imediata, direta ou
primária: são as LEIS.
B) Fonte formal mediata, indireta,
secundária ou supletiva: são os
princípios gerais do direito, doutrina,
os costumes, a jurisprudência e a
analogia.

CUIDADO

A ANALOGIA é admitida no Processo Penal (art. 3º, CPP),


onde é possível, inclusive, in malam partem (em desfavor
do réu) diferentemente do que ocorre no Direito Penal.

Não se deve confundir ANALOGIA com INTERPRETAÇÃO


EXTENSIVA.
1. Na analogia não há norma regulamentadora do caso
concreto, sendo aplicado uma norma que rege caso
semelhante.
2. Na interpretação extensiva, existe de fato uma norma que
regulamenta o caso, porém o alcance dessa é limitado, sendo
necessária a sua extensão.
PRESUNCÃO DA NÃO CULPABILIDADE

Art. 5º, LVII, CF/88.


Ninguém será considerado culpado até o
trânsito em julgado da sentença penal
condenatória.

Gera grande impacto no ônus da prova,


fazendo com que a acusação tenha que
provar a culpa latu sensu do acusado
sob pena de ocorrer a absolvição (in
dubio pro reo)

DEVIDO PROCESSO LEGAL

Art. 5º, LIV, CF/88.

Ele é uma fonte da qual emanam


diversos princípios e garantias

CONTRADITÓRIO

Art. 5º, LV, CF/88.

Refere-se ao binômio: PRINCÍPIOS DO


CIÊNCIA + PARTICIPAÇÃO
PROCESSO PENAL

IGUALDADE PROCESSUAL

Decorre do princípio da isonomia -


art. 5º, caput, CF/88.

As partes devem contar com


tratamento igualitário e com
oportunidades iguais.

AMPLA DEFESA
INICIATIVA DAS PARTES
Art. 5º, LV, CF/88.

O réu tem direito de defender-se Decorre da adoção do sistema


de uma acusação da forma mais acusatório, cabendo a parte
ampla possível. interessada o exercício do direito de
ação, uma vez que a jurisdição é
inerte, sem prejuízo ao impulso oficial
do juiz.

RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO

As partes tem direito de exigir do


Estado a prestação jurisdicional
em tempo hábil (razoável)
devendo ser banidas as dilações
indevidas.
CONCEITO

Decorre do art. 5º, LIII, CF/88 que diz:


ninguém será processado nem sentenciado
senão pela autoridade competente.

O individuo só poder ser privado de seus


bens ou de sua liberdade se processado por
autoridade judicial imparcial e previamente
conhecida por meio de regras referentes à
competência fixada por lei anteriormente à IMPARCIALIDADE DO JUIZ
prática da infração penal.
O juiz deve ser pessoa NEUTRA, estranha
Desse princípio também à causa e às partes.
decorre o fato de NÃO SER
POSSÍVEL A CRIAÇÃO DE O magistrado eventualmente interessado
JUÍZO OU TRIBUNAL DE no feito SERÁ AFASTADO.
EXCEÇÃO. Ainda não pode
haver designação casuística Suspeito (art. 254, CPP)
de magistrado para julgar
este ou aquele caso JUIZ Impedido (art. 252 CPP)

NATURAL

HIPÓTESE QUE NÃO HÁ VIOLAÇÃO


IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ

1. Convocação de juiz de primeira O magistrado que acompanhar a


instância para compor órgão instrução probatória, deverá ser o
julgador de segunda instância. mesmo a proferir a sentença.
2. Redistribuição da causa decorrente
da criação de nova Vara.
3. Alteração por continência de
processo do corréu ao foro especial INICIATIVA DAS PARTES
do outro denunciado.
4. Fundamentação per relationem.
Expresso na Constituição nos
seguintes artigos: 5º, LX e 93, IX

Trata-se do dever que tem o


Judiciário de dar transparência aos
seus atos.
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO

As decisões judiciais são, em regra,


PASSÍVEIS DE REVISÃO POR INSTÂNCIAS
SUPERIORES por meio da interposição de
recursos.
IMPEDIMENTO

Fundamenta-se em elementos OBJETIVOS previstos em lei que implicam


na proibição para julgar a causa;

Atos serão considerados nulos;

Presume-se imparcial;

Alegado a qualquer tempo ou grau de jurisdição;

Pode ser reconhecido de ofício - matéria de ordem pública;

Admite ação rescisória;

Nulidade absoluta.

IMPEDIMENTO E CAUSAS DE IMPEDIMENTO


1. Em que interveio como mandatário da parte, oficiou como
SUSPEIÇÃO perito, funcionou como membro do Ministério Público ou
prestou depoimento como testemunha;
2. De que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo preferido
decisão;
3. Quando seu cônjuge ou companheiro for defensor, advogado
ou membro do MP, ou qualquer parente, consanguíneo ou
afim, até 3º grau;
4. Quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou
companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, até o 3º grau;
5. Quando for sócio ou membro de direção ou de administração
de pessoa jurídica parte no processo;
6. Quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de
qualquer das partes;
7. Em que figure como parte instituição de ensino com a qual
tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de
prestação de serviço;
8. Em que figure como parte cliente do escritório de advocacia
de seu cônjuge, companheiro ou parente até o 3º grau, mesmo
que patrocinado por advogado de outro escritório;
9. Quando promover ação contra a parte ou seu advogado.

SUSPEIÇÃO

Fundamenta-se em elementos SUBJETIVOS podendo o próprio


magistrado declarar-se suspeito.

Atos serão considerados nulos;

Não presume-se imparcial;

Alegada em momento oportuno, sob pena de preclusão;

Pode ser reconhecido de ofício;

Não admite ação rescisória;

Nulidade relativa.

CAUSAS DE SUSPEIÇÃO
1. Amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
2. Que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de
iniciado o processo;
3. Que aconselha alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios
para atender às despesas do litigio;
4. Interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes;
5. Quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro
ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
6. Interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
IMPEDIMENTO

JUIZ NÃO PODERÁ EXERCER


JURISDIÇÃO SE:

JUIZ, CONJUGE OU
PARENTE,
CONSANGUÍNEO OU
ÓRGÃOS
AFIM, EM LINHA COLETIVOS
RETA OU COLATERAL
ATÉ 3º GRAU.

Tiver atuado
como defensor ou
advogado, órgão For parte ou Não poderão servir no
do MP, autoridade diretamente mesmo processo os
policial, auxiliar interessado no juízes que forem entre
da justiça ou feito si parentes,
perito. consanguíneos ou
afins, em linha reta ou
colateral até o 3º grau.

252, I e IV, CPP


253, CPP

JUIZ

Tiver funcionado
como juiz de
Tiver servido outra instância
como pronunciando-se,
testemunha de fato ou de
direito, sobre a
questão.

252, II e III, CPP


SUSPEIÇÃO

JUIZ PODERÁ SE DECLARAR


SUSPEITO OU SER RECUSADO
PELAS PARTES SE:

JUIZ, CÔNJUGE OU
PARENTE,
CONSANGUÍNEO OU JUIZ, CÔNJUGE,
AFIM, EM LINHA ASCENDENTE OU
RETA OU COLATERAL DESCENDENTE
ATÉ 3º GRAU.

Sustentar demanda
ou responder a Responder a processo
processo que tenha por fato análogo,
que ser julgado por sobre cujo caráter
qualquer das criminoso haja
partes. controvérsia..

254, III, CPP


254, II, CPP

JUIZ

For credor ou For sócio acionista


For amigo íntimo Tiver aconselhado
devedor, tutor ou ou administrador de
ou inimigo capital qualquer uma das
curador, de sociedade
de qualquer um partes.
qualquer das interessada no
deles.
partes. processo.

254, I, CPP 254, IV, CPP 252, V, CPP 252, VI, CPP
ESPÉCIES

INTERPRETAÇÃO
.QUANTO AO SUJEITO:
AUTÊNTICA ou LEGISLATIVA: Realizada
DA LEI PROCESSUAL
pelo LEGISLADOR. Pode ser:
a) Contextual: no próprio texto
b) Posterior: tem eficácia retroativa
DOUTRINÁRIA ou CIENTIFICA: é
realizada pelos estudiosos do Direito.
JURISPRUDENCIAL ou JUDICIAL: é
realizada pelos órgãos jurisdicionais
(juízes ou Tribunais)

OBS: a exposição de motivos de um


CONCEITO Código NÃO é considerado texto de lei -
INTERPRETAÇÃO DOUTRINÁRIA.
Atividade de extrair da norma seu
exato alcance e real significado.

Consiste em determinar o sentido e QUANTO AOS MEIOS EMPREGADOS:


o alcance da norma. GRAMATICAL: leva em conta o sentido
literal.
TELEOLÓGICA: busca a finalidade da
Enunciado norma.
NORMA normativo LÓGICA: utiliza critérios de raciocínio
interpretado SISTEMÁTICA: interpreta o enunciado
normativo dentro de um contexto
normativo que está inserido.
HISTÓRICA: leva em consideração o
histórico da edição.
ANALOGIA

É o processo de autointegração da
lei, e é aplicável no processo penal. QUANTO AO RESULTADO:
DECLARATIVA: correspondência entre
o texto da lei e sua vontade.
RESTRITIVA: o interprete restringe o
alcance.
EXTENSIVA: o interprete aplica o
PRINCÍPIOS GERAIS conteúdo.
PROGRESSIVA: se adapta às
São premissas éticas que mudanças político-sociais.
fundamentam o ordenamento
jurídico.
Ao contrário da Lei Penal, a LEI PROCESSUAL PENAL NÃO
trabalha com o PRINCÍPIO DA EXTRATERRITORIALIDADE

PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE

REGRA GERAL da resolução de conflitos.

Art. 1º CPP: em regra, aplica-se a Lei processual


brasileira às infrações penais praticadas no
território nacional.

LEI PROCESSUAL NO Teoria da ubiquidade: considera-se praticado


o crime no lugar em que ocorreu a ação ou
omissão, no todo ou em parte, bem como
ESPAÇO
onde se produzir o resultado ou deveria
produzir-se.

As ressalvas NÃO estão relacionadas a


aplicação de lei estrangeiras no BRASIL,
mas sobre a não aplicação do CPP.
Não há aplicação de lei estrangeira
no Brasil, que apenas se
comprometeu a cumprir regras de
direito internacional.
Prerrogativas constitucionais do
RESSALVAS AO PRINCÍPIO Presidente da República. dos Ministros de
Estado, nos crimes conexos, com o
Presidente da República e dos Ministros
do STF nos CRIMES DE
RESPONSABILIDADE - jurisdição política
exercida pelo Poder Legislativo

Nos processos da competência da


JUSTIÇA MILITAR (crimes militares) incide
o Código de Processo Militar e de
aplicação subsidiária o CPP.

IMPORTANTE

TRATADOS, CONVENÇÕES E REGRAS DE DIREITO


INTERNACIONAL: regras processuais próprias, que afastam a
jurisdição brasileira (para determinados crimes)
PRINCÍPIO DA APLICAÇÃO IMEDIATA

Normas genuinamente processuais


Relacionadas à procedimentos, atos processuais e técnicas do
processo.

O art. 2º CPP - a lei processual penal aplicar-se-á


TEMPUS REGIT ACTUM: DESDE LOGO, sem prejuízo da validade dos atos
realizados sob a vigência da lei anterior.

LEI NOVA APLICAÇÃO IMEDIATA

Não invalidação dos


atos processuais
anteriores.

LEI PROCESSUAL

NO TEMPO

NORMAS PROCESSUAIS MATERIAIS

Também conhecidas como mistas ou híbridas.


Apresentam conteúdo processual e material.

NORMA PROCESSUAL aplicação IMEDIATA

NORMA MATERIAL NÃO POSSUI APLICAÇÃO IMEDIATA.


Retroage apenas para beneficiar o réu.

IRRETROATIVIDADE DAS NORMAS PROCESSUAIS MATERIAIS: conforme o


entendimento majoritário, para as normas mistas NÃO VIGORA O
PRINCÍPIO DA APLICAÇÃO IMEDIATA, mas sim, o REGULAMENTO DA LEI
PENAL NO TEMPO (art; 5º, XL, CF/88).

RESSALVAS AO PRINCÍPIO

São regras que, possuindo natureza específica, estejam inseridas em


diploma normativo que guarde natureza, em geral, diversa.

NORMA PROCESSUAL prevista em diploma material RETROAGE PARA BENEFÍCIO DO RÉU

NORMA MATERIAL prevista em diploma processual APLICÁVEL IMEDIATAMENTE


CONCEITO

Trata-se do PODER-DEVER de o Estado aplicar o direito ao caso


concreto, através de um PROCESSO, como forma de pacificar os
conflitos sociais.

PRINCÍPIOS

INVESTIDURA: a jurisdição só poderá ser


exercida pelo magistrado investido na função
JURISDIÇÃO jurisdicional;

INDELEGABILIDADE: não pode um órgão


jurisdicional delegar sua função a outro órgão.

INAFASTABILIDADE: a lei não excluirá da


apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça de direito.

INEVITABILIDADE: a jurisdição não está


sujeita a vontade das partes - não é lícito que
qualquer uma das partes recuse seu exercício.

CORRELAÇÃO: a atividade jurisdicional deve


corresponder ao pedido formulado na inicial.

IMPRORROGABILIDADE: o exercício deve


ocorrer dentro dos limites traçados em lei,

CARACTERÍSTICAS

INÉRCIA: a atuação inicial dos órgãos jurisdicionais


depende de provocação das partes;

SUBSTUTIVIDADE: o Estado através da jurisdição


substitui a vontade das partes.

IMUTABILIDADE: após o trânsito em julgado da sentença,


torna-se imutável aquilo que fica decidido pelo órgão
julgador.
CONCEITO

JURISDIÇÃO: é o poder-dever de o
Estado aplicar o direito ao caso
concreto, por meio de um processo,
como forma de pacificar os conflitos
sociais.
É a MEDIDA DA JURISDIÇÃO.
Limita o campo de
aplicação do direito
objetivo ao caso
concreto por Todos os juízes possuem JURISDIÇÃO.
Porém, as regras de competência
determiado juiz.
atribuem a cada um dos órgãos, o
efetivo exercício da função
jurisdicional;

COMPETÊNCIA I

DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU

Quando DESCONHECIDO o lugar da infração.


É critério SUBSIDIÁRIO.
Réu com mais de uma residência - PREVENÇÃO.
Residência INCERTA ou for ignorado seu paradeiro: o
juiz que PRIMEIRO souber do fato.
Ação penal privada exclusiva: ainda que CONHECIDO
o lugar da infração, o querelante PODERÁ optar pelo
DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU.

NATUREZA DA INFRAÇÃO

CRITÉRIOS: Quantidade de pena prevista ABSTRATAMENTE


Objeto jurídico do crime.

TRIBUNAL DO JÚRI: crimes dolosos contra a vida.

MILITAR: crimes militares previstos no CPM;


JUSTIÇA ESPECIAL:
ELEITORAL: crimes eleitorais e conexos.

FEDERAL: art. 109, IV, V, V-A, VI, VII, IX, X, CF/88


JUSTIÇA COMUM: ESTADUAL: se por exclusão, não for o caso de
julgamento por uma das justiças acima.
LUGAR DA INFRAÇÃO

Lugar da CONSUMAÇÃO

REGRA GERAL.
TEORIA DO RESULTADO TENTATIVA: lugar do ÚLTIMO ATO
DE EXECUÇÃO

Em regra, o juízo competente será o da respectiva justiça (em razão


da matéria ou da pessoa) do local da consumação do crime.

CRIME DE ESPAÇO MÁXIMO

Execução iniciada no Brasil + consumação no


exterior: lugar do último ato de execução praticado
no Brasil
COMPETÊNCIA II
Último ato de execução praticado o exterior: lugar
em que o crime tenha produzido ou deveria
produzir seu resultado.

Lugar / jurisdição incerta: PREVENÇÃO.

Crime continuado ou permanente: PREVENÇÃO.

EXCEÇÃO DA TEORIA DO RESULTADO

INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: adota-se a TEORIA


DA ATIVIDADE sendo a competência fixada pelo local da ação ou
da omissão (art. 63, Lei 9.099/95)

Homicídio doloso: local da conduta - TEORIA DA ATVIDADE

COMPETÊNCIA ABSOLUTA X RELATIVA

COMPETÊNCIA ABSOUTA COMPETÊNCIA RELATIVA

Rega criada com base no interesse público Regra criada com base nos interesses das
Insuscetível de modificação pela vontade partes;
das partes do juiz Possibilidade de flexibilização;
Causa de nulidade absoluta: pode ser Causa de nulidade relativa: deve ser
arguida a qualquer tempo, ser reconhecida arguida em momento oportuno,
de ofício pelo juiz e o prejuízo é presumido. NÃO pode ser reconhecida de ofício pelo
juiz e o prejuízo deve ser demonstrado.
critério do LOCAL DA INFRAÇÃO

1. Determinar o FORO
COMPETENTE
critério do DOMICÍLIO DO RÉU

FASES PARA DETERMINAR


A COMPETÊNCIA

2. Determinar a JUSTIÇA COMPETENTE

Por DISTRIBUIÇÃO

3. Determinação da VARA COMPETENTE

Por PREVENÇÃO

COMPETÊNCIA III

PREVENÇÃO

VÁRIOS juízes competentes

CRIME PERMANENTE/CONTINUADO
cometido em território de 2 ou mais
comarcas.
LIMITE territorial INCERTO entre duas ou ANTES da distribuição
mais comarcas;
Infração cometida em lugar que não se tem
CERTEZA se pertence a uma ou outra
1 JUIZ pratica ato relevante
comarca.
Lugar da infração DESCONHECIDO se o réu relacionado ao delito
tiver 02 RESIDENCIAS.
No caso de CONEXÃO não houver FORO
PREVALENTE, delitos da mesma categoria de Torna-se PREVENTO
jurisdição e tiverem as mesmas penas.

DISTRIBUIÇÃO

SEM juiz prevento SORTEIO

Súmula 706, STF: é RELATIVA a nulidade decorrente da inobservância da competência


por PREVENÇÃO
Não há nexo entre as infrações, mas
a PROVA de uma ou de qualquer
PROCESSUAL CIRCUNSTÂNCIA/ELEMENTO
INFLUI NA OUTRA

CONEXÃO

Várias infrações ligadas por LAÇOS


QUANDO É PRECISO HAVER CIRCUNSTANCIAIS. Há conexão
MATERIAL
UMA MODIFICAÇÃO DA entre as infrações.
COMPETÊNCIA VISANDO À Pode ser:
UNIFORMIDADE DOS
JULGADOS, A SEGURANÇA
JURIDICA E A ECONOMIA
PROCESSUAL.

SUBJETIVA:
OBJETIVA: POR CONCURSO: 2 ou mais
Quando o crime é infrações praticadas por várias
praticado para pessoas em concurso.
FACILITAR A EXECUÇÃO POR RECIPROCIDADE: 2 ou
de outro, OCULTAR-LHE mais infrações praticadas por
CONEXÃO E ou GARANTIR A 2 ou mais pessoas, uma contra
MANUTENÇÃO de sua as outras.
vantagem ou POR SIMULTANEIDADE: 2 ou
mais infrações praticadas ao
CONTINÊNCIA IMPUNIDADE (art. 76, II,
mesmo tempo por várias
CPP) pessoas reunidas, sem ajuste
prévio e sem uma saber da
outra.

CONTINÊNCIA

Ocorre quando um fato criminoso contem outros


Impôe que o julgamento de todos seja realizado em conjunto.

OBJETIVA: quando os crimes são cometidos


SEM concurso formal.

TIPOS

SUBJETIVA: quando 2 ou mais pessoas foram


acusadas da MESMA infração penal.

FORO PREVALENTE

Quando se identifica a conexão ou a continência, impôe-se a definição de qual


foro será competente.

CRIME DOLOSO CONTRA A VIDA E CRIME COMUM: prevalece a


competência do Tribunal do Júri.
CONCURSO DE JURISDIÇÕES DE MESMA CATEGORIA: prepondera o
lugar da infração que contenha a pena mais grave. Se forem iguais as
penas, prevalece a do lugar em que houver ocorrido o maior número de
infrações. E se os critérios anteriores não solucionarem a questão,
prevalecerá o juízo prevento.
CONCURSO DE JURISDIÇÕES DE DIVERSAS CATEGORIAS: prevalecerá
que detiver maior graduação.
CONCURSO DE JURISDIÇÃO COMUM E ESPECIAL: prevalece a especial.
HÁ CASOS QUE AINDA QUE OCORRA A CONEXÃO OU A CONTINÊNCIA É POSSÍVEL QUE OS
PROCESSOS TRAMITEM SEPARADAMENTE.

SEPARAÇÃO DE PROCESSOS

SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA SEPARAÇÃO FACULTATIVA


INFRAÇÕES PRATICADAS EM
CONCURSO ENTRE JURISDIÇÃO COMUM E CIRCUNSTÂNCIAS DE TEMPO E LUGAR
MILITAR: súmula 90 do STJ.
DISTINTAS: a depender da situação/caso,
pode ser mais conveniente a separação
CONCURSO ENTRE JURISDIÇÃO COMUM E
JUSTIÇA DA INFÂNCIA: não é possível reunir dos processos para uma melhor colheita
processos por crime e ato infracional. probatória.

DOENÇA MENTAL SUPERVENIENTE: haverá HOUVER NÚMERO EXCESSIVO DE


desmembramento do processo se algum dos ACUSADOS: na situação de existência de
réus apresentar insanidade metal. O um grande número de acusados, isso
processo ficará suspenso enquanto o réu pode ocasionar um prejuizo na duração
permanecer insano. do processo. Assim, a luz do caso o juiz
poderá proceder a separação.

SURGIR QUALQUER OUTRO MOTIVO


RELEVANTE: a lei aqui não é específica,
deixando ao arbítrio do magistrado a
decisao sobre a separação dos processos.

CONFLITO DE

COMPETÊNCIA

CONFLITO DE COMPETÊNCIAS

CONFLITO POSITIVO: dois ou mais juízes CONFLITO NEGATIVO: quando dois


se consideram competentes para ou mais órgãos jurisdicionais julgam-
processar e julgar a causa. se incompetentes para julgar a causa.

STJ e qualquer Tribunal


STF: 
Tribunais superiores
Tribunais superiores e qualquer outro Tribunal.

Qualquer Tribunal, exceto os Superiores


STJ:  Tribunal e juíses não vinculados
Juízes vinculados a Tribunais distintos.

TRF: possui competência para decidir conflitos entre juízes federais


vunculados ao próprio Tribunal.

TJ: pelo princípio da simetria, compete decidir sobre conflitos de


competência entre juízes estaduais a ele vinculados, abrangendo
os magistrados da vara comum, dos juizados criminais, turmas
recursais, etc.
CONCEITO

São indivíduos ligados, de qualquer modo, à relação jurídica


processual, que atuam no curso do processo praticando os atos
processuais.

CLASSIFICAÇÃO

São divididos em sujeitos PRINCIPAIS e sujeitos SECUNDÁRIOS

PRINCIPAIS: são aqueles JUIZ


essenciais para a existência ou AUTOR
complementação da relação RÉU
juridico-processual.
MINISTÉRIO PÚBLICO

SUJEITOS
SECUNDÁRIOS: embora
imprescindiveis à formação do ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
processo, nele poderão intervir DEFENSOR
como escopo de formular AUXILIARES DA JUSTIÇA
determinada pretensão.

SUJEITOS DO

PROCESSO PENAL I

AUXILIARES DA ACUSAÇÃO

É a vítima, seu representante legal, ou na falta desses,


seus sucessores (CADI), que se habilita para intervir
como auxiliar acusatório do MP na ação penal pública
( art. 268, CPP)

MOMENTO DA HABILITAÇÃO: a partir do recebimento


da denúncia até o trânsito em julgado (art. 268 e 269,
CPP)

PROCEDIMENTO DA HABILITAÇÃO: efetuado o pedido


de habilitação, o juiz o remeterá ao MP para a
manifestação desse (art. 272, CPP). Após isso, o juiz
decidirá se admite ou não.

INDEFERIMENTO DA HABILITAÇÃO: conforme art. 271,


CPP, não é cabível recurso.

AUXILIARES DA JUSTIÇA

TERCEIROS INTERESSADOS: Ministro da Justiça e o


ofendido quando se habilita como assistente.

TERCEIROS NÃO INTERESSADOS:


Peritos
Intérpretes
Testemunhas.
ACUSADO

Ocupa o pólo passivo da relação processual.

DEFENSOR

É aquele que, possuindo capacidade postulatória, patrocina


a defesa técnica do acusado.

OBRIGATORIEDADE DA DEFESA TÉCNICA: é obrigatória,


sob pena de NULIDADE ABSOLUTA do processo (art. 261,
CPP).

Súmula 523, STF: no Processo Penal, a


falta da defesa constitui nulidade
absoluta, mas a deficiência só o anulará
se houver prova de prejuízo ao réu.

SUJEITOS DO

PROCESSO PENAL II

MINISTÉRIO PÚBLICO

Conforme o art. 127, CF/88: o MP é a instituição


permanente e essencial a função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem pública,
do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis.

É responsável pela MANUTENÇÃO e EQUILÍBRIO


JURÍDICO da sociedade.

NATUREZA DA INSTITUIÇÃO

O MP integra o Estado, mas NÃO está atrelado a


nenhum dos poderes.

É instituição independente e fiscalizadora dos


Poderes, desempenhando função essencial à
justiça.

DÚPLICE FUNÇÃO

Atua como órgão legitimado para a acusação,


sendo titular privativo das ações penais públicas,
mas acima de tudo, atua como fiscal da ordem
jurídica em todos os processos, zelando pela
correta aplicação das normas e preservação das
garantias fundamentais.

DÚPLICE FUNÇÃO

As mesmas hipóteses de IMPEDIMENTO e


SUSPEIÇÃO do magistrado (arts. 252 e 254, CPP)
SUSPEIÇÃO DO JUIZ

Ocorre quando o juiz, por motivos subjetivos, não


possui a imparcialidade necessária para julgar (art.
254, CPP).

Incapacidade subjetiva do juiz.

Ocorre nas seguintes situações:


 
SUJEITOS DO Se for amigo íntimo ou inimigo capital;
Se ele, seu cônjuge, ascendente ou
descendente estiver respondendo a
PROCESSO PENAL III processo por fato análogo, sobre cujo
caráter criminoso haja controvérsia;
Se ele, seu cônjuge ou parente (até 3º
grau) sustentar a demanda ou
responder a processo que tenha de ser
julgado por qualquer das partes;
Se tiver aconselhado qualquer das
partes;
Se for credor ou devedor, tutor ou
curador;
Se for sócio, acionista ou administrador.

ATENÇÃO: NÃO é possível o


reconhecimento da suspeição quando a
JUIZ parte, deliberadamente, injuriar ou
provocar situação que enseje a suspeição
do magistrado (art. 256, CPP).
Conforme dispõe o art. 251 do CPP,
ao magistrado cabe assegurar a ATENÇÃO: Eventuais desentendimentos
entre o juiz e o advogado NÃO conduzem a
regularidade do processo e a ordem
suspeição, já que essa diz respeito a
no curso dos atos processuais. relação existente entre o magistrado e as
partes do processo e não com o advogado
da causa.

IMPEDIMENTO DO JUIZ

Ocorre quando há interesse do juiz no objeto da demanda,


por motivos objetivos (art. 252, CPP)

DIRETA: quando o julgador já atuou,


manifestou-se sobre os fatos
INCAPACIDADE OBJETIVA DO JUIZ anteriormente, ou tem interesse no
São hipóteses que colocam em risco a desenrolar da demanda.
IMPARCIALIDADE do julgador, nela
influindo, direta ou indiretamente.

INDIRETA: quando algum parente ou


cônjuge atua ou atou no feito.
DENÚNCIA
INCONDICIONADA:  legitimidade do
Ministério Público

PÚBLICA

CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO: 
legitimidade do Ministério Público
mediante REPRESENTAÇÃO do
ofendido ou do CADI.
CONDICIONADA A REQUISIÇÃO: 
legitimidade do Ministério Público Cônjuge/companheiro
mediante REQUISIÇÃO do Ministro da CADI: Ascendente
Descendente
Justiça Irmão.

OBSERVAÇÃO!
Súmula 714, STF: Ação penal por crime contra a honra de
servidor público em razão do exercício de suas funções.
AÇÃO PENAL I
OFENDIDO: queixa
LEGITIMIDADE CONCORRENTE do

Ministério Público;
condicionada a
representação do
ofendido

QUEIXA-CRIME
EXCLUSIVA OU
PROPRIAMENTE
DITA:  legitimidade do
PRIVADA OFENDIDO ou
REPRESENTANTE LEGAL.
TRATA-SE DO INSTRUMENTO
QUE DÁ INÍCIO AO PROCESSO PERSONALÍSSIMA:  legitimi
PENAL ATRAVÉS DO QUAL O
ESTADO PODERÁ EXERCER O dade SOMENTE DO
SEU IUS PUNIENDI. OFENDIDO.

QUANDO HOUVER
SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA:  legitimidade
INÉRCIA DO MINISTÉRIO
do OFENDIDO ou REPRESENTANTE PÚBLICO
LEGAL
DEPOIS DE OFERECIDA A DENÚNCIA: a representação é IRRETRATÁVEL
EXCETO: art. 16 da Lei 11340/06 - a retratação é possível até o
recebimento da denúncia

DECADÊNCIA DO DIREITO DE
REPRESENTAÇÃO

PRAZO: 6 MESES O prazo é IMPRORROGÁVEL;


NÃO suspende;
NÃO interrompe;
NÃO reduz

INÍCIO DA CONTAGEM: Dia que souber quem é


o autor;
Na ação penal privada
subsidiária da pública:
quando findar o prazo
AÇÃO PENAL II para oferecimento da
denúncia.

CONTINUIDADE DELITIVA: prazo decadencial considera


cada delito isoladamente.

CRIME PERMANENTE: prazo decadencial inicia depois de


cessada a permanência.

RENÚNCIA DO DIREITO DE QUEIXA

Em relação a um dos autores se estende aos demais.

Próprio da AÇÃO PENAL PRIVADA ou da AÇÃO PENAL


PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO se for
infração de MENOR POTENCIAL OFENSIVO.

EXPRESSA: declaração assinada pelo ofendido,


Ato UNILATERAL do representante legal ou advogado com poderes especiais
ofendido: extingue o ius (art. 50, CPP)
puniendi do estado pré-
processual Ato incompatível com o direito de queixa;
Receber indenização do dano não implica
TÁCITA:
renúncia tácita;
Composição civil no caso de infração de
menor potencial ofensivo.
GERAIS

Possibilidade jurídica do pedido;


Legitimidade ad causam;

Necessidade de agir em juízo;


Interesse de agir Adequação;
Utilidade do provimento.

Ex: ausente na prescrição

CONDIÇÕES DA AÇÃO
Materialidade
Justa causa Indícios de autoria
PENAL

Condição autônoma
Fundada suspeita de fato penal

ESPECÍFICAS

Representação do ofendido;
Requisição do Ministro da Justiça;
Ingresso do agente em território nacional;
Transito da sentença que anula casamento
TIPOS

DENÚNCIA
QUEIXA-CRIME

REQUISITOS COMUNS

1. EXPOSIÇÃO DO FATO CRIMINOSO COM TODAS AS


CIRCUNSTÂNCIAS: deve conter a narrativa completa
dos fatos e que estes se encaixem perfeitamente a
um tipo penal.
O NÃO atendimento desse requisito
ensejará a INÉPCIA da denúncia ou queixa
dando causa a sua rejeição - art. 395, I, CPP.

2. QUALIFICAÇÃO DO ACUSADO OU OFERECIMENTO


PEÇA ACUSATÓRIA DA DE DADOS QUE PERMITAM A SUA IDENTIFICAÇÃO:
a peça inicial deverá conter a qualificação do
acusado ou dados que permitam a sua segura
AÇÃO PENAL I identificação física - art. 259, CPP.

3. CLASSIFICAÇÃO DO CRIME: a petição inicial deverá


tipificar a conduta delituosa descrita.
A classificação dada pelo MP ou pelo
querelante NÃO VINCULA o juiz.

O juiz poderá, no momento da sentença,


conferir NOVA DEFINIÇÃO JURÍDICA para
os fatos narrados na inicial - emendatio
libelli.
4. ROL DE TESTEMUNHAS: a peça inicial deverá possuir
o rol de testemunhas que se pretenda ouvir na fase
instrutória, sob pena de PRECLUSÃO.

5. PEÇA DE CONDENAÇÃO: a inicial deverá trazer o


pedido de condenação, expresso.

6. ENDEREÇAMENTO: deve observar as regras de


competência.

7. IDENTIFICAÇÃO DO ACUSADOR: o órgão legitimado


deve, ao final, identificar-se e assinar.

REQUISITO ESPECÍFICO DA QUEIXA

Além dos requisitos em comum, a queixa-crime precisa vir


acompanhada de PROCURAÇÃO COM PODERES ESPECIAIS,
consistente em:

Nome do querelado
Menção ao fato criminoso
PRAZOS PARA O OFERECIMENTO DA
DENÚNCIA

Se não observado, surge a possibilidade de a vítima


ingressar com a AÇÃO PENAL SUBSIDIÁRIA DA
PÚBLICA.

5 DIAS em caso de réu preso.

REGRAS

15 DIAS em caso de réu solto.

PEÇA ACUSATÓRIA DA
PRAZOS ESPECIAIS:
AÇÃO PENAL II

Crimes eleitorais: 10 dias indiciado presou ou solto;


Tráfico de drogas: 10 dias indiciado preso ou solto;
Abuso de autoridade: 48 horas indiciado preso ou
solto;
Crimes contra a economia popular: 2 dias indiciado
preso ou solto.

PRAZOS PARA O OFERECIMENTO DA


QUEIXA -CRIME

REGRA 6 meses, contados do conhecimento da autoria

PRAZOS ESPECIAIS:

Induzimento ao erro essencial e ocultação de


impedimento de casar: o prazo é de 6 meses, mas o
termo inicial da contagem é o trânsito em julgado da
sentença de anulação do casamento;
Crime contra a propriedade imaterial que deixarem
vestígios: homologado o lado pericial, a vítima terá
30 dias, para ingressar com a queixa-crime, sob pena
de DECADÊNCIA.
PERDÃO DO OFENDIDO

Desistência do querelante/ofendido de
prosseguir na Ação Penal Privada.
É ato BILATERAL, pois depende da
ACEITAÇÃO por parte do querelado.
PLURALIDADE DE
QUERELADOS: o direito de
cada um (aceitar ou não)
NÃO prejudica os demais.

Pode ser OFERECIDO


DURANTE O PROCESSO.

PRINCÍPIO DA
INDIVISIBILIDADE DA PEREMPÇÃO
AÇÃO PENAL PRIVADA:
o ofendido não pode
fracionar a denúncia AÇÃO PENAL
nem o perdão. Se Pode ocorrer DURANTE o
oferece a um dos processo;
infratores se ESTENDE PRIVADA
Trata-se da perda do direito de
AOS DEMAIS. prosseguir a ação penal privada;
é uma espécie de sanção
aplicada ao ofendido/querelante
em decorrência da sua INÉRCIA;
Quando o ofendido deixa de
realizar os atos necessários ao
andamento processual;
RENÚNCIA Implica na MORTE DO DIREITO.

É ato UNILATERAL, pois não depende de


aceitação.
Desinteresse do ofendido em exercer o
direito de queixa em Ação Penal Privada, OBSERVAÇÃO
SOMENTE ANTES de iniciá-la;
O ofendido só pode renunciar ao direito
de queixa ANTES do processo. A renúncia, o perdão e a
perempção ocorrem nas ações
penais de natureza privada,
EXCETO nas ações privadas
subsidiárias da pública.
CONJUNTO DE DILIGÊNCIAS REALIZADAS PELA
CONCEITO AUTORIDADE POLICIAL, QUE TEM COMO
OBJETIVO APURAR OS INDÍCIOS DE AUTORIA E
A PROVA DA MATERIALIDADE DELITIVA.

Indícios de autoria
Justa causa:
Materialidade

FINALIDADE

Contribuir na formação do CONVENCIMENTO (opinião delitiva) do


titular da ação penal, que em regra, é o MINISTÉRIO PÚBLICO, e
excepcionalmente, a VÍTIMA (querelante).

INQUÉRITO

POLICIAL I
NATUREZA JURÍDICA
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO de caráter
informativo e preparatório da fase da persecução penal.
NÃO se aplica os princípios da AMPLA DEFESA e do
CONTRADITÓRIO.
IMPORTANTE: por força disso, eventuais vícios
constantes no IP NÃO possuem condão de causar
nulidade processual.

CARACTERÍSTICAS

1. ESCRITO: todas as peças do IP serão ESCRITAS e PUBLICADAS pela


autoridade policial que o presidir.
2. INQUISITIVO: NÃO há observância ao CONTRADITÓRIO.
3. DISPENSÁVEL: se o Ministério Público possui os elementos de prova da
materialidade e os indícios de autoria NÃO há necessidade de se recorrer
ao IP.
4. DISCRICIONÁRIO: o delegado conduz as investigações da forma que
melhor lhe aprouver.
5. INDISPENSÁVEL: a autoridade policial NÃO poderá arquivar os autos de
IP.
6. SIGILOSO: a autoridade policial deve assegurar o SIGILO necessário à
elucidação do fato ou exigido pelo interesse público. JAMAIS será oposto
ao Juiz ou ao MP.
7. OFICIAL: é a atribuição de um ÓRGÃO OFICIAL DO ESTADO.
8. OFICIOSO: diante da prática de um crime de ação penal pública
INCONDICIONADA a autoridade policial deve atuar DE OFÍCIO.

Inquitisitivo/indispensável
Dispensável/discricionário
Oficial
Sigiloso
Oficioso
O REQUERIMENTO DO OFENDIDO conterá sempre que possível (art. 5º, § 1º,
CPP):
A NARRAÇÃO DO FATO com todas as circunstâncias;
A INDIVIDUALIZAÇÃO do indiciado ou seus sinais característicos e as
razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor do fato delitivo.
A NOMEAÇÃO DE TESTEMUNHAS com indicação de sua profissão e
residência.

IMPORTANTE: a deficiência ou ausência de qualquer elemento acima


descrito é MERA IRREGULARIDADE.

CRIMES EM QUE A AÇÃO PÚBLICA


DEPENDER DE REPRESENTAÇÃO
O inquérito policial NÃO poderá ser iniciado sem a
REPRESENTAÇÃO - CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE
O inquérito policial iniciado SEM representação - cabe
mandado de segurança.

INSTAURAÇÃO DO

INQUÉRITO POLICIAL I

CRIMES DE AÇÃO PENAL PRIVADA


Autoridade NÃO poderá instaurar o inquérito policial SEM O
REQUERIMENTO da vítima ou de quem tenha qualidade para
representá-la.

CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA

1. DE OFÍCIO - art. 5º, I, CPP

Para hipóteses dos crimes de AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA.


Trata-se de uma instauração ex officio.
A doutrina a denomina de notítia criminis (notícia do crime)
espontânea (cognição direta).
PEÇA INAUGURAL: portaria.

2. MEDIANTE REQUISIÇÃO DA AUTORIDADE JUDICIÁRIA - art. 5º, II, CPP

OBRIGA a instauração do inquérito;


EXCETO: ordem manifestadamente ilegal;
A doutrina a denomina de notitia criminis provocada.
PEÇA INAUGURAL: a própria requisição

3. MEDIANTE REQUISIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO - art. 5º, II, CPP

OBRIGA a instauração do inquérito;


EXCETO: ordem manifestadamente ilegal.
A doutrina denomina de notitia criminis provocada.
PEÇA INAUGURAL: a própria requisição

4. MEDIANTE REQUERIMENTO DO OFENDIDO - art. 5º, II, CPP

PEÇA INAUGURAL: embora parte da doutrina indique ser o próprio


requerimento, prevalece ser necessária a portaria.
Do despacho que INDEFERIR cabe recurso inominado e administrativo
ao chefe de polícia, que hoje é representado pelo Delegado-Geral de
Polícia ou pelo Secretário de Segurança Pública.

5. POR MEIO DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE - art. 301, CPP

A doutrina denomina também como notitia criminis de cognição


coercitiva.
INCOMUNICABILIDADE DO INDICIADO PRESO

O art. 21 do CPP prevê que a pedido do delegado ou do Ministério


Público, o juiz poderá decretar INCOMUNICABILIDADE do indiciado
preso.

Segundo a doutrina majoritária, o


dispositivo NÃO foi recepcionado pela
CF/88.

NÃO RECEPÇÃO DO DISPOSITIVO


PELA CONSTITUIÇÃO

O dispositivo afronta o disposto no art.


LXIII da CF/88, que garante ao preso a
assistência da família e de um
advogado.

INSTAURAÇÃO DO

INQUÉRITO POLICIAL II

VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO


POLICIAL

Os elementos de informação obtidos em sede de inquérito policial NÃO


PODEM de MODO EXCLUSIVO, fundamentar uma sentença penal
condenatória, visto que se trata de procedimento inquisitório.

PROVAS PRODUZIDAS NO CURSO DO INQUÉRITO


POLICIAL
Existem provas que são produzidas ANTES do início da ação penal,
sujeitas, em regra, ao contraditório postergado (aquele exercido após ou
durante o processo penal), as quais possuem valor probatório idêntico
Nessa hipótese, deve-se àquelas produzidas em Juizo.
fazer uso do instituto
cautelar da PRODUÇÃO
ANTECIPADA DE PROVA Podem ser:
(art. 225, CPP)

PROVAS CAUTELARES: são aquelas que necessitam ser produzidas


em caráter de urgência para evitar o seu desaparecimento.
EX: busca e apreensão e interceptação telefônica..

PROVAS REPETÍVEIS: são aquelas em que a renovação em juízo


revela-se praticamente impossível, em virtude do desaparecimento
do vestígio.
EX; perícia em um crime de estupro.

PROVAS ANTECIPADAS: são aquelas que, por conta da ação do


tempo, apresentam alta probabilidade de não poder ser realizada
em juízo.
EX: testemunho de um indivíduo com doença terminal.
INQUÉRITO

POLICIAL FLUXOGRAMA

CRIMES DE AÇÃO PENAL


PÚBLICA
INCONDICIONADA

REQUISIÇÃO REQUERIMENTO
DE OFÍCIO AUTO DE PRISAO
DO MP DE QUALQUER
EM FLAGRANTE
OU DO JUIZ INTERESSADO

INDEPENDE DA
PORTARIA.
VONTADE DA VÍTIMA

CRIMES DE AÇÃO PENAL


PÚBLICA
CONDICIONADA

REQUISIÇÃO REQUISIÇÃO DO
REPRESENTAÇÃO AUTO DE PRISAO
DA VÍTIMA
DO MP MINISTRO DA
EM FLAGRANTE
OU DO JUIZ JUSTIÇA

INSTRUIDA COM O
DESDE QUE REQUERIMENTO DA
FORMAS DE INSTAURAÇÃO ACOMPANHADA DA VÍTIMA OU DE SEU
DO IP REPRESENTAÇÃO DA REPRESENTANTE
VÍTIMA OU DA LEGAL
REQUISIÇÃO DO
MINISTRO DA JUSTIÇA,
CONFORME O CASO.

DEVERÁ SER DIRIGIDA AO


MP, O QUAL, SE JULGAR
NECESSÁRIO, REQUISITARÁ
A INSTAURAÇÃO DO IP.

CRIMES DE AÇÃO PENAL


PRIVADA

REQUERIMENTO REQUISIÇÃO
DA VÍTIMA OU AUTO DE PRISÃO
REPRENSENTANTE
DO MP EM
LEGAL OU DO JUIZ FLAGRANTE

INSTRUIDA COM O INSTRUIDA COM O


REQUERIMENTO DA REQUERIMENTO DA
VÍTIMA OU DE SEU VÍTIMA OU DE SEU
REPRESENTANTE REPRESENTANTE
LEGAL LEGAL
PROVIDÊNCIAS QUE PODEM SER
TOMADAS NA INSTAURAÇÃO DO IP

Constam em um rol exemplificativo disposto nos artigos


6º e 7º do CPP.

REALIZAÇÃO DE EXAME DE CORPO DE


DELITO

Quando a infração deixar vestígios, o delegado não


poderá se negar a realizar o exame de corpo de delito, por
ser este INDISPENSÁVELL nessa situação (art. 158, CPP).

INQUÉRITO OITIVA DO INDICIADO

POLICIAL II
A autoridade policial deverá ouvir o indiciado observando
no que for aplicável, as regras do interrogratório judicial.

IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

GARANTIA CONSTITUCIONAL

O art. 5º, LVIII, CF/88, diz que o civilmente identificado não


será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses
previstas em lei.

HIPÓTESES LEGAIS - ART. 3º DA LEI


12037/2009
Documento apresentando rasura ou indícios de falsificação;
Documento insuficiente para a identificação cabal do
indiciado;
Indiciado portando documentos de identidade distintos;
Identificação criminal essencial às investigações policiais;
Constar de registros policiais o uso de outros nomes ou
outras qualificações;
o estado de conservação ou a distância temporal ou da
localidade de expedição do documento apresentado
impossibilita a completa identificação dos caracteres
essenciais.

INDICIAMENTO

Ato privativo da autoridade policial.

Magistrados;
Pessoas não sujeitas ao indiciamento:
Membros do MP;
Parlamentares.
INQUÉRITO

POLICIAL

FLUXOGRAMA

ARQUIVAMENTO - PACOTE
ANTICRIME

ADI 6.305, ad referendum do Plenário do STF.

ARQUIVAMENTO DO
IP DELEGADO

JUIZ DE
COMUNICA GARANTIAS

VÍTIMA OU CHEFIA
DO ÓRGÃO DE
REPRESENTAÇÃO

MINISTÉRIO
PÚBLICO ORDENA

ENCAMINHA PARA A
INSTÂNCIA DE REVISÃO HOMOLOGAÇÃO
MINISTERIAL

Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer


o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no
caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou
peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro
órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao
qual só então estará o juiz obrigado a atender.
ENCERRAMENTO

A autoridade fará um minucioso RELATÓRIO do que tiver sido apurado


e enviará ao juiz competente.

Esse relatório ENCERRA a investigação e constitui uma síntese


de diligências que foram realizadas.

No relatório poderá a autoridade indicar


Art. 10, §2º, CPP: TESTEMUNHAS que não tiverem sido inquiridas
mencionando o LUGAR onde possam ser encontradas.

O RELATÓRIO é a peça DESCRITIVA não


devendo conter JUÍZO DE VALOR acerca da
responsabilização penal do indiciado.
Se o delegado emitir JUÍZO DE VALOR ESTE
não vinculará o titular da ação penal;
O delegado pode indicar o ARTIGO da lei penal
que entender ter sido violado.
INQUÉRITO

POLICIAL III

DISPENSABILIDADE DO IP

O relatório NÃO é indispensável ao oferecimento da ação penal,


tratando-se de mera formalidade para o encerramento da
investigação e detalhadamento das diligências realizadas.

ENCAMINHAMENTO DO IP

Após a conclusão, o IP será encaminhado ao Ministério Público,


diretamente ou por intermédio do Poder Judiciário.
PRAZO PARA CONCLUSÃO

INDICIADO PRESO: 10 DIAS


INDICIADO SOLTO: 30 DIAS,
PRORROGÁVEL POR IGUAIS
PERÍODOS ( art. 10, §3º, CPP)

ATENÇÃO: a Lei 13964/2019. o Pacote Anticrime, previu a


possibilidade do Juiz de Garantias prorrogar a duração do
inquérito policial com investigação de réu preso por mais
de 15 dias (art. 3-B, §2º. CPP)

CONCLUSÃO DO INQUÉRITO

POLICIAL
PRAZOS ESPECIAIS

IP A CARGO DA POLÍCIA FEDERAL:

Indiciado preso: 15 dias, prorrogável por igual período por


autorização judicial, mediante pedido fundamentado ao
juiz.

Indiciado solto: 30 dias, prorrogável na forma do art. 10,


§3ª, CPP.

LEI DE DROGAS (art. 51, Lei 11343/2006)

Indiciado preso: 30 dias, duplicável por decisão judicial.

Indiciado solto: 90 dias, duplicável por decisão judicial.


CONTAGEM DO PRAZO PARA
CONCLUSÃO
Prevalece o prazo de natureza INQUÉRITO MILITAR 
processual, devendo ser contado
na forma do art. 789, §1º do CPP. Indiciado preso: 20 dias.

Indiciado solto: 40 dias, prorrogável por mais 20 dias pela


autoridade militar superior.

CRIMES CONTRA A ECONOMIA POPULAR

Prazo de 10 dias, estando o indiciado preso ou solto.


PROVIDÊNCIAS A SEREM TOMADAS
APÓS O ENCERRAMENTO DO IP

Ao receber o inquérito policial o Ministério Público


poderá:

Oferecer a denúncia;
Requisitar novas diligências;
Promover o arquivamento;
Realizar o Acordo de Não Persecução Penal.

INQUÉRITO
OFERECIMENTO DA DENÚNCIA
POLICIAL IV
É necessária a existência da justa causa, isto é, a
prova da materialidade fato (crimes materiais) ou
da ocorrência do fato (crimes formais) e prova dos
indícios de autoria.

O inquérito policial deve fornecer elementos que


permitam o oferecimento de denúncia apta.

REQUISIÇÃO DE DILIGÊNCIAS

Para a formação da opinio delicti, o Ministério Público


vislumbra a imprescindibilidade de realização de novas
diligências, requisitando a realização dessas pela autoridade
policial.
NOTITIA CRIMINIS

É o conhecimento ESPONTÂNEO OU
PROVOCADO, por parte da autoridade policial, de
um fato aparentemente criminoso.

ESPÉCIES

DE CONGNIÇÃO IMEDIATA OU DIRETA =


ESPONTÂNEA OU INQUALIFICADA: ocorre através
das atividades policiais rotineiras.

DE COGNIÇÃO MEDIATA OU INDIRETA =


PROVOCADA OU QUALIFICADA: autoridade
INQUÉRITO policial toma conhecimento da infração por meio
de algum ato jurídico de comunicação formal.
POLICIAL V
DE COGNIÇÃO COERCITIVA: autoridade policial
toma conhecimento através da prisão em
flagrante do indivíduo.

DELATIO CRIMINIS

É a COMUNICAÇÃO de um fato feita pela VÍTIMA ou qualquer


do POVO com identificação.

ESPÉCIES

SIMPLES: vítima ou qualquer do povo comunica o fato à


autoridade policial.

POSTULATÓRIA: vítima ou qualquer um do povo comunica o


fato à autoridade policial e pede a instauração do inquérito
policial.
CONCEITO

O MP se convence de que não é o caso de ser exercida a


ação penal, por falta de substrato fático mínimo (justa
causa), porque o fato é atípico, ou, ainda, por estarem
presentes hipóteses de exclusão da ilicitude, da
culpabilidade ou, por fim, se estiver extinta a punibilidade
dos dados.

LEGITIMIDADE

É ato complexo que, em regra, enseja dupla manifestação:

Pedido do Ministério Homologação do


Público juiz

CUIDADO! a autoridade policial NÃO pode arquivar


inquérito policial (art. 17, CPP)

ARQUIVAMENTO DO

INQUÉRITO

POLICIAL RECORRIBILIDADE DA DECISÃO QUE


HOMOLOGA O ARQUIVAMENTO

Essa decisão é, em regra, IRRECORRÍVEL.

EXCEÇÕES:

Recurso de ofício da decisão que arquiva o IP em


casos de crime contra a economia popular e contra a
saúde pública;
RESE da decisão que arquiva o IP em casos de
contravenção de jogo do bicho e de aposta de corrida
de cavalos fora do hipódromo.

DESARQUIVAMENTO DO IP

É possível se houver notícias do surgimento de novos


elementos de informação.
Em regra, o arquivamento só faz coisa julgada formal.

ATENÇÃO: súmula 524, STF.

DISCORDÂNCIA DO JUIZ COM O


ARQUIVAMENTO

Deverá remeter o caso ao Procurador-Geral de Justiça que


poderá:

INSISTIR NO ARQUIVAMENTO: o juiz estará obrigado


a acolhê-lo (princípio acusatório);

OFERECIMENTO DA DENÚNCIA: também


discordando do arquivamento, poderá oferecer a
denuncia ou designar outro Promotor para fazê-lo.
FLUXOGRAMA
INQUÉRITO
ARQUIVAMENTO
POLICIAL

SOLICITAR SE FOREM IMPRESCÍNDIVEIS


DILIGÊNCIAS
COMPLEMENTARES

MINISTÉRIO
PÚBLICO OFERECER A SE HOUVER MATERIALIDADE
DENÚNCIA E AUTORIA

AO RECEBER OS AUTOS
DO IP O MINISTÉRIO
PÚBLICO PODE:
SOLICITAR O
ARQUIVAMENTO FALTA DE JUSTA CAUSA;
FATO NÃO CONSTITUI CRIME;
DO IP
EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE.

ARQUIVAMENTO DO
IP JUIZ

CONCORDA OU NÃO
COM O
ARQUIVAMENTO?

SIM NÃO

PROCURADOR
ARQUIVAMENTO
GERAL

VÍTIMA NÃO
INTERFERE
DETERMINAR OU
OFERECER A
DENÚNCIA

DETERMINAR O
O JUIZ É ARQUIVAMENTO
OBRIGADO A
ARQUIVAR
Cabe ao membro do Ministério Público ordenar o
ARQUIVAMENTO do inquérito policial.

Se após a apreciação dos elementos informativos


constantes nos autos do IP e a realização de todas as
diligências cabíveis, convencer-se da inexistência de base
razoável para o convencimento da denúncia deve decidir
FUNDAMENTADAMENTE pelo seu arquivamento.

O promotor natural decide ou não proceder a ação penal


pública - DISCRICIONARIEDADE;

ARQUIVAMENTO DO

INQUÉRITO

POLICIAL

PACOTE ANTICRIME HOMOLOGAÇÃO

A homologação do arquivamento caberá ao ÓRGÃO


REVISIONAL do respectivo inquérito policial.

OBRIGATORIEDADE

A vítima deve ser comunicada do arquivamento.

Além da vítima deverão ser comunicados:


Investigado;
Autoridade policial.

JUIZ DE GARANTIAS
Se a vítima ou seu representante
legal NÃO CONCORDAR com o
arquivamento poderá no prazo O juiz de garantias deve ser INFORMADO sobre a
de 30 dias do RECEBIMENTO DA instauração de qualquer investigação criminal.
COMUNICAÇÃO, submeter a
matéria de revisão à instância
correspondente do órgão
Ministerial. Cabe ao Juiz de garantias PRORROGAR o prazo do
inquérito policial:
Por ATÉ 15 DIAS
Razões apresentadas pela autoridade policial;
Investigado PRESO.

Cabe ao juiz de garantias DETERMINAR o TRANCAMENTO


de inquérito policial.

Em caso de ausência de fundamento razoável


para a sua instauração ou prosseguimento.
CONCEITO

Trata-se de um instituto de justiça penal consensual, destinado a


INFRAÇÕES DE MÉDIO POTENCIAL OFENSIVO, que, mitigando o
princípio da obrigatoriedade da ação penal, autoriza que o
MINISTÉRIO PÚBLICO REALIZE ACORDO COM O AUTOR DO DELITO
PARA IMEDIATO CUMPRIMENTO DE SANÇÃO NÃO PRIVATIVA DE
LIBERTADE.

ACORDO DE NÃO FINALIDADE

PERSECUÇÃO PENAL I
Busca conferir maior celeridade na aplicação das
sanções para os delitos menos graves, permitindo ao
MP e ao Judiciário demandar maior atenção aos
crimes mais graves.

REQUISITOS SUBJETIVOS

REINCIDÊNCIA: não faz jus ao benefício.

HABITUALIDADE: havendo elementos que indiquem


habitualidade à prática criminosa, de modo reiterado ou
profissional. Salvo crimes insignificantes.

CONCESSÃO DE BENEFÍCIO ANTERIOR: a concessão de


transação penal, sursis ou outro acordo, nos 5 anos
anteriores ao consentimento do novo benefício.

REQUISITOS OBJETIVOS

NÃO SER CASO DE ARQUIVAMENTO: o acordo deve tomar lugar da denúncia. Se


for caso de arquivamento esse deverá ser realizado.

CONFISSÃO: o investigado deverá confessar de modo formal e circunstanciado a


prática da infração penal.
A confissão deverá ser ampla, abrangendo todas as circunstâncias do
delito.

AUSÊNCIA DE VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA: o crime deve ter sido


praticado sem violência ou grave ameaça apessoa.

Não abrange delitos praticados com violência contra coisa.

PENA MÍNIMA INFERIOR A 4 ANOS: consideradas as qualificadoras e as causas


de aumento e de diminuição da pena, impedem o benefício.

NÃO SER CABÍVEL A TRANSAÇÃO PENAL: esta, sendo mais ampla e benéfica, é
preferencial ao acordo.

NECESSIDADE DE SUFICIÊNCIA PARA A PREVENÇÃO DO CRIME: o acordo deve


mostrar-se suficiente para a prevenção da reprodução de novas condutas.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA MULHER: os crimes praticados


em contexto da violência doméstica e contra a mulher.
CONDIÇÕES PARA O AJUSTE

São condições que deverão ser ajustadas entre o Ministério Público


e o investigado, sendo cumpridas por esse ultimo:

REPARAÇÃO DO DANO OU RESTITUIÇÃO DA COISA à


VÍTIMA: é condição obrigatória, salvo se exista
impossibilidade de fazê-lo.

RENÚNCIA VOLUNTÁRIA AOS BENS INDICADOS PELO


MP: os bens devem ser insrumentos, produtos ou proveito
do crime.
O investigado renuncia à propriedade dos bens,
possibilitando sua destinação ou destruição.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO À COMUNIDADE OU A


ENTIDADE PÚBLICA: no prazo correspondente à pena
minima do delito, diminuida de 1 a 2/3.

PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA: pagamento em dinheiro,


destinada a entidade pública ou interesse social, a ser
indicada pelo juízo da Execução;

ACORDO DE NÃO OUTRAS CONDIÇÕES ESTABELECIDAS PELO MINISTÉRIO


PÚBLICO: devem ter prazo determinado e guardar
proporcionalidade e compatibilidade com a infração
PERSECUÇÃO PENAL II
penal praticada.

PROCEDIMENTO

FORMALIZAÇÃO PRÉVIA: será previamente firmado por


escrito pelo membro do Ministério Público, pelo investigado
e por seu defensor. Art. 28-A, §3º, CPP.

RECUSA DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO OFERECIMENTO DO


ACORDO: o investigado poderá requerer a remessa dos
autos a órgão superior do Ministério Público, na forma do
art. 28, CPP.

INTIMAÇÃO DA VÍTIMA: o ofendido deverá ser intimado do


acordo e do seu descumprimento.

DISCORDÂNCIA JUDICIAL

Entendendo haver INADEQUAÇÃO, INSUFICIÊNCIA OU


ABUSO DE PODER o juíz devolverá os autos ao Ministério
Público para reformulação da proposta de acordo.

RECUSA DA HOMOLOGAÇÃO: o juiz poderá recusar a


homologação restituindo os autos ao Ministério Público
para a análise ou oferecimento da denúncia.

DESCUMPRIMENTO DO ACORDO

Cumprindo integralmente o
acordo, torna-se EXTINTA A
O Ministério Público comunica o juízo para fins de
PUNIBILIDADE do fato.
RESCISÃO do acordo e posterior OFERECIMENTO DA
DENÚNCIA, o que poderá ser utilizado com fundamento
para o não oferecimento da suspensão condicional do
processo.
ACORDO DE NÃO

PERSECUÇÃO

PENAL
FLUXOGRAMA

ACORDO DE
NÃO PERSECUÇÃO CRIME QUE NÃO FOR
PENAL COMETIDO COM VIOLÊNCIA
OU GRAVE AMEAÇA

NÃO SERÁ CONFISSÃO FORMAL E


CABIVEL REQUISITOS CIRCUNSTANCIADA DO
ACUSADO

QUANDO SUFICIENTE
PARA A REPROVAÇÃO
QUANDO COUBER E PREVENÇÃO DO
TRANSAÇÃO PENAL CRIME

PREENCHE OS NO CASO DE RECUSA DO MP EM PROPOR ANPP MESMO


COM O PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS, O
REINCIDÊNCIA REQUISITOS? INVESTIGADO PODERÁ REQUERER A REMESSA DOS
AUTOS AO ÓRGÃO SUPERIOR.

ART. 28-A, §10º

VIOLÊNCIA CONTRA
A MULHER DESCUMPRIMENTO DO
TERMO DE ANPP

ACORDO, TRANSAÇÃO OU
SUSPENSÃO
CONDICIONAL DO
PROCESSO NOS ÚLTIMOS
SIM NÃO
5 ANOS

OFERECIMENTO
HABITUALIDADE, DA DENÚNCIA
REITERAÇÃO OU USO
DO CRIME COMO
GANHO DE VIDA
(SALVO
INSIGNIFICÂNCIA)

HOMOLOGAÇÃO DO A VÍTIMA SERÁ INTIMADA DA HOMOLOGAÇÃO


ACORDO

JUIZ DEVOLVE OS AUTOS AO MP


PARA ANÁLISE DE
SIM NÃO COMPLEMENTAÇÃO OU
OFERECIMENTO DA DENÚNCIA

ART. 28-A, §13º SE O JUIZ CONSIDERAR INADEQUADAS, INSUFICIENTES OU ABUSIVAS AS


CONDIÇÕES DO ANPP, DEVOLVERÁ OS AUTOS AO MP PARA QUE SEJA
REFORMULADA A PROPOSTA COM CONCORDÂNCIA DO INVESTIGADO E
CUMPRIMENTO DO
DE SEU DEFENSOR.
TERMO DE ANPP

O JUIZ PODERÁ RECUSAR A HOMOLOGAÇÃO DA PROPOSTA QUE NÃO


ATENDER AOS REQUISITOS OU QUANDO NAO FOR REALIZADA AS
ADEQUAÇÕES SOLICITADAS ANTERIORMENTE.

ARQUIVAMENTO
(EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE)
CONCEITO

Trata-se de função exercida no processo criminal por um JUIZ DE DIREITO


encarregado de atuar como garantidor da eficácia do sistema de direitos e
garantias fundamentais do acusado.
É a divisão sem comunicação entre a fase
processual e a fase de inquérito

ATUAÇÃO

Atua na FASE DE INVESTIGAÇÃO E RECEBIMENTO DA


DENÚNCIA

NÃO atuará na FASE DE JULGAMENTO.

Os magistrados que acumulavam as funções de


JUIZ DE GARANTIA E JULGAMENTO não poderão mais julgar as
ações penais que tenham atuado na fase preliminar.

GARANTIAS
IMPEDITIVO: causa objetiva de nulidade de
decisão.

Se o magistrado julgar, a decisão sera anulada.

COMPETÊNCIA

Abrange TODAS AS INFRAÇÕES PENAIS, exceto as de


menor potencial ofensivo (pena até 2 aos)

Cessa com o RECEBIMENTO DA DENUNCIA OU QUEIXA.

ATRIBUIÇÕES

1. Controle da legalidade da investigação criminal;


2. Salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia teha sido
reservada à autorização prévia do Poder Judiciário;

Compete-lhe:

Homologar delação premiada e acordo de não


persecução penal;
Controle das investigações e violação da duração
razoável;
Controle de legalidade da prisão em flagrante e da prisão
cautelar;
Produzir antecipadamente as provas;
Analisar as medidas cautelares probatórias;
Garantir os direitos dos investigados e conduzidos;
Receber a denúncia.

OBSERVAÇÃO

As decisões proferidas pelo juiz de garantias NÃO vinculam o juiz


da insrução e julgamento.
PROCEDIMENTO COMUM

Contravenções penais;

SUMARÍSSIMO

Crimes com pena máxima ATÉ 2 ANOS.

SUMÁRIO: pena máxima INFERIOR A 4 ANOS.

ORDINÁRIO: pena máxima de 4 ANOS OU MAIS.

RITOS DO

PROCESSO PENAL

ATRIBUIÇÕES

Crimes contra a pessoa;


Juri (crimes dolosos contra a vida);
NO CPP:
Responsabilidade do servidor público;
Crimes falimentares;
Crimes contra a propriedade intelectual.

Drogas
Lei Especial: Competência originária do Tribunal do Justiça;
Abuso de autoridade;
Imprensa;
Estatuto do Idoso;
Violência doméstica e familiar
DE EXISTÊNCIA

Sujeitos do processo Autor


Réu
Juiz
SUBJETIVOS

Jurisdição.

OBJETIVOS: pedido

PRESSUPOSTOS

PROCESSUAIS

DE VALIDADE

Capacidade processual;
Capacidade postulatória;
SUBJETIVOS:
Capacidade do juiz;
Imparcialidade do juiz.

Intrinsecos: validade dos atos procedimentais.

OBJETIVOS:

Perempção
Extrinsecos: Litispendência
Coisa julgada

Devem estar ausentes


ATO DE COMUNICAÇÃO PROCESSUAL
PELO QUAL SE INFORMA
RÉU/QUERELADO A EXISTÊNCIA DE
UMA IMPUTAÇÃO CONTRA SI.

O PROCESSO COMPLETA A SUA


FORMAÇÃO COM A CITAÇÃO ART. 363,
CPP;
REQUISITO DE VALIDADE
A CITAÇÃO É REQUISITO DE
VALIDADE DO PROCESSO, DE MODO
QUE SUA AUSÊNCIA ACARRETA A
NULIDADE ABSOLUTA DO
PROCESSO, JÁ A SUA DEFICIÊNCIA,
CONCEITO ACARRETARÁ A NULIDADE
RELATIVA.

IMPORTANTE: a falta ou nulidade da


citação será sanada se o réu comparecer
ESPONTANEAMENTE antes da
consumação do ato (art. 570, CPP)

ESPÉCIES
CITAÇÃO REAL: em regra, ocorre por
CITAÇÃO mandado, cumprido por oficial de justiça,
realizada na pessoa do réu, havendo
certeza de que este tomou conhecimento
da acusação.

IMPORTANTE: a citação por carta


precatória é considerada citação real.

CITAÇÃO FICTA: não sendo possível a


citação real, deverá se proceder a citação
ficta ou presumida. Pode ser:
AUSÊNCIA 
a) Citação por edital: pressupõe o
A PRESENÇA DO RÉU NO PROCESSO É UM esgotamento dos meios de localização do
DIREITO QUE LHE ASSISTE E NÃO UM DEVER réu para a citação pessoal. Quando esse
PROCESSUAL esgotamento ocorre, o réu é considerado
em local INCERTO e NÃO SABIDO, sendo
autorizada a citação por edital em veículo
de comunicação periódico de circulação
local e de sua notícia afixada na sede do
juízo, com observância aos requitos do art.
EFEITOS DA AUSÊNCIA 365, CPP.

A defesa preliminar é obrigatória e, se não


apresentada no prazo legal, deverá o juiz
nomear um defensor para oferecê-la. Após,
o processo continuará ainda que ausente o
IMPORTANTE:  se o réu for citado por
réu.
edital e não comparecer nos autos, nem
constituir advogado, significa que a
Mesma solução será adotada quando, no
citação não se materializou, devendo ao
curso da instrução, o réu é intimado e não
juiz determinar a suspensão do
comparece ou ainda, uma vez citado, muda
andamento do processo e do prazo
de residência sem comunicar ao juízo, não
prescricional, sem prejuízo da
sendo mais encontrado.
possibilidade de realizar a produção
antecipada de provas urgentes (súmula
Em todas essas situações, o processo
455 do STJ) .
seguirá com a ausência do réu.

b) Citação por hora certa: ocorre quando se


IMPORTANTE: a inatividade processual verifica que o réu se oculta para não ser citado.
ficta não autoriza, por si só, a Está descrita nos artigos 252 a 254 do CPP.
decretação da prisão preventiva. O oficial de justiça deve dirigir-se no
Há que se demonstrar e fundamentar, mínimo duas vezes e em horários distintos. 
com argumentos cognoscitivos Deve produzir uma certidão pormenorizada
robustos e suporte probatório real, a
indicando
necessidade da prisão preventiva, em
os dias, horários e, principalmente, os
igualdade de condições com os demais
casos do art. 312 do CPP. fundamentos da suspeita de que o réu
estivesse se ocultando. Também deverá
apontar o nome completo do familiar (e o
grau de parentesco) ou do vizinho (com o
endereço dessa pessoa) com quem fez
contato
CONCEITO

É procedimeno especial no qual julga-se os crimes


dolosos contra a vida.
1º FASE: juízo de admissibilidade/instrutório
Divide-se em duas fases

2º FASE: juízo de mérito

CARACTERÍSTICAS

ÓRGÃO COLEGIADO HETEROGÊNEO: composto por


um juiz togado e 25 leigos, dos quais 7 serão sorteados
para integrar o chamado CONSELHO DE SENTENÇA.
HORIZONTAL: inexiste hierarquia entre o juiz-
presidente e jurados.
DECISÃO POR MAIORIA DOS VOTOS;
RITO ESCALONADO.

TRIBUNAL DO JÚRI I

PRINCÍPIOS DO JURI

PLENITUDE DE DEFESA: compreende a defesa técnica,


a autodefesa e a defesa metafísica.

SIGILO DAS VOTAÇÕES: tanto o local em que se dá a


votação e sigiloso (sala secreta), como também a forma
de votação é sigilosa, não podendo o jurado informar o
seu voto às demais pessoas e nem se comunicar com
os demais jurados sobre o caso que está sub judice.

Deve o juiz-presidente evitar a unanimidade


da votação: o juiz no momento da leitura dos
votos, uma vez que são 7 jurados, deve
interromper a leitura dos demais votos como
forma de velar pelo sigilo da votação ao atingir
a maioria (4 votos).

SOBERANIA DOS VEREDICTOS: aquilo que os jurados


decidem não pode ser reformado pelo juiz-presidente e/ou
por instância superior.

No máximo será possível a anulação do


veredicto: em caso de decisão
manifestadamente contrária à prova dos autos
(art. 593, III, CPP)

COMPETÊNCIA PARA JULGAR CRIMES DOLOSOS


CONTRA A VIDA E SEUS CONEXOS: ou seja, homicídio
doloso, infanticídio, aborto e instigação ao suicídio.
PECULIARIDADES

MANIFESTAÇÃO DA ACUSAÇÃO SOBRE A RESPOSTA À


ACUSAÇÃO: diferente do que se dá no rito ordinário, a lei prevê a
intimação do Ministério Público para se manifestar sobre as
matérias arquidas na resposta a acusação.

INEXISTÊNCIA DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA: após a resposta a


acusação (art. 397, CPP), não há previsão de absolvição sumária
no rito do juri que somente pode ocorrer ao final da primeira
fase (art. 415, CPP)

ENCERRAMENTO

PRONÚNCIA (art. 413, CPP): significa que o juiz entende ser


viável a acusação e remete o acusado para o julgamento
do Júri. Ela fixa os LIMITES da imputação em plenário.
Preclusa a pronúncia, a acusação NÃO poderá inovar em
plenário.

REQUISITOS: prova da materialidade + indícios


suficientes de autoria
TRIBUNAL DO JÚRI

PRIMEIRA FASE
RECURSO CABÍVEL: recurso em sentido estrito
- RESE (art. 581, IV, CPP)

IMPRONÚNCIA (art. 414, CPP): significa que pelo menos um


dos requisitos da pronúncia NÃO estão presentes. Não é
absolvição, mas o reconhecimento da inadmissibilidade da
acusação.

NATUREZA: decisão interlocutória mista


terminativa (art. 416, CPP)

ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA (art. 415, CPP): encerrada o juízo de


certeza (excepcional) a respeito da inocência do acusado
por estar:
I. provada a existência do fato;
II. provado não ser o acusado o autor do fato;
III. demonstrado que o fato não constitui infração penal; e
IV. demonstrada causa de isenção de pena ou exclusão do
crime.

Não pode o juiz absolver sumariamente o réu


com base na inimputabilidade (art. 26, CP),
salvo se esta for a única tese defensiva.
1ª APRESENTAÇÃO DA DENÚNCIA pelo MP ou
queixa pelo querelante (art. 41, CPP)

2ª RECEBIMENTO OU REJEIÇÃO DA DENÚNCIA


(art. 395 e 396, CPP)

4ª RESPOSTA à ACUSAÇÃO
3ª CITAÇÃO DO RÉU Até 8 testemunhas;
Citação real; Prazo de 5 dias para o MP;
Citação por edital; Inquirição das testemunhas e a
Citação por hora certa. realização das diligências (10 dias)

5º AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO
ORAL
TRIBUNAL DO JÚRI Oitiva do ofendido, quando
possível;
PRIMEIRA FASE Inquirição das testemunhas
de acusação;
Inquirição das testemunhas
de defesa;
Esclarecimentos;
Interrogatório do acusado
PRAZO: 90 DIAS

7º SENTENÇAS - HIPÓTESES 6º ALEGAÇÕES FINAIS:


PRONÚNCIA: convicção da possibilidade do Acusação
crime processo segue para o júri.
Defesa
IMPRONÚNCIA: não há convicção do crime
- processo não segue para o júri.
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA: há convicção de Prazo de 20 minutos prorrogável
que o réu não cometeu o crime em razão por mais de 10 minutos para
de excludentes de ilicitude ou cada um e mais 10 minutos para
culpabilidade. o assistente de acusação quando
DESCLASSIFICAÇÃO: quando o juiz se houver, acrescentando mais 10
convence de que o crime é diferente minutos para a defesa.
daquele que o réu fora denunciado.
TRIBUNAL DO JÚRI
FLUXOGRAMA
PRIMEIRA FASE

RECEBIMENTO CITAÇÃO RESPOSTA À ACUSAÇÃO

DENÚNCIA

MANIFESTAÇÃO DA
REJEIÇÃO RESE ACUSAÇÃO SOBRE
RESPOSTA À ACUSAÇÃO

AUDIÊNCIA
Ofendido (se possível);
Testemunhas;
Peritos;
Acareações;
Reconhecimentos
Interrogatórios;
Decisão (em audiência ou em 10
IMPRONÚNCIA dias)

APELAÇÃO

ABSOLVIÇÃO
SUMÁRIA

PODERÁ SER DECISÃO

DESCLASSIFICAÇÃO

RESE

PRONÚNCIA

2º FASE DO JÚRI
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

Morte do agente;
Anistia, graça, indulto;
Abolitio criminis;
Prescrição;
Decadência;
Perempção;
Perdão judicial.

EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE

Erro de proibição;
Descriminantes putativas;
Coação moral irresistível;
Obediência hierárquica.
ABSOLVIÇÃO

SUMÁRIA

EXCLUDENTE DE ILICITUDE

Legitima defesa;
Estado de necessidade;
Estrito cumprimento do dever legal;
Exercício regular do Direito

EXCLUDENTE DE TIPICIDADE

Insignificância;
Adequação social;
Erro de tipo;
Desistência voluntária;
Crime impossível.
EXECUÇÃO AUTOMÁTICA DA PENA NO
TRIBUNAL DO JURI

Por força da soberania dos veredictos, parte da doutrina


que a condenação pelo Tribunal do Júri, ainda que
ausentes os requisitos da prisão cautelar, deveria gerar a
prisão imediata do réu, justificando o prestígio da
decisão do Conselho de Sentença

A Lei nº 13964/2019, passou a dispor no art. 492, I, CPP,


que o juiz ao proferir a sentença penal condenatória
"mandará o acusado recolher-se a recomendá-lo-á
prisão em que se encontra, se presentes os requisitos
da prisão preventiva ou no caso de condenação a uma
pena igual ou superior a 15 anos de reclusão.
determinará a execução provisória da pena, com
expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem
prejuízo de conhecimento de recursos que vierem a ser
interpostos".

A Lei nº 13964/2019 alterou o CPP para prever que o


TRIBUNAL DO JÚRI recurso de APELAÇÃO não terá efeito suspensivo (art.
492, §2º, CPP) podendo tal efeito ser atribuído
SEGUNDA FASE excepcionalmente pelo Tribunal quando o recurso não
tiver propósito meramente protelatório e levantar a
absolvição, anulação ou redução da pena ao patamar
inferior a 15 anos de reclusão.

DESCLASSIFICAÇÃO EM PLENÁRIO

Diferente do que ocorre na primeira fase do procedimento,


ocorrendo desclassificação em plenário, o próprio juiz deve
julgar o crime e seus conexos (art. 492, §2º, CPP)
TRIBUNAL DO JÚRI

SEGUNDA FASE

FLUXOGRAMA

Art. 422, CPP:


JUIZ
a) Até 5 testemunhas podem
PRONÚNCIA ser arroladas.
ordenação e relatório +
designação do júri
b) Requerimentos/diligências

Sorteio dos jurados: 25


(Art. 425 a 432, CPP)

SESSÃO DE JULGAMENTO

6º DEBATES:
5º INTRUÇÃO PLENÁRIO: MP: 1h30min (ou
Vítima (se possível); 2h30min + réus)
1º INÍCIO: com ao menos 15 Testemunhas Defesa: idem
jurados presentes. acusação; ____________
Testemunhas defesa; RÉPLICA
Interrogatório. MP: 1h (ou 2h + réus)
DEFESA: idem

2º ADVERTÊNCIA: ao
jurados sobre
impedimentos (arts. 448,
449 e 466, CPP) 7º EXPLICAÇÃO/QUESITOS

3º SORTEIO: 7 jurados para


o Conselho de Sentença. 4º EXORTAÇÃO
COMPROMISSO 8º SALA
(3 RECURSOS PARA CADA
(Art. 472, CPP) SECRETA/VOTAÇÃO
PARTE)

LEITURA DA SENTENÇA
OITIVA DO OFENDIDO
NÃO É TESTEMUNHA, não presta compromisso e
não está sujeito ao crime de falso testemunho.

PROIBIDO DEPOR

Aqueles obrigados pelo sigilo SALVO se autorizados


profissional pela pessoa que o sigilo
beneficia.

COMPROMISSO

LEGAL

NÃO PRESTAM COMPROMISSO


MAS PODEM EXIMIR-SE
Aqueles que não prestam compromisso e podem
eximir-se de depor

Ascendente
Descendente
Afim de linha reta
Cônjuge
Ex-cônjuge DO ACUSADO
Irmão
Pai adotivo
Mãe adotiva
Filho adotivo

NÃO SÃO CONTADAS NÃO PRESTAM COMPROMISSO


PARA DETERMINAR O
MÁXIMO LEGAL:
MAS SAO OBRIGADOS

Testemunhas que não Aqueles que não prestam compromisso,


prestam mas são obrigados a depor.
compromisso;
Testemunhas que
nada souberem sobre Doentes mentais;
os fatos; Deficientes mentais;
Testemunhas Menores de 14 anos.
referidas.
CONCEITO

Trata-se de questões relacionadas ao direito material, penal ou


extrapenal, que possuem ligação com o MÉRITO da causa penal, motivo
pelo qual se impões a sua solução antes do julgamento do processo
criminal.

É toda controvérsia (penal ou extrapenal) que aparece no curso da ação


penal e deve ser julgada ANTES do mérito da ação principal.

interferem no processo quebrando a normalidade


do procedimento

QUESTÕES

CARACTERÍSTICAS
PREJUDICIAIS

ANTERIORIDADE: a questão prejudicial deve ser


decidida ANTES da questão prejudicada.

ESSENCIALIDADE OU INTERDEPENDÊNCIA: o
mérito da ação principal depende da resolução da
questão prejudicada.

AUTONOMIA: a questão prejudicial pode ser


objeto de uma ação autônoma.

CLASSIFICAÇÃO

HOMOGÊNEAS: quando a questão prejudicial versa sobre matéria


do mesmo ramo do direito que a questão principal.

São resolvidas por meio da conexão e da


continência (reunindo os processos).

HETEROGÊNEAS: quando pertencerem a outro ramo do direito


que não o da questão principal.

a) Heterogêneas obrigatórias (necessárias/absolutas): ocorre


quando há questão prejudicial sobre o estado civil

O processo penal será OBRIGATORIAMENTE


suspenso pelo juiz criminal até que a questão
prejudicial seja resolvida pelo juízo cível.

Não há prazo determinado para a suspensão. 

O prazo prescricional ficará suspenso (art. 116, I,


CPP)

b) Heterogêneas facultativas (relativas): embora haja uma


questão prejudicial a ser resolvida na esfera cível, o juiz penal
não está obrigado a suspender o curso do processo penal. Caso
não suspenda, o próprio juiz, na sentença, decidirá a prejudicial,
que não terá efeito erga omnes.
CONCEITO

São questões processuais que como as prejudiciais também devem ser


resolvidas ANTES de decidir a causa principal, dizendo respeito ao
processo, a sua regularidade formal.

EXCEÇÕES

Meios de defesa indireta, de natureza processual, que


versam sobre a ausência de condições da ação ou dos
pressupostos processuais.

QUESTÕES PEREMPTÓRIAS: objetivam a extinção do


processo
INCIDENTAIS I Podem ser:

DILATÓRIAS: objetivam prolongar o curso


do processo.

RESTITUIÇÃO DE COISAS
APREENDIDAS

Os objetos apreendidos em decorrência do crime praticado, não


sendo ilícitos e não havendo dúvidas quanto àquele que os
reclama, serão devolvidos à pessoa pelo delegado ou pelo juiz, por
meio de simples pedido de restituição.

CASOS DE NÃO RESTITUIÇÃO

OBJETOS QUE INTERESSAM AO PROCESSO:  se tais objetos importarem


ao processo, não poderão ser restituidos até o trânsito em julgado da
sentença (art. 119, CPP).

INSTRUMENTOS DO CRIME CUJO USO É PROIBIDO: art. 91, CPP


1. dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo
fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
2. do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua
proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.

PERDIMENTO DE BENS DECRETADO NA LEI DE DROGAS: art. 93 e


seguintes da Lei 11343/2006
INCIDENTE DE FALSIDADE
DOCUMENTAL

Visa a impugnar documento tido por inidôneo.


somente pode ocorrer no decorrer do processo.

INCIDENTE DE INSANIDADE
MENTAL
Trata-se de incidente que visa averiguar higidez mental
do réu/indiciado.

Pode ser instaurado em qualquer fase do processo ou


do inquérito policial, pelo juiz, de ofício, ou a pedido do
QUESTÕES MP, do delegado, do defensor ou dos familiares do
acusado (CADI).
INCIDENTAIS II

MEDIDAS ASSECURATÓRIAS

São medidas que visam assegurar, de forma preventiva a


reparação dos danos à vítima e à coletividade em caso de futura
sentença penal condenatória.

Sequestro
Hipoteca legal
TIPOS Arresto prévio
Arresto
CONCEITO

São objetos apreendidos em decorrência do crime praticado,


não sedo ilícitos e não havendo dúvida quanto àquele que os
reclama, serão devolvidos à pessoa pelo delegado ou pelo juiz,
por meio de simples pedido de restituição.

QUEM PODE DEVOLVER?

Desde que não existam


dúvidas quanto ao direito do
reclamante

JUIZ DELEGADO

QUAL O PRAZO?

ANTES DA LEI 13964/19: 90 dias a contar do trânsito em


julgado;
APÓS A LEI 13964/2019: NÃO há prazo.

RESTITUIÇÃO DE

COISAS APREENDIDAS

DESTINO DOS BENS

Os bens serão alienados com


DEPOIS DO TRÂSITO destinação específica - UNIÃO
EM JULGADO

PERDIMENTOS DE OBRAS DE ARTE

PODERÁ ocorrer destinação para museus públicos.

Desde que o crime nao tenha vítima


determinada.

EFEITOS DA CONDENAÇÃO

A perda deverá ser requerida pelo Ministério Público


apontando a diferença entre o patrimônio lícito e ilícito.

O juiz determinará a avaliação e a venda dos bens em 


LEILÃO PÚBLICO.

O dinheiro apurado, será recolhido aos cofres públicos;

O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo Penitenciário


Nacional exceto se houver previsão diversa na lei especial.

UTILIZAÇÃO TEMPORÁRIA

O juiz poderá autorizar - INTERESSE PÚBLICO

Órgãos da Segurança Pública;


Sistema Prisional
Sistema socioeducativo;
Força Nacional e Instituto Geral de Perícia.
CONCEITO

São institutos que visam ASSEGURAR de forma PREVENTIVA a


REPARAÇÃO DOS DANOS à vítima ou a coletividade em caso de
futura sentença penal condenatória.

UTILIZAÇÃO DO BEM

O juiz poderá autorizar.

Órgãos da Segurança Pública


Sistema Prisional
DESTINATÁRIO: Sistema Socioeducativo;
Força Nacional;
Instituto Geral de Perícia.

EXCEÇÃO: em caso de interesse público, o juiz pode autorizar a


utilização por qualquer órgão público.

PRIORIDADE: órgãos participantes das ações que resultaram na


condição do bem.

SEQUESTRO
Visa a retenção de bens imóveis e móveis adquiridos com o
proveito da infração criminal.
MEDIDAS
FINALIDADE: impedir que o acusado se desfaça dos bens
no decorrer do processo e viabilizar o pagamento de
ASSECURATÓRIAS
indenização ou impossibilitar o lucro com a infração.

REQUISITOS: indícios veementes de proveniência ilícita


dos bens.

DESTINAÇÃO DOS BENS:


Avaliação do bem e a venda desse em LEILÃO PÚBLICO;
Os valores decorrentes do leilão serão recolhidos ao
Tesouro Nacional, exceto a parte correspondente ao
ofendido ou ao terceiro de boa-fé.

HIPOTECA LEGAL

Recai sobre os bens IMÓVEIS de origem LÍCITA do réu

FINALIDADE: assegurar que o réu tenha patrimônio


suficiente para ressarcir os danos.

ARRESTO PRÉVIO

É medida assecuratória da hipoteca legal (procedimento


demorado) que garante a INALIENABILIDADE DO BEM.

REVOGAÇÃO: ocorre se em 15 dias não foi promovida a


hipoteca legal dos bens constritos.

ARRESTO

Medida semelhante á hipoteca legal, recaindo porém,


sobre os BENS MÓVEIS lícitos do agente.

FINALIDADE: assegurar o pagamento de indenização do


ofendido.

IMPORTANTE: Só podem ser decretados sobre os bens


passíveis de penhora.
EFEITOS DA SENTENÇA PENAL

PENAL EXTRAPENAL

PRINCIPAL: penal Reparação do dano;


SECUNDÁRIA: reincidência PERDA

CONCEITO
Consiste  na CONSTRIÇÃO de valores que equivalem a
DIFERENÇA entre os bens patrimoniais totais do agente
defronte ao patrimônio que comprovadamente seja
lícito ou oriundo de fonte legítima.
Envolve apenas CRIMES.

TIPOS

1. CLÁSSICO: recai sobre os instrumentos e/ou proventos


do crime.
2. EQUIVALENTE: constrição de valores que sejam iguais
aos auferidos pelo agente como crime.
3. ALARGADO: incluído no art. 91-A, CP pela Lei
13964/2019.
CONFISCO

CONFISCO ALARGADO

No caso de condenação por infrações as quais a lei


comine com pena superior a 6 anos de reclusão, poderá
ser decretada a perda, como PRODUTO OU PROVEITO DO
CRIME, dos bens correspondentes da diferença entre o
valor do patrimônio do condenado e aquele que seja
compatível com seu rendimento lícito.

DECRETAÇÃO DA PERDA

É condicionada a existência de elementos probatórios


que indiquem conduta criminosa habitual, reiterada ou
profissional do condenado ou sua vinculação a
organização criminosa.

QUEM PODE REQUERER?

Deverá ser requerida expressamente pelo Ministério


Público, por ocasião do oferecimento da denúncia com a
indicação da diferença apurada.

PATRIMÔNIO

1. BENS DE SUA TITULARIDADE ou em relação aos que


tenha domínio e o benefício direto ou indireto na data
da infração penal ou recebidos posteriormente.
2. BENS TRANSFERIDOS A TERCEIROS: a título gratuito
ou mediata contraprestação irrisória a partir da data
de início da atividade criminal.
CONCEITO

É uma sanção aplicada ao processo ou ao ato


processual, realizado SEM a observância da
finalidade ou da forma prescrita em Lei.

NATUREZA JURÍDICA

Vício ou defeito que torna ineficaz o processo de


maneira TOTAL ou PARCIAL.

TRÂNSITO EM JULGADO

Tem como efeito a ANULABILIDADE dos atos


viciados.
Somente na NULIDADE RELATIVA.
NULIDADES

PROCESSUAIS I

SUBSTITUIÇÃO

Pode ocorrer a substituição do ato defeituoso pelo


ato correto.

SUPRIMENTO

É mais do que ratificar e acrescer;


É um aditamento;
Completa-se o ato.

RATIFICAÇÃO

É consertar o que está errado;


O juiz manda refazer os atos defeituosos ou
ratifica (torna válidos) os já realizados.
PRINCÍPIO DO PREJUÍZO

Art. 563, CPP;


Nenhum ato será declarado nulo se da nulidade
não resultar prejuízo para as partes.

PRINCÍPIO DA TIPICIDADE DAS


FORMAS

Por omissão da FORMALIDADE que constitua


elemento essencial do ato.

PRINCÍPIO DA
INSTRUMENTALIDADE

Se o processo ou ato processual, mesmo com defeito,


ATINGIR A SUA FINALIDADE, sem prejuizo para as
partes, sua nulidade NÃO será aplicada.
NULIDADES
Pode ocorrer a substituição do ato defeituoso pelo
ato correto.
PROCESSUAIS II
A finalidade tem mais valor que a forma.

Art. 566, CPP: não estará declarada a


nulidade de ato processual que não houver
influído na apuração da verdade
substancial ou na decisão da causa.

Art. 572, II, CPP: se praticado por outra


forma, o ato tiver atingido o seu fim.

PRINCÍPIO DA PERMANÊNCIA DA
EFICÁCIA

O ato processual desde que existente, produz efeitos


que a lei prevê para aquele tipo de ato, até que outro
ato o declare inválido.

PRINCÍPIO A DECRETAÇÃO DA
NULIDADE

Somente pode ser decretada a nulidade se existir


um instrumento legal para esse fim e no momento
permitido por lei.
Não sendo o momento oportuno - PRECLUSÃO.
NULIDADE ABSOLUTA

É a atipicidade do ato que viola norma constitucional


garantidora do interesse público
O vício atinge a correta aplicação do direito.
Pode ser decretada a qualquer tempo e grau de
jurisdição;
Possui efeitos até que haja pronunciamento judicial;
Pode ser decretada de ofício pelo juiz ou tribunal.

EXEMPLO: sentença sem fudamentação.

ATO INEXISTENTE

Ato não possui efeito;


Desconformidade com o modelo legal;
Desfazimento não depende de pronunciamento
legal.

EXEMPLO: sentença sem dispositivo

NULIDADES

PROCESSUAIS III

ATO IRREGULAR

Vício que não possui repercussão no processo;


É apenas uma exigência formal.

EXEMPLO: sentença proferida no prazo superior ao previsto


em lei

NULIDADE RELATIVA

Ocorre nas hipóteses em que se viola lei


infraconstitucional que sirva a resguardar o interesse
das partes;
Depende de ação judicial que declare a sua ocorrência;
É de interesse das partes;
Só pode ser arguida pela parte interessada/prejudicada;
Não pode ser decretada de ofício;
Se não arguida em momento oportuno, ocorre
PRECLUSÃO.
MOMENTO DE ARGUIÇÃO

NULIDADE ABSOLUTA: a qualquer tempo.

NULIDADE RELATIVA: deverá ser realizada em


momento oportuno, sobre pena de preclusão.

NULIDADE RELATIVA

Nulidade da instrução criminal no tribunal do


júri, no procedimento ordinário e nos
procedimentos especiais: deve ser arguida até as
alegações finais.
Nulidade o procedimento sumário: deve ser
NULIDADES arguida no prazo da resposta à acusação ou se
ocorrida após essa, logo depois de aberta a
PROCESSUAIS IV audiência de instrução;
Nulidade posterior a pronúncia: deverão ser
arguidas logo após o anúncio do julgamento e de
apregoado as partes.
Nulidade ocorrida após a sentença: em preliminar
do recurso de apelação  ou logo após anunciado o
julgamento do recurso e apregado as partes.
Nulidade ocorrida no plenário de julgamento, em
audiência ou na sessão de tribunal: deve ser
arguida logo após ocorrerem, devendo constar em
ata.

ESPÉCIES DE NULIDADE

A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:


I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
II - por ilegitimidade de parte;
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria
ou o auto de prisão em flagrante;
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167;
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor
de 21 anos;
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da
intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública;
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos
concedidos à acusação e à defesa;
f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos
processos perante o Tribunal do Júri;
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir
o julgamento à revelia;
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos
pela lei;
i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri;
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade;
k) os quesitos e as respectivas respostas;
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento;
m) a sentença;
n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido;
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que
caiba recurso;
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal para o julgamento;
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
V - em decorrência de decisão carente de fundamentação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019

Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das suas respostas, e contradição entre
estas. (Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
CONCEITO

Considera-se PROVA todo elemento pelo qual se


procura demonstrar a VERACIDADE DE UMA
ALEGAÇÃO ou de um fato, buscando contribuir para a
formação do convencimento do julgador.

OBJETIVO

A prova visa CONVENCER OU INFLUENCIAR o juiz a


respeito de determinado fato ou argumento.

OBJETO DE PROVA

Diz respeito ao que é e ao que não é necessário


demonstrar.
Só questões de fato é que são objetos de prova.
Certos fatos não precisam ser provados.
Objetos de prova não podem se afastar da acusação
formulada.

TEORIA DA PROVA I
FATOS NOTÓRIOS: conhecidos por parcela
significativa da população.

PRESUNÇÃO:
Hominis: presunção do homem, oriunda da
convivência.

Legal: 1. Absoluta: é contestável;


2. Relativa: admite prova em
NÃO SÃO OBJETO contrário por meio da inversão do
DE PROVA ônus da prova.

AXIOMÁTICOS: são fatos considerados evidentes

INÚTEIS: são fatos sem qualquer relevância para


o processo.

ÔNUS DA PROVA

Aquele que alega algo tem o ônus de provar o que alegou - art. 156,
CPP.
Aprova da alegação incumbirá a quem a fez

DISTRIBUIÇÃO:

ACUSAÇÃO: deve demonstrar a autoria, materialidade, as


causas de exasperação da pena, dolo ou culpa.

DEFESA: deve demonstrar excludentes de ilicitudes,


culpabilidade, elementos de mitigação da pena, além
das causas de extinção de punibilidade.

INICIATIVA PROBATÓRIA: do juiz - de ofício


Ordenar a produção antecipada de provas urgentes e relevantes,
observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da
medida.
Determinar a realização de diligências para dirimir dúvidas sobre
ponto relevante.
DESTINATÁRIOS

IMEDIATO: o juiz

MEDIATO: as partes

MEIOS DE PROVA

É tudo que pode servir à comprovação dos fatos


narrados no processo;
São ferramentas ou instrumentos jurídicos que são
utilizados para que a prova seja produzida e
levada ao conhecimento do julgador;
NÃO possui carater taxativo no Processo Penal;
Quanto aos meios empregados, podem ser:

1. Provas nominadas: são aquelas previstas


em LEI.
2. Provas inominadas: NÃO estão previstas
em lei, mas não são ilícitas.

TEORIA DA PROVA II

PROVA EMPRESTADA
É aquela produzida em outro processo e, através
da reprodução documental, juntada no processo
criminal pendente de decisão.
DOUTRINA MAJORITÁRIA: só é admissível com
MESMAS PARTES E COM CONTRADITÓRIO.

PROVA ILÍCITA

São aquelas que violam o DIREITO MATERIAL

PROVA ILEGÍTIMA

São aquelas que violam o DIREITO PROCESSUAL.

TEORIAS DA PROVA

TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA: as provas


que decorrem de um prova ILÍCITA tambem terão o status
de ilícita.

TEORIA DA FONTE INDEPENDENTE: é aquela prova que


NÃO possui LIGAÇÃO causal  ou cronológica com a prova
ilícita produzida.

TEORIA DA DESCOBERTA INEVITÁVEL: aproveita-se a prova


ilícita se esta seria obtida de QUALQUER MANEIRA por meio
de diligências válidas.
CONCEITO

O termo ônus provém do latim – onus – e significa carga,


fardo ou peso.
Ônus da prova quer dizer encargo de provar.

ÔNUS X OBRIGAÇÃO

ÔNUS OBRIGAÇÃO

1. Faculdade de praticar; 1. Dever de praticar o ato;


2. Descumprimento não é 2. Descumprimento =
ilícito; ilicitude
3. Não implica sanção; 3. Corresponde a sanção
4. Interesse - imperativo 4. Interesse - imperativo
próprio. alheio.

TIPOS

PARTES

SUBJETIVO
REGRA DE
CONDUTA
ÔNUS DA PROVA
ÔNUS
DA PROVA
JUIZ

OBJETIVO
REGRA DE
JULGAMENTO

DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA
PROVA
REGRA: o ônus da prova é da acusação, que apresenta a
imputação em juízo através da denúncia ou da queixa-crime;
O réu pode chamar para si o interesse de produzir a prova -
quando alega em seu benefício algum fato que propiciará a
ÔNUS DIVIDIDO exclusão da ilicitude ou da culpabilidade.
DUAS CORRENTES O ônus da prova é imperfeito.
ÔNUS EXCLUSIVO
DA ACUSAÇÃO

ACUSAÇÃO DEFESA
CORRENTE MAJORITÁRIA:
dolo dividido 1. Fatos impeditivos: exclusão
1. Existência do fato da vontade e exclusão da
penalmente ilícito; culpa;
2. Autoria; 2. Fatos modificativos:
3. Relação de causalidade; exclusão da antijuricidade,
4. Culpa (strictu sensu); causas supralegais, etc.
dolo é presumido. 3. Fatos extintivos: prescrição,
decadência, etc.
MEIOS DE OBTENÇÃO
Busca e apreensão;
Quebra de sigilo.

FONTES DE PROVA

Droga apreendida;
Documentos;
Pessoas qualificadas.

TEORIA DA PROVA III

CONCEITOS IMPORTANTES

MEIOS DE PROVA
Exame pericial;
Reconhecimento;
Depoimento.

ELEMENTOS DE PROVA

Conclusão da perícia;
Identificação;
Declaração de testemunha
sobre um fato.
PROVA TÍPICA
É aquela que além de
nominalmente prevista
possui um procedimento
estabelecido em lei

É prova lícita diante da


liberdade das provas no
Processo Penal.

PROVA ATÍPICA
É aquela que não possui
previsão da própria prova,
ou não possui um rito
especificado na
legislalação para a sua
produção.

PROVA NOMINADA
É aquela que é referida
TEORIA DA PROVA IV pela lei (nomen iuris),
mesmo que não possua
CLASSIFICAÇÃO procedimento
regulamentado.

PROVA ANÔMALA
É aquela que é produzida
É prova desvirtuada e por observando o devido
procedimento legal, mas não
isso gera nulidade.
o procedimento específico
para a natureza da prova que
se deveria produzir, segundo o
modelo de outra prova e o
que seria apropriado.

PROVA IRRITUAL
É prova desvirtuada e por É a prova típica que é
isso gera nulidade. produzida em
desconformidade com o
modelo previsto em lei
PROVAS CAUTELARES
São aquelas produzidas, como
o próprio nome sugere, de
modo acautelatório, evitando-
se o perecimento, quando há
urgência (periculum)
incompatível com a normal
espera da sua produção no
momento oportuno (instrução
criminal).

TEORIA DA PROVA V
PROVA NÃO REPETÍVEL
É aquela que uma vez produzida,
PROVAS por sua própria natureza, não
permite a reprodução ou a
repetição. A fonte de prova
desaparece, perece ou se destrói
(normalmente pelo decurso do
tempo) e isso inviabiliza que a
prova seja refeita num segundo
momento.

PROVA ANTECIPADA
São aquelas produzidas antes
do momento oportuno fixado
pela lei. Normalmente, as
provas devem ser produzidas
após a citação e completude
da relação processual, em fase
de instrução, depois da fase
postulatória.
Mediante situações
excepcionais
PROVAS
TEORIA DA PROVA VI
CAUTELARES, NÃO
REPETÍVEIS E
ANTECIPADAS.

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares,
não repetíveis e antecipadas.

CAUTELARES NÃO REPETÍVEIS ANTECIPADAS

MODO
DE PRODUÇÃO Acautelatório Oficioso Antecipado

investigação investigação investigação


MOMENTO
Processo Processo Processo

AUTORIZAÇÃO
Depende Não depende Depende
JUDICIAL

REPETIÇÃO Difícil, em tese viável Inviável Difícil, em tese viável

CONTRADITÓRIO Diferido Diferido Real e temporâneo

Interceptação Depoimento
EXEMPLO Necrópsia
telefônica urgente
TEORIA DA PROVA VII
PROVAS ILEGÍTIMAS E
ILÍCITAS

PROVA ILÍCITA PROVA ILEGÍTIMA

É aquela produzida mediante a É aquela produzida mediante


violação de norma de direito violação de norma de direito
material prevista na Constituição processual.
Federal ou em lei ordinária

É produzida em momento
anterior ou concomitante É produzida, em regra,
ao processo - em regra é dentro do processo.
produzida fora do processo.

CONSEQUÊNCIA: aplicação da
CONSEQUÊNCIA: direito
de exclusão - art. 157, §3º, teoria das nulidades. A
CPP. consequência é a declaração de
nulidade - absoluta ou relativa.

Art. 157, CPP: são inadmissíveis, devendo ser


desentranhadas do processo, as provas
ilícitas, assim entendidas as obtidas em
violação a normas constitucionais ou legais.

Art. 157, §3º, CPP: preclusa a decisão de Uma vez verificada a prova deverá ser
desentranhamento da prova declarada desentranhada o quanto antes para que não
inadmissível, esta será inutilizada por haja risco da contaminalção das demais.
decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.

Existe uma decisão determinando


seu desentranhamento.

Decisão interlocutória: RESE


RECURSOS CABÍVEIS:
Sentença: APELAÇÃO
SISTEMA DA CERTEZA JUDICIAL
OU INTÍMA CONVICÇÃO

O juiz é livre para decidir e não precisa motivar sua


decisão.
Em regra, não se aplica em nosso ordenamento,
EXCETO no Tribunal do Júri em relação aos
jurados.

SISTEMA DA CERTEZA LEGISLATIVA OU


SISTEMAS DE VALORAÇÃO
DA PROVA TARIFADA
DA PROVA

A lei estabelece o valor de cada prova e o


juiz deve ajustar sua decisão ao
regramento legal.

SISTEMA DO LIVRE CONVENCIMENTO


MOTIVADO OU PERSUASÃO RACIONAL

O juiz pode decidir qual a importância de cada


prova produzida no processo, desde que motive a
sua escolha.
O juiz é livre para julgar, mas deve fazê-lo de forma
fundamentada.
O juiz não pode decidir com fundamento
exclusivo baseado nos elementos
informativos colhidos na fase de
investigação.

EXCETO: provas cautelares, não repetíveis e


antecipadas.
CONCEITO

São padrôes mínimos para auferir a suficiência da motivação de


fato nas decisões judiciais.
Grau ou nível de prova exigido em um caso específico.
Grau de suficiência de uma determinada hipótese precisa para
ser cosiderada verdadeira.

VALORAÇÃO DA PROVA

É a atividade de percepção, por parte do juiz, dos resultados da


atividade probatória que realiza em um processo.
Verificação dos enunciados fáticos introduzidos no processo
através os meios de prova.
Reconhecimento de um valor/peso na formação da convicção do
julgador.

O juiz deve ter o grau de certeza


ACUSAÇÃO A acusação possui o ônus da prova de
gerar uma certeza ao juiz para que
haja uma sentença penal condenatória

É necessário apenas gerar uma


DEFESA fundada dúvida.
STANDARDS In dubio pro reo - princípio da
presunção de inocência.
A dúvida deve favorecer o acusado.
PROBATÓRIOS

PRINCIPAIS PADRÕES

1. PROVA CLARA E CONVINCENTE


2. PROVA MAIS PROVÁVEL QUE A SUA NEGAÇÃO
3. PREPONDERAÇÃO DA PROVA
4. PROVA ALÉM DA DÚVIDA RAZOÁVEL

PROVA ACIMA DE
DÚVIDA RAZOÁVEL
Concretiza a presunção de inocência - a dúvida deve
favorecer o acusado.
Duvida razoável é aquela baseada na razão e no senso
comum. É uma dúvida que uma pessoa razoável possui
após cuidadosamente sopesar todas as provas.
É aquela que deixa você firmemente convencido da culpa
do acusado e não leva a você pensar que há uma real
possibilidade do acusado ser inocente.
É concreta e não abstrata.

HÁ STANDARDS PROBATÓRIOS NO
BRASIL?

Não há legalmente previsão, embora seja claro que se deve


motivar. Mas, também não há clareza sobre os requisitos da
fundamentação.
CONCEITO

As partes possuem amplo direito à prova, mas esse direito


não é ilimitado, sendo vedada a utilização de prova ilícita;

Art. 157, CPP: são inadmissíveis, devendo ser


desentranhadas do processo, as provas
ilícitas, assim entendidas as obtivas em
violação as normas constitucionais ou legais.

ESPÉCIES DE PROVAS
INADMISSÍVEIS

1. PROVAS ILÍCITAS: são aquelas obtidas com violação


as normas constitucionais ou legais, violando o direito
material.
2. PROVAS ILEGÍTIMAS: são aquelas violadoras de
normas e princípios de direito processual.

PROVAS

INADMISSÍVEIS

CONSEQUÊNCIAS DA
INADMISSIBILIDADE DA PROVA

Reconhecida a ilicitude ou ilegitimidade da prova,


deverá essa ser desentranhada dos autos por meio
de decisão judicial.
Preclusa esta decisão, a prova deverá então ser
inutilizada, também por meio de decisão judicial.
O juiz que conhecer do conteúdo da prova
inadmissível, não poderá proferir sentença ou
acordão (incluído pela Lei 13964/2019).

PROVA ILÍCITA POR DERIVAÇÃO

São igualmente consideradas ilícitas, as provas que


derivem da ilícita.
Teoria dos frutos da árvore envenenada.

TEORIAS QUE AFASTAM A


ILICITUDE DA PROVA

1. TEORIA DA FONTE INDEPENDENTE: é aquela que por si


só, segundo os trâmites típicos, seria capaz de conduzir
ao fato objeto da prova.
2. TEORIA DA DESCOBERTA INEVITÁVEL: aproveita-se a
prova derivada da ilícita se esta seria obtida de qualquer
maneira, por meio de diligências válidas na
investigação.
3. TEORIA ILÍCITA A FAVOR DO RÉU: a prova ilícita
utilizada em benefício do réu.
CONCEITO

Exame pericial imprescindível para a constatação dos


vestígios resultantes da conduta do núcleo do tipo
penal.

É necessário para a comprovação da própria


existência do crime.

EXAME DE CORPO DE DELITO X PROVA PERICIAL

Embora o exame de corpo de delito seja uma espécie


de prova pericial, com essa NÃO se confunde.
Por si própria prova da materialidade do fato, a
ausência do exame de corpo de delito gera nulidade
do processo (art. 567, III, b, CPP), ao passo que a
ausência de prova pericial em geral, apenas infuencia
no convencimento do julgador.
PROVAS EM ESPÉCIE

EXAME DE CORPO DE DELITO

OBRIGATORIEDADE

É obrigatório nos crimes que deixam vestígios.


Nem mesmo a cofissão pode suprir sua falta (art.
158, CPP).

MODALIDADES

1. DIRETO: é a regra, devendo ser realizado sobre o


corpo de delito.
2. INDIRETO: excepcionalmente, pode ser realizado,
é pautado em outras provas idôneas que
indiquem as características do corpo de delito
(art. 167, CPP)
CONCEITO

Trata-se da prova obtida mediante o relato prestado, em


juízo, por pessoas que conhecem o fato litigioso.

TESTEMUNHA

É o indivíduo desinteressado que depóe no processo


informando aquilo que sabe sobre o fato.

CARACTERÍSTICAS

PROVAS EM ESPÉCIE
ORALIDADE: o depoimento será prestado oralmente,
NÃO sendo permitido, a testemunha trazê-lo por
PROVA TESTEMUNHAL ESCRITO.

É possível consultar breve apontamento.

OBJETIVIDADE: a testemunha deve responder


objetivamente as perguntas ofertadas.

INDIVIDUALIDADE: cada testemunha deve ser ouvida


individualmente.

INCOMUNICABILIDADE: as testemunhas NÃO podem


SE COMUNICAR ENTRE SI.

PRESTAÇÃO DE COMPROMISSO: a pessoa arrolada


para depor no processo deve, antes de iniciar o seu
depoimento, prestar o compromisso de dizer a verdade
perante o magistrado.

OBRIGATORIEDADE: todas as pessoas arroladas como


testemunhas estão, em regra, OBRIGADAS a depor.

PERGUNTAS DAS PARTES

Adota-se, como regra, o sistema EXAMINATION (art. 212,


CP), o qual nos instrui que as partes façam suas perguntas
diretamente às testemunhas, sem a intervenção do juiz.

DEPOIMENTO NA AUSÊNCIA DO
RÉU

Quando a testemunha se sentir intimada pela presença


do réu em audiência, a lei autoriza que sua oitiva seja por
videoconferência.

Se for impossível o uso dessa tecnologia, o réu


deverá ser retirado da sala de audiência.
CONCEITO

É o ato em que o acusado poderá, se quiser, a presentar


sua versão dos fatos perante a autoridade, vigendo,
nesse momento, plenamente, o direito ao silêncio.

Art. 5º:, LXIII, CF/88: o preso será informado


de seus direitos, entre os quais o
de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de
advogado

NATUREZA JURÍDICA

Possui natureza híbrida, sendo a um só tempo meio de


prova e meio de defesa.

PROVAS EM ESPÉCIE

INTERROGATÓRIO

MOMENTO

Enquanto não houver trânsito em julgado, poderá ser


realizado ou repetido, de ofício ou a pedido
fundamentado de qualquer uma das partes.

CONTEÚDO

INTERROGATÓRIO DE QUALIFICAÇÃO: o
magistrado faz perguntas sobre a pessoa do
interrogado.

INTERROGATÓRIO DE MÉRITO: o magistrado faz


perguntas sobre os fatos ocorridos ao interrogado.

OBSERVAÇÃO

CONTRADITÓRIO: podem as partes, após as


perguntas do juiz, formular as suas próprias
perguntas ao acusado. Essas devem ser realizadas no
sistema presidencialista, ou seja, deverão ser
direcionadas ao juiz e esse, por sua vez, as fará ao
acusado.
CONCEITO

Não se trata propriamente de um meio de prova, mas de


um meio de obtenção da prova.

NATUREZA JURÍDICA

Possui natureza acautelatória e coercitiva, que consiste


no apossamento de objetos ou de pessoas.

OBJETO

§1º: BUSCA DOMICILIAR.

Art. 240, CPP

§2º: BUSCA PESSOAL.

PROVAS EM ESPÉCIE

BUSCA E APREENSÃO

MOMENTO DA BUSCA

CRITÉRIO FÍSICO-ASTRONÔMICO: dia é o


período compreendido entre a aurora e o
crepúsculo.
DE DIA
CRITÉRIO TEMPORAL: dia é o período
compreendido entre as 06 horas e às 18 horas
- critério que prevalesce.

CONTEÚDO DO MANDATO

Indicar, o mais precisamente possível, a casa em


que será realizada a diligência, o nome do
respectivo morador ou no caso de busca pessoal,
Art. 243, CPP: o nome da pessoa que irá sofrê-la ou sinais que a
identifique.
Mencionar o motivo e os fins da diligência.
Ser subscrito pelo escrivão e assinado pela
autoridade que fizer expedir.

OBSERVAÇÕES

EMPREGO DA FORÇA: em caso de resistência por parte


do morador, é permitido o uso da força, podendo-se
inclusive, arrombar a porta e usar força contra demais
obstáculos (art. 245, §2º e 3º, CPP).
Estando ausente o morador, qualquer vizinho, será
intimado para assistir a diligência (art. 245, §4º, CPP).
CONCEITO

É  a admissão do fato criminoso pelo acusado, que, em


regra, em caso de condenação, poderá obter atenuação
de sua pena.

VALOR PROBATÓRIO

Para levar à condenação do réu é preciso que esteja em


harmonia com as demais provas do processo.

CARACTERISTICAS

DIVISIBILIDADE: a confissão é divisível,


podendo o juiz aceitá-la apenas em parte.

RETRATABILIDADE: o réu pode se


arrepender da confissão prestada, o que não
PROVAS EM ESPÉCIE impede que o juiz, na sentença valore
livremente, de maneira fundamentada, a
CONFISSÃO confissão anteriormente efetuada.

PESSOALIDADE: apenas o réu pode


confessar, sendo vedada a confissão por
procuração.

LIBERDADE: o acusado não pode ser


compelido a confessar.

CLASSIFICAÇÃO

EXPLÍCITA: o acusado explicitamente confessa.

IMPLÍCITA: determinada conduta do acusado é


tida de forma inequivoca, como confissão.

SIMPLES: o réu apenas confessa.

COMPLEXA: o réu confessa a prática de mais de


um crime.

QUALIFICADA:  o réu confessa, ao mesmo tempo


em que invoca justificante ou dirimente.
PROVA DOCUMENTAL

DOCUMENTO
Conforme o art. 232 do CPP, documentos são
quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos
ou privados.

É tudo aquilo capaz de demonstrar


determinado fato.

REQUISITOS
VERDADE: a constatação do que está
contido no documento.
AUTENTICIDADE: identificação de quem
produziu o documento.

MOMENTO DE PRODUÇÃO

Ressalvadas algumas exceções, os


documentos podem ser apresentados pelas
partes em qualquer fase do processo.

PROVAS EM ESPÉCIE

INDÍCIOS

Considera-se a circunstância conhecida e provada,


que tendo relação com o fato, autorize, por indução,
concluir-se a existência de outra(s) circuntância(s)

NÃO SE CONFUNDE COM PRESUNÇÃO que é uma


noção hodierna da realidade que prevalece até que
haja a prova do contrário.

RECONHECIMENTO DE PESSOAS E
COISAS

Visa a identificar o acusado, o ofendido ou as


testemunhas, podendo ser determinado no curso da
investigação preliminar (pelo delegado) ou no curso
ACAREAÇÃO processual (pelo juiz).

É procedimento de pôr frente a frente PROCEDIMENTO


os indivíduos que tiveram
depoimentos divergentes nos autos.
1. A pessoa será convidada a descrever a pessoa que
deva ser reconhecida;
2. A pessoa, cujo reconhecimento se pretenda, será
colocada ao lado de outras que com ela tenham
PROCEDIMENTO semelhança.
3. Se houver razão para recear que a pessoa chamada
para o reconhecimento, por intimidação da outra,
Os acareados serão indagados pela influencia que essa não diga a verdade, a autoridade
autoridade para que expliquem os providenciará que a primeira não seja vista.
pontos divergentes, reduzindo-se a
termo o ato de acareação.
4. Do ato, lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito
pela autoridade , pela pessoa chamada para realizar
a identificação e mais duas testemunhas.
CONCEITO

É a sistematização de procedimentos que objetivam


à preservação do valor probatório da prova, mais
precisamente a sua autenticidade.

FINALIDADE

Garantir a identidade, integridade e autenticidade


dos elementos de prova.

MOMENTO

INICIAL: com preservação do local do crime. Poderá


iniciar por outros procedimentos judiciais ou policiais
de detecção da existência do vestígio (art. 158-A, CPP)

O agente público que reconhecer um


elemento como sendo de interesse
potencial à produção da prova pericial
ficará responsável por sua preservação.
CADEIA DE CUSTÓDIA DA
FINAL: com trânsito em julgado da sentença.
PROVA I

O QUE DEVERÁ SER RASTREADO?

Todos os vestígios coletados, tanto em sede de


inquérito policial quanto de processo penal.

PARA ONDE DEVERÃO SER


ENCAMINHADOS?

Deverão ser obrigatoriamente remetidos à central


de custódia (art. 158-C, §1º, CPP)
Deverá existir em cada instituto de criminalística e
com gestão vinculada diretamente ao órgão de
perícia oficial de natureza criminal.

QUEM DEVERÁ REALIZAR?

Preferencialmente por perito oficial que deverá dar o


encaminhamento necessário à central de custódia,
mesmo quando for necessaria a realização de
exames complementares.
ACONDICIONAMENTO

O recipiente para acondicionar o vestígio será determinado pela


naureza do material.
Todos os recipientes deverão ser lacrados com numeração
individualizada.
O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas
características, impedir contaminação, vazamento, ser
resistente e ter local de registro de informações sobre o seu
conteúdo.
O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que irá realizar a
análise.
O lacre rompido deverá ser acondicionado em novo recipiente.

FINALIZANDO A PERÍCIA

O material deverá ser devolvido à central de custódia, devendo


nela permanecer.
Se a central não possuir espacço ou condições de
armazenar, deverá a autoridade policial ou judicial
determinar as condições.

QUEBRA DA CADEIA DE CUSTÓDIA

CADEIA DE CUSTÓDIA DA Compreende-se a ilicitude da prova.


CONSEQUÊNCIA: proibição da valoração probatória
PROVA II
e consequentemente a exclusão física dela e de
todas as provas derivadas dessa (art. 157, CPP)
Prova ilícita: deverá ser desentranhada dos autos.
As provas ilícitas (inclusive as por derivação) devem
ser consideradas nulas independentemente do
momento em que foram produzidas.

ETAPAS DA CADEIA DE CUSTÓDIA

ETAPA EXTERNA
São as etapas relacionadas aos passos entre a
preservação do local do crime ou apreensões do local
de prova e a chegada do vestigio ao órgão pericial.

1. Recolhimento
2. Isolamento
3. FIxação
4. Coleta
5. Acondicionamento
6. Transporte
7. Recebimento

ETAPA INTERNA
São todas as etapas entre o ingresso do vestígio no
OBSERVAÇÕES órgão pericial responsável pelo seu processamento até
a conclusão do laudo e remessa ao órgão requisitante.
1. A entrada e saída dos vestígios
deverão ser protocoladas,
consignando as informações sobre as 1. Recepção
ocorrências no inquérito que a elas se 2. Conferência
relacionam, na central de custódia 3. Classificação
(art. 158-E, §2º, CPP) 4. Guarda e/ou distribuição do vestígio
2. Todas as pessoas que tiverem acesso 5. Análise pericial (VIII- processamento)
ao vestígio armazenado deverão ser 6. Guarda dos vestígios para realização da
identificadas e registradas, contendo contraprova (IX - armazenamento)
seus dados, data e hora de acesso. 7. Descarte
8. Registro da cadeia de custódia (art. 158-E, §4º, CPP)
CONCEITO

Trata-se da suspensão da liberdade de locomoção do indivíduo.

Visa a reabilitação do infrator com o objetivo de


restabelecer a ordem jurídica violada;

MODALIDADES

PRISÃO-PENA: é aquela que decorre de sentença penal


condenatória transitada em julgado.
PRISÃO SEM PENA: é a que ocorre antes de uma
sentença penal definitiva, podendo ocorrer de 2 formas:
Prisão civil: atualmente reservada apenas para o
devedor de alimentos.
Prisão provisória: consiste no encerramento cautelar
do indivíduo, antes da sentença penal condenatória.
Temporária
Flagrante
Preventiva

PRISÕES PRISÃO X ORDEM JUDICIAL


NOÇÕES GERAIS
Por força do art.5º, LXI da CF/88, a regra é que a
prisão seja sempre decorrente de decisão judicial.
Hipóteses excepcionais de prisão sem ordem
judicial: só há prisão sem ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária nos casos
de: flagrante delito, transgressão militar ou crime
militar.

Materialização da ordem de prisão: o magistrado que


decretou a prisão deverá expedir o competente
mandado de prisão que deverá conter os requisitos do
art. 285, parágrafo único do CPP e será registrado em
bancos de dados mantido pelo CNJ.

USO DA FORÇA

Art. 284 e 293, CPP.

Só se deve empregar a força absolutamente necessária


para efetuar a prisão do indivíduo, podendo os
eventuais excessos das autoridades caracterizar abuso
de autoridade.

Lei 13060/2014: estabelece as diretrizes para uso da


força, priorizando os instrumentos de menor
potencial.

USO DE ALGEMAS

Súmula vinculante nº 11, STF.


Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e
de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade
física própria ou alheia, por parte do preso ou de
terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito
sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal
do agente ou da autoridade.
CONCEITO

Acontece quando o agente está praticando a infração penal ou


acabou de praticá-la.
Ocorre no momento em que uma infração penal está
sendo cometida - certeza visual do crime.
Ou pouco tempo depois de seu cometimento sendo
desnecessária a prévia ordem judicial.

Ato administrativo
Trata-se de um ato complexo

Ato processual

No ato da captura, a prisão tem natureza administrativa. Já


no momento da comunicação do flagrante ao juiz
competente, em caso de manutenção do ato prisional, a
prisão em flagrante passaria a ter natureza processual
Pode ser efetuada por qualquer pessoa do povo - flagrante
facultativo.

Autoridades policiais e seus agentes DEVERÃO por obrigação


legal, efetuá-la - flagrante obrigatório.

PRISÃO

EM FLAGRANTE I

ESPÉCIES DE FLAGRANTE

1. PRÓPRIO ou REAL (art. 302, I e I, CPP): o agente


está praticando ou acabou de praticar a infração
penal, sendo encontrado ainda no local dos fatos.
2. IMPRÓPRIO o QUASE FLAGRANTE (art. 302, III,
CPP): o agente é perseguido logo após a prática
do crime - presunção dele ser o autor do crime.
3. PRESUMIDO ou FICTO (art. 302, IV, CPP): o agente
não é perseguido, mas é encontrado com
instrumentos, armas ou objetos que façam
presumir ser ele o autor do fato.

MODALIDADES DOUTRINÁRIAS
FLAGRANTE

1. PROVOCADO ou PREPARADO: é modalidade


PRÓPRIO Execução da infração
inválida (súmula 145, STF). O agente é induzido a
praticar o crime, mas quem o induziu impede a
IMPRÓPRIO Perseguição consumação.
2. ESPERADO: é modalidade válida. O agente é
PRESUMIDO Instrumentos investigado até que consuma o crime.
3. FORJADO: é modalidadade ilícita. O agente é
vítima de um abuso de autoridade. Uma situação
criminosa é arquitetada para que o agente seja
preso.
4. RETARDADO: protela-se o flagrante para que se
opere o momento considerado ideal.
AUTORIDADE PARA LAVRAR APF

Autoridade policial com atribuição para lavrar o auto de prisão em


flagrante - APF: é o delegado do local onde ocorreu a prisão.

Não necessariamente é o mesmo local onde ocorreu a


infração,

Inexistindo autoridade policial no local da captura, deverá o


agente ser apresentado a do lugar mais próximo - art. 308, CPP.

FORMALIDADES

O delegado deverá ouvir o condutor, colhendo-lhe a


assinatura e entregando-lhe cópia do termo e recibo de
entrega do preso.
Deverá, em seguida, ouvir as testemunhas (ao menos
duas) que, por ventura, tiverem acompanhando o
condutor, bem como inquirir o agente sobre a imputação
que lhe é feita, colhendo as assinaturas de todos e
lavrando ao final o auto de prisão em flagrante - art. 304,
caput, CPP.

PRISÃO

EM FLAGRANTE II

COMUNICAÇÕES

Efetuada a prisão em flagrante de alguém, impõe-se a


imediata comunicação no prazo máximo de 24 horas
ao:
Juiz competente;
Ministério Público;
Defensor do preso - constituído, dativo ou público
Família do preso ou pessoa por ele indicada - vide
art 5º, LXII, CF/88, art. 306, caput do CPP e art. 10, LC
75/1993.

DICA: a ausência de comunicação caracteriza crime de


abuso de autoridade.

NOTA DE CULPA

No prazo de 24 horas a contar da data da captura,


deverá ser entregue ao preso a nota de culpa que é um
documento assinado pela autoridade, contendo o
motivo da prisão e os nomes do condutor e das
testemunhas.

JUIZ

O APF será encaminhado ao juiz , que no prazo de 24


horas, contadas da captura, deverá promover a
audiência de custódia.

1. Relaxar a prisão ilegal.


Deverá: 2. Converter a prisao em flagrante em
prisão preventiva, se presentes os
requisitos do art. 312, CPP.
3. Conceder liberdade provisória com ou
sem fiança.
CONCEITO

É medida cautelar de cerceamento provisório de liberdade


durante o curso de uma investigação ou processo criminal.
É medida excepcional.

Medida cautelar que pode ser decretada durante toda


a persecução penal.

É medida excepcional pois o juiz só poderá decretar se


outra medida cautelar menos drástica não for
suficiente.

ATUAÇÃO DE OFÍCIO DO JUIZ

Com o advento da Lei 13964/2019, em consagração ao


sistema acusatório, a redação do art. 314 do CPP foi
alterada, não sendo mais possível a decretação da
cautelar pelo julgador sem requerimento do Ministério
Público, do querelante, do assistente ou por
representação da autoridade policial ainda que na fase
processual.

PRISÃO
OBSERVAÇÃO:
PREVENTIVA I REVISÃO DA PRISÃO PREVENTIVA: A cada 90 dias,
mediante decisão fundamentada, sob pena de tornar a
prisão ilegal.
O juiz pode revogar de ofício a prisão preventiva e
havendo necessidade de decretá-la novamente ele
poderá.

PRESSUPOSTOS

Materializam a fumaça da prática de fato punível.

PROVA DA EXISTÊNCIA DO CRIME: prova da


materialidade delitiva, de elementos contundentes
que demonstram a existência do crime.
JUSTA CAUSA

INDÍCIOS SUFICIENTES DA AUTORIA: basta a


existência de indícios suficientes e não a prova cabal
da autoria.

PRAZO

A prisão preventiva NÃO tem prazo DETERMINADO - é


indeterminado. Apenas existe prazo para reapreciar.

IMPORTANTE

1. A prisão preventiva é vedada nos casos de


excludente de ilicitude.
2. NÃO cabe prisão preventiva contra CONTRAVENÇÃO
PENAL.
3. A prisão preventiva é requisito para iniciar o processo
de extradição.
CONDIÇÕES DE ADMISSIBILIDADE

São os casos previstos em lei em que a prisão preventiva é


admissível, desde que presentes os pressupostos e ao menos um
dos fundamentos.

1. CRIMES DOLOSOS COM PENA MÁXIMA SUPERIOR A


PRISÃO 4 ANOS;
2. INDIVÍDUO REINCIDENTE mesmo que a pena do
delito não supere os 4 anos é cabível a preventiva se
PREVENTIVA II
o agente for reincidente em CRIME DOLOSO.
3. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA OU FAMILIAR contra
mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou
pessoa com deficiência para garantir a execução das
medidas protetivas de urgência - independe de pena
ou de reincidência, devendo haver crime nas
circunstâncias mencionadas, com descumprimento
da medida protetiva anterioremente imposta.
4. DÚVIDA SOBRE A IDENTIDADE CIVIL da pessoa - se
a identificação criminal suprir a dúvida não haverá
que se falar em prisão. Uma vez identificado, não
persistindo razão, a prisão deverá ser revogada.
5. NÃO SERÁ ADMITIDA PARA A ANTECIPAÇÃO DO
CUMPRIMENTO DA PENA.

FUNDAMENTOS

GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA: risco da prática de novas infrações.


Gravidade da infração + repercussão social + periculosidade do
agente.

CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL: proteção da livre


produção probatória.

GARANTIA DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL: evitar a fuga do agente.


Deve haver a demonstração da possibilidade de fuga do agente.

GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA: acrescentada no CPP pela Lei


Antitruste.

DESCUMPRIMENTO DE QUALQUER DAS OBRIGAÇÕES IMPOSTAS


POR FORÇA DE OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES: caráter subsidiário.
CONCEITO

Lei 7960/1939;
É modalidade de prisão cautelar com prazo de duração
determinado cuja decretação é apenas possível no âmbito do
inquérito policial, se previstos os requisitos fixados pela lei.

QUANDO PODE SER DECRETADA?

Só pode ser decretada durante o inquérito policial.

QUEM DECRETA?

JUIZ Não pode ser decretada de ofício

PRISÃO QUEM FAZ O PEDIDO?

TEMPORÁRIA
1. AUTORIDADE POLICIAL: mediante representação.
2. MINISTÉRIO PÚBLICO: mediante requerimento.

QUAL O PRAZO?

REGRA GERAL: 5 dias. prorrogável por mais 5 dias.


CRIME HEDIONDO OU EQUIPARADO: 30 dias prorrogável
por mais 30 dias.

HIPÓTESES

1. IMPRESCINDÍVEL PARA AS INVESTIGAÇÕES DO IP: é preciso


demonstrar que a liberdade do acusado oferece risco concreto
ao êxito da investigação.
2. INDICIADO NÃO TIVER RESIDÊNCIA FIXA OU NÃO FORNECER
ELEMENTOS NECESSÁRIOS Á SUA IDENTIFICAÇÃO: é preciso
ATENÇÃO que a falta de residência ou a ausência de elementos
Para ser possivel a prisão esclarecedores da identidade configurem risco concreto de
preventiva as hipóteses de fuga.
cabimento devem ser 3. FUNDADAS RAZÕES DE AUTORIA OU PARTICIPAÇÃO NOS
CRIMES ELENCADOS NO ROL.
CUMULADAS da seguinte
Homicídio doloso, sequestro e cárcere privado;
forma:
Roubo, extorsão ou extorsão mediante sequestro;
1+3
Estupro, epidemia e envenenamento de água ou alimento;
2+3 Quadrilha, genocídio, tráfico de entorpecentes;
1+2+3 Crimes da lei de terrorismo;
Crimes contra o sistema financeiro;
Lei 8072/1990
CONCEITO

Consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua


residência, em substituição à prisão preventiva, só podendo dela
ausentar-se com autorização judicial - art. 317, CPP.

Estabelecem os arts. 317 e 318 a prisão (cautelar) domiciliar, com


caráter substitutivo em relação à prisão preventiva.
Por motivos pessoais do agente, de natureza humanitária, diversa,
portanto, da medida cautelar de recolhimento domiciliar previsto
no art. 319, V, que tem outra natureza.

CABIMENTO

Poderá se dar quando:

PRISÃO Agente maior de 80 anos;


Extremamente debilitado por doença grave;
DOMICILIAR Imprescindível aos cuidados de pessoa menor
de 6 anos ou com deficiência;
Gestante;
Mulher com filho de até 12 anos incompletos;
Homem caso seja o único responsável por filho
de até 12 anos incompletos.

DEMONSTRAÇÃO DA EXISTÊNCIA DA
SITUAÇÃO FÁTICA AUTORIZADORA

Poderá ser feita pela via documental (certidão de


nascimento) ou perícia médica, conforme a
especificidade do caso e do que se pretende comprovar.

OBSERVAÇÃO

SITUAÇÃO DA MULHER GESTANTE OU RESPONSÁVEL POR


FILHO:
Com o advento da lei 13769/2018 incorporou-se ao CPP, em
seus artigos 318-A e 318-B, o entendimento que havia se
consolidade pelo STF (informativo 81), tornando-se regra a
substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar da
mulher gestante ou responsável por criança a pessoa com
deficiência desde que:

1. Não tenha praticado crime com violência ou


grave ameaça;
2. O crime não tenha sido praticado contra o
próprio filho ou dependente.

Consignou-se a possibilidade de acumulação da prisão


domiciliar com outras medidas cautelares diversas da prisão.
CONCEITO

Consistem em um meio-termo entre a liberdade plena e a prisão


preventiva, acarretando menores restrições à liberdade do
indivíduo para acautelamento do processo ou da ordem pública.

APLICAÇÃO

Podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, tanto no curso


do processo, como na fase de investigação. devendo ser levado
em consideração a necessidade e adequação da medida ao caso
concreto.

CABIMENTO

MEDIDAS Não se aplicam à infração a que não for isolada ou


cumulativa ou alternativamente cominada com pena
CAUTELARES privativa de liberdade.
DIVERSAS DA PRISÃO

ATUAÇÃO DO JUIZ DE OFÍCIO

Só podem ser decretadas de ofício pelo juiz durante o


processo.

ESPÉCIES

Rol do art. 319, CPP:


DESCUMPRIMENTO 1. Comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas
condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar as
O juiz poderá substituir a atividades;
medida, impor outra em 2. Proibição de acesso ou frequência a determinados
cumulação ou, em último caso, lugares
decretar a prisão preventiva. 3. Proibição de manter contato com pessoa determinada;
4. Proibição de ausentar-se da Comarca quando a
permanência seja conveniente ou necessária para
investigação ou instrução;
5. Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias
de folga;
6. Suspensão do exercício de função pública;
7. Internação provisória;
8. Fiança;
9. Monitoração eletrônica;
CONCEITO

Situação substitutiva da prisão processual.


Instituto que garante ao acusado o direito de aguardar o
transcurso do processo em liberdade.

A regra é a liberdade

A prisão só se justifica em caso de comprovada


necessidade.

ESPÉCIES

OBRIGATÓRIA: é o direito do acusado responder ao


processo sem ficar encarcerado.

Quando o réu for primário;


Quando for portador de bons
PERMITIDA:
antecedentes;
Quando for condenado por sentença
recorrível.
LIBERDADE

PROVISÓRIA I

SEM FIANÇA

LEGITIMADOS

JUIZ DELEGADO

Nos casos de infração cuja pena


privativa de liberdade máxima
não seja superior a 4 (quatro) anos

SEM FIANÇA

QUANDO O INDIVÍDUO FOR POBRE (art. 350, CPP):


quando há absoluta impossibilidade de recolher a
fiança, ocorrendo a dispensa do pagamento, com
subsistência das demais obrigações;

EXCLUDENTE DE ILICITUDE (art. 310, parágrafo único,


CPP): se a conduta praticada em hipótese de excludente
de ilicitude.

CRIMES INANFIANCÁVEIS: se não estiverem presentes


os requisitos da prisão preventiva, a liberdade provisória
sem fiança poderá ser concedida.

DESNECESSIDADE DA FIANÇA: quando não estiverem


presentes os requisitos da prisão preventiva e a garantia
não for necessária ao caso concreto.
FIANÇA

É a garantia real cujo objetivo é assegurar a liberdade


do indivíduo (art. 330, CPP)

INFRAÇÕES INAFIANÇÁVEIS
Constam descritas nos artigos 323 e 324 do CPP.

LEGITIMIDADE PARA ARBITRAR

REGRA: deve ser arbitrada pelo JUIZ.


A autoridade policial poderá arbitrar fiança nas
infrações cuja pena máxima não supere 4 anos (art.
322, CPP).

OBRIGAÇÕES DO AFIANÇADO

Dever de comparecimento perante a autoridade


quando intimado;
Proibição de mudança de residência sem prévia
permissão;
Proibição de ausentar-se por mais de 8 dias de sua
residência sem comunicar a autoridade;
Proibição de praticar ato de obstrução ao processo;
Proibição de descumprir medida cautelar;
LIBERDADE Proibição de resistir injustificadamente a ordem
policial.
PROVISÓRIA II

COM FIANÇA

QUEBRA DA FIANÇA
O descumprimento injustificado das obrigações
importará na quebra, que significa:
Perda da metade do valor caucionado ao
Fundo Penitenciário Nacional.
Possibilidade de imposição de medidas
cautelares diversas da prisão; ou
Decretação da prisão preventiva, sem
possibilidade de prestar nova fiança no mesmo
processo.

PERDA DA FIANÇA

Ocorre quando o réu é condenado em definitivo à


pena privativa de liberdade e empreende fuga.

CASSAÇÃO DA FIANÇA
Ocorre quando há equívoco na concessão da fiança
por parte da autoridade. O valor deve ser restituído ao
investigado.

REFORÇO  DA FIANÇA

O montante prestado a título de fiança é insuficiente,


necessitando de complemento.
CONCEITO

É a liberdação antecipada do condenado mediante


cumprimento de certas condições pelo prazo restante da
pena que deveria cumprir.

A concessão do livramento condicional é direito público


subjetivo do condenado, ou seja, não pode ser negado por
mera discricionariedade do magistrado.
Preenchidos os requisitos, o livramento
condicional deverá ser concedido.

COMPETÊNCIA
A competência para concessão é do juiz da execução
penal.

REQUISITOS
OBJETIVOS:
Condenação a PPL igual ou superior a 2 anos.
Reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
Cumprimento de parte da pena:

MAIS DE 1/3: para condenado de bons


antecedentes e primário;
MAIS DE 1/2: se o condenado for reincidente em
crime doloso;
LIVRAMENTO ENTRE 1/3 e 1/2: se o condenado não for
reincidente em crime doloso, mas tiver maus
CONDICIONAL antecedentes;
MAIS DE 2/3: nos casos de condenação por crime
hediondo, prática de tortura, tráfico de pessoas e
terrorismo se o apenado não for reincidente
específico em crime dessa natureza.

ESPECÍFICOS:
Comportamento satisfatório durante a execução da
pena;
Bom desempenho no trabalho;
Aptidão para prover a própria subsistência mediante
trabalho honesto.

CONDIÇÕES 
OBRIGATÓRIA:
Obter o condenado ocupação licita;
Comunicar periodicamente ao juiz a sua ocupação;
Não mudar da Comarca da execução sem prévia
autorização.

FACULTATIVA:
Não mudar de residência sem comunicar o juízo;
Recolher-se à habitação em hora fixada;
Não frequentar determinados lugares.
PERÍODO DE PROVA
REVOGAÇÃO 
É o lapso temporal em que o
condenado observará as condições OBRIGATÓRIA:
impostas pelo prazo restante da Condenação irrecorrível a PPL pela prática de crime
PPL que esse deveria cumprir. havido antes ou durante o beneficio.
Findo esse período sem revogação,
FACULTATIVA:
o juiz julgará extinta a
Condenação irrecorrível por crime ou contravenção
punibilidade.
PRORROGAÇÃO: se durante o período de à pena não privativa de liberdade ou se houver
prova o liberado responder ação penal decumprimento das condições impostas.
por crime havido durante a vigência da
LC, deverá o juiz da execução prorrogar o
período de prova até o trânsito em
julgado não podendo declarar extinta a
punibilidade.
CONCEITO

É o meio processual voluntário de impugnação de uma


decisão, utilizado antes da preclusão, apto a propiciar
resultado mais vantajoso na mesma relação jurídica
processual, em decorrência da reforma, invalidação,
esclarecimento ou confirmação.

FINALIDADE

A substituição de uma decisão por outra.

PRESSUPOSTOS

Previsão legal;
OBJETIVOS: Tempestividade;
Observância das formalidades legais.

Legitimidade;
SUBJETIVOS:
Interesse.

TEORIA DOS

RECURSOS
EFEITO DOS RECURSOS

TRANSLATIVO: as matérias de ordem pública podem


ser conhecidas de ofício

DEVOLUTIVO: devolve ao Tribunal o conhecimento da


matéria impugnada.

Quanto a extensão: apenas o referente ao capítulo


impugnado.
Quanto a profundidade: reexamina todos os
fundamentos invocados ainda que não tenham
sido apreciados na decisão.

SUSPENSIVO: a decisão não produzirá efeitos equanto


o recurso não for julgado.

PRINCÍPIOS

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO: a matéria impugnada será revista em


outro grau de jurisdição;
VOLUNTARIEDADE: é o reflexo da vontade das partes em alterar a
decisão proferida;
UNIRRECORRIBILIDADE para cada decisão somente é cabível um
recurso.
Se a decisão em Segunda Instância houver em seu acórdão algo
que viole tanto Lei Federal como também matéria
constitucional? Deverá recorrer nos dois Tribunais: STJ (lei
federal) e STF (constitucional)
FUNGIBILIDADE: propicia ao juiz a possibilidade de aceitar recurso
errado como o correto, ou determinar que a parte realize a correção,
desde que haja boa-fé e o erro seja escusável;
Não caberá RESE no lugar de apelação.
DISPONIBILIDADE: como os recursos são atos voluntários, as partes
podem desistir a qualquer tempo, mesmo após a interposição.
O MP não pode desistir (art. 576, CPP)
VEDAÇÃO AO REFORMATIO IN PEJUS: não pode haver o
agravamento da situação do réu em recurso exclusivo seu.
CONCEITO

Recurso contra decisões definitivas que julgam


extinto o processo, apreciando ou não o mérito,
devolvendo ao Tribunal amplo conhecimento da
matéria.
Decisões proferidas por juízo de 1º Grau.
O CPP considera apelação como recurso contra
sentenças definitivas de condenação ou absolvição
contra decisões definitivas ou com força de
definitivas não abrangidas pelo Recurso de Sentido
Estrito (RESE).

PRAZO

5 dias para interposição - dirigida ao juízo a quo


8 dias para as razões. - dirigida ao juízo ad quem.

ATENÇÃO:
No âmbito do JECRIM o prazo para imperposição da
apelação é de 10 dias, devendo ser apresentadas
conjuntamente a interposição e as razões.
Em caso de inércia do MP o prazo de 15 dias para a vítima
não habilitada como assistente de acusação para interpor
apelação (art. 598, CPP),

APELAÇÃO

CARACTERÍSTICAS

Recurso amplo;
De cabimento residual em relação as hipóteses
de RESE.

EFEITOS

DEVOLUTIVO: o mais amplo efeito devolutivo


com possibilidade de discução de toda a matéria
de fato e de direito.
SUSPENSIVO: salvo no que diz respeito à
apelação contra sentença absolutória que não
impedirá que o réu seja posto imediatamente
em liberdade (art. 596, CPP)
EXTENSIVO: no caso de concurso de agentes a
decisão do recurso interposto por um dos réus, se
fundado em motivos que não sejam de caráter
exclusivamente pessoal aproveitará aos outros.

CABIMENTO

1. Impronúncia e absolvição sumária (júri);


2. Das sentenças definitivas de condenação ou absolvição
proferidas por juiz singular;
3. Das decisões definitivas proferidas por juiz singular nos
casos não previstos para RESE;
4. Das decisões do juiz quando:

Ocorrer nulidade posterior a pronúncia;


For a sentença do juiz-presidente contrária à lei
expressa ou decisão dos jurados;
Houver erro ou injustiça à aplicação da pena ou da
medida de segurança;
For a decisão dos jurados manifestadamente
contrária  à prova dos autos.
PROCESSAMENTO DA

APELAÇÃO
FLUXOGRAMA

Se o apelante tiver requerido no


momento da interposição
poderá apresentar razões em 2ª
Instância (art. 600, §4º, CPP)

Interposição por
petição ou por termo, Visto ao apelante para
perante o juizo oferecimento das
prolator da decisão razões recursais
5 DIAS 8  DIAS.

Controle prévio de
admissibilidade
pelo juiz.

Remessa dos autos Vistas ao recorrido para


ao Tribunal apresentar as
competente contrarrazões
8 DIAS
CONCEITO

É o recurso cabível para impugnar as decisões


interlocutórias do magistrado, expressamente previstas
em lei.
Decisão que concede ou nega habeas corpus

EXCEÇÃO

Decisão que julga extinta a punibilidade do


agente.

PRAZO
5 dias para interporsição + 2 dias para as razões
Para lista de jurados: 20 dias para interposição + 2
dias para as razões.

RECURSO EM SENTIDO

ESTRITO

EFEITOS

DEVOLUTIVO
SUSPENSIVO: é excepcional (art. 584, CPP)
Perda da fiança, de concessão de livramento
condicional, decisão que denegar apelação
ou julgá-la deserta.

REGRESSIVO: permite o juizo de retratação.

CABIMENTO

Decisão, sentença ou despacho:


1. Que não receber denúncia ou queixa.
2. Que concluir pela incompetência do juizo;
3. Que julgar procedente as exceções, salvo a de
suspeição;
4. Que pronunciar o réu;
5. Que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar
inidônea a fiança, indeferir requerimento da prisão
preventiva ou revogá-la, conceder liberdade
provisória ou relaxar a prisão em flagrante.

IMPORTANTE: Da que deferir a prisão


preventiva cabe habeas corpus

6. Que julgar quebrada a fiança ou perdido seu valor;


Que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo,
extinta a punibilidade;
7. Que indeferir o pedido de reconhecimento da
prescrição ou de outra causa extinta de punibilidade;
8. Que conceder ou negar a ordem do HC;
9. Que anular o processo da instrução criminal, no todo
ou em parte;
10. Que denegar a apelação ou a julgar deserta;
11. Que ordenar a suspensão do processo em virtude de
questão prejudicial;
12. Que decidir o incidente de falsidade.
CONCEITO

É o recurso cabível contra qualquer decisão (sentença


ou acórdão) que contiver:
Obscuridade;
Ambiguidade;
Contradição;
Omissão.

Art. 382, CPP - sentenças


Art. 619, CPP - acordãos

PRAZO

RITO ORDINÁRIO/SUMÁRIO: 2 dias corridos

RITO SUMARÍSSIMO: 5 dias corridos

EMBARGOS DE

DECLARAÇÃO I

LEGITIMIDADE

Acusado;
Ministério Público;
Querelante;
Assistente de acusação.

EFEITOS

INTERRUPÇÃO: zera o prazo (rito ordinário) - o


prazo é contado novamente a partir de sua
integralidade.
SUSPENSÃO: o prazo recomeça de onde parou
(rito sumaríssimo) - a parte dispões somente do
tempo que resta para a interposição de outro
recurso quando da interrupção.

IMPORTANTE

LEI 9099/95 CPP

PRAZO 5 DIAS 2 DIAS

EFEITO SUSPENSIVO INTERRUPTIVO

APELAÇÃO 10 DIAS 5 DIAS + 8 DIAS


EMBARGOS

1. DECLARATÓRIO: não possuem força de modificar o


teor da decisão.
A intimação da parte para contrarrazões é
facultativa.
Inexistência de intimação gera nulidade relativa.

2. DECLARATÓRIO COM EFEITOS MODIFICATIVO:


Pode modificar substancialmente o teor da
decisão;
A intimação da parte para contrarrazões é
obrigatória;
A inexistência de intimação gera nulidade absoluta.

EMBARGOS DE

DECLARAÇÃO II
REQUISITOS

1. Não possui estrutura (petição simples).


2. Deverá conter a fundamentação.
3. Deverá demonstrar os pontos da decisão que foram
omissos, obscursos, ambíguas ou contraditórias.

Tem que dizer o ponto rebatido

4. Não é permitido embargos de declaração


generalista.

PROCEDIMENTO

Os embargos serão opostos no prazo de 2 dias (CPP)


ou 5 dias (Lei 9099/95), contados da data da
intimação por meio de um requerimento (petição
simples).
A petição deverá indicar fundamentadamente, os
pontos em que a decisão necessita de complemento
ou esclarecimento.
A petição deverá ser endereçada ao próprio juiz ou
relator que prolatou a decisão.
Se forem intempestivos ou se não preencherem os
requisitos legais, serão indeferidos de plano pelo juiz
ou relator.
Se recebidos, o relator os submeterá à apreciação do
órgão que a proferiu, independentemente de
manifestação da parte contrária ou do revisor.
Em primeiro grau, também é desnecessária a
manifestação da parte contrária. Se providos, o
tribunal ou o juiz corrigirá ou complementará a
decisão embargada.
CONCEITO

São recursos opostos contra decisões não unânimes


de órgão colegiado que cause algum gravame ao
réu, isto é, seja desfavorável ao réu.
Podem modificar substancialmente o teor da
decisão.
A intimação da parte contrária para contrarrazoar é
obrigatória, sua ausência gera nulidade absoluta.

PREVISÃO LEGAL

Art. 609, Parágrafo único, CPP: Quando não for


unânime a decisão de segunda instância,
desfavorável ao réu, admitem-se embargos
infringentes e de nulidade que poderão ser opostos
dentro de 10 dias a contar da data de publicação de
acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for
parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto
de divergência.
EMBARGOS

INFRINGENTES

PRAZO

10 dias - a contar da data da publicação do acórdão


contendo o teor do voto divergente.

PROCESSAMENTO

A petição deverá ser acompanhada das razões e


deverá ser dirigida ao relator do acórdão embargado.
Será escolhido novo relator, bem como novo revisor.
Após autos concluídos pelo relator, este apresentará o
relatório e passará para o revisor.
Segue o embargo para julgamento, sendo a votação
composta por 3: relator, revisor e outro integrante da
câmara.

REQUISITOS PARA O CABIMENTO

Decisão de 2ª Instância não unânime e desfavorável


ao réu (2 votos a 1, por exemplo).
Voto vencido de um dos julgadores favorável ao
réu.
Cabível contra acórdão que julgar apelação, o RESE
e segundo o STF, agravo de execução.
CONCEITO

É recurso residual cabível contra a decisão que não receber


o recurso interposto pela parte ou que obstacularizar o
seguimento ao órgão ao ad quem.

CABIMENTO

DA DECISÃO QUE DENEGAR O RECURSO: como a decisão


que denega RESE ou agravo de execução.

DECISÃO QUE, EMBORA TENHA ADMITIDO O RECURSO ,


OBSTE O SEU SEGMENTO PARA O ÓRGÃO AD QUEM.

CARTA

TESTEMUNHÁVEL

PRAZO

48 horas - posteriores ao despacho que denegar


o recurso.

INTERPOSIÇÃO

É realizada perante o escrivão ou secretário do Tribunal e


não ao juiz (art. 640, CPP)

PROCEDIMENTO

Não possui efeito suspensivo (art. 646, CPP).


O escrivão, ou o secretário do tribunal, dará recibo da
petição à parte e, no prazo máximo de cinco dias, no
caso de recurso no sentido estrito, ou de sessenta dias,
no caso de recurso extraordinário, fará entrega da carta,
devidamente conferida e concertada.
Ato seguinte os autos vão ao juiz que pode retratar-se. Se
não se retratar os autos sobem para o Tribunal .
Se a carta estiver bem instruída, o Tribunal poderá julgar
a carta e o recurso que estava paralisado (art. 644, CPP)
AGRAVO EM EXECUÇÃO

É recurso residual cabível contra as decisões proferidas


no curso da execução penalpelo Juizo de Execução
Penal.

CABIMENTO
Não possui hipóteses taxativas bastando se tratar de
decisão no curso da execução penal;

PROCEDIMENTO

Segue o mesmo rito e formalidades do Recurso em


Sentido Estrito (RESE).

RECURSOS

EM ESPÉCIE

RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

É o recurso que visa assegurar o duplo grau de


jurisdição a algumas situações específicas.
A impugnação por via de recurso ordinário devolve
para reexame de todas as matérias decididas pelo
tribunal recorrido, de fato ou de direito - ostenta
efeito equivalente ao da apelação.

CABIMENTO PARA O STF

Decisão denegatória dos tribunais superiores em


única instância de HC ou mandado de segurança:
casos de competência originária dos tribunais
superiores. Prazo: 5 dias.
Decisões relativas a crimes políticos: correspondem
aos crimes previstos na Lei de Segurança Nacional . O
2º grau de jusrisdição sempre será o STF por meio de
ROC.. Prazo: 3 dias.

CABIMENTO PARA O STJ


Decisão denegatória de HC proferida por TRF ou TJ
em única ou última instância. Prazo: 5 dias.
Decisão denegatória de MS proferida por TRF ou TJ
em única ou última instância. Prazo: 15 dias.
CONCEITO
Trata-se de um remédio jurídico que visa a
liberdade física do indivíduo - a locomoção.
FINALIDADE: é evitar ou fazer cessar a violência ou
coação à liberdade de locomoção decorrente de
ilegalidade ou abuso de poder.T
NATUREZA JURÍDICA: ação autônoma de
inpugnação
Está previsto no art. 5º, LXVII da CF/88 e nos artigos
647 ao 667 do CPP.

COMPETÊNCIA

Será sempre a autoridade superior à autoridade


coatora (art. 650, CPP)

LEGITIMIDADE
SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa em bendfício
próprio ou alheio, com ou sem capacidade
postulatória.
SUJEITO PASSIVO: autor da ilegalidade ou do
abuso de poder, pode ser pública ou particular.
PACIENTE: é o beneficiário. Nesse caso não pode
HABEAS ser pessoa jurídica.

CORPUS

ESPÉCIES
REPRESSIVO: impetrado quando a liberdade de
locomoção já foi cerceada. Na peça deve-se requerer
alvará de soltura.

PREVENTIVO: impetrado quando o risco a liberdade de


locomoção é iminente. Na peça deve-se requerer a
concessão de salvo conduto.

SUSPENSIVO:  quando a ordem de prisão já foi


expedida, mas o mandado ainda não foi cumprido.

EXTINTIVO DE PUNIBILIDADE: se está extinta a


punibilidade para que essa condição seja declarada.

NULIFICADOR: almeja a declaração de nulidade


processual para que o procedimento seja refeito a partir
da ocorrência do vício.

TRANCATIVO: almeja o extermínio imediato de IP ou


processo por latente ilegalidade ou por ausência
absoluta de lastro probatório.

CABIMENTO

Por falta de justa causa


Absoluta incompetência da autoridade coatora
Quando o processo for manifestadamente nulo
Quando houver cessado a coação;
Quando não é admitida a obtenção de liberdade
provisória;
Se o indivíduo está preso por mais tempo que a lei
determina;
Se estiver extinta a punibilidade.
HABEAS
FLUXOGRAMA

CORPUS

PESSOA FÍSICA:
NACIONAL
ESTRANGEIRA.

MINISTÉRIO
IMPETRANTE PÚBLICO

PESSOA JURÍDICA
EM FAVOR DE
PESSOA FÍSICA

COATOR
IMPETRADO

PODE SER PESSOA


PACIENTE JURÍDICA

DEVERÁ INDICAR OS
PETIÇÃO SUJEITOS (IMPETRANTE,
INICIAL IMPETRADO, DETENTOR)
E DESCREVER A
SITUAÇÃO FÁTICA E OS
FUNDAMENTOS
JURÍDICOS DO PEDIDO DE
LIBERDADE.

TRIBUNAL ACOLHE O
JUIZ CONFIRMA OU CASSA CONCESSÃO DA PEDIDO OU DENEGA NO
A MEDIDA LIMINAR MEDIDA LIMINAR TODO OU EM PARTE

CABE RECURSO ORDINÁRIO


CONSTITUCIONAL ( DECISÃO
DENEGATÓRIA DO STJ, TSM,
TSE E ATÉ STF)

SIM

PACIENTE É SOLTO
SE ESTIVER PRESO OU TEM SUA
LIBERDADE RESGUARDADA
PREVENTIVAMENTE
CONCEITO

É utilizado em casos específicos no âmbito penal


NATUREZA JURÍDICA: ação autônoma de
inpugnação.
Está previsto no art. 5º, LXVIX da CF/88 e na Lei
12016/2009.

REQUISITOS

Demonstração que o impetrante possui direito líquido


e certo.

MANDADO DE SEGURANÇA

CRIMINAL
DIREITO LÍQUIDO E CERTO: é aquele em que não há
dúvidas quanto a sua existência.
Deve ter prova documental pré-constituída.
Não cabe dilação probatória o MS.

LEGITIMIDADE

LEGITIMIDADE ATIVA: há necessidade de capacidade


postulatória

MP
Querelante
Assistente de acusação
Réu

LEGITIMIDADE PASSIVA: apenas autoridade pública


(não cabe contra particular)

CABIMENTO

Como exemplo de cabimento do MS criminal:


Indeferimento arbitrário de acesso do advogado aos
autos de inquérito policial.
Ideferimento arbitário de habilitação como sistema
de acusação.
CONCEITO

É ação impugnativa que visa substituir uma sentença


por outra.
É ação autônoma de impugnação de coisa julgada
material.
Visa reparar erro em decisão judicial ou fazer valer a
lei mais benéfica.
Peça exclusiva da defesa destinada a reverter
decisão condenatória com trânsito em julgado
quando ocorrer erro jurídico.
A nova sentença pode decidir além dos pedidos, caso
beneficie o condenado, mas nunca pode piorar a
sitação do réu.

LEGITIMIDADE

O réu e o seu procurador;


No caso de morte do réu - CADI

IMPORTANTE: o MP é impossibilitado de ingressar ação


em favor do réu.

REVISÃO CRIMINAL

COMPETÊNCIA

STF: quando a matéria discutida na revisão for alvo


de recurso extrordinário.
STJ: quando a matéria discutida na revisão for alvo
de recurso especial.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA: competência estadual.
TRF: competência federal.

PRESSUPOSTOS
De decisão condenatória que transitou em julgado no
1º Grau ou instância superior.
De condenação do Tribunal do Júri.

CABIMENTO

Diz-se que a revisão criminal é ação que possui


fundamentação vinculada, ou seja, ela somente poderá
ser ajuizada conforme as hipóteses de cabimento
descritas no art. 621, CPP.
O rol é TAXATIVO.

Quando sentença condenatória for contrária ao


texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos;
Quando a sentença condenatória se fundar em
depoimentos, exames ou documentos
comprovadamente falsos;
Quando após sentença, se descobrirem novas
provas de inocência do condenado ou de
circunstância que determine ou autorize
diminuição especial de pena.
REVISÃO FLUXOGRAMA

CRIMINAL

EXCETO: MP

Cabe revisão criminal ART. 623, CPP


mesmo nos casos de
condenações
proferidas pelo
RÉU
tribunal de Juri. PROCURADOR
LEGITIMIDADE CÔNJUGE
ASCENDENTE
DESCENDENTE
IRMÃO

REVISÃO
CRIMINAL

PRESSUPOSTOS PODERÁ SER INTERPOSTA A


QUALQUER TEMPO;
NÃO ADMITE-SE REITERAÇÃO DO
PEDIDO, SALVO SE FUNDADO EM
NOVAS PROVAS;
EM FAVOR DO CONDENADO;
EXISTÊNCIA DE DECISÃO TEM COMO OBJETIVO
CONDENATÓRIA (OU DESCONSTITUIR UMA DECISÃO
ABSOLUTÓRIA) COM IRRECORRÍVEL;
TRÂNSITO EM JULGADO; ADMITIDA PARA JULGAR
ERRO DO JUDICIÁRIO. SENTENÇA CONTRÁRIA A LEI
PENAL, FUNDAMENTADA EM
DEPOIMENTOS, EXAMES OU
DOCUMENTOS FALSOS E SE
APÓS A SENTENÇA EXISTIREM
PROVAS NOVAS PARA ATENUAR
A PENA DO CONDENADO.

PROCEDIMENTO

COMPETÊNCIA PARA JULGAR:


TRIBUNAL OU TURMA

PROCEDENTE DENEGADO

ALTERAR A CLASSIFICAÇÃO O CONDENADO PODERÁ


DA INFRAÇÃO; INTERPOR EMBARGOS
ABSOLVER O RÉU; DECLARATÓRIOS, RECURSO
MODIFICAR A PENA; ESPECIAL E RECURSO
ANULAR O PROCESSO. EXTRAORDINÁRIO, SE CABÍVEIS.
RECURSOS

EM ESPÉCIE
FLUXOGRAMA

RECEBIDA cabe habeas corpus

DENÚNCIA

NÃO RECEBIDA cabe RESE.

Art. 382, CPP.


SENTENÇA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Não recebimento:
Não recebimento: APELAÇÃO RESE
 carta testemunhável
 RESE.

Art. 619 CPP.

ACÓRDÃO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

EMBARGOS
Art. 609, CPP. RECURSO
INFRINGENTES RECURSO 
EXTRAÓRDINÁRIO
ESPECIAL

Se denegar:
1ª instância: Agravo de instrumento
2ª instância: agravo interno ou
regimental

ACÓRDÃO

EMBARGOS EMBARGOS
INFRINGENTES DE DECLARAÇÃO

Se previsto no Regimento
Interno
CONCEITO

Ocorre quando há ilegalidade ou vício insanável no


flagrante.

Pede-se o relaxamento quando houver algum vício


intrínseco (não era hipótese de flagrância) ou vício
extrínseco (auto não foi lavrado como determina a
lei, por exemplo) - art. 304, CPP.

CABIMENTO

Intrínseco

Quando houver vício

Extrínseco

O juiz ao receber os autos do APF deverá relaxar a prisão


ilegal ou convertê-la em prisão preventiva quando
presente os requisitos ou conceder a liberdade
provisória com ou sem fiança.

RELAXAMENTO

DE PRISÃO I

COMPETÊNCIA

Deverá ser endereçado ao juizo competente,


podendo ser tanto o Estadual quanto o Federal.
Caso a conduta imputada seja crime doloso
contra a vida a peça deverá ser endereçada ao juiz
da vara do juri.

LEGITIMIDADE

O requerimento é feito pela pessoa que está presa de


maneira ilegal, no entanto, representada por advogado
ou defensor, visto ser peça privativa de advogado.

PRAZO

Não há prazo estipulado para o requerimento

Enquanto perdurar a prisão ilegal.


RELAXAMENTO

DE PRISÃO II FLUXOGRAMA

AUTO DE PRISÃO
EM FLAGRANTE

EXISTE INDÍCIOS
DE AUTORIA EXISTE ILEGALIDADE OU
E MATERIALIDADE DESATENDIMENTO
A ALGUMA
EXIGÊNCIA LEGAL

DECRETA 
PRISÃO PREVENTIVA
RELAXA-SE A PRISÃO

SE O ACUSADO PREENCHER
OS REQUISITOS
PARA RESPONDER O
PROCESSO EM LIBERDADE

LIBERDADE PROVISÓRIA

ASSINA O TERMO FAZ CONSTAR ALGUNS DEVERES DO PRESO POSTO EM


DE COMPROMISSO LIBERDADE
CONCEITO

Ocorre o pedido de revogação da prisão preventiva


quando a prisão for considerada legal, mas possui
presente os fundamentos que ensejam a sua
decretação.

CABIMENTO

Quando a prisão foi legal;


Não estiverem presentes os requisitos que basearam
a decretação da prisão.

ATENÇÃO: a prisão preventiva pode ser decretada


tanto na fase de investigação quanto na ação penal.

O pedido de revogação deverá ser feito


necessariamente após a decretação da
prisão preventiva.

REVOGAÇÃO

DA PRISÃO
COMPETÊNCIA

A peça deverá ser indereçada para o juizo


competente, ou seja, o juizo que decretou a prisão
preventiva.
Poderá ser tanto para a Justiça Estadual quanto para
a Justiça Federal.
Caso a conduta imputada seja crime doloso contra a
vida a peça deverá ser endereçada ao juizo da vara
do júri.

LEGITIMIDADE

O requerimento é feito pela pessoa que está presa


preventivamente, no entanto, deve estar representada
por advogado/defensor, posto que é peça privativa de
advogado.

PRAZO

NÃO há prazo estipulado para o requerimento da


revogação

Enquanto perdurar a prisão ilegal.


CONCEITO

Nas ações penais públicas, cuja titularidade é do


Mínistério Público, o ofendido, nos termos do art.
268 do CPP, pode habilitar-se como assistente de
acusação.
Também é denominado parte adesiva ou adjunta
e é considerado a única parte desnecessária e
eventual do processo.

FUNDAMENTOS

1º CORRENTE: interesse meramente econômico - pode


ajudar o MP para obter a condenação o que irá gerar um
título executivo como forma de indenização.

O assistente só pode recorrer caso o réu


tenha sido absolvido. O assistente de
acusação não poderia recorrer para
aumentar a pena.

2º CORRENTE: interesse em que a justiça seja feita -


posição majoritária (STJ e STF)

HABILITAÇÃO

ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO

CABIMENTO

Admite-se a habilitação do ofendido nas ações penais


públicas sejam elas públicas condicionadas ou
incondicionadas.

No inquérito policial

NÃO CABE

Na execução penal

LEGITIMIDADE

O ofendido;
O representante legal do ofendido, caso este seja
incapaz;
CADI (cônjuge, ascendente, descendente e irmão) do
ofendido caso este tenha falecido ou declarado
ausente.

PRAZO

Poderá ser admitido após o recebimento da denúncia


até o trânsito em julgado de sentença penal.
COMPETÊNCIA MATERIAL

Os juizados criminais são competentes para processar e julgar as


infrações de menor potencial ofensivo.

INFRAÇÃO DE MENOR
POTENCIAL OFENSIVO

Contravenções penais;

Crimes cuja pena máxima


não seja superior a 2 anos
cumuladas ou não com
multa.

JECRIM I

COMPETÊNCIA TERRITORIAL

Será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração


penal

TEORIA DA ATIVIDADE

FINALIDADE

Reparação dos danos sofridos pela vítima.

Aplicação de pena não privativa de liberdade.

CRIMES MILITARES: não se aplica o rito sumaríssimo;

IMPORTANTE:
Crimes que envolvam violência doméstica e familiar contra a
mulher NÃO se aplicam o rito sumaríssimo tampouco os institutos
despenalizadores previsto no ordenamento jurídico vigente.
CONCEITO
Trata-se da possibilidade legal de benefício oferecido pelo
Ministério Público, no qual o acusado aceita e cumpre
determinadas condições impostas pelo juiz e ocorre após esse
cumprimento a extinção de punibilidade.

CABIMENTO

Infrações cuja pena cominada por igual ou inferior a 1 ano;

SÚMULA 723, STF: se o crime tiver alguma


IMPORTANTE: causa de aumento de pena, ela será
considerada para o cálculo da pena mínima.

JECRIM II
SUSPENSÃO CONDICIONAL REQUISITOS
DO PROCESSO
O processo ficará SUSPENSO DE 2 A 4 ANOS desde que
cumpridos os requisitos:

1. REPARAÇÃO DO DANO, salvo impossibilidade de


fazê-lo;
2. PROIBIÇÃO DE FREQUENTAR determinados
lugares;
3. PROIBIÇÃO DE AUSENTAR-SE da comarca onde
reside sem a autorização do juiz;
4. COMPARECIMENTO pessoal e OBRIGATÓRIO ao
juízo mensalmente.

REVOGAÇÃO

ocorre quando o acusado for processado por outro ilícito


OBRIGATÓRIA: penal ou não realizar a reparação do dano de modo
justificado.

ocorre quando o acusado for processado por


FACULTATIVA: contravenção penal ou descumprir qualquer uma das
condições impostas.

Faz coisa julgada material;


Durante o prazo da suspensão não ocorrerá a prescrição;
IMPORTANTE: O juiz poderá especificar outras condições, desde que adequadas
ao fato e à situação pessoal do acusado;
Se o Ministério Público não ofertar a suspensão condicional deverá
fundamentar adequadamente a sua recusa.
CONCEITO

Trata-se do acordo firmado entre o réu e o Ministério


Público, no qual o acusado aceita cumprir pena antecipada
de multa ou restrição de direitos e o processo é arquivado.

É um instituto despenalizador pré-processual.

CABIMENTO
Contravenções penais;

Crimes cuja pena máxima não seja superior a 2


anos cumuladas ou não com multa.

JECRIM III
TRANSAÇÃO PENAL REQUISITOS

1. Infração penal de menor potencial ofensivo;


2. Não ter sido o autor da infração condenado, pela
prática de crime, à pena privativa de liberdade, por
sentença definitiva;
3. Não ter sido o agente beneficiado anteriormente, no
prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva
ou multa, nos termos deste artigo;
4. Não indicarem os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do agente, bem como os motivos e as
circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da
medida.

CARACTERÍSTICAS

Personalíssima;
Voluntária;
Formal;
Tecnicamente assistida pelo defensor.

MOMENTO PROCESSUAL

É oferecida ANTES DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA,


acarretando a extinção da punibilidade caso o acusado cumpra
todas as medidas acordadas.

CONDIÇÕES
Pena restritiva de multa ou restritiva de direitos;
1. Prestação pecuniária;
2. Perda de bens e valores;
3. Limitação de fim de semana;
4. Prestação de serviço a comunidade ou a entidade pública;
5. Interdição temporária de direitos.
TRANSAÇÃO

PENAL
FLUXOGRAMA

CRIME DE MENOR
POTENCIAL
OFENSIVO. PENA:
IGUAL OU INFERIOR A
REQUISITOS
2 ANOS

PRIMARIEDADE
NÃO TER SIDO CONDENADO
DEFINITIVAMENTE NOS
ANTES DO ULTIMOS 5 ANOS - ART. 64, I, CP)
OFERECIMENTO DA
DENÚNCIA

NÃO TENHA ACEITADO


TRANSAÇÃO PENAL NOS
ÚLTIMOS 5 ANOS

NÃO É CABÍVEL
PARA CRIMES DA CIRCUNSTÂNCIAS PESSOAIS
LEI MARIA DOS AGENTES OU
DA PENHA CIRCUNSTÂNCIAS DO FATO
ASSIM INDICAREM

TRANSAÇÃO
PENAL
Súmula vinculante nº 35: A
homologação de transação penal
prevista no artigo 76 da Lei
9.099/1995 não faz coisa julgada
material e, descumpridas suas
cláusulas, retoma-se a situação
anterior, possibilitando-se ao ACEITA
Ministério Público a continuidade
da persecução penal mediante
oferecimento de denúncia ou
requisição de inquérito policial.

SIM NÃO

APLICAÇÃO DE MULTA
OU
PENAS RESTRITIVAS DE
DIREITO
MINISTÉRIO PÚBLICO
OFERECE DENÚNCIA

DESCUMPRIDAS AS
CUMPRIDAS AS CONDIÇÕES
CONDIÇÕES DA
DA TRANSAÇÃO
TRANSAÇÃO

PROCESSO
ARQUIVADO
TRANSAÇÃO

PENAL QUADRO

COMPARATIVO

TRANSAÇÃO SUSPENSÃO
ACORDO DE NÃO
PENAL CONDICIONAL
PERSECUÇÃO PENAL
DO PROCESSO

PREVISÃO
Art. 76 da Lei 9099/95 Art. 89 da Lei 9099/95 Art. 28-A do CPP
LEGAL

Antes do recebimento Juntamente com Antes do recebimento


MOMENTO
da denúncia a denúncia da denúncia

PENA DO Pena máxima igual Pena mínima igual Pena mínima inferior
CRIME ou inferior a 2 anos ou inferior a 1 ano a 4 anos

Ser réu primário e não


Réu primário estar sendo processado Réu primário
por outra infração penal

REQUISITO
Não ter sido beneficiado Não ter sido beneficiado Não ter sido beneficiado
por transação penal ou por transação penal ou por transação penal ou
suspensão condicional suspensão condicional suspensão condicional
do processo nos últimos do processo nos últimos do processo nos últimos
5 anos 5 anos 5 anos

Reparação do dano,
Pena de multa ou Renúncia do dano;
salvo impossbilidade
restritiva de direitos Renúncia voluntária
de fazê-lo;
dos bens, produtos,
Prestação pecuniária; Proibição de frequentar
instrumentos e
Perda de bens e valores; determinados lugares;
proveitos do crime;
Limitação de fim de Proibição de ausentar-
Prestação de serviços à
semana; se da comarca onde
CONDIÇÕES comunidade;
Prestação de serviço à reside, sem autorização
Prestação pecuniária;
comunidade ou prévia do juiz;
Cumprimento de
entidades públicas; Comparecimento
qualquer outra
Interdição temporária pessoal e obrigatório a
condição imposta pelo
de direitos. juízo mensalmente
MP desde que seja
para informar e
adequada ao caso e
justificar suas
condições do acusado.
atividades.

Extinção da punibilidade Extinção da punibilidade Extinção da punibilidade


CONSEQUÊNCIAS
Não gera reincidência Não gera reincidência Não gera reincidência
REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

GONÇALVES, Victor Eduardo Rios; REIS, Alexandre Cebrian Araújo. Direito Processual Penal
esquematizado. 8. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2019.

LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal: volume único. 8. Ed. Salvador: Ed.
JusPodivm, 2020.

LOPES JUNIOR, Aury. Direito processual penal. 17. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2020.

MOUGENOT, Edilson. Curso de processo penal. 13. ed. São Paulo : Saraiva Educação, 2019.

NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal. 19. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020.

_____. Curso de direito processual penal. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020.

PACELLI, Eugênio; CALLEGARI. Manual de Direito Penal. 5. ed. – São Paulo: Atlas, 2019.

TRINDADE, Daniel Messias da. Código de Processo Penal destacado e anotado. Editora Tryad.

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