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AUTORES
FELIPE BORBA
Delegado de Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul. Especialista em
Direito Público pela FMP. Mestre em Direito pela UniRitter. Professor
universitário e de cursos preparatórios para concursos. Coordenador da
disciplina de Direito Constitucional da Academia de Polícia Civil do Rio
Grande do Sul. Membro da banca do último concurso para Agentes da
Polícia Civil do RS. Aprovado em diversos concursos públicos, tendo
exercido os cargos de Analista do Ministério Público de Minas Gerais,
Advogado do CREA/RS (aprovado em 1º lugar), Assessor do Ministério
Público do Rio Grande do Sul (aprovado em 1º lugar) e advogado do
CREMERS (aprovado em 2º lugar).
RAFAEL FARIA
Delegado de Polícia Civil do Estado de São Paulo. Especialista em Direito
Penal e Processo Penal com Capacitação para Docência no Ensino Superior
pela Faculdade de Direito Damásio de Jesus/SP. Professor de Direito Penal
da Graduação em Direito do Centro Universitário Unifafibe, em
Bebedouro/SP.
RODRIGO DUARTE
Advogado da União, Ex-Oficial de Justiça e Avaliador Federal no TRF da 2ª
Região, Ex-Técnico Administrativo do Ministério Público da União (MPU),
Ex-Técnico de Atividade Judiciária no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
(TJRJ). Aprovado e nomeado no concurso de Analista Processual do
Ministério Público do Rio de Janeiro (MPE/RJ).
MIGUEL BLAJCHMAN (Organizador)
Advogado. Fundador do site Questões Discursivas. Ex-Analista de
Planejamento e Orçamento da Secretaria Municipal da Fazenda do Rio de
Janeiro (SMF/RJ). Aprovado nos seguintes concursos: Analista de Controle
Externo do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE/RJ).
Analista e Técnico do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro
(MPE/RJ) e Advogado da Dataprev.
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SUMÁRIO
DIREITO PENAL – 5
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DIREITO PENAL
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
A teoria psicológica, por sua vez, aduz que não tem relevância a constatação da
presença de qualquer limitação, transtorno ou distúrbio de ordem mental no indivíduo,
importando apenas se este tinha a capacidade de, no instante da prática do fato,
entender o seu caráter ilícito ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Recebe a crítica da ampliação do espaço para o arbítrio judicial.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Parte da doutrina aduz que a coculpabilidade deveria ser valorada por ocasião
da aplicação da pena, como circunstância atenuante, com fulcro no artigo 66 do
Código Penal.
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conduta, pois conduta é uma AÇÃO HUMANA voluntária que produz modificação no
mundo exterior.
Para a teoria finalista. Para Hans Welzel (1931), a culpabilidade deixou de ter
elementos subjetivos (dolo e culpa), passando a ter elementos meramente normativos
que requerem um juízo de valor. Daí, a teoria adotada é a normativa pura da
culpabilidade (teoria puramente normativa ou teoria normativa da culpabilidade). Para
Welzel, culpabilidade é o juízo de reprovação realizado sobre a conduta típica e ilícita,
redefinido, inclusive, o conceito de ação. O dolo e a culpa, que estavam na
culpabilidade, passaram a integrar a conduta, situada no fato típico, permanecendo a
consciência da ilicitude, como elemento de valoração, na culpabilidade, extraída do
dolus malus. Da teoria neoclássica (neokantista), a exigibilidade de conduta diversa
passou a integrar a culpabilidade como elemento normativo, como também a própria
imputabilidade (era a teoria psicológica-normativa da culpabilidade). Assim, a
culpabilidade no sistema finalista (finalismo de Welzel) passou a ter como elementos:
imputabilidade, potencial consciência (conhecimento) da ilicitude e exigibilidade de
conduta diversa.
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direito penal; ou seja, para que um fato seja típico, a conduta que lhe deu origem deve
violar o ordenamento jurídico considerado como um todo. Para os penalistas Eugênio
‘aúl )affaroni e José Henrique Pierangeli, “a tipicidade penal não se reduz à tipicidade
legal (adequação à formulação legal), e sim, deve evidenciar uma verdadeira proibição
com relevância penal, para o que é necessário que esteja proibida à luz da
consideração conglobada da norma. Isto significa que tipicidade penal implica na
tipicidade legal corrigida pela tipicidade conglobante, que pode reduzir o âmbito de
proibição aparente que surge da consideração isolada da tipicidade legal”. (Eugênio
Raúl Zaffaroni; José Henrique Pierangeli. Manual de Direito Penal Brasileiro: parte
geral. Revista dos Tribunais, p. 549-50.) Nessa linha, a existência do fato típico se funda
em duas premissas: a) a conduta do agente deve ser analisada à luz do universo
normativo como um todo, ou seja, deve ser antinormativa; b) a conduta deve ofender
ou colocar em perigo o bem jurídico previsto pelo tipo penal de forma efetiva e
relevante (tipicidade material).
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Ocorre que, ainda que tenha praticado conduta que se amolde ao tipo penal em
questão, o crime de falso testemunho pode ser extinto em razão da retratação do
agente.
A retratação vem disciplinada no art. 342, §2º, do CP, explicitando que deixa de
ser punível o fato se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente
se retrata ou declara a verdade. Trata-se de um incentivo para que a pessoa, antes de
prolatada a sentença que levaria em conta o falso testemunho, esclareça a verdade
sobre os fatos, contribuindo, portanto, para o melhor juízo acerca dos fatos.
O Estatuto do Idoso — Lei n.º 10.741/2003 — discrimina, nos seus arts. 96 a 108,
delitos especiais em que a vítima é sempre pessoa idosa. À luz das regras especiais
estabelecidas no Estatuto do Idoso com relação aos crimes contra pessoa idosa,
discorra sobre: 1 a idade mínima para que uma pessoa possa ser considerada vítima
dos crimes previstos no Estatuto do Idoso; [valor: 4,00 pontos] 2 o regramento do
Estatuto do Idoso com relação a escusa absolutória ou imunidade do autor de crime
contra pessoa idosa; [valor: 8,00 pontos] 3 a natureza da ação penal relativa a crime
previsto no Estatuto do Idoso; [valor: 4,00 pontos] 4 os procedimentos a serem
adotados considerando-se a pena máxima aplicada ao autor de crime previsto no
Estatuto do Idoso; [valor: 4,00 pontos] 5 o entendimento do STF acerca da
aplicabilidade do procedimento para os crimes com pena superior a dois anos e não
maior que quatro anos de reclusão. [valor: 8,00 pontos]
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Para ser considerada vítima idosa, a pessoa deve ter idade igual ou superior a
60 anos (nos termos do art. 1.º do Estatuto do Idoso). 2 Ainda que o delito seja
cometido por ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, não existe qualquer
escusa absolutória ou imunidade (art. 95 do Estatuto do Idoso). Deve ser ressaltado,
ainda, que o Estatuto do Idoso inseriu norma semelhante à do art. 183, III, do Código
Penal, excluindo as imunidades nos crimes contra o patrimônio de pessoa idosa,
mesmo que cometidos por uma das pessoas citadas. 3 A ação será sempre pública
incondicionada, ainda que o delito tenha sido cometido por algum familiar da vítima
(art. 95 do Estatuto do Idoso). 4 Procedimento a) Pena máxima de até dois anos – são
aplicáveis todos os benefícios da Lei n.º 9.099/1995, e não apenas o rito sumaríssimo.
b) Pena máxima de dois anos a quatro anos – afasta-se o rito sumário e adota-se o
sumaríssimo após o oferecimento da denúncia. Impossibilidade de aplicação de
quaisquer medidas despenalizadoras e de interpretação benéfica ao autor do crime. c)
Pena máxima superior a quatro anos – rito comum ordinário, sem normas
despenalizadoras.
JURISPRUDENCIA APLICADA:
Existem crimes nos arts. 96 a 108 da Lei n.º 10.741/2003 em que a vítima é sempre
pessoa idosa (com idade igual ou superior a 60 anos). Em relação a esses delitos
especiais a referida lei trouxe algumas regras que merecem menção. Em primeiro
lugar, ainda que o delito seja cometido por ascendente, descendente, cônjuge ou
companheiro, não existe qualquer escusa absolutória ou imunidade (art. 95 da Lei n.º
10.741/2003). O Estatuto do Idoso, aliás, inseriu norma semelhante à do art. 183, III,
do Código Penal, excluindo as imunidades nos crimes contra o patrimônio de pessoa
idosa, mesmo que cometido por uma das pessoas citadas. Os crimes elencados na Lei
n.º 10.741/2003 apuram-se necessariamente mediante ação pública incondicionada,
ainda que o delito seja cometido por algum familiar. (...) O Supremo Tribunal Federal
julgou parcialmente procedente a ação direta de inconstitucionalidade n.º 3.096 para
dar interpretação conforme a Constituição no sentido de aplicar-se aos crimes do
Estatuto do Idoso apenas o rito sumaríssimo, quando a pena for superior a dois anos e
não maior do que quatro anos, não se permitindo a aplicação de quaisquer medidas
despenalizadoras e interpretação benéfica ao autor do crime cuja vítima seja idoso. A
propósito: art. 94 da Lei n.º 10.741/2003: interpretação conforme à Constituição do
Brasil, com redução de texto, para suprimir a expressão “do Código Penal” e aplicação
apenas do procedimento sumaríssimo previsto na Lei n.º 9.099/1995: benefício do
idoso com a celeridade processual. Impossibilidade de aplicação de quaisquer medidas
despenalizadoras e de interpretação benéfica ao autor do crime. 3. Ação direta de
inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente para dar interpretação
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A princípio, Mauro não responderá pelo crime de moeda falsa (art. 289 do CP).
O Estado tem interesse em preservar o objeto jurídico “fé pública”, que é a confiança
que os cidadãos depositam na legitimidade dos sinais, documentos e moeda em
circulação. A potencialidade de dano, embora não esteja expressamente prevista no
tipo penal, é implícita e faz parte da essência do delito de falso. Assim, é necessário que
a falsificação tenha idoneidade para enganar, que as pessoas em geral a tomem por
verdadeira. Não precisa ser perfeita, mas que induza a erro um número indeterminado
de pessoas. Por essa razão, caso se trate de uma falsidade grosseira, haverá crime
impossível ou, dependendo do caso concreto, deverá ser aplicada a Súmula n.º 73 do
STJ: a utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime
de estelionato.
Ainda que seja apenas uma nota, não se aplica o princípio da insignificância,
por se tratar de delito contra a fé pública, havendo interesse estatal na sua repressão.
O bem violado é a fé pública, a qual é um bem intangível e que corresponde à
confiança que a população deposita em sua moeda, não se tratando, assim, da simples
análise do valor material por ela representado. STJ. 6.ª Turma. AgRg no AREsp
558.790/SP, Rel. min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 15/10/2015.
JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Cumpre lembrar que o art. 2º do ECA define criança como a pessoa de até 12
(doze) anos de idade incompletos, e adolescente, aquela entre 12 (doze) e 18 (dezoito)
anos de idade.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
1- Circunstâncias – são dados acessórios do crime; não integram o tipo penal, apenas
agravam ou atenuam a pena prevista. Não integram o tipo penal.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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A mera fratura de um braço ou de uma perna não configura lesão grave, nos
termos dos § 1º e 2º do artigo 129 do Código Penal, de maneira que se mostra atípica a
conduta narrada. Entretanto, poder-se-ia cogitar a caracterização do crime de
instigação a suicídio, no exemplo citado, acaso configurada alguma das hipóteses
dispostas no § 1º do art. 129 do CP: incapacidade para as ocupações habituais por mais
de 30 (trinta) dias; perigo de vida; debilidade permanente de membro, sentido ou
função; ou aceleração de parto.
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Cumpre registrar que a posse de droga para uso próprio é crime, mas, nesse
caso, descabe a autuação em flagrante, devendo ser formalizado o pertinente termo
circunstanciado com a imediata liberação do indivíduo, em razão da natureza das
penas previstas no artigo 28 da Lei de Drogas (crime de menor potencial ofensivo).
É notório que um celular de tal marca, novo, jamais poderia ser comercializado
por um vendedor ambulante e pelo valor de trezentos reais, o que não alcança um
décimo do valor normal de mercado. A norma supracitada diz que é crime adquirir
coisa que, pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a
oferece, deva presumir-se obtida por meio criminoso.
Ou seja, ainda que não se possa imputar o crime de receptação (art. 180, caput,
do CP, com pena de reclusão de um a quatro anos, e multa) ao adquirente do celular,
porquanto ausentes elementos de convicção acerca da ciência da origem ilícita do bem,
era presumível essa circunstância, de forma que a falta de cautela na aquisição do
objeto fundamenta a imputação do crime a título culposo (§ 3º do art. 180 do CP, com
pena de detenção de um mês a um ano, e/ou multa).
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Jorge, réu reincidente, foi condenado em primeiro grau à pena de dois anos de
reclusão em regime fechado por furto consumado de uma garrafa de vodka de dentro
de um supermercado, avaliada em R$ 80,00. Toda a ação de Jorge foi acompanhada
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por agentes de segurança que monitoravam seus movimentos por câmeras de circuito
interno de vídeo. Imediatamente ao sair do supermercado sem pagar a garrafa de
vodka, Jorge foi preso em flagrante delito pelos agentes de segurança do
estabelecimento comercial. Com base nessa situação hipotética, responda as
seguintes questões, justificando suas respostas: a) Houve a consumação do furto? b)
Considerando-se as circunstâncias do furto, é possível a aplicação do princípio da
insignificância?
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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Como distinguir homicídio tentado de lesão corporal grave com perigo de morte?
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
A distinção entre os delitos de homicídio tentado (art. 121, c/c art. 14, II, do CP)
e de lesão corporal grave com perigo de morte (art. 129, § 1º, II, do CP) reside no
elemento subjetivo, ou seja, no dolo do agente. No homicídio tentado, o indivíduo tem
a intenção de matar a vítima, ao passo que no crime de lesão a vontade do agente
abarca apenas a ofensa à integridade física ou à saúde da vítima, figurando o perigo
de morte apenas como consequência – não desejada - da sua conduta.
Se o dolo do agente abranger o fato de, por meio de sua conduta, colocar a
vítima em “perigo de vida”, estará caracterizado o denominado dolo eventual em
relação ao evento morte, estando essa espécie de dolo prevista no artigo 18, inciso I,
parte final, do Código Penal. O dolo eventual, nos termo dessa norma, configura-se
quando o sujeito, não desejando determinado resultado, assume o risco de produzi-lo,
demonstrando, pois, indiferença frente ao resultado previsto. Cabe registrar que
predomina na doutrina o entendimento de que cabe tentativa na seara do dolo
eventual, avalizado pela jurisprudência (AgRg no REsp 1.199.947, j. 11.12.2012, STJ), de
forma que, havendo desejo de lesionar, mas com consentimento frente à possível,
prevista e consequente morte da vítima, a adequação típica da conduta passa para o
delito de homicídio tentado.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Sendo o crime um fato típico, ilícito e culpável, o que justifica a punição do partícipe
maior de um ato infracional cometido por menor de 17 anos?
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
“egundo ‘ogério Greco, “se a ordem não for manifestamente ilegal, ou seja, se
não for evidente a sua ilegalidade, deverá o servidor, atento aos princípios que regem a
Administração Pública, obedecer-lhe. Ao contrário, se for manifesta a ilegalidade da
ordem, o servidor será desobrigado de cumpri-la”.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Erro de tipo acidental é todo equívoco sobre questões que escapam da estrutura
do tipo penal, não afastando a responsabilidade criminal pelo fato. Não se trata, pois,
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As principais espécies de erro de tipo acidental são: erro sobre a pessoa, erro
sobre o objeto, erro sobre as qualificadoras, erro sobre o nexo causal, erro na execução
e resultado diverso do pretendido.
Há erro sobre as qualificadoras, por sua vez, nos casos em que o indivíduo
acredita estar praticando conduta que se amolda a determinada circunstância
qualificadora, quando, na verdade, esta não está configurada. Exemplo corriqueiro é o
do sujeito que furta um veículo achando que está usando uma chave falsa (art. 155, §
4º, III, do CP), mas acabou empregando a chave verdadeira. Ocorrendo erro sobre uma
qualificadora, esta não poderá incidir, mas a responsabilização penal básica
permanece íntegra.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Além disso, cumpre ressaltar que a coação moral irresistível pode ensejar a
imputação, ao coator, da prática do crime de tortura, previsto no artigo 1º, I, “b”, da
Lei nº 9.455/97.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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de qualquer modo, concorre para o crime, incide nas penas a este cominadas, na
medida de sua culpabilidade”. á teoria unitária, pois, fundamenta a responsabilização
criminal com base em idêntico tipo a todos que de qualquer forma contribuam para o
evento delitivo.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
O professor incidiu no tipo do art. 217-A do Código Penal, haja vista ter
praticado ato libidinoso com menor de 14 anos, perpetrando, pois, o crime de estupro
de vulnerável. A mãe, tendo o dever legal de agir com a finalidade de evitar a prática
do crime, por força do disposto no § 2º do art. 13 do Código Penal, na posição de
garante ou garantidora, responderá pelo mesmo delito.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Cumpre lembrar que o art. 2º do ECA define criança como a pessoa de até 12
(doze) anos de idade icompletos, e adolescente, aquela entre 12 (doze) e 18 (dezoito)
anos de idade.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Atualmente, é a teoria adotada pela jurisprudência pátria, que não mais exige a
posse mansa e pacífica do bem para considerar consumado o furto, de forma que se o
agente é perseguido logo após a prática do crime e a coisa subtraída é recuperada, o
crime patrimonial estará consumado. Em relação ao crime de roubo, a Súmula nº 582
do “TJ é explícita nesse sentido: “consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse
do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e
em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo
prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada”.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
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O crime previsto no art. 313-A, CP, preenche o requisito objetivo relativo à pena.
Lei n.º 12.850/2013 Art. 1. Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a
investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o
procedimento criminal a ser aplicado. § 1.º Considera-se organização criminosa a
associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada
pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais
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cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter
transnacional. O candidato deve afirmar que é possível a configuração de organização
criminosa desde que o crime seja cometido por um grupo mínimo de quatro agentes,
atuando em estrutura ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com o objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza. No caso, ainda está
preenchido o requisito objetivo relativo à pena (pena máxima superior a quatro anos).
Caso algum dos requisitos não seja cumprido, a organização criminosa não restará
configurada.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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O fato de o agente, por motivos de ordem geográfica, ter que passar por mais
de um estado para chegar ao seu destino final não é suficiente para caracterizar a
interestadualidade. STJ. 6.ª Turma. HC 214.942-MT, Rel. Ministro Rogerio Schietti Cruz,
julgado em 16/6/2016 (Info 586). 3 Súmula n.º 587 STJ: Para a incidência da majorante
prevista no art. 40, V, da Lei n.º 11.343/2006, é desnecessária a efetiva transposição de
fronteiras entre estados da Federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da
intenção de realizar o tráfico interestadual.
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JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
Súmula Vinculante nº. 24 do STF: “Não se tipifica crime material contra a ordem
tributária, previsto no art.1.º, incisos I a IV, da Lei n.º 8.137/90, antes do lançamento
definitivo do tributo.”
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
O roubo próprio encontra previsão legal no art. 157, caput, do Código Penal,
enquanto que o roubo impróprio está fundamentado no art. 157, §1º, também do
Código Penal. á classificação em “próprio” ou “impróprio” refere-se ao momento do
emprego do meio de execução.
Frise-se que o roubo próprio pode ser praticado mediante grave ameaça,
violência à pessoa – chamada violência própria – ou depois de haver reduzido a vítima
à impossibilidade de resistência – o que se denomina de violência imprópria. Já o roubo
impróprio não admite violência imprópria, ante a ausência de previsão legal.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
PENAL. RECURSO ESPECIAL. ART. 157, §§ 1º E 2º, INCISO I, DO CÓDIGO PENAL. ROUBO
IMPRÓPRIO MAJORADO. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA. O crime previsto no art. 157, §
1º, do Código Penal consuma-se no momento em que, após o agente tornar-se
possuidor da coisa, a violência é empregada, não se admitindo, pois, a tentativa
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
O crime culposo, que encontra previsão no art. 18, II, do Código Penal, revela-se
em uma conduta voluntária, que resulta em um evento ilícito não querido ou não
aceito pelo agente, mas que lhe era previsível ou excepcionalmente previsto e que
poderia ser evitado se empregasse a cautela esperada.
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Flávio tomou conhecimento da convocação feita nas redes sociais para manifestação
popular nas ruas de sua cidade e, com o único intuito de depredar patrimônio público
e agredir policiais, pesquisou na Internet o modo de confecção de um coquetel
molotov. Após ter anotado o material necessário para a fabricação do explosivo,
dirigiu-se a uma loja, onde comprou os produtos, voltou para casa e confeccionou o
artefato. Munido do explosivo e de pedaços de pau e pedras, Flávio compareceu à
manifestação e, aproveitando-se do aglomerado de pessoas, lançou o coquetel contra
policiais, que foram atingidos, e, ainda, depredou vários monumentos públicos.Com
base nessa situação hipotética, discorra sobre o iter criminis, especificando, sem
necessidade de adequação típica, as fases pelas quais passa o delito em questão e
estabelecendo a diferença entre elas.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Já no momento em que Flávio lança o coquetel contra policiais, este inicia a fase
externa denominada execuçãoou atos executórios. Nesta fase, há efetivamente o início
da realização do núcleo do tipo, o que torna o fato punível, quando temos, pelo menos,
crime tentado.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
O réu denunciado por crime na forma consumada pode ser condenado em sua forma
tentada, mesmo que não tenha havido aditamento à denúncia. Inicialmente, vale
ressaltar que a tentativa não é uma figura autônoma, pois a vontade contrária ao
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
Recurso ordinário em habeas corpus. Delitos de roubo. Unificação das penas sob a
alegação de continuidade delitiva. Não-ocorrência das condições objetivas e
subjetivas. Impossibilidade de revolvimento do conjunto probatório para esse fim.
Recurso desprovido. Precedentes. 1. Para configurar o crime continuado, na linha
adotada pelo Direito Penal brasileiro, é imperioso que o agente: a) pratique mais de
uma ação ou omissão; b) que as referidas ações ou omissões sejam previstas como
crime; c) que os crimes sejam da mesma espécie; d) que as condições do crime
(tempo, lugar, modo de execução e outras similares) indiquem que as ações ou
omissões subseqüentes efetivamente constituem o prosseguimento da primeira. 2. É
assente na doutrina e na jurisprudência que não basta que haja similitude entre as
condições objetivas (tempo, lugar, modo de execução e outras similares). É necessário
que entre essas condições haja uma ligação, um liame, de tal modo a evidenciar-se, de
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
A ausência de previsão, por sua vez, surge quando o agente não prevê o
resultado objetivamente previsível, não enxergando aquilo que o homem médio
conseguiria ver. Deve-se ressaltar, todavia, que, excepcionalmente, quando o agente
prevê o resultado, pode haver a chamada culpa consciente.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
O tipo penal descrito no art. 89 da Lei nº 8.666/93 busca proteger uma série de
bens jurídicos além do patrimônio público, tais como a moralidade administrativa, a
legalidade, a impessoalidade e o respeito ao direito subjetivo dos licitantes ao
procedimento formal previsto em lei.
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Por sua vez, o STF entende que o tipo penal do art. 89 da Lei n. 8.666/93, além
da vontade consciente e livre de contratar independentemente da realização de prévio
procedimento licitatório, demanda a intenção de produzir um prejuízo aos cofres
públicos por meio do afastamento indevido da licitação.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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Fale sobre a ação penal na Lei Maria da Penha. Quem pode ser sujeito passivo? O Gay
pode figurar no pólo passivo? O transexual? A empregada doméstica? E se for um casal
de gays homens ou mulheres, a quem a lei defende?
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Diante desse cenário normativo, entende-se que somente a mulher pode ser
sujeito passivo dos crimes alcançados pela Lei Maria da Penha. A Jurisprudência, nesse
ponto, abarca a violência entre casal, entre primos, entre irmãos, entre pais e filhas,
entre genros/noras e sogras, mas desde que a vítima seja mulher.
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Finalmente, ressalte-se que há quem sustente que a Lei Maria da Penha possa
ser aplicada em violências praticadas contra homens, desde que configurada
circunstância de vulnerabilidade, o que, entretanto, não encontra respaldo legal,
extrapolando a finalidade da norma.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Merece registro que, no ano de 2015, o STF restringiu ainda mais as hipóteses
de maus antecedentes, porquanto decidiu que se o crime for praticado após o período
depurador da reincidência (5 anos após a extinção da pena), o fato não poderá ser
valorado como mau antecedente pelo magistrado sentenciante.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Crimes Hediondos- Qual o sistema adotado pela lei para definição dos crimes
hediondos?
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Entretanto, por não haver decisão definitiva do STF sobre as contravenções que
são alvo de críticas doutrinárias, não se pode afirmar que perderam vigência. Ademais,
como assevera a doutrina, diversas normas que definem contravenções não são
aplicadas, contribuindo para o descrédito do Direito Penal e o sentimento de
impunidade.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Fale sobre Direito Penal de Emergência, Direito Penal Simbólico e Direito Penal
Promocional.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Em que pese haja doutrina que sustente que a falsificação de CDs e DVDs seja
conduta socialmente adequada, e por isso não mereça a incidência de normas penais,
predomina o entendimento jurisprudencial de que o fato é crime - previsto no art. 184,
§ 2º, do CP, no Capítulo dos Crimes contra a Propriedade Imaterial.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Durante muito tempo se entendeu que aquele que transmitisse o vírus da AIDS
a alguém, ou procurasse transmitir, deveria ser responsabilizado por homicídio,
consumado ou tentado, ou seja, com base no art. 121 do CP. Ocorre que, com o avanço
da medicina, desenvolveram-se tratamentos que reduziram sobremaneira a fatalidade
dessa síndrome. Por isso, a Jurisprudência viu-se compelida a se adaptar.
Hoje, ainda que existam vozes a sustentar que o elemento subjetivo do agente
pode determinar o enquadramento da conduta no tipo do homicídio, predomina o
entendimento, principalmente na Jurisprudência, de que o indivíduo que transmite o
vírus da AIDS, intencionalmente, a alguém – como é o caso do chamado Clube do
Carimbo – deverá responder criminalmente com base no art. 129, § 2º, II, do CP, que
prevê hipótese de lesão corporal gravíssima (quando da ofensa à saúde ou à
integridade corporal de alguém resultar enfermidade incurável).
A conduta de jogar calouro na piscina em festa da faculdade e tal pessoa não sabe
nadar, vendo-o se afogar o veterano responde por crime?
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Trata-se de hipótese disciplinada pelo art. 13, § 2º, “c”, do CP, segundo o qual a
omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o
resultado, sendo que o dever de agir incumbe a quem com seu comportamento
anterior criou o risco da ocorrência do resultado.
Considerando que ninguém mata alguém sem praticar uma ação, a norma do
art. 13, § 2º, do CP, é daquelas que estendem a tipicidade da norma incriminadora,
porquanto faz com que o tipo abranja não somente condutas ativas, mas omissivas,
desde que configurado o dever de agir. Não fosse assim, a conduta seria atípica, ou, no
máximo, enquadrar-se-ia no tipo do art. 135 do CP (crime de omissão de socorro).
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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praticado contra mulher que será “feminicídio”. Nessa linha, caracteriza feminicídio –
ou seja, incide a qualificadora – a mulher morta pelo marido (intencionalmente). De
outra banda, não caracteriza feminicídio o sujeito que mata a mulher que estaria
concorrendo à mesma vaga de emprego (muito embora seja qualificado, mas por outra
causa).
Quais os requisitos para caracterizar uma organização criminosa, nos termos da lei
12.850/2013?
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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delito de associação para o tráfico (art. 35 da Lei nº 11.343/06, que exige dois ou
mais). Ademais, assevera-se que a organização, ainda que informal, deve conter a
figura do líder, do dirigente da atuação, sob pena de se descaracterizar o mínimo de
estruturação, embora não seja necessário o planejamento meticuloso e detalhista dos
delitos que se almejam praticar.
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Caso o motorista não tenha prestado socorro à vítima (o que, por força do art.
301 do CTB, afastaria a possibilidade de prisão em flagrante), estaria preso em
flagrante, por ambos os delitos, merecendo destaque que, por estar embriagado,
dispensa-se a representação para o crime de lesão (com fulcro no art. 291, § 1º, I, do
CTB). A autoridade policial, então, deveria lavrar o competente auto de prisão em
flagrante, acostando os elementos de convicção que demonstrem a materialidade
delitiva (da embriaguez e da lesão) e a autoria.
Não sendo viável a prisão em flagrante por algum motivo (seja pela prestação
de socorro à vítima, seja pela ausência de notícias sobre seu paradeiro), deve a
autoridade instaurar o competente inquérito policial, destacando-se que o delito de
lesão, em regra, é apurável por meio de Termo Circunstanciado, nos moldes da Lei nº
9.099/95. Isso ocorre porque se trata de infração penal de menor potencial ofensivo,
excetuando-se nos casos previstos no art. 291, §2º, do CTB, dos quais a embriaguez é
hipótese.
Suponha que uma mulher seja vítima de lesões corporais graves praticadas por sua
nora, com a qual se relaciona regularmente, embora com ela não resida nem
mantenha relação de dependência econômica. A esse caso aplica-se a Lei Maria da
Penha? Fundamente sua resposta na legislação de regência e em recentes
posicionamentos do STJ sobre o tema.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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É possível aplicação da Lei Maria da Penha mesmo que agressor e vítima não
morem juntos. (Súmula nº 600 do STJ)
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Ocorreu erro de tipo acidental, mais precisamente aberratio ictus (ou erro na
execução) com duplo resultado (ou unidade complexa). Nessa situação, o traficante
deverá responder por todos os resultados, em concurso formal de crimes.
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4- Dolo de primeiro grau – é o dolo direto, hipótese em que o agente, com consciência e
vontade, persegue determinado resultado (fim desejado).
Considere a seguinte situação hipotética: Hiago, de 40 anos de idade, dirigia seu carro
na velocidade da via, por volta das 15 h de um dia ensolarado, e, ao atender a uma
ligação em seu celular sem perceber que Ana, de 18 anos de idade, atravessava a faixa
de pedestres, atropelou-a. Ana foi socorrida por Hiago e levada ao hospital, onde
faleceu em decorrência de hemorragia e edema cerebral no curso de tratamento
hospitalar para traumatismo craniencefálico. Hiago realizou composição civil com a
família de Ana. Com relação a essa situação hipotética, atenda, à luz da jurisprudência
dos Tribunais Superiores, ao que se pede a seguir. 1 Explique se é cabível o
arrependimento posterior. 2 Discorra sobre a natureza jurídica desse instituto e os
seus requisitos. 3 Informe sobre o momento da compensação pecuniária e as
consequências jurídicas.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Natureza jurídica -Causa obrigatória de redução de pena, que varia entre 1/3 a
2/3 da pena, cujo parâmetro será a presteza na reparação do dano ou na restituição
da coisa. Nos crimes culposos, mesmo que violentos, admite-se o benefício, uma vez
que não há violência intencional na conduta, mas sim no resultado. A violência à coisa
não obsta o reconhecimento do instituto, como acontece no crime de dano. A vedação
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Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br
legal diz respeito à violência própria, e não à violência imprópria. Logo, cabível a
aplicação do instituto caso haja violência imprópria praticada contra a pessoa. No
tocante à chamada violência imprópria, por meio da qual o agente reduz a vítima à
impossibilidade de resistência, sem, contudo, empregar força física ou grave ameaça,
entendemos que não deve ser excluída do raio de incidência do art. 16 do CP. O
dispositivo em análise menciona ‘violência ou grave ameaça’. “e se quisesse excluir a
violência imprópria, a expressão usada seria ‘violência, grave ameaça ou redução, por
qualquer meio, da capacidade de resistência da vítima’. Uma ligeira interpretação
lógico-sistemática dos artigos 146 e 157 do CP não permite outra conclusão. Além
disso, como diz um velho princípio hermenêutico, ‘onde a lei não distingue, ao
intérprete não é lícito distinguir’. “e, por exemplo, o agente narcotiza a bebida da
vítima, oferecendo-lhe uma fruta ‘contaminada’, pondo-a para dormir, aproveitando-
se para, logo em seguida, subtrair-lhe a carteira, haverá delito de roubo, diante do
emprego da violência imprópria. Nesse caso, porém, o agente, vindo a reparar o dano,
pôde beneficiar-se do art. 16 do CP. Já em um roubo com violência física ou grave
ameaça, torna-se inadmissível a aplicação deste artigo. (Flávio Monteiro de Barros.
Direito Penal – Parte Geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2003, p. 286.)
A reparação do dano à vítima deve ser integral, visto que a reparação parcial
não seria suficiente para a incidência da respectiva causa de diminuição. Nesse sentido,
conclui o STJ: [...] A causa de diminuição de pena prevista no artigo 16 do CP
(arrependimento posterior), exige a reparação integral, voluntária e tempestiva do
dano, nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa (STJ, Sexta
Turma, AgRg no RHC 56.387/CE, rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em
16/03/2017). O ressarcimento pode ser parcial caso a vítima aceite parte do
pagamento e renuncie ao restante.
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circunstâncias que sempre atenuam a pena: [...] III – ter o agente: [...] B – procurado,
por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-
lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano.
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Considerando que tenha sido decretada prisão temporária de indiciado pela prática de
crime hediondo, discorra sobre os prazos da prisão cautelar, com base na Lei n.º
7.960/1989, que dispõe sobre a prisão temporária, e na Lei n.º 8.072/1990, que dispõe
sobre os crimes hediondos, e estabeleça um contraponto com o prazo fixado para a
conclusão do inquérito policial nos termos do art. 10 do Código de Processo Penal.
[valor: 12,00 pontos] Fundamente sua resposta, abordando as três correntes
doutrinárias que versam sobre a matéria. [valor: 16,00 pontos]
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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que coincide com o prazo previsto no CPP para as hipóteses em que o investigado está
preso (art. 10, caput). O tema ganha relevância ao se analisar a hipótese de
investigação policial em relação ao autor de crimes hediondos e equiparados, cuja
prisão temporária tenha sido decretada por até 60 (sessenta) dias. A nosso ver, se a
prisão temporária foi decretada para auxiliar nas investigações em relação a crimes
hediondos e equiparados, tem-se que o prazo máximo para a conclusão das
investigações é de 60 (sessenta) dias, sendo inviável que, após esse interstício de 60
(sessenta) dias, a autoridade policial disponha de mais 10 (dez) dias para finalizar o
inquérito policial” (‘enato Brasileiro de Lima. Código de Processo Penal Comentado. 3.ª
ed. Editora Juspodivm, 2018, p. 88). No mesmo sentido, assevera Norberto Avena, em
Processo Penal Esquematizado. 7.ª ed. Método, p. 194-5.
Por fim, a terceira corrente afirma não ser cabível conferir prazo diferenciado
do art. 10 do CPP para a conclusão das investigações policiais na hipótese de prisão
temporária para fins de apuração de crime hediondo, devendo o inquérito policial ser
remetido ao expirar o decêndio legal. Finalizado esse prazo, o inquérito deverá ser
encaminhado a juízo, onde o Ministério Público analisará a presença dos elementos
necessários ao oferecimento da peça acusatória. Oferecida a denúncia, revoga-se a
prisão temporária ou converte-se a prisão em preventiva. Acaso o MP entenda pela
complementação de diligências, os autos do inquérito policial devem ser devolvidos à
autoridade policial, mantendo-se a prisão temporária até o limite fixado pela Lei n.º
8.072/1990, art. 2.º, § 4.º (30 dias prorrogáveis por igual período).
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Uma vez quebrada a fiança, nos termos do artigo 343 do CPP, há a perda
definitiva da metade do valor recolhido, e o juiz pode aplicar outras medidas
cautelares, inclusive determinar a prisão preventiva, vedando-se concessão de nova
fiança no mesmo processo (art. 324, I, do CPP).
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em definitivo, não se apresenta para o início do cumprimento da pena. Registre -se que
o valor da fiança, em razão do perdimento, é recolhido ao fundo penitenciário, após a
dedução das custas e demais encargos relativos ao processo, nos termos do art. 345 do
CPP.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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A justa causa duplicada, por sua vez, é demandada no âmbito das ações penais
que versem sobre crime de lavagem de dinheiro, uma vez que, além da existência de
indícios do crime de lavagem (ocultação ou dissimulação sobre a natureza, origem,
etc., de bens, direitos e valores), deve o denunciante instruir a ação com indícios
suficientes também da existência da infração penal antecedente, ou seja, sobre o delito
do qual os bens, valores ou direitos “lavados” são provenientes, obedecendo-se ao
comando do § 1º do artigo 2º da Lei nº 9.613/98.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
A Constituição Federal de 1988 (CF), em seu art. 243, preceitua que “todo e
qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de institui ções e
pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e
custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de
tráfico destas substâncias”. ássim, em decorrência do preceito constitucional, o
confisco atinge todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência da
prática do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tendo a atuação estatal um
foco patrimonial, em que pese tal prática não constituir crime contra o patrimônio.
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Art. 61. Não havendo prejuízo para a produção da prova dos fatos e
comprovado o interesse público ou social, ressalvado o disposto no art. 62 desta Lei,
mediante autorização do juízo competente, ouvido o Ministério Público e cientifi cada a
Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), os bens apreendidos poderão ser utilizados
pelos órgãos ou pelas entidades que atuam na prevenção do uso indevido, na atenção
e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e na repressão à produção não
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, exclusivamente no interesse dessas atividades.
Parágrafo único. Recaindo a autorização sobre veículos, embarcações ou aeronaves, o
juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao equivalente órgão de registro e controle a
expedição de certificado provisório de registro e licenciamento, em favor da instituição
à qual tenha deferido o uso, ficando esta livre do pagamento de multas, encargos e
tributos anteriores, até o trânsito em julgado da decisão que decretar o seu perdimento
em favor da União.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
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24/05/2016)
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Conforme prevê a Constituição Federal de 1988 (art. 129, VII), o Ministério Público
possui a função institucional de exercer o controle externo da atividade policial, na
forma de lei complementar. A respeito desse assunto, responda, de forma
fundamentada e com base no entendimento do STJ, aos seguintes questionamentos. 1
O Ministério Público poderá ter acesso às ordens de missão da Polícia Federal? 2 O
Ministério Público poderá ter conhecimento dos relatórios de inteligência produzidos
pela Diretoria de Inteligência da Polícia Federal? 3 Procurador da República poderá
instaurar ou participar da comissão de processo administrativo disciplinar formada
para a apuração de infração cometida por delegado federal?
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Os parágrafos 2.º e 6.º do art. 4.º da Lei n.º 12.850, de 2 de agosto de 2013,
que definem organização criminosa e versam sobre a investigação criminal e os meios
de obtenção de prova, garantem a legitimidade do delegado de polícia para conduzir e
entabular acordos de colaboração premiada, oferecendo, em contrapartida, o perdão
judicial, redução da pena privativa de liberdade, mudança de regime de cumprimento
ou substituição por restritiva de direitos. Trata-se de instrumento utilizado como meio
de obtenção de provas, no interesse da investigação de crimes relacionados ao crime
organizado, mediante controle do Ministério Público e do Poder Judiciário e com o
efetivo acompanhamento da defesa.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Assim, se houve justificativa expressa para o uso das algemas durante atos
processuais, não há de se falar em ilícito.
JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
77
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
78
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JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
79
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Por outro lado, entende ainda o STJ que, uma vez determinada judicialmente a
busca e apreensão do aparelho, é lícito o acesso aos dados armazenados no telefone
apreendido, notadamente quando a decisão judicial aludir expressamente ao acesso.
JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
STJ, 6.ª Turma, HC 315.220/RS, Rel. Ministra Maria Thereza de Assis Moura,
15/9/2015, DJe 9/10/2015.
STJ, 5.ª Turma, RHC 75.800/PR, Rel. Ministro Felix Fisher, 15/9/2016, DJe 26/9/2016.
STJ, 5.ª Turma, RHC 67.379/RN, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, 20/10/16, DJe 9/11/16.
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Nos termos do art. 109, inciso V-á, da CF, “aos juízes federais compete
processar e julgar as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5.º, deste
artigo”. Por seu turno, o § 5.º do dispositivo constitucional citado, assim assevera: §
5.º: Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da
República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de
tratados internacionais dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o
Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para a Justiça Federal.
Assim, para a federalização dos crimes contra os direitos humanos, são exigidos
dois pressupostos: a) a existência de crime praticado com grave violação aos direitos
humanos; b) demonstração concreta de risco de descumprimento de obrigações
decorrentes de tratados internacionais firmados pelo Brasil, resultante da inércia,
negligência, falta de vontade política ou condições reais do estado-membro, por suas
instituições, em proceder à devida persecução penal. Os requisitos basilares para o
deslocamento da competência foram fixados pelo STJ no julgamento do IDC referente
ao caso da missionária Dorothy Stang, no Pará, em 2005. (IDC 1/PA, Rel. Ministro
Arnaldo Esteves Lima, julgado em 8/6/2005, DJ 10/10/2005).
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Processo Penal. 5.ª ed., Editora JusPodium, p. 457-8. IDC 1/PA, Rel. Ministro Arnaldo
Esteves Lima, julgado em 8/6/2005, DJ 10/10/2005.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Art. 201 do CPP. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado
sobre as circunstâncias da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas
que possa indicar, tomando-se por termo as suas declarações. (Redação dada pela Lei
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Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br
n.º 11.690/2008.) § 1.º Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo
justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade. (Incluído pela Lei n.º
11.690/2008.) Art. 218 do CPP. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de
comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua
apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o
auxílio da força pública. Art. 260 do CPP. Se o acusado não atender à intimação para o
interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser
realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.
JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
O art. 310 do CPP, em seu inciso II, assim dispõe: Art. 310. Ao receber o auto de prisão
em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: (...) II – converter a prisão em
flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste
Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da
prisão; (incluído pela Lei n.º 12.403, de 2011) Considerando que, atualmente, a
conversão da prisão em flagrante em preventiva é, de regra, realizada na audiência de
custódia, logo após a prisão em flagrante, responda ao questionamento do quesito 1 e
atenda ao que se pede no quesito 2. 1 O juiz que tiver presidido a audiência de
custódia torna-se prevento para o julgamento do mérito da causa? 2 Conceitue o
instituto da prevenção como regra de fixação da competência, fundamentando a sua
resposta de acordo com os dispositivos processuais penais que disciplinam o assunto.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Resolução n.º 213, de 15/12/2015-CNJ: Art. 1.º – Determinar que toda pessoa
presa em flagrante delito, independentemente da motivação ou natureza do ato, seja
obrigatoriamente apresentada, em até 24 horas da comunicação do flagrante, à
autoridade judicial competente, e ouvida sobre as circunstâncias em que se realizou
sua prisão ou apreensão. § 1.º A comunicação da prisão em flagrante à autoridade
judicial, que se dará por meio do encaminhamento do auto de prisão em flagrante, de
acordo com as rotinas previstas em cada estado da Federação, não supre a
apresentação pessoal determinada no caput. § 2.º Entende-se por autoridade judicial
competente aquela assim disposta pelas leis de organização judiciária locais, ou, salvo
omissão, definida por ato normativo do tribunal de justiça ou tribunal federal local que
instituir as audiências de apresentação, incluído o juiz plantonista.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
O Estatuto da OAB (Lei nº 8.904/94), em seu art. 7º, II, prevê como direito do
advogado a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus
instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, telefônica e telemática,
desde querelativas ao exercício da advocacia.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Por fim, deve-se recordar que, em nosso atual sistema, após a reforma
processual de 2008, ao receber o auto de prisão o flagrante, o juiz deverá, conforme
estabelece o art. 310 do CPP, de forma fundamentada: a) relaxar a prisão ilegal; b)
converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos e se
revelarem insuficientes ou inadequadas as medidas cautelares diversas da prisão; ou c)
conceder liberdade provisória com ou sem fiança.
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JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
Habeas corpus. 2. Paciente preso em flagrante por infração ao art. 33, caput, c/c 40, III,
da Lei 11.343/2006. 3. Liberdade provisória. Vedação expressa (Lei n. 11.343/2006, art.
44). 4. Constrição cautelar mantida somente com base na proibição legal. 5.
Necessidade de análise dos requisitos do art. 312 do CPP. Fundamentação inidônea. 6.
Ordem concedida, parcialmente, nos termos da liminar anteriormente deferida.
(HC 104339, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em
10/05/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-239 DIVULG 05-12-2012 PUBLIC 06-12-2012)
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Por fim, deve-se recordar que a decisão de cassação da fiança comporta recurso
em sentido estrito sem efeito suspensivo, conforme o art. 581, V, do CPP. Todavia, se a
decisão relativa à cassação da fiança se der em sede de sentença condenatória
recorrível, o recurso cabível será o de apelação.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Assim, a competência para julgamento dos autos será da Justiça Federal, por
força do art. 26 da Lei 7.492/86, que diz que a ação penal será promovida pelo
Ministério Público Federal, perante a Justiça Federal.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Por fim, a Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9.613/98), com sua atual redação,
mais especificamente no art. 4º, §2º, somente autoriza a liberação de bens pelo juízo
caso haja comprovação da licitude destes.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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O STJ entende queo fato de a denúncia já ter sido recebida não impede o juízo
de primeiro grau de, logo após o oferecimento da resposta do acusado, prevista nos
arts. 396 e 396-A do CPP, reconsiderar a anterior decisão e rejeitar a peça acusatória,
ao constatar a presença de uma das hipóteses elencadas nos incisos do art. 395 do
CPP, suscitada pela defesa. Assim, a solução adotada pelo magistrado está em
consonância com a decisão supramencionada.
Além disso, não há dúvidas que o órgão com atribuição para presidir a
investigação do crime de receptação de cargas transportadas em operação
interestadual que envolvia quadrilha especializada é a Polícia Federal, por expressa
previsão no art. 1º, IV, da Lei nº 10.446/02, a qual dispõe sobre infrações penais de
repercussão interestadual ou internacional que exigem repressão uniforme, para os
fins do disposto no art. 144, §1º, I, da CRFB.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Assim, não se afigura possível que o juiz, o Ministério Público ou uma Comissão
Parlamentar de Inquérito requisitem ao delegado de polícia o indiciamento de
determinada pessoa. Neste sentido, o STF aduz quesendoo ato de indiciamento de
atribuição exclusiva da autoridade policial, não existe fundamento jurídico que autorize
o magistrado, após receber a denúncia, requisitar ao Delegado o indiciamento de
determinada pessoa. Requisição dessa natureza é incompatível com o sistema
acusatório, que impõe a separação orgânica das funções concernentes à persecução
penal, de modo a impedir que o juiz adote qualquer postura inerente à função
investigatória.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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contaminadas com tal vício e deverão ser expurgadas do processo. 11. Habeas corpus
não conhecido. Writ deferido de ofício. STJ - HC 204.778/SP
Discorra sobre a aplicação, aos inquéritos policiais, dos direitos ao devido processo
legal, ao contraditório, à ampla defesa e à celeridade processual, explicitando o
entendimento do STF sobre o acesso aos elementos de prova documentados em
procedimento investigatório realizado por polícia judiciária.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
4. Há, é verdade, diligências que devem ser sigilosas, sob o risco do comprometimento
do seu bom sucesso. Mas, se o sigilo é aí necessário à apuração e à atividade
instrutória, a formalização documental de seu resultado já não pode ser subtraída ao
indiciado nem ao defensor, porque, é óbvio, cessou a causa mesma do sigilo. (...) Os
atos de instrução, enquanto documentação dos elementos retóricos colhidos na
investigação, esses devem estar acessíveis ao indiciado e ao defensor, à luz da
Constituição da República, que garante à classe dos acusados, na qual não deixam de
situar-se o indiciado e o investigado mesmo, o direito de defesa. O sigilo aqui,
atingindo a defesa, frustra-lhe, por conseguinte, o exercício. (...) 5. Por outro lado, o
instrumento disponível para assegurar a intimidade dos investigados (...) não figura
título jurídico para limitar a defesa nem a publicidade, enquanto direitos do acusado. E
invocar a intimidade dos demais acusados, para impedir o acesso aos autos, importa
restrição ao direito de cada um dos envolvidos, pela razão manifesta de que os impede
a todos de conhecer o que, documentalmente, lhes seja contrário. Por isso, a
autoridade que investiga deve, mediante expedientes adequados, aparelhar-se para
permitir que a defesa de cada paciente tenha acesso, pelo menos, ao que diga respeito
ao seu constituinte." (HC 88190, Relator Ministro Cezar Peluso, Segunda Turma,
julgamento em 29.8.2006, DJ de 6.10.2006)
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Com base nisso, é evidente que nos casos em que exista “escuta ambiental”
pendente de conclusão, o advogado do investigado terá acesso somente aos
documentos constantes do inquérito policial, sendo indubitável que a diligência da
interceptação não constará deste, já que a juntada aos autos dependerá de seu
encerramento. A Jurisprudência é uníssona nesse sentido, asseverando que diligências
em andamento e, por isso, não documentadas nos autos do inquérito policial, não
terão o acesso concedido ao advogado do investigado, sob pena de acarretar a
ineficácia do ato.
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Dominando tais conceitos, resta evidente que a Lei nº 9.099/95 traz medidas
despenalizadoras e alternativas penais de forma expressa em seu texto, além,
evidentemente, de serem plenamente aplicáveis as penas alternativas – delineadas na
parte geral do Código Penal – às eventuais condenações proferidas no âmbito dos
Juizados Especiais Criminais.
Nesse sentido, vê-se que, para as infrações penais de menor potencial ofensivo,
a Lei nº 9.099/95 trouxe as figuras da composição civil dos danos; da transação penal;
da exigência de representação da vítima para lesões corporais leves e culposas; e da
suspensão condicional do processo. Ressalte-se que a suspensão condicional do
processo, por levar em consideração a pena mínima estipulada ao crime, e não a
máxima (como faz a Lei para definir a competência dos Juizados), tem seu âmbito de
incidência ampliado para além dos casos julgados pelos juizados especiais criminais.
Estabelece a Lei dos Juizados Especiais, em seu art. 72, que a vítima e o autor do
fato poderão promover a composição civil dos danos, que, uma vez homologada, e em
se tratando de crimes de ação penal privada ou pública condicionada à representação,
acarretará a renúncia ao direito de queixa ou de representação. Assim, há clara
medida de alternativa penal, em que se substitui a aplicação das normas de Direito
Penal tradicionais, de caráter punitivo, pela política de entendimento entre as partes
envolvidas, calcadas no espírito de justiça restaurativa. De certo ponto de vista, não
deixa de ser uma medida despenalizadora.
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nos dias de folga (art. 319, V, do CPP). Para esses casos, predomina na doutrina o
entendimento de que o condenado fará jus à detração, na forma do art. 42 do CP, ou
seja, terá descontado do tempo de pena os dias em que teve limitada sua liberdade.
Considere a seguinte situação hipotética: Manoel foi preso em flagrante pela prática
de uma série de furtos. Entre os produtos dos furtos encontrados com o acusado,
havia duas televisões de quarenta polegadas, joias e R$ 28.000 em espécie. Durante a
investigação, os policiais cumpriram mandado judicial e recolheram um veículo na
residência de Manoel, pela suspeita de se tratar de provento de crime. Contudo, o
veículo, que estava em nome de Manoel, era de propriedade lícita e exclusiva de sua
ex-cônjuge, reconhecida em processo judicial de divórcio. Com relação a essa situação
hipotética, responda, fundamentadamente, aos seguintes questionamentos. 1 Que
medida assecuratória determinou o juiz para o recolhimento do veículo que estava em
nome de Manoel? 2 Qual é a finalidade dessa medida? 3 Que atitude deve ser tomada
pela ex-cônjuge de Manoel para reaver o veículo?
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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proventos da infração. Para que ocorra, é necessário que estejam comprovados indícios
veementes da proveniência ilícita dos bens, para dar base legal a esse instituto,
conforme prevê o art. 126 do CPP. Essa medida pode ser determinada em qualquer
fase da persecução penal, bem como pode ser decretada pelo juiz, de ofício, por
representação da autoridade policial ou por requerimento do ofendido ou do Ministério
Público. No primeiro caso (juiz, de ofício), todavia, deve estar instaurada a ação penal.
Por fim, os bens sequestrados são inseridos em leilão realizado pelo próprio
juízo penal. Com a determinação do sequestro, um dos objetivos é a cessação de frutos
derivados do bem, mas, é importante salientar que o sequestro constitui medida
provisória, podendo, então, ser revogado ou substituído a qualquer tempo. Na relação
de recurso e defesa, a decisão que decreta ou indefere o sequestro é apelável,
conforme o art. 593, II, do CPP. O sequestro é determinado em ação judicial própria,
incidental ao procedimento investigatório ou judicial.
O arresto incide sobre o patrimônio lícito do agente, isto é, aquilo que não é
produto da prática delituosa. Pela disciplina do art. 137 do CPP, o arresto de bens
móveis possui caráter residual, pois só poderão ser arrestados aqueles que forem
suscetíveis de penhora e se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir em
valor insuficiente. Ele tem por objetivo garantir a satisfação de indenização futura, e,
por isso, tem como lastro o interesse privado, tendo como destinatário(s) finai(s) o
ofendido ou os seus sucessores. (Nestor Távora. Curso de direito penal. Salvador:
Juspodivm, 2016.)
Por ter por fundamento o interesse público, qual seja o de que a atividade
criminosa não tenha vantagem econômica, o sequestro pode, inclusive, ser decretado
de ofício”. Dessa definição, podemos verificar que o sequestro é uma medida
acautelatória, utilizada no interesse do ofendido e do Estado, e tem como finalidade
antecipar os efeitos da condenação criminal, assegurando que os bens pertencentes ao
acusado que resultaram da prática criminosa sirvam para reparar o dano causado à
vítima e ao Estado. Com o sequestro do bem móvel ou imóvel, o Poder Judiciário visa
desfazer ou mitigar a vantagem econômica adquirida pelo acusado com a prática do
crime. Em alguns crimes, o sequestro também pode ter o caráter probatório.
Em relação a atitude que deve ser tomada pela ex-cônjuge de Manoel, segundo
o art. 129 do CPP, são cabíveis embargos de terceiro, em qualquer tempo, enquanto
não houver o perdimento do bem em leilão. Os embargos são apresentados nos autos
apartados, nos quais se deferiu a medida. Não se trata de pedido de restituição de
bem, pois este é feito para se devolver o objeto ou produto do crime. O juiz decidirá os
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embargos após o trânsito em julgado da sentença penal. Em que pese o art. 130 do
CPP afirmar que o juiz decidirá os embargos após o trânsito em julgado da sentença
penal condenatória, no caso em apreço, segundo Tourinho Filho e Nucci, não é razoável
esperar esse tempo, devendo o juiz, desde logo, decidir a questão incidental. Para
Mougenot, a ex-cônjuge deve aguardar o trânsito em julgado da sentença, para depois
se julgarem os embargos. O procedimento judicial é regulado pelo CPC, mas de
competência do juízo criminal onde o feito principal tiver tramitado.
Prefeito, em exercício, foi acusado de ter cometido crime doloso contra a vida no
município em que atua. 1- Se o crime tiver relação com o exercício do cargo de
prefeito, qual órgão terá competência para julgá-lo? 2 Se o crime não tiver relação com
o exercício do cargo de prefeito, qual órgão terá competência para julgá -lo? 3 A
competência para o julgamento do crime será modificada caso o prefeito renuncie ou
não se reeleja?
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Se a conduta praticada for considerada crime federal — como, por exemplo, contra
delegado federal, para evitar indiciamento —, a competência será do tribunal regional
federal da região onde tiver sido praticado o crime, porque prejudicou um serviço da
competência da União (art. 109, IV, CF). Esta é a posição do “TF na “úmula 702: “á
competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de
competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária
caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.”
Se o crime não tiver relação com o exercício da função, por ser, por exemplo,
passional ou por vingança, a competência será do tribunal do júri do local onde tiver
ocorrido o resultado do crime (art. 70 do CPP).
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DIREITO CONSTITUCIONAL
JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
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A Polícia Federal não está autorizada a abrir, de ofício, inquérito policial para
apurar a conduta de parlamentares federais. No exercício de competência penal
originária do STF, a atividade de supervisão judicial deve ser constitucionalmente
desempenhada durante toda a tramitação das investigações, desde a abertura dos
JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Por maioria, em 7/6/2018, o STF julgou procedentes as ADPF n.º 395/DF e n.º
444/DF, para pronunciar a não recepção da expressão “para o interrogatório”,
constante do art. 260 do Código de Processo Penal, e declarar a incompatibilidade com
a CF da condução coercitiva de investigados ou de réus para interrogatório. Nesse
sentido, o STF decidiu, ainda, que a penalidade para descumprimento dessa regra será
de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de ilicitude
das provas obtidas, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. Por fim, cumpre
ressaltar que o STF modulou os efeitos da decisão para validar os interrogatórios
realizados até a data do julgamento, mesmo que procedidos mediante condução
coercitiva para realização do ato.
JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
ADPF 444/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 7/6/2018. (ADPF-444) - 395
Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou procedente a
arguição de descumprimento de preceito fundamental, para pronunciar a não
recepção da expressão “para o interrogatório”, constante do art. 260 do CPP, e
declarar a incompatibilidade com a Constituição Federal da condução coercitiva de
investigados ou de réus para interrogatório, sob pena de responsabilidade disciplinar,
civil e penal do agente ou da autoridade e de ilicitude das provas obtidas, sem prejuízo
da responsabilidade civil do Estado. O Tribunal destacou, ainda, que esta decisão não
desconstitui interrogatórios realizados até a data do presente julgamento, mesmo que
os interrogados tenham sido coercitivamente conduzidos para tal ato. Vencidos,
parcialmente, o ministro Alexandre de Moraes, nos termos de seu voto, o ministro
Edson Fachin, nos termos de seu voto, no que foi acompanhado pelos ministros
Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia (presidente). Plenário, 14/6/2018.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Por fim, a terceira posição doutrinária defende que o preâmbulo seria um meio
termo, por servir como forma de auxiliar a interpretação da norma. Além disso,
possuiria alguma relevância pelo fato de participar das características jurídicas da
Constituição. Por uma questão de lógica, o preâmbulo e as demais normas devem ser
pertinentes entre si.
Um ponto importante que o STF aduziu é que a ausência de valor jurídico não
impede que o preâmbulo possa auxiliar a interpretação e a aplicação do Direito, de
modo a fornecer mais suporte para as decisões tomadas.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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tendo força normativa." (ADI 2.076, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 15-8-
2002, Plenário, DJ de 8-8-2003.)
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Outra diferença está no fato de que a polícia administrativa atua sobre bens,
direitos e atividades, enquanto que a judiciária age somente sobre pessoas. Por fim, a
polícia administrativa é exercida por vários órgãos da Administração Pública, ao passo
que a polícia judiciária é exercida por corporações especializadas de forma privativa.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Cada uma delas possui um nicho específico, além de uma série de regramentos,
prerrogativas e vedações previstas na CRFB e/ou em legislações específicas.
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JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
4. Há, é verdade, diligências que devem ser sigilosas, sob o risco do comprometimento
do seu bom sucesso. Mas, se o sigilo é aí necessário à apuração e à atividade
instrutória, a formalização documental de seu resultado já não pode ser subtraída ao
indiciado nem ao defensor, porque, é óbvio, cessou a causa mesma do sigilo. (...) Os
atos de instrução, enquanto documentação dos elementos retóricos colhidos na
investigação, esses devem estar acessíveis ao indiciado e ao defensor, à luz da
Constituição da República, que garante à classe dos acusados, na qual não deixam de
situar-se o indiciado e o investigado mesmo, o direito de defesa. O sigilo aqui,
atingindo a defesa, frustra-lhe, por conseguinte, o exercício. (...) 5. Por outro lado, o
instrumento disponível para assegurar a intimidade dos investigados (...) não figura
título jurídico para limitar a defesa nem a publicidade, enquanto direitos do acusado. E
invocar a intimidade dos demais acusados, para impedir o acesso aos autos, importa
restrição ao direito de cada um dos envolvidos, pela razão manifesta de que os impede
a todos de conhecer o que, documentalmente, lhes seja contrário. Por isso, a
autoridade que investiga deve, mediante expedientes adequados, aparelhar-se para
permitir que a defesa de cada paciente tenha acesso, pelo menos, ao que diga respeito
ao seu constituinte." (HC 88190, Relator Ministro Cezar Peluso, Segunda Turma,
julgamento em 29.8.2006, DJ de 6.10.2006)
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
A imunidade material prevista no art. 53, caput, da Constituição não é absoluta, pois
somente se verifica nos casos em que a conduta possa ter alguma relação com o
exercício do mandato parlamentar. Embora a atividade jornalística exercida pelo
querelado não seja incompatível com atividade política, há indícios suficientemente
robustos de que as declarações do querelado, além de exorbitarem o limite da simples
opinião, foram por ele proferidas na condição exclusiva de jornalista. [Inq 2.134, rel.
min. Joaquim Barbosa, j. 23-3-2006, P, DJ de 2-2-2007.]
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
De acordo com a CRFB, são reconhecidos aos índios sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que
tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar
todos os seus bens.
Entende-se por terras tradicionalmente ocupadas pelos índios aquelas por eles
habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as
imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e
as necessárias para a reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e
tradições. Além disso, elas destinam-se para a posse permanente, cabendo-lhes o
usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes,
sendoinalienáveis e indisponíveis, além de os direitos sobre elas serem imprescritíveis.
Entende o STF que os direitos dos índios sobre as terras que tradicionalmente
ocupam foram constitucionalmente reconhecidos, e não simplesmente outorgados, ou
seja, o ato de demarcação possui natureza declaratória, e não propriamente
constitutiva. Com isso, o ato declaratório de uma situação jurídica ativa é preexistente.
Essa a razão de a CRFB ter dito que os direitos são originários, a traduzir um direito
mais antigo do que qualquer outro, de maneira a preponderar sobre direitos
adquiridos, mesmo os materializados em escrituras públicas ou títulos de legitimação
de posse em favor de não índios. Referidos atos são nulos ou extintos.
Acerca da competência para julgar causas indígenas, o art. 109, XI, da CRFB
versa que ela é dos juízes federais. Porém, segundo o STF, somente os processos que
versarem sobre questões diretamente ligadas à cultura indígena, aos direitos sobre
suas terras, ou, ainda, a interesses constitucionalmente atribuíveis à União
competiriam à Justiça Federal. Dessa forma, se um índio comete um crime patrimonial
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Por fim, com base no texto constitucional, é vedada a remoção dos grupos
indígenas de suas terras. Porém, pode haver remoção, com aprovação do Congresso
Nacional, nos casos de epidemias ou catástrofes que ponham em risco a população
indígena local. Outra exceção à remoção abrange o interesse da soberania do País,
após deliberação do Congresso Nacional. Contudo, é garantido, em qualquer hipótese,
o retorno imediato logo que cesse o risco.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Por fim, a terceira diferença envolve as medidas que podem ser tomadas no
Estado de Defesa e no Estado de Sítio. O decreto que instituir o estado de defesa
especificará o tempo de sua duração, as áreas a serem abrangidas e indicará, nos
termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes
restrições aos direitos de reunião, ainda que exercida no seio das associações; ao sigilo
de correspondência; e ao sigilo de comunicação telegráfica e telefônica. Além disso,
poderá haver a ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de
calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes disso.
Frise-se que na vigência do Estado de Defesa a prisão por crime contra o Estado,
determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao
juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de
corpo de delito à autoridade policial. Além disso, a comunicação será acompanhada de
declaração do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação e a prisão
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ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando
autorizada pelo Poder Judiciário, sendo vedada a incomunicabilidade do preso.
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
A Constituição Federal de 1988 (CF), § 2.º do art. 53, ao dispor sobre imunidade
parlamentar, afirma que “os Deputados e “enadores são invioláveis, civil e penalmente,
por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos” e, ainda, que “desde a expedição do
diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em
flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e
quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros,
resolva sobre a prisão”.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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ainda deve ser respeitado o limite imposto pelo parágrafo primeiro do art. 65; esse
dispositivo estabelece limite para os acréscimos ou supressões que se fizerem nas
obras, serviços ou compras, sendo de até 25% do valor total inicial atualizado do
contrato e, no caso de reforma de edifício ou equipamento, até 50% para os seus
acréscimos. (Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito Administrativo. 29.ª. Edição, Rio de
Janeiro: Ed. Forense, 2016, pág. 315).
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público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão
ser convalidados pela própria Administração.
JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
á “úmula n.º 477 do “TF já tratava desse tema (“ás concessões de terras
devolutas situadas na faixa de fronteira, feitas pelos estados, autorizam, apenas, o uso,
permanecendo o domínio com a União, ainda que se mantenha inerte ou tolerante, em
relação aos possuidores”), de modo que os tribunais enfrentaram reiteradamente essa
questão, consolidando a compreensão de que essa transferência é nula e não passível
de convalidação. Apesar da Lei n.º 13.178/2015 pretender regularizar e ratificar os
registros imobiliários dos imóveis rurais decorrentes de alienação e concessão de terras
devolutas expedidos pelos estados situados naquela faixa, entende-se que, sob o
prisma dessa legislação, não poderia haver impugnação na esfera administrativa ou
judicial por parte de órgão ou pessoa da administração federal, e o registro teria que
ser efetuado até a data da publicação da lei em 23/10/2015. (José dos Santos Carvalho
Filho. Manual de Direito Administrativo. 30.ª. ed., São Paulo: Atlas, 2016, p. 1.285)
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ação civil pública para apuração de improbidade? 3 A situação configuraria bis in idem,
considerando-se que os fatos também foram apurados e que houve condenação no
âmbito do TCU? Qual a solução a ser dada nessas circunstâncias?
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
JURISPRUDÊNCIA APLICADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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Por fim, ainda de acordo com o STJ, a indisponibilidade de bens deve recair
sobre o patrimônio dos réus de modo suficiente a garantir o integral ressarcimento de
eventual prejuízo ao erário, levando-se em consideração, ainda, o valor de possível
multa civil como sanção autônoma. Logo, a constrição patrimonial deve alcançar o
valor da totalidade da lesão ao erário, bem como sua repercussão no enriquecimento
ilícito do agente, decorrente do ato de improbidade que se imputa, excluídos os bens
impenhoráveis assim definidos por lei, salvo quando estes tenham sido,
comprovadamente, adquiridos também com produto da empreitada ímproba,
resguardado, como já dito , o essencial para sua subsistência.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
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JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
Considere que o Ministério Público tenha ajuizado ação civil pública por atos de
improbidade contra determinado particular que foi contratado sem o necessário
procedimento licitatório, em conluio com agente público ocupante de cargo em
comissão. Em relação ao particular, a ação foi proposta cinco anos após a prática do
ato, e quatro anos após a exoneração do agente público do cargo em comissão. A
sentença determinou o ressarcimento ao erário e estabeleceu sanções civis contra o
particular. Em sua defesa, o particular alegou a ocorrência de prescrição. Com base na
situação cogitada, responda, à luz da jurisprudência do STJ sobre o tema, aos seguintes
questionamentos: a) O pedido de ressarcimento ao erário está prescrito? b) Qual o
termo inicial da prescrição da ação de improbidade administrativa para aquele que não
é agente público?
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Em relação ao item “a”, com base no art. 37, §5º, da C‘FB, interpreta-se que as
ações de ressarcimento ao erário são imprescritíveis. Havia uma grande celeuma,
especialmente na jurisprudência, se essa imprescritibilidade abrangeria qualquer tipo
de ilícito, isto é, o civil e o administrativo.
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JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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sendo inviável rever o tema nesta Corte diante da vedação contida na Súmula 7/STJ. 5.
No tocante à exigência de dolo para a tipificação dos atos de improbidade
disciplinados nos arts. 10 e 11 da Lei nº 8.429/1992, carece do indispensável
prequestionamento. 6. Recurso especial conhecido em parte e não provido. RECURSO
ESPECIAL Nº 1.156.519 – RO
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
O art. 37, IX, da CRFB aduz que a lei estabelecerá os casos de contratação por
tempo determinado para atender necessidade temporária de excepcional interesse
público. Em âmbito federal, a Lei nº 8.745/93 trata do tema, aduzindo logo no art. 1º
que os órgãos da Administração Federal direta, as autarquias e as fundações públicas
poderão efetuar contratação de pessoal por tempo determinado.
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A atividade temporária deve ser entendida como aquela que não está
relacionada com as atividades essenciais do estado, e que não necessitam de uma
continuidade, pois, uma vez realizada a atividade, exaure-se para o ente estatal o
objeto que originou a contratação.
Para que uma contratação temporária seja válida, alguns critérios devem ser
obedecidos: previsão legal dos casos excepcionais; prazo de contratação determinado;
necessidade realmente temporária; excepcional interesse público; necessidade
indispensável; e vedação de contratação para serviços ordinários e permanentes.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Isso ocorre pelo fato de que, com o advento do termo contratual, ocorre a
reversão da concessão e, consequentemente, a imediata assunção do serviço pelo
poder concedente. Nessa assunção inclui-se a ocupação e a utilização das instalações e
dos bens reversíveis. Frise-se que a Lei nº 8.987/95 não faz qualquer ressalva acerca da
necessidade de indenização prévia de tais bens.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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pelo poder concedente, incluindo a ocupação e a utilização das instalações e dos bens
reversíveis. A Lei nº 8.987/95 não faz qualquer ressalva acerca da necessidade de
indenização prévia de tais bens. III - Recurso especial improvido. REsp 1059137 SC
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Infere-se do art. 55, §1º, da Lei nº 4.878/65 não haver óbice à prorrogação do
mandato dos membros da comissão processante. Por sua vez, também não há nenhum
impedimento para que os membros da comissão processante sejam eventualmente
substituídos, contanto que os requisitos legais para o exercício dessa função sejam
preenchidos pelos novos membros.
JURISPRUDÊNCIA RELACIONADA:
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substituídos, contanto que os requisitos legais para o exercício dessa função sejam
preenchidos pelos novos membros. Aplicação do princípio pas de nullitésansgrief. 5.
Tendo sido os documentos que instruíram o processo administrativo disciplinar
submetidos ao contraditório e à ampla defesa, não há falar cerceamento de defesa. 6.
Segurança denegada. MANDADO DE SEGURANÇA Nº 16.165/DF – STJ. Relator
MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
O STF possui tese firmada em sede de repercussão geral (TESE 592). Observe-se:
TESE 592: Em caso de inobservância do seu dever específico de proteção previsto no
art. 5.º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o Estado é responsável pela morte de
detento. EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR MORTE DE DETENTO. ARTIGOS 5.º, XLIX, E
37, § 6.º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A responsabilidade civil estatal, segundo a
Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37, § 6.º, subsume-se à teoria do risco
administrativo, tanto para as condutas estatais comissivas quanto para as omissivas,
posto que rejeitada a teoria do risco integral. 2. A omissão do Estado reclama nexo de
causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nos casos em que o Poder Público
ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir para impedir o resultado danoso.
3. É dever do Estado e direito subjetivo do preso que a execução da pena se dê de
forma humanizada, garantindo-se os direitos fundamentais do detento, e o de ter
preservada a sua incolumidade física e moral (artigo 5.º, inciso XLIX, da Constituição
Federal). 4. O dever constitucional de proteção ao detento somente se considera
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