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O contrato é um acordo entre duas ou mais partes para constituir, regular ou extinguir,
entre si, uma relação jurídica patrimonial.
Teorema de Coase
1. Os custos de transação são os custos de todos os recursos necessários para fazer
uma troca (por exemplo, descobrir oportunidades de trocar, custos de
negociação, de monitoramento e aplicação), e para desenvolver, manter e
proteger a estrutura institucional.
2. Para o desenvolvimento das transações, os direitos de propriedade devem estar
bem definidos como um requisito essencial para resolver o conflito de interesses
entre as pessoas através da troca no mercado e, para além disso, uma alocação
eficiente de recursos é independente da cessão inicial dos direitos de
propriedade, desde que os custos de transação sejam insignificantes.
3. Num contrato com custos de transação nulos, as partes (inteligentes e com
vontade e liberdade de escolha) afetariam os direitos legais de forma eficiente.
4. Se os custos forem zero, o contrato seria perfeito e completo.
5. Existem duas formulações:
a. Se os custos de transação forem nulos, não importa a solução legal
estabelecida inicialmente, dado que as partes, através dos contratos,
chegarão a uma solução eficiente. É uma formulação hipotética e
irrealista, pelo que se vivêssemos num mundo sem custos de transação, o
sistema contratual levaria a soluções eficientes.
b. Se os custos de transação forem positivos, a solução legal, quanto à
afetação dos direitos de propriedade iniciais, é relevante para se obter
uma solução eficiente, o que implica a intervenção do Estado.
6. O Estado deve atribuir direitos a quem mais os valoriza, o objetivo aqui é
aproximar-se do resultado da negociação ideal.
7. Deve atribuir-se ao Estado a missão de definir e atribuir direitos de propriedade
e incentivar a redução dos custos de transação, trata-se de condições de
negociação mais próximas dos ideais.
Teorema de Hobbes
1. Deve-se estruturar a lei de forma a minimizar os danos causados por falhas nos
acordos privados.
2. Quando a negociação privada falha, a lei deve atribuir direitos de propriedade à
parte quem mais os valoriza.
3. ‘’O homem é um completo lobo do homem’’, muitas vezes, o indivíduo atua de
maneira oportunista, afetando, nos contratos, os interesses legítimos das outras
partes, o que leva à anulabilidade ou, em casos mais graves, à nulidade.
4. ‘’À guerra de todos contra todos’’, sendo o indivíduo egoísta por natureza, na
inexistência de quaisquer normais que regulamentem as relações sociais entre as
pessoas, a força de cada um seria o meio para que os indivíduos satisfizessem as
suas necessidades e desejos.
5. Uma condição necessária para o funcionamento eficiente das transações
económicas é a definição dos direitos de propriedade.