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A NATUREZA DA

FIRMA (1937)
COASE, R. H. (1937). The nature of the firm. In: WILLIAMSON, O.
& WINTER, S. (eds.) (1991) The nature of the firm: origin,
evolution and development. Oxford: Oxford University Press.

Apresentação: Catarine Palmieri Pitangui Tizziotti


 Nesta obra Coase argumenta que as empresas
devem ser concebidas como entidades
endógenas ao sistema econômico, cuja
existência só se justifica na presença de custos
de transação para a produção.
 Empresas e outras organizações e instituições
econômicas existem porque os agentes acham
que elas são uma forma útil de minimizar os
custos de transação.
I
 Definição de firma: deve ser realista,
corresponder ao seu significado no mundo
real, e governado por dois instrumentos de
análise econômica desenvolvidos por
Marshall: as idéias de margem e de
substituição.
 Descrição de sistema econômico de Arthur Salter: o
sistema econômico normal trabalha por si mesmo.
Assume que a direção dos recursos é diretamente
dependente do mecanismo de preço.
 Descrição incompleta: no mundo real, pode­se achar
muitas áreas nas quais isto não se aplica.
 Se a produção é regulada pelos movimentos dos preços,
poderia ser realizada sem nenhuma organização. Então,
pode­se perguntar: por que existe organização?
 Coase assume que o que distingue a firma é a
substituição do mecanismo de preço, que é
relacionada à rede externa de preços e custos
relativos. E isto é importante para descobrir a exata
natureza dessa relação.
 Propósito: Estabelecer uma relação entre o que
parece ser um gap na teoria econômica entre a
suposição de que os recursos são alocados pelos
mecanismos de preço e a suposição de que esta
alocação é dependente do empreendedor co­
ordenador.
II
 Descobrir porque uma empresa emerge em
um mercado especializado.
 Uma razão que explica porque é rentável
estabelecer uma firma pode ser porque parece
haver um custo de usar o mecanismo do
preço.
 Contratos não são eliminados quando existe
uma firma, mas podem ser reduzidos.
 Quando a direção dos recursos juntamente
com os limites do contrato começa a depender
do comprador, essa relação que Coase chama
de firma pode ser obtida. É provável que uma
empresa surja naqueles casos onde um
contrato de muito curto prazo possa ser
insatisfatório.
 Uma operação de mercado tem um custo. E para a
formação de uma organização e de uma autoridade
para a direção dos recursos, certos custos de
mercado são conservados.
 O empreendedor tem que realizar sua função a um
baixo preço, levando em consideração o fato de que
pode obter fatores de produção a preços mais baixos
que os custos de transação que ele substitui.
III
 Questão da incerteza: relevante para o estudo
do equilíbrio da firma. Parece improvável que
uma firma possa emergir sem a existência de
incerteza.
 Uma firma consiste de um sistema de relações que começa a existir
quando a direção dos recursos é dependente de um empreendedor.
 Esta definição de firma pode ser usada para dar significados mais
precisos aos termos combinação e integração. Há uma combinação
quando as transações que estiveram organizadas previamente por
dois ou mais empreendedores se tornam organizadas por um. E há
integração quando envolve a organização das transações que foram
realizadas previamente entre os empreendedores em um mercado.
Uma empresa pode expandir de qualquer uma dessas duas maneiras
ou de ambas. O todo da estrutura de competição industrial torna­se
manejável pela técnica ordinária da análise econômica.
IV
 Para determinar o tamanho da firma, temos
que considerar os custos de mercado (isto é,
os custos de usar o mecanismo do preço), e os
custos de organizar os diferentes
empreendedores, e então nós podemos
determinar quantos produtos serão produzidos
por cada empresa e quanto de cada um
produzirá.
V
 No princípio do marginalismo, quando se considera o quão grande
uma firma pode ser, o custo de organização dentro da firma deverá
ser igual ao custo de organização em outra firma ou aos custos
envolvidos em deixar a transação ser organizada pelo mecanismo
de preço.
 Os homens de negócio estarão sempre em constante
experimentação, controlando mais ou menos, e neste caminho, o
equilíbrio será mantido. Isto dá a posição de equilíbrio para a
análise estática.
 Mas, os fatores dinâmicos têm importância considerável, e uma
investigação do efeito das mudanças no custo da organização
dentro da empresa e nos custos de mercado geralmente permitirá
explicar porque as empresas se tornam maiores e menores. Tem­se
então uma teoria do equilíbrio “em movimento”.

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