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PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO E
COMPETITIVIDADE
• Estratégias colaborativas;
• Estratégias cooperativas.
O conceito de estratégia é algo que a literatura discute muito e
não há um consenso quanto à melhor definição. Mas, quando
estamos falando de um contexto de negócios, acredito que
podemos entender como o caminho que traçaremos para
atingir determinado objetivo.
As estratégias competitivas são pautadas, segundo Martins
(2013), em como se diferenciar da concorrência, ou seja, é a
forma de tornar sua empresa e ou produto mais competitivo
no mercado que faça o consumidor entender o seu como
melhor do que o concorrente. Em outras palavras, será a
maneira com que a instituição competirá com as demais
empresas concorrentes existentes no mercado. Porém,
acredito que a informação que mais importa é: como fazer
isso?
Dependerá muito do contexto. Porém, basicamente, as
estratégias serão com base em:
• Custo;
• Diferenciação;
• Custo de foco;
• Foco de diferenciação.
Uma estratégica competitiva com base em custo é
aquela que tentará ao máximo reduzir o custo para o
consumidor final e poderá fazer isso de diversas formas,
desde fabricação em larga escala até com logística. Por
exemplo, no início
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dos anos 2000, a Volkswagen desenvolveu uma metodologia de
produção que ficou conhecida como Consórcio Modular.
Vamos entender a realidade da época para que possamos
entender de que forma a Volkswagen conseguiu uma vantagem
competitiva em cima de uma estratégia com base em conceitos de
logística. Em 2000, a Volkswagen tinha um “problema” com sua
linha de caminhões e ônibus, pois entendiam que poderiam e
gostariam de serem líderes de mercado, mas isso não acontecia.
Era uma época em que a liderança era da Mercedes, isso falando
no segmento mencionado.
A Volkswagen notou que seus preços eram muito equiparados à
líder do mercado, o que era um potencial problema para alcançar
tal posição, pois quem lá estava tinha uma qualidade do produto
comprovada. A qualidade e a percepção de qualidade dos
caminhões Mercedes na época eram muito grandes e com razão.
Se notarem na estrada, até hoje temos caminhões desta marca
fabricados nas décadas de 1980 e 1990 andando.
Qual foi a estratégia pensada pela Volkswagen na época? Vamos
tentar reduzir custo de produção para que possamos reduzir o
custo ao cliente final. E como fizeram isso?
Elaboraram uma reorganização no seu chão de fábrica. Como a
maioria de vocês deve saber, uma montadora de carros monta o
carro, o que é diferente de fabricar. Todas são assim: compram
peças prontas e montam no chassi do veículo, tendo praticamente
fornecedores para a totalidade de peças que vão em um veículo.
Para isso, há uma logística forte de seleção de fornecedores e no
estoque do que é comprado na fábrica. Então, pensaram assim:
vamos trazer os nossos principais fornecedores para dentro da
fábrica e eles também serão responsáveis por montar a peça que
fornecem no chassi do caminhão.
Analise comigo: mesmo com esse resumo simplificado desse case,
é possível entender que, somente nessa “jogada”, a Volks passou a
economizar um valor absurdo de folha de pagamento, pois os
funcionários passaram a ser do fornecedor e não da empresa.
Obviamente que existem muito mais detalhes a se compreender,
mas isso foi feito na fábrica de Resende (RJ) e deu muito certo. A
economia foi grande, a produção aumentou e valor do produto final
foi reduzido e a Volks, em alguns anos, figurou como líder do
segmento.
Vale ressaltar que, por pressão do sindicato dos trabalhadores da
área, essa modalidade de produção conhecida como Consórcio
Modular foi proibida.
• Custos fixos;
• Diferença de produtos;
• Identidade de marca;
• Custos de mudança;
• Concentração e equilíbrio;
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formas de atrair um consumidor que inicialmente poderia pertencer
a uma das organizações presentes no ambiente onde está inserido.
Porter (1999) já dizia que as forças competitivas moldam as
estratégias. Se pararmos, veremos uma lógica muito grande na
colocação de Porter. Mesmo que nosso foco seja a satisfação do
consumidor, sempre estaremos buscando que esse se sinta mais
satisfeito com o seu produto do que com o do seu concorrente, ou
seja, uma estratégia que pense para atingir esse objetivo terá como
foco superar o concorrente.
Rodermel (2012) já dizia que a competição é algo muito saudável
para o mercado, uma vez que força as organizações a buscarem
novas formas de sobrevivência, quando percebem uma estagnação
no setor que atuam.
Por exemplo, quando uma empresa nota que seu volume de
vendas sobe muito pouco, ou mesmo não consegue desenvolver a
demanda além de determinado ponto, ela pode, por exemplo,
lançar um novo produto. Esse lançamento afetará todo o mercado,
todo o ambiente em que a empresa está inserida, pois, de certa
forma, está forçando as demais empresas a buscarem algo novo,
sob a condição de perderem uma parte do mercado que detém.
Como vimos em temas anteriores, as forças competitivas de Porter
possuem um entendimento que vai muito além do entendimento da
concorrência. Vale a pena relembrarmos que os estudos de Porter,
segundo Rodermel (2012), apontam para cinco forças:
• Rivalidade entre concorrentes;
TEMA 4 – FORNECEDORES
Um dos fatores importantes dentro do desenvolvimento de
estratégias é o relacionamento que mantemos com o fornecedor,
uma vez que esse é a primeira linha, digamos assim, de qualidade
e até preço do seu produto.
Martins (2013) afirma que os fornecedores possuem um poder de
negociação que podem afetar de forma direta as estratégias de
uma empresa. Esse poder está relacionado com:
• Diferenciação de insumos;
• A concentração de fornecedores;
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dar o poder de barganha e tirar um pouco do poder do fornecedor,
uma vez que basicamente consegue na região de concentração,
possivelmente, valores mais baixos com qualidades melhores, uma
vez que tem a opção de simplesmente trocar.
A presença de insumos substitutos é quando temos um fornecedor
que possui um produto parecido, mas que pode ser usado para o
mesmo fim. Quando o produto não é o mesmo, mas podemos usar
para a mesma função, dizemos que é substituto, isso quando o
poder do fornecedor é idêntico ao raciocínio de quando há uma
presença grande de fornecedores em determinada região.
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nem tudo são flores para quem chega no mercado. Porter (2004)
diz que existem barreiras para os entrantes que são:
• Economias de escala;
• Identidade de marca;
• Custos de mudança;
• Exigências de capital;
• Acesso à distribuição;
• Política governamental;
• Retaliação esperada.
Martins (2014) diz que quanto maior o nível de produção de
uma indústria, mais diminuem os custos unitários de um
produto, influenciados principalmente pelos custos fixos,
estoques, transportes, distribuição e fabricação.
Outro ponto que posso destacar como importante para quem
está chegando em um mercado é o acesso aos canais de
distribuição do determinado produto objeto dessa entrada no
ambiente. Portanto, fica fácil perceber que quanto maior o
controle dos concorrentes sobre canais de distribuição, maior
será a dificuldade para as empresas entrantes.
Um bom exemplo como isso pode dificultar sua vida, até
impedir a entrada do seu produto, está quando analisamos o
mercado japonês. É um mercado muito paternalista, se assim
podemos dizer, que é muito difícil entrar com um produto seu
e que é mais fácil abrir uma filial lá para terminar uma
montagem de um produto, por exemplo. Isso gera empregos e
torna o caminho da empresa mais fácil. Esse é um caso que
aconteceu comigo quando trabalhava em importação e
exportação de produtos da China, meado da década de 2000.
Existem fatores, segundo Martins (2014), que podem
configurar como barreiras aos novos entrantes. Esses fatores
são:
• Tecnologia patenteada;
• Localização favorável;
• Subsídios oficiais.
Em outras palavras, você que pretende entrar em um
mercado como um novo entrante, pode ter problema se o
produto que está se valendo para entrar é
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REFERÊNCIAS
MARTINS, T.; GUIDANI, R. Estratégia e Competitividade.
Curitiba: InterSaberes, 2013.
NOGUEIRA, C. S. Planejamento Estratégico. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2014.
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