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SEMEDO NAMIBE
SISTEMA DE TRABALHO E
FUNÇÕES
ILUNGA KIFIMBO
ROBERTO
NAMIBE
3º ANO
2018
UNIDADE 1 - ESTRATÉGIA E OPERAÇÕES
Nesta unidade iremos introduzir com os conceitos de estratégia, cadeia de valor e vantagens
competitivas. O propósito desta unidade é de explicar a importância das estratégias como da
cadeia de valor na obtenção de vantagens competitivas nas operações das organizações ou
empresas.
1.1.1. Estratégia
Conceito
No âmbito empresarial, esta palavra passou a ser utilizada para indicar o caminho que a
organização irá seguir no intuito de alcançar seus objectivos e, muitas vezes, é utilizada
juntamente com o termo planeamento, por este referir-se genericamente ao estudo do que se irá
fazer no futuro.
As definições do conceito de estratégia são quase tão numerosas quanto os autores que as
referem. Existindo, embora, convergências em alguns aspectos que estão na base do conceito.
As convergências residem no facto de que todas as definições de estratégia assentam na
inseparabilidade entre a organização e o meio envolvente que, se por um lado representa uma
condicionante à sua actividade, por outro, lhe oferece oportunidades que importa aproveitar. É
esta relação entre organização e envolvente que dá sentido ao conceito de estratégia.
Através dessa estratégia, que visa o baixo custo produtivo, a redução e controle total de custos,
proporciona uma postura defensiva diante das cinco forças competitivas (concorrente) de
diversas formas.
De acordo com Porter a liderança de custo pode provocar as seguintes vantagens competitivas:
Sua posição de custo baixo proporciona à empresa uma defesa contra a rivalidade dos
Concorrentes, pois seus custos mais baixos significam que a empresa ainda pode gerar
retornos após seus concorrentes terem investido seus lucros para combater a rivalidade.
Uma posição de baixo custo defende a empresa contra compradores poderosos, pois os
compradores podem exercer seu poder apenas para reduzir os preços até o nível do
próximo concorrente mais eficiente.
O baixo custo proporciona uma defesa contra os fornecedores, oferecendo mais
flexibilidade para lidar com os aumentos de custos.
Os fatores que levam a uma posição de baixo custo normalmente proporcionam
barreiras substanciais à entrada em termos de economias de escala ou vantagens de
custo.
Finalmente, uma posição de baixo custo normalmente coloca a empresa em uma posição
favorável com relação aos substitutos relativos a seus concorrentes no setor.
Assim, uma posição de baixo custo protege a empresa de todas as cinco forças competitivas
(concorrentes), pois a barganha só pode continuar ocasionando a erosão dos lucros até que os
do próximo concorrente mais eficiente sejam eliminados e porque os concorrentes menos
eficientes sofrerão primeiro diante das pressões competitivas”.
Para se escolher a estratégia de liderança em custos, assim como as demais, antes é necessário
verificar qual delas é a mais ideal para a Organização, pois uma ou outra pode não se adequar
às características da empresa. Porter visualiza que, para liderança em custos, inicialmente é
preciso que as empresas possuam grande marketshare, ou seja, sua participação de mercado em
relação aos seus concorrentes. Ainda, salienta a importância das características dos produtos,
estes precisam ser de fácil produção, linha produtiva ampla, menor variedade de produtos,
produzindo-se em grande escala um mesmo produto ou outros com características semelhantes.
Obviamente, há desvantagens em se trabalhar nessa linha estratégica de liderança em custos,
como por exemplo a maleabilidade das economias, as necessidades de sucatear os activos, a
necessidade de se investir em tecnologia, dentre outros.
2. Diferenciação
Porter sugeriu a diferenciação como uma alternativa à liderança de custos. Com a diferenciação,
a empresa se preocupa menos com os custos e tenta ser vista no sector como tendo algo de
singular a oferecer.
3. Enfoque
Prosseguindo com o último modelo estratégico, Porter estabelece as diretrizes para o qual
denominou como sendo a estratégia genérica do enfoque.
Pode ser entendida como a estratégia que direciona seus esforços para um nicho bem mais
específico de atuação, oferecendo produtos e serviços estritamente destinados àqueles clientes
inclusos em seu nicho de atuação, não buscando atingir outros nichos, mas sim se especializar
e comprovar sua superioridade em fornecimento frente a outras empresas optantes por
estratégias de custos e diferenciação. Pode-se citar como principal quesito diferenciador frente
às outras estratégias é que as Organizações optantes pelo foco decidem necessariamente
competir apenas em um pequeno segmento/nicho específico do mercado.
O interessante dessa estratégia é que, ao trabalhar com um nicho específico de mercado, a
Organização pode trabalhar em certa medida com os aspectos dos outros dois modelos, pois ao
direcionar seus produtos/serviços, pode conseguir trabalhar melhores preços com fornecedores,
bem como estilizar produtos ainda mais às necessidades dos clientes, pois os conhece bastante
para isso.
A literatura oferece várias formas de produção nas organizações, dentre as variadas podemos
citar as seguintes:
1. Produção Uniforme
Este tipo de produção caracteriza-se pela produção continuada do (s) mesmo (s) produto (s)
utilizando o mesmo processo de fabricação.
2. Produção Múltipla
Nesta produção a empresa fabrica mais do que um produto, utilizando várias matérias-primas.
Esta produção pode ser:
A matéria-prima é sujeita a várias transformações até a empresa obter o produto acabado, esta
transformação faz-se por um processo sem paradas, designado processo contínuo ou por um
processo com paradas, designado processo descontínuo.
Esta produção é utilizada por empresas de fabricação disjunta e descontínua. É apenas iniciada
a partir do momento em que a empresa dispõe de um compromisso com o cliente. Assim, evita-
se o estoque de produtos acabados.
5. Produção Contínua
Neste tipo de produção as máquinas estão dedicadas ao produto a fabricar o que, não permite
grande flexibilidade. Tem como objectivo evitar a criação de estrangulamento da produção de
cada uma das máquinas. É exemplo deste tipo de produção as indústrias petroquímicas e as
cimenteiras.
A implantação das máquinas é realizada por oficinas funcionais que agrupam máquinas em
função do tipo de tarefas que executam. Neste tipo de produção as máquinas são capazes de
realizar um grande número de operações que não são específicas para um determinado tipo de
produto o que lhe dá uma grande flexibilidade. É assim difícil equilibrar as tarefas, o que
provoca grandes níveis de estoque.
7. Produção em Série
Neste processo não há ordens de produção e é difícil obter custos, por lotes de produção ou por
funções. As empresas assim limitam-se a calcular o custo global da produção do mês e a dividi-
lo pelo número de unidades produzidas, obtendo deste modo o custo unitário de cada produto.
8. Produção Simples
9. Produção Complexa
O processo utilizado no cálculo do custo dos produtos acabados e em curso depende do tipo de
indústria, do regime de fabricação e da organização interna da empresa. Os métodos de
determinação do custo dos produtos podem classificar-se em:
1. Método Direto
Este método caracteriza-se pelo cálculo do custo de cada ordem de produção. É utilizado
por empresas que trabalham por encomenda ou por ordens específicas de produção.
O produto é identificável ao longo de todo o processo produtivo;
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São identificados e determinados todos os custos de produção diretos relativos ao
produto ao longo de todo o processo de fabricação;
A identificação do produto é possibilitada pela ordem de produção.
2. Método Indireto
3. Método Misto
Caracteriza-se pela utilização de um dos métodos anteriores até determinada fase, continuando
nas fases seguintes com outro método.
Hoje em dia, as palavras- chave são capacitação e qualificação. Não existe mais valorização do
trabalho físico do homem, mas sim do conhecimento que ele pode aplicar as novas tecnologias.
Nesse contexto, o processo de recrutamento e seleção de pessoas assume função estratégica nas
organizações quer seja públicas e privadas.
Importância do estudo da capacidade de produção: ajustar o que a empresa pode produzir com
o que o mercado espera dela, evitar gastos desnecessários, evitar investimentos em
equipamentos que não serão utilizados ou em recursos que poderão ficar ociosos, definir
precisamente como a empresa pode expandir em produção, detectar os problemas que podem
ocorrer caso a produção seja reduzida ou aumentada.
A escolha da localização em geral é uma tarefa atribuída aos gerentes de logística com objectivo
principal de obter ganhos em econômica de escala na distribuição e reduções de custos de
transporte.
b) Layout
A palavra layout vem do inglês e foi aportuguesada com o vocábulo leiaute. Mesmo com a
absorção da palavra pela língua portuguesa, é raro vê-la escrita desta forma; o mais comum
mesmo é que apareça a forma em inglês layout.
O Layout ou arranjo físico de uma empresa : abrange a localização física dos recursos e
ferramentas a se utilizar, determinando sua forma e aparência.
O layout define como será a estética do trabalho a ser realizado; é o esboço do projecto,
um rascunho inicial, e inclui o planeamento de todos os seus elementos, que podem ser textos,
imagens, vídeos, espaços reservados a anunciantes.
Ainda o termo layout pode ter o seguinte significado: esquema, plano inicial, amostra, desenho,
arranjo, formato pré-estabelecido.
Embora os conceitos de funções e cargos sejam bem diferentes entre si, para efeito do que será
tratado nesta disciplina, é conveniente relacionar os dois conceitos. Doravante em vez de
falarmos de funções, falaremos de cargos.
Todo cargo possui um ou mais ocupantes. Ocupante é a pessoa designada para executar as
funções específicas do cargo, bem como para exercer a autoridade e responsabilidade inerentes
à posição que o cargo ocupa no organograma.
b) Como esse conjunto de tarefas deverá ser desempenhado (métodos e processos de trabalho);
c) A quem o ocupante do cargo deverá se reportar (responsabilidade);
Duas diferentes escolas administrativas contribuíram fortemente para o projeto e o desenho dos
cargos: a administração científica (Teoria Clássica) e o humanismo industrial (Relações
Humanas). A grosso modo podemos distinguir três modelos básicos de desenho de cargos: o
modelo clássico, o de relações humanas e o de recursos humanos.
Contudo, a exagerada simplificação dos cargos horistas trouxe uma série de problemas e
desvantagens, a saber:
6. Eliminar todas as atividades que produzam fadiga e que não estejam relacionadas com a
tarefa executada.
Vantagens esperadas Resultados reais
1. Os cargos podem ser aprendidos prontamente, 1. Economias no custo de treinamento não chegam a
requerendo pouco treinamento; materializar-se por causa da elevada rotação de
2. Os cargos podem ser ocupados por' pessoas não pessoal.
habilitadas prontamente-disponíveis e com salários
baixos;
A idéia subjacente nesta abordagem clássica é clara: o trabalhador e seu cargo são tratados
como máquinas.Os estudos de tempos emovimentos aumentaram marcadamente o
conhecimento de como as pessoas lidam com máquinas. Esta abordagem trouxe profundas
implicações, porque os cargos são medidos com o tempo e submetidos' ao método, tornando-
se simples e repetitivos. Desenvolveu-se, então, o conceito da linha de montagem. Os benefícios
originalmente esperados com a racionalização do trabalho não chegaram a realizar-se
integralmente.
2. Modelo de relações humanas: o desenho do cargo não é diferente daquele visto no modelo
clássico. A diferença reside nas implicações humanas: o modelo humanista tende a focalizar
mais o contexto do cargo e as condições sob as quais é desempenhado do que o conteúdo do
cargo ou sua execução. O ocupante recebe atenção e consideração quanto às suas necessidades
e não é tratado como máquina. O modelo humanista permite maior interação entre as pessoas e
seus superiores e participação em algumas decisões acerca das tarefas da unidade, como meio
de satisfazer às necessidades individuais e aumentar o moral do pessoal.
Todavia, a consulta e a participação não devem interferir no cumprimento da tarefa, nem afetar
o fluxo e a sequência do trabalho. O modelo humanista permite o desenvolvimento de relações
entre colegas e provisão para alguma oportunidade de crescimento individual. O superior é
solicitado a desenvolver um grupo de trabalho coeso e de suporte, promover uma atmosfera
amigável e cooperativa independentemente da coordenação do trabalho e minimizar fricções
entre as personalidades dos subordinados que poderiam prejudicar o desempenho
departamental. O superior é encorajado a incrementar as atividades no cargo, como rotação dos
indivíduos entre cargos similares e oportunidades ocasionais de interagir com outras unidades
ou departamentos. Algumas atividades são consideradas como meios de reduzir o
2. Autonomia: é o grau de independência e de critério pessoal que o ocupante tem para planear
e executar o trabalho. Refere-se a maior autonomia e independência que o ocupante tem para
programar seu trabalho, seleccionar o equipamento que deverá utilizar e decidir que métodos
ou procedimentos deverá seguir.
4. Identidade com a tarefa: é o grau em que o cargo requer que a pessoa complete uma unidade
integral do trabalho. Refere-se à possibilidade de a pessoa efectuar uma peça de trabalho inteira
ou global e de poder claramente identificar os resultados de seus esforços. O ocupante do cargo
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identifica-se com a tarefa à medida que a executa cabal e integralmente como produto final de
sua actividade. Exemplo: A montagem total de um produto em lugar da realização de apenas
uma simples etapa da operação introduz identidade. Há falta de identidade com as tarefas,
quando o ocupante executa actividades fragmentadas, seccionadas e incompletas, que ele ignora
para que servem, e quando o ambiente de trabalho é totalmente determinado pela gerência;
5. Retroacção: é o grau de informação de retorno que o ocupante recebe para poder avaliar a
eficiência de seus esforços na produção de resultados. Refere-se à informação de retorno que a
pessoa recebe enquanto está trabalhando e que lhe revela como está desempenhando em sua
tarefa.
Quanto mais presentes essas cinco dimensões profundas no desenho de um cargo, tanto maior
a satisfação do ocupante em relação ao conteúdo da tarefa e, consequentemente, tanto maior a
sua produtividade. Essas condições permitem que o cargo seja impregnado dos chamados
factores motivacionais ou satisfacientes.
Se as dimensões profundas estão presentes em um cargo, é provável que elas criem três estados
psicológicos críticos em seus ocupantes, a saber:
Toda empresa possui uma estrutura organizacional composta de cargos e de órgãos representada
pelo organigrama. Quando o organigrama retrata a estrutura de órgãos, temos as directorias, as
divisões, os departamentos, as secções, etc. Quando o organigrama retrata a estrutura dos cargos
ou funcional, temos então os directores, os gerentes de divisão, os chefes de departamento, os
supervisores de secção, etc.
O organigrama é dividido em diferentes níveis hierárquicos (autoridade e responsabilidade) e
em diferentes áreas de especialização (departamentalização ou divisionalização). Cada órgão
se situa em determinado nível (directoria, divisão, departamento, secção, etc.) e em determinada
área específica da empresa (finanças, produção, comercialização, pessoal, etc.). Cada órgão é
constituído de vários cargos e cada cargo é preenchido por um ocupante. Assim, é importante
conhecer o que faz cada pessoa na empresa, isto é, conhecer a tarefa de cada ocupante de cargo.
O cargo é composto de todas as actividades desempenhadas por uma pessoa, que podem ser
englobadas em um todo unificado e que ocupa uma posição formal no organigrama da
organização. Para desempenhar suas actividades, a pessoa que ocupa um cargo deve ter uma
posição definida no organigrama.
A posição do cargo no organigrama define seu nível hierárquico, a subordinação, os
subordinados e o departamento ou divisão onde está situado.
1. Requisitos mentais
Considera as exigências do cargo no que se refere aos requisitos mentais que o ocupante deve
possuir para poder desempenhar adequadamente o cargo. Entre os requisitos mentais estão os
seguintes fatores de especificações:
a) Instrução essencial;
b) Experiência anterior essencial;
c) Adaptabilidade ao cargo;
d) Iniciativa necessária; e
e) Aptidões necessárias.
2. Requisitos físicos
Considera a quantidade e a continuidade de energia e de esforços físico e mental requeridos e
a fadiga provocada. Considera também a compleição física exigida do ocupante para o
adequado desempenho do cargo. Entre os requisitos físicos estão os seguintes factores de
especificações:
1. Esforço físico necessário;
2. Concentração visual;
3. Destreza ou habilidade; e
4. Compleição física necessária.
3. Responsabilidades envolvidas
Considera a responsabilidade que o ocupante do cargo, além do desempenho, normal, de suas,
atribuições, relação supervisão direta ou indireta do trabalho de seus subordinados, com relação
ao material, ao ferramental ou ao equipamento que utiliza, com relação ao patrimônio da
empresa, ao dinheiro, aos Títulos ou documentos, aos prejuízos ou lucros da empresa, aos
contatos internos ou externos e às informações confidenciais.
4. Condições de Trabalho
Considera as condições de ambiente e arredores onde o trabalho é executado, tornando-o
desagradável, adverso ou sujeito a riscos, exigindo do ocupante um severo ajustamento, a fim
de manter sua produtividade e seu rendimento nas funções. Avalia o grau de adaptação do
ambiente e do equipamento ao elemento humano, facilitando seu desempenho. Engloba os
seguintes fatores de especificações:
1. Ambiente do trabalho;
2. Riscos.
Os factores de análise de cargos proporcionam um instrumento de medida para analisar
comparativamente todos os cargos da empresa. Na realidade, os factores de análise funcionam
como parâmetros que apresentam valores diferentes para cada cargo. Todo cargo exige alguma
instrução escolar, mas cada cargo exige uma quantidade específica dela. Todo cargo exige
alguma experiência profissional anterior, mas cada cargo exige uma diferente experiência
profissional e assim por diante. Cada empresa escolhe os factores de análise de acordo com a
natureza dos seus cargos, isto é, os factores de análise devem permitir uma análise comparativa
de todos os cargos existentes na empresa.
Para facilitar a análise de cargos, as empresas utilizam um formulário específico, no qual estão
colocados os factores de análise e seus respectivos graus de variação, geralmente denominados
graus a, b, c e d:
Análise de Cargo
Nome do Cargo:
Divisão/Departamento:
Para executar as tarefas exigidas pelo cargo em referência, assinale a seguir o grau de
cada um dos requisitos que o ocupante deverá possuir.
A – INSTRUÇÃO ou ESCOLARIDADE:
a. Saber ler e escrever.
b. Instrução de primeiro grau.
c. Instrução de segundo grau.
d. Instrução superior.
B – EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL ANTERIOR
a. Experiência prévia de 6 meses.
b. Experiência prévia de 1 ano.
c. Experiência prévia de 2 anos.
d. Experiência prévia de 3 anos ou mais.
REQUISITOS FÍSICOS
A – ESFORÇO FÍSICO Necessário AO CARGO:
a. Trabalho levíssimo sem nenhum esforço físico.
b. Trabalho leve com pouco esforço físico.
c. Trabalho regular com algum esforço físico.
d. Trabalho pesado com muito esforço físico.
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B – CONCENTRAÇÃO MENTAL NECESSÁRIA:
a. Trabalho simples e sem nenhuma concentração.
b. Trabalho regular e com pouca concentração.
c. Trabalho cansativo com alguma concentração.
d. Trabalho desgastante com excessiva concentração.
RESPONSABILIDADES DO CARGO
A – RESPONSABILIDADE POR MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS:
a. O ocupante não lida com máquinas, equipamentos ou bens da empresa.
b. Pouquíssima responsabilidade por máquinas ou bens da empresa.
c. Alguma responsabilidade por máquinas ou bens da empresa.
d. Muita responsabilidade por máquinas ou bens da empresa.
B – RESPONSABILIDADE POR DINHEIRO:
a. O ocupante não lida com dinheiro da empresa.
b. O ocupante lida com pouco dinheiro da empresa
c. O ocupante lida com algum dinheiro da empresa.
d. O ocupante lida com muito dinheiro da empresa.
Quadro 03: Exemplo de folha de análise de cargos.
A descrição e análise de cargos proporciona uma visão mais ampla e profunda do conteúdo do
cargo e das características que o ocupante deverá possuir para poder preenchê-la
adequadamente.
b) Fase de preparação
É a fase em que as pessoas, esquemas e materiais de trabalho deverão ser preparados, a saber:
1. Recrutamento, seleção e treinamento dos analistas de cargos, que comporão a equipe de
trabalho;
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2. Preparação do material de trabalho (formulários, impressos, materiais etç.);
3. Preparação do ambiente (esclarecimentos à Direção, Gerência, Supervisão a todo o
pessoal envolvido no programa de análise de cargo];
4. Colheita de dados prévios (nomes dos ocupantes dos cargos e analisar, relação dos
equipamentos, ferramentas, materiais, formulários etc., utilizados pelos ocupantes dos
cargos).
A fase de preparação pode ser simultânea à fase de planeamento
c) Fase de execução
É a fase em que se faz a colheita de dados a respeito dos cargos a analisar e a redação de análise:
1. Colheita dos dados sobre os cargos através do (s) método (s) de análise escolhido (s)
(com o ocupante do cargo ou com o supervisor imediato);
2. Triagem dos dados obtidos;
3. Redação provisória da análise do cargo pelo analista de cargos;
4. Apresentação da redação provisória da análise ao supervisor imediato para ratificação;
5. Redação definitiva da Análise do Cargo
6. Apresentação da redação definitiva da Análise do Cargo para aprovação final (ao
Comitê de Cargos e Salários ou ao executivo ou órgão responsável por sua oficialização
dentro da organização).
É o método mais utilizado, tanto por ser o mais antigo quanto por sua eficiência. A Análise do
Cargo é efectuada por meio da observação direta do ocupante em pleno exercício de suas
funções, enquanto o analista de cargos registra os dados na folha de Análise de Cargos.
É aplicável a cargos que envolvam operações manuais ou repetitivas, pois o elevado volume de
conteúdo manual pode ser facilmente verificado pela observação visual. Como nem sempre
produz e dissipa todas as dúvidas, a observação é acompanhada de entrevista e discussão com
o ocupante ou com seu supervisor.
Características:
a) Colheita de dados sobre o cargo é feita por meio da observação visual das actividades
do ocupante pelo analista de cargos;
b) Enquanto a participação do analista de cargos na colheita de dados é activa, a
participação do ocupante é passiva.
Cuidados a tomar:
Para que o Método da Observação Directa seja realmente eficiente, o analista de cargos deve
tomar as seguintes precauções:
a) manter contacto prévio com o encarregado ou chefe, para obter conhecimento geral do
conjunto de trabalhos ao qual pertence o cargo a analisar;
b) recolher e estudar antecipadamente as informações relativas ao cargo;
Vantagens:
a) veracidade dos dados, em virtude da unidade de origem (analista de cargos) e ao facto
de este ser alheio aos interesses de quem executa o trabalho;
b) não requer a paralisação do ocupante do cargo;
c) método ideal para cargos simples e repetitivos;
d) correspondência entre os dados obtidos e a fórmula básica da Análise de Cargos (o que
faz? Como faz? Por que faz?).
Desvantagens:
a) custo elevado, pois o método requer tempo prolongado do analista de cargos;
b) a simples observação, sem o contacto directo e verbal com o executante, não permite o
obtenção de todos os dados importantes para a análise;
c) contra-indicado para cargos que não sejam simples e repetitivos;.
É aconselhável que este método seja utilizado em combinação com outros, a fim de que a análise
seja bem mais completa e fiel.
2. Método do questionário
A Análise é efetuada solicitando-se ao pessoal (geralmente os executantes do cargo a analisar
ou seus chefes ou supervisores) que preencha um Questionário de Análise de Cargo,
respondendo por escrito, as indicações sobre o cargo, seu conteúdo e suas características.
Quando se trata de um grande número de cargos similares e de natureza rotineira e burocrática
é mais econômico e rápido estruturar um questionário que seja distribuído a todos os ocupantes
daqueles cargos. O questionário deve ser feito sob medida para permitir respostas corretas e
obtenção da informação utilizável.
Características:
a) colheita de dados sobre um cargo é feita por meio do preenchimento de um questionário
de análise de cargo pelo ocupante ou por seu superior;
b) enquanto a participação do analista de cargos na colheita de dados (preenchimento do
questionário) é passiva, a participação do ocupante (quando ele preenche) é activa.
Cuidados a tomar:
a) escolher quais os ocupantes que deverão preencher o questionário, ao analisar certos
grupos de cargos;
b) é conveniente que as pessoas que receberão o questionário:
conheçam bem o cargo a analisar;
sejam pouco influenciáveis por preconceitos sobre o cargo;
conheçam o significado dos termos usados e das perguntas feitas, a fim de que as
respostas atinjam uma normalização razoável;
tenham tempo suficiente para preenchê-lo bem.
c) redigi-lo de maneira clara e unívoca, com o menor número possível de questões,
diferenciadas umas das outras, sem que uma se sobreponha às demais; as perguntas
deverão ser claras e directas, localizadas naquilo que se deve conhecer sobre o trabalho
e ordenadas segundo um desenvolvimento lógico de exposição;
d) o questionário deve ser enviado para:
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os ocupantes do cargo a analisar, ou
os chefes directos desses ocupantes, ou ainda
uma comissão ou grupo de pessoas que conheçam o cargo.
Vantagens:
o questionário pode ser preenchido, conjunta ou sequencialmente, pelos ocupantes do
cargo e pelos chefes directos;
é o método mais econômico de análise de cargos;
é o método mais abrangente, pois pode ser distribuído a todos os ocupantes, preenchidos
por eles e devolvido com relativa rapidez;
é o método ideal para analisar cargos de alto nível, sem afectar o tempo e as actividades
dos executivos.
Desvantagens:
a) o questionário é contra-indicado para cargos de baixo nível nos quais o ocupante tem
dificuldade em interpretá-lo e de responder por escrito;
b) exige planeamento e cuidadosa montagem;
c) tende a ser superficial ou distorcido, em face da qualidade das respostas escritas.
3. Método da entrevista
É a abordagem mais flexível. Quando bem estruturada, a entrevista pode obter informações
sobre todos os aspectos do cargo, a natureza e sequência das várias tarefas componentes e sobre
os porquês e quandos. Consiste em recolher os elementos relativos ao cargo que se pretende
analisar, por meio de um contacto directo e verbal com seu ocupante ou com seu chefe directo.
Pode ser efectuada com apenas um ou com ambos, juntos ou separadamente.
Características:
a) a colheita de dados sobre o cargo é feita por meio de entrevista entre analista e ocupante
do cargo, em que são feitas perguntas e respostas verbais;
b) a participação do analista como do ocupante é activa.
Cuidados a tomar:
a) o analista de cargos deve possuir senso de perspectiva e de intuição, a fim de:
b) ter presente o objectivo principal da análise, a fim de separar o que é importante do que
é acidental;
c) procurar conhecer antes o sector ao qual pertence o cargo e sua terminologia para
compreender melhor os dados a serem recolhidos;
d) procurar obter o apoio e a aprovação do chefe do ocupante do cargo;
e) explicar os objectivos de análise, tranquilizando o ocupante a respeito dos resultados;
f) não assumir atitude de superioridade com relação ao entrevistado;
g) a entrevista deve desenvolver-se de maneira lógica; as anotações poderão ser feitas em
formulários preparados, check-lists ou em folhas separadas;
Vantagens:
a) a obtenção de dados sobre o cargo por meio das pessoas que melhor o conhecem;
b) a possibilidade de discutir e aclarar as dúvidas;
c) é o método que proporciona maior rendimento na análise;
d) não tem contra-indicação: aplicável a qualquer tipo ou nível de cargo.
Desvantagens:
b) uma entrevista mal dirigida pode levar a reações negativas do pessoal, resultando em
falta de compreensão e não-aceitação de seus objectivos;
c) possibilidade de induzir a confusão entre opiniões e factos;
d) perda de tempo quando o analista de cargos não está preparado para essa tarefa;
e) custo operacional elevado: exige analistas experientes e paralisação do trabalho do
ocupante.
4. Métodos Mistos
Os métodos mistos são combinações de dois ou mais métodos de análise. Os mais utilizados
são:
- Questionário e Entrevista, ambos com o ocupante do cargo;
- Questionário com o ocupante e entrevista com o superior;
- Questionário e Entrevista, ambos com o superior;
- Observação Directa com o ocupante e Entrevista com o superior.
A escolha dessas combinações dependerá de particularidades concernentes a cada empresa,
como o tempo, os objectivos da análise e descrição de cargos, o pessoal disponível para essa
tarefa, etc.
Existem outros métodos de decsição e análise de cargos que são:
a) amostragem de trabalho: modalidade mais sofisticada do método da observação
simples. As observações são feitas ao acaso em intervalos durante o ciclo de trabalho;
b) incidentes críticos: serve para identificar aspectos mais importantes do comportamento
no trabalho, os aspectos críticos de um cargo que são cruciais para seu bom desempenho.