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Henry Mintzberg oferece uma definição única e holística de estratégia, que difere de muitas
das definições mais tradicionais. Em vez de considerar a estratégia apenas como um plano
deliberado, Mintzberg propõe que ela também deve ser vista como um padrão de
comportamento emergente. Sua definição de estratégia é composta por cinco pontos-
chave. Esses cinco Ps - plano, padrão, posição, perspectiva e manobra - formam a visão de
Mintzberg sobre a estratégia, destacando sua complexidade e multifacetada natureza. Ele
enfatiza que a estratégia não deve ser reduzida apenas a um plano predefinido, mas sim
entendida como um processo dinâmico que incorpora múltiplas dimensões e evolui ao
longo do tempo.
Plano: A estratégia é um plano, uma direção, um guia ou um curso de ação a ser seguido
para atingir determinados objetivos.
Posição: A estratégia é uma posição; ou seja, uma determinada escolha feita em relação
ao ambiente e à concorrência para garantir vantagem competitiva.
Perspectiva: A estratégia é uma perspectiva; uma maneira particular de ver o mundo, uma
lente através da qual a organização percebe o ambiente e suas próprias capacidades.
Ploy (manobra): A estratégia é uma manobra, uma tática, um truque ou um artifício para
superar um oponente ou atingir um objetivo.
Uma vantagem competitiva temporária é aquela que uma empresa desfruta por um
período limitado de tempo. Pode surgir de circunstâncias específicas, como uma nova
tecnologia, uma tendência de mercado temporária ou uma falha temporária dos
concorrentes.
Essas vantagens são geralmente mais fáceis de obter, mas também mais difíceis de
manter. Elas podem proporcionar ganhos significativos no curto prazo, mas podem
desaparecer rapidamente à medida que as condições do mercado mudam.
Uma vantagem competitiva sustentável é aquela que uma empresa pode manter por um
período mais longo e que é mais difícil para os concorrentes neutralizarem.
Para uma vantagem competitiva ser sustentável, ela deve ser difícil de replicar ou imitar
pelos concorrentes, proporcionando à empresa uma posição única e defendível no
mercado.
3. Quais argumentos o autor apresenta, para afirmar que eficácia operacional não é
estratégia?
A distinção entre eficácia operacional e estratégia é fundamental para entender como uma
empresa pode obter sucesso a longo prazo. Embora a eficácia operacional seja crucial para
o desempenho de uma organização, ela não constitui estratégia por si só.
A eficácia operacional diz respeito à melhoria contínua dos processos internos de uma
empresa para alcançar maior produtividade, qualidade e eficiência. Por outro lado, a
estratégia se concentra no posicionamento da empresa no mercado, envolvendo decisões
sobre onde competir e como criar valor para os clientes.
A eficácia operacional pode ser facilmente replicada por concorrentes e, portanto, não
oferece uma vantagem sustentável a longo prazo. Estratégias eficazes, por outro lado,
buscam criar vantagens competitivas sustentáveis que são mais difíceis de imitar e
proporcionam uma posição única no mercado.
Uma posição estratégica pode ser construída com base na diferenciação, onde uma
empresa se destaca dos concorrentes por meio de produtos, serviços, marca, tecnologia,
qualidade ou outros atributos que são valorizados pelos clientes. Isso cria uma posição
defensável, já que os clientes estão dispostos a pagar um preço mais alto ou demonstrar
lealdade à empresa devido aos seus diferenciais.
Outra posição estratégica comum é a liderança em custos, onde uma empresa busca ser
o produtor mais eficiente em sua indústria. Isso permite que a empresa ofereça preços
mais baixos do que os concorrentes, atraindo uma base de clientes ampla e capturando
participação de mercado.
Uma posição estratégica também pode ser construída em torno do acesso a recursos
exclusivos, como tecnologia patenteada, matérias-primas exclusivas, redes de
distribuição eficientes ou talento especializado. Isso cria barreiras de entrada para novos
concorrentes e fortalece a posição da empresa no mercado.
O relacionamento próximo com os clientes também pode ser uma posição estratégica,
onde a empresa constrói laços emocionais ou funcionais com seus clientes, resultando
em alta lealdade e repetição de compra.
As posições estratégicas são essenciais para o sucesso de uma empresa, pois determinam
como ela se diferencia e compete em seu ambiente competitivo. Uma posição estratégica
forte permite que uma empresa crie valor para os clientes, supere os concorrentes e
alcance seus objetivos de negócios de forma eficaz.
Um trade-off é uma decisão em que se escolhe entre duas ou mais alternativas que são
mutuamente exclusivas ou têm custos e benefícios conflitantes. Optar por uma alternativa
implica em renunciar a pelo menos uma parte dos benefícios ou oportunidades associadas
às outras alternativas.
Os trade-offs podem surgir em diversas situações:
Custos Opostos: Em algumas situações, as escolhas têm custos opostos, o que significa
que ganhar em um aspecto pode resultar em perda em outro. Por exemplo, um carro mais
econômico em termos de combustível pode ter um preço mais alto de compra inicial.