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Atividade 02 – Controladoria

Heitor de Sousa Naves

Capitulo 1 - Safari da Estratégia

1. Descreva de forma detalhada como autor Mintzberg define a estratégia.

Henry Mintzberg oferece uma definição única e holística de estratégia, que difere de muitas
das definições mais tradicionais. Em vez de considerar a estratégia apenas como um plano
deliberado, Mintzberg propõe que ela também deve ser vista como um padrão de
comportamento emergente. Sua definição de estratégia é composta por cinco pontos-
chave. Esses cinco Ps - plano, padrão, posição, perspectiva e manobra - formam a visão de
Mintzberg sobre a estratégia, destacando sua complexidade e multifacetada natureza. Ele
enfatiza que a estratégia não deve ser reduzida apenas a um plano predefinido, mas sim
entendida como um processo dinâmico que incorpora múltiplas dimensões e evolui ao
longo do tempo.

Os referidos cinco Ps são:

Plano: A estratégia é um plano, uma direção, um guia ou um curso de ação a ser seguido
para atingir determinados objetivos.

Padrão: A estratégia é um padrão em uma série de ações ao longo do tempo; uma


consistência de comportamento que emerge ao longo do tempo.

Posição: A estratégia é uma posição; ou seja, uma determinada escolha feita em relação
ao ambiente e à concorrência para garantir vantagem competitiva.

Perspectiva: A estratégia é uma perspectiva; uma maneira particular de ver o mundo, uma
lente através da qual a organização percebe o ambiente e suas próprias capacidades.

Ploy (manobra): A estratégia é uma manobra, uma tática, um truque ou um artifício para
superar um oponente ou atingir um objetivo.

Artigo Wha is Strategy?

2. O que são vantagens competitivas temporárias e sustentáveis?

Vantagens competitivas podem ser temporárias ou sustentáveis, dependendo da sua


natureza e da capacidade de uma empresa mantê-las ao longo do tempo. Enquanto as
vantagens competitivas temporárias oferecem benefícios de curto prazo e podem ser mais
voláteis, as vantagens competitivas sustentáveis são mais difíceis de obter, mas podem
proporcionar benefícios duradouros e uma posição mais sólida no mercado ao longo do
tempo.

Uma vantagem competitiva temporária é aquela que uma empresa desfruta por um
período limitado de tempo. Pode surgir de circunstâncias específicas, como uma nova
tecnologia, uma tendência de mercado temporária ou uma falha temporária dos
concorrentes.
Essas vantagens são geralmente mais fáceis de obter, mas também mais difíceis de
manter. Elas podem proporcionar ganhos significativos no curto prazo, mas podem
desaparecer rapidamente à medida que as condições do mercado mudam.

Exemplos de vantagens competitivas temporárias incluem patentes de curto prazo,


lançamento bem-sucedido de um novo produto, uma campanha de marketing inovadora
ou um aumento temporário na demanda devido a eventos sazonais.

Uma vantagem competitiva sustentável é aquela que uma empresa pode manter por um
período mais longo e que é mais difícil para os concorrentes neutralizarem.

Essas vantagens geralmente se baseiam em recursos únicos, capacidades organizacionais


robustas, reputação da marca, lealdade do cliente ou economias de escala significativas.

Para uma vantagem competitiva ser sustentável, ela deve ser difícil de replicar ou imitar
pelos concorrentes, proporcionando à empresa uma posição única e defendível no
mercado.

Exemplos de vantagens competitivas sustentáveis incluem uma forte cultura


organizacional, tecnologia proprietária patenteada, rede de distribuição altamente
eficiente ou uma marca reconhecida globalmente.

3. Quais argumentos o autor apresenta, para afirmar que eficácia operacional não é
estratégia?

A distinção entre eficácia operacional e estratégia é fundamental para entender como uma
empresa pode obter sucesso a longo prazo. Embora a eficácia operacional seja crucial para
o desempenho de uma organização, ela não constitui estratégia por si só.

A eficácia operacional diz respeito à melhoria contínua dos processos internos de uma
empresa para alcançar maior produtividade, qualidade e eficiência. Por outro lado, a
estratégia se concentra no posicionamento da empresa no mercado, envolvendo decisões
sobre onde competir e como criar valor para os clientes.

A eficácia operacional geralmente envolve a otimização de atividades que são comuns a


várias empresas em uma indústria. Isso pode levar a uma competição baseada em
eficiência de custos, onde todas as empresas estão buscando fazer as mesmas coisas de
forma mais eficaz. Enquanto isso, a estratégia envolve encontrar maneiras de se diferenciar
da concorrência, seja por meio de produtos exclusivos, serviços superiores, experiência do
cliente ou outros atributos que criam valor único para os clientes.

A eficácia operacional pode ser facilmente replicada por concorrentes e, portanto, não
oferece uma vantagem sustentável a longo prazo. Estratégias eficazes, por outro lado,
buscam criar vantagens competitivas sustentáveis que são mais difíceis de imitar e
proporcionam uma posição única no mercado.

Se uma empresa se concentra exclusivamente na eficácia operacional e negligência a


diferenciação estratégica, ela pode se tornar cada vez mais semelhante aos concorrentes,
resultando em uma convergência no mercado e na perda de identidade distintiva.
Enquanto a eficácia operacional é importante para maximizar a eficiência dos processos
internos, a estratégia envolve decisões de alto nível sobre como uma empresa pode se
posicionar de forma única no mercado e criar valor duradouro para os clientes.

4. O autor apresenta que a “estratégia é a criação de uma posição impar e valiosa,


envolvendo um conjunto de atividades” . Grande parte do seu texto, refere-se as posições
estratégicas, o que são elas?

As posições estratégicas referem-se à posição relativa de uma empresa em seu ambiente


competitivo e mercado-alvo. Uma posição estratégica forte geralmente envolve a criação
de uma posição única e defensável que permite que a empresa alcance seus objetivos de
forma eficaz e supere a concorrência.

Uma posição estratégica pode ser construída com base na diferenciação, onde uma
empresa se destaca dos concorrentes por meio de produtos, serviços, marca, tecnologia,
qualidade ou outros atributos que são valorizados pelos clientes. Isso cria uma posição
defensável, já que os clientes estão dispostos a pagar um preço mais alto ou demonstrar
lealdade à empresa devido aos seus diferenciais.

Outra posição estratégica comum é a liderança em custos, onde uma empresa busca ser
o produtor mais eficiente em sua indústria. Isso permite que a empresa ofereça preços
mais baixos do que os concorrentes, atraindo uma base de clientes ampla e capturando
participação de mercado.

Algumas empresas optam por uma posição estratégica de foco, concentrando-se em um


segmento de mercado específico ou em um nicho particular. Isso permite que a empresa
atenda às necessidades exclusivas desse segmento de forma mais eficaz do que seus
concorrentes mais amplos.

Uma posição estratégica também pode ser construída em torno do acesso a recursos
exclusivos, como tecnologia patenteada, matérias-primas exclusivas, redes de
distribuição eficientes ou talento especializado. Isso cria barreiras de entrada para novos
concorrentes e fortalece a posição da empresa no mercado.

O relacionamento próximo com os clientes também pode ser uma posição estratégica,
onde a empresa constrói laços emocionais ou funcionais com seus clientes, resultando
em alta lealdade e repetição de compra.

As posições estratégicas são essenciais para o sucesso de uma empresa, pois determinam
como ela se diferencia e compete em seu ambiente competitivo. Uma posição estratégica
forte permite que uma empresa crie valor para os clientes, supere os concorrentes e
alcance seus objetivos de negócios de forma eficaz.

5. Qual é a definição de trade-off e como eles surgem?

Um trade-off é uma decisão em que se escolhe entre duas ou mais alternativas que são
mutuamente exclusivas ou têm custos e benefícios conflitantes. Optar por uma alternativa
implica em renunciar a pelo menos uma parte dos benefícios ou oportunidades associadas
às outras alternativas.
Os trade-offs podem surgir em diversas situações:

Escassez de Recursos: Quando os recursos (como dinheiro, tempo, pessoal, matéria-


prima) são limitados, é necessário fazer escolhas sobre como alocá-los. Por exemplo, uma
empresa pode ter que decidir entre investir em pesquisa e desenvolvimento ou em
campanhas de marketing.

Conflito de Objetivos: Às vezes, diferentes objetivos ou metas podem entrar em conflito,


exigindo que se faça um trade-off entre eles. Por exemplo, uma pessoa pode ter que
escolher entre passar mais tempo com a família ou trabalhar horas extras para aumentar
sua renda.

Custos Opostos: Em algumas situações, as escolhas têm custos opostos, o que significa
que ganhar em um aspecto pode resultar em perda em outro. Por exemplo, um carro mais
econômico em termos de combustível pode ter um preço mais alto de compra inicial.

Benefícios Divergentes: Em outras situações, as alternativas podem oferecer benefícios


divergentes, e a escolha de uma implica renunciar a alguns benefícios associados à outra.
Por exemplo, uma empresa pode ter que decidir entre lançar um novo produto rapidamente
para ganhar participação de mercado ou dedicar mais tempo ao desenvolvimento para
garantir qualidade superior.

Os trade-offs são uma parte inevitável da tomada de decisões em todos os aspectos da


vida e dos negócios, exigindo que as pessoas e as organizações ponderem
cuidadosamente as escolhas e priorizem suas necessidades e objetivos.

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