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SEMEDO NAMIBE
SISTEMA DE TRABALHO E
FUNÇÕES
ILUNGA KIFIMBO
ROBERTO
NAMIBE
3º ANO
2018
UNIDADE 1 - ESTRATÉGIA E OPERAÇÕES
Nesta unidade iremos introduzir com os conceitos de estratégia, cadeia de valor e vantagens
competitivas. O propósito desta unidade é de explicar a importância das estratégias como da
cadeia de valor na obtenção de vantagens competitivas nas operações das organizações ou
empresas.
1.1.1. Estratégia
Conceito
No âmbito empresarial, esta palavra passou a ser utilizada para indicar o caminho que a
organização irá seguir no intuito de alcançar seus objectivos e, muitas vezes, é utilizada
juntamente com o termo planeamento, por este referir-se genericamente ao estudo do que se irá
fazer no futuro.
As definições do conceito de estratégia são quase tão numerosas quanto os autores que as
referem. Existindo, embora, convergências em alguns aspectos que estão na base do conceito.
As convergências residem no facto de que todas as definições de estratégia assentam na
inseparabilidade entre a organização e o meio envolvente que, se por um lado representa uma
condicionante à sua actividade, por outro, lhe oferece oportunidades que importa aproveitar. É
esta relação entre organização e envolvente que dá sentido ao conceito de estratégia.
Através dessa estratégia, que visa o baixo custo produtivo, a redução e controle total de custos,
proporciona uma postura defensiva diante das cinco forças competitivas (concorrente) de
diversas formas.
De acordo com Porter a liderança de custo pode provocar as seguintes vantagens competitivas:
Sua posição de custo baixo proporciona à empresa uma defesa contra a rivalidade dos
Concorrentes, pois seus custos mais baixos significam que a empresa ainda pode gerar
retornos após seus concorrentes terem investido seus lucros para combater a rivalidade.
Uma posição de baixo custo defende a empresa contra compradores poderosos, pois os
compradores podem exercer seu poder apenas para reduzir os preços até o nível do
próximo concorrente mais eficiente.
O baixo custo proporciona uma defesa contra os fornecedores, oferecendo mais
flexibilidade para lidar com os aumentos de custos.
Os fatores que levam a uma posição de baixo custo normalmente proporcionam
barreiras substanciais à entrada em termos de economias de escala ou vantagens de
custo.
Finalmente, uma posição de baixo custo normalmente coloca a empresa em uma posição
favorável com relação aos substitutos relativos a seus concorrentes no setor.
Assim, uma posição de baixo custo protege a empresa de todas as cinco forças competitivas
(concorrentes), pois a barganha só pode continuar ocasionando a erosão dos lucros até que os
do próximo concorrente mais eficiente sejam eliminados e porque os concorrentes menos
eficientes sofrerão primeiro diante das pressões competitivas”.
Para se escolher a estratégia de liderança em custos, assim como as demais, antes é necessário
verificar qual delas é a mais ideal para a Organização, pois uma ou outra pode não se adequar
às características da empresa. Porter visualiza que, para liderança em custos, inicialmente é
preciso que as empresas possuam grande marketshare, ou seja, sua participação de mercado em
relação aos seus concorrentes. Ainda, salienta a importância das características dos produtos,
estes precisam ser de fácil produção, linha produtiva ampla, menor variedade de produtos,
produzindo-se em grande escala um mesmo produto ou outros com características semelhantes.
Obviamente, há desvantagens em se trabalhar nessa linha estratégica de liderança em custos,
como por exemplo a maleabilidade das economias, as necessidades de sucatear os activos, a
necessidade de se investir em tecnologia, dentre outros.
2. Diferenciação
Porter sugeriu a diferenciação como uma alternativa à liderança de custos. Com a diferenciação,
a empresa se preocupa menos com os custos e tenta ser vista no sector como tendo algo de
singular a oferecer.
3. Enfoque
Prosseguindo com o último modelo estratégico, Porter estabelece as diretrizes para o qual
denominou como sendo a estratégia genérica do enfoque.
Pode ser entendida como a estratégia que direciona seus esforços para um nicho bem mais
específico de atuação, oferecendo produtos e serviços estritamente destinados àqueles clientes
inclusos em seu nicho de atuação, não buscando atingir outros nichos, mas sim se especializar
e comprovar sua superioridade em fornecimento frente a outras empresas optantes por
estratégias de custos e diferenciação. Pode-se citar como principal quesito diferenciador frente
às outras estratégias é que as Organizações optantes pelo foco decidem necessariamente
competir apenas em um pequeno segmento/nicho específico do mercado.
O interessante dessa estratégia é que, ao trabalhar com um nicho específico de mercado, a
Organização pode trabalhar em certa medida com os aspectos dos outros dois modelos, pois ao
direcionar seus produtos/serviços, pode conseguir trabalhar melhores preços com fornecedores,
bem como estilizar produtos ainda mais às necessidades dos clientes, pois os conhece bastante
para isso.
A literatura oferece várias formas de produção nas organizações, dentre as variadas podemos
citar as seguintes:
1. Produção Uniforme
Este tipo de produção caracteriza-se pela produção continuada do (s) mesmo (s) produto (s)
utilizando o mesmo processo de fabricação.
2. Produção Múltipla
Nesta produção a empresa fabrica mais do que um produto, utilizando várias matérias-primas.
Esta produção pode ser:
A matéria-prima é sujeita a várias transformações até a empresa obter o produto acabado, esta
transformação faz-se por um processo sem paradas, designado processo contínuo ou por um
processo com paradas, designado processo descontínuo.
Esta produção é utilizada por empresas de fabricação disjunta e descontínua. É apenas iniciada
a partir do momento em que a empresa dispõe de um compromisso com o cliente. Assim, evita-
se o estoque de produtos acabados.
5. Produção Contínua
Neste tipo de produção as máquinas estão dedicadas ao produto a fabricar o que, não permite
grande flexibilidade. Tem como objectivo evitar a criação de estrangulamento da produção de
cada uma das máquinas. É exemplo deste tipo de produção as indústrias petroquímicas e as
cimenteiras.
A implantação das máquinas é realizada por oficinas funcionais que agrupam máquinas em
função do tipo de tarefas que executam. Neste tipo de produção as máquinas são capazes de
realizar um grande número de operações que não são específicas para um determinado tipo de
produto o que lhe dá uma grande flexibilidade. É assim difícil equilibrar as tarefas, o que
provoca grandes níveis de estoque.
7. Produção em Série
Neste processo não há ordens de produção e é difícil obter custos, por lotes de produção ou por
funções. As empresas assim limitam-se a calcular o custo global da produção do mês e a dividi-
lo pelo número de unidades produzidas, obtendo deste modo o custo unitário de cada produto.
8. Produção Simples
9. Produção Complexa
O processo utilizado no cálculo do custo dos produtos acabados e em curso depende do tipo de
indústria, do regime de fabricação e da organização interna da empresa. Os métodos de
determinação do custo dos produtos podem classificar-se em:
1. Método Direto
Este método caracteriza-se pelo cálculo do custo de cada ordem de produção. É utilizado
por empresas que trabalham por encomenda ou por ordens específicas de produção.
O produto é identificável ao longo de todo o processo produtivo;
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São identificados e determinados todos os custos de produção diretos relativos ao
produto ao longo de todo o processo de fabricação;
A identificação do produto é possibilitada pela ordem de produção.
2. Método Indireto
3. Método Misto
Caracteriza-se pela utilização de um dos métodos anteriores até determinada fase, continuando
nas fases seguintes com outro método.
Hoje em dia, as palavras- chave são capacitação e qualificação. Não existe mais valorização do
trabalho físico do homem, mas sim do conhecimento que ele pode aplicar as novas tecnologias.
Nesse contexto, o processo de recrutamento e seleção de pessoas assume função estratégica nas
organizações quer seja públicas e privadas.
Importância do estudo da capacidade de produção: ajustar o que a empresa pode produzir com
o que o mercado espera dela, evitar gastos desnecessários, evitar investimentos em
equipamentos que não serão utilizados ou em recursos que poderão ficar ociosos, definir
precisamente como a empresa pode expandir em produção, detectar os problemas que podem
ocorrer caso a produção seja reduzida ou aumentada.
A escolha da localização em geral é uma tarefa atribuída aos gerentes de logística com objectivo
principal de obter ganhos em econômica de escala na distribuição e reduções de custos de
transporte.
b) Layout
A palavra layout vem do inglês e foi aportuguesada com o vocábulo leiaute. Mesmo com a
absorção da palavra pela língua portuguesa, é raro vê-la escrita desta forma; o mais comum
mesmo é que apareça a forma em inglês layout.
O Layout ou arranjo físico de uma empresa : abrange a localização física dos recursos e
ferramentas a se utilizar, determinando sua forma e aparência.
O layout define como será a estética do trabalho a ser realizado; é o esboço do projecto,
um rascunho inicial, e inclui o planeamento de todos os seus elementos, que podem ser textos,
imagens, vídeos, espaços reservados a anunciantes.
Ainda o termo layout pode ter o seguinte significado: esquema, plano inicial, amostra, desenho,
arranjo, formato pré-estabelecido.
Embora os conceitos de funções e cargos sejam bem diferentes entre si, para efeito do que será
tratado nesta disciplina, é conveniente relacionar os dois conceitos. Doravante em vez de
falarmos de funções, falaremos de cargos.
Todo cargo possui um ou mais ocupantes. Ocupante é a pessoa designada para executar as
funções específicas do cargo, bem como para exercer a autoridade e responsabilidade inerentes
à posição que o cargo ocupa no organograma.
b) Como esse conjunto de tarefas deverá ser desempenhado (métodos e processos de trabalho);
c) A quem o ocupante do cargo deverá se reportar (responsabilidade);
Duas diferentes escolas administrativas contribuíram fortemente para o projeto e o desenho dos
cargos: a administração científica (Teoria Clássica) e o humanismo industrial (Relações
Humanas). A grosso modo podemos distinguir três modelos básicos de desenho de cargos: o
modelo clássico, o de relações humanas e o de recursos humanos.
Contudo, a exagerada simplificação dos cargos horistas trouxe uma série de problemas e
desvantagens, a saber:
6. Eliminar todas as atividades que produzam fadiga e que não estejam relacionadas com a
tarefa executada.
Vantagens esperadas Resultados reais
1. Os cargos podem ser aprendidos prontamente, 1. Economias no custo de treinamento não chegam a
requerendo pouco treinamento; materializar-se por causa da elevada rotação de
2. Os cargos podem ser ocupados por' pessoas não pessoal.
habilitadas prontamente-disponíveis e com salários
baixos;
A idéia subjacente nesta abordagem clássica é clara: o trabalhador e seu cargo são tratados
como máquinas.Os estudos de tempos emovimentos aumentaram marcadamente o
conhecimento de como as pessoas lidam com máquinas. Esta abordagem trouxe profundas
implicações, porque os cargos são medidos com o tempo e submetidos' ao método, tornando-
se simples e repetitivos. Desenvolveu-se, então, o conceito da linha de montagem. Os benefícios
originalmente esperados com a racionalização do trabalho não chegaram a realizar-se
integralmente.
2. Modelo de relações humanas: o desenho do cargo não é diferente daquele visto no modelo
clássico. A diferença reside nas implicações humanas: o modelo humanista tende a focalizar
mais o contexto do cargo e as condições sob as quais é desempenhado do que o conteúdo do
cargo ou sua execução. O ocupante recebe atenção e consideração quanto às suas necessidades
e não é tratado como máquina. O modelo humanista permite maior interação entre as essoas e
seus superiores e participação em algunas decisões acerca das tarefas•da Unidade, como meio
e satis azer às necessidades individuais e aumentar o moral do pessoal.
Todavia, a consulta e a participação não devem interferir no cumprimento da tarefa, nem afetar
o fluxo e a seqüênda do trabalho. O modelo humanista permite o desenvolvimento de relações
entre colegas e provisão para alguma oportunidade: de crescimento individual. O superior é
solicitado a desenvolver um grupo de trabalho coeso e de suporte, promover uma atmosfera
amigável e cooperativa independentemente da coordenação do trabalho e minimizar fricções
entre as personalidades dos subordinados que poderiam prejudicar o desempenho
departamental. O superior é encorajado a incrementar as atividades no cargo, como rotação dos
indivíduos entre cargos similares e oportunidades ocasionais de interagir com outras unidades
ou departamentos. Algumas atividades são consideradas como meios de reduzir o
2. Autonomia: é o grau de independência e de critério pessoal que o ocupante tem para planear
e executar o trabalho. Refere-se a maior autonomia e independência que o ocupante tem para
programar seu trabalho, seleccionar o equipamento que deverá utilizar e decidir que métodos
ou procedimentos deverá seguir;
4. Identidade com a tarefa: é o grau em que o cargo requer que a pessoa complete uma unidade
integral do trabalho. Refere-se à possibilidade de a pessoa efectuar uma peça de trabalho inteira
ou global e de poder claramente identificar os resultados de seus esforços. O ocupante do cargo
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identifica-se com a tarefa à medida que a executa cabal e integralmente como produto final de
sua actividade. Exemplo: A montagem total de um produto em lugar da realização de apenas
uma simples etapa da operação introduz identidade. Há falta de identidade com as tarefas,
quando o ocupante executa actividades fragmentadas, seccionadas e incompletas, que ele ignora
para que servem, e quando o ambiente de trabalho é totalmente determinado pela gerência;
5. Retroacção: é o grau de informação de retorno que o ocupante recebe para poder avaliar a
eficiência de seus esforços na produção de resultados. Refere-se à informação de retorno que a
pessoa recebe enquanto está trabalhando e que lhe revela como está desempenhando em sua
tarefa.
Quanto mais presentes essas quatro dimensões profundas no desenho de um cargo, tanto maior
a satisfação do ocupante em relação ao conteúdo da tarefa e, consequentemente, tanto maior a
sua produtividade. Essas condições permitem que o cargo seja impregnado dos chamados
factores motivacionais ou satisfacientes.
Se as dimensões profundas estão presentes em um cargo, é provável que elas criem três estados
psicológicos críticos em seus ocupantes, a saber: