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Elisa Marcelo Mulhiua

José Tomas Malonge

Marisa Severino Sebastião

Vantagem competitiva

Universidade Rovuma

Nampula

2022
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Elisa Marcelo Mulhiua

José Tomas Malonge

Marisa Severino Sebastião

Vantagem competitiva

O presente trabalho é de carácter avaliativo,


referente a cadeira de Comportamento e
Mudança organizacional, curso de licenciatura
em Gestão de Recursos Humanos/ HST, 4º ano
pós-laboral. Leccionada por:

MSc. Gil Pedro

Universidade Rovuma

Nampula

2022
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Índice

Introdução..........................................................................................................................3

Objectivos......................................................................................................................3

Geral..........................................................................................................................3

Especifico..................................................................................................................3

Metodologia...................................................................................................................3

1. Vantagem competitiva...................................................................................................4

1.1.1. A Evolução do Conceito..................................................................................4

1.1.2. Vantagem Competitiva no Tempo...................................................................4

1.2. Vantagem Competitiva & Desempenho.................................................................5

1.3. O modelo das cinco forças de Porter......................................................................5

Conclusão..........................................................................................................................8

Referências bibliográfica...................................................................................................9
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Introdução
Vantagem competitiva ou diferencial competitivo é uma ou um conjunto de
características que permite a uma empresa ser diferente por entregar mais valor sob o
ponto de vista dos clientes, diferenciando-se da concorrência e, por isso, obtendo
vantagens no mercado.

Objectivos

Geral
 Conhecer a observações empíricas sobre vantagem competitiva na sua relação
com o desempenho organizacional.

Especifico
 Identificar o modelo das cinco forças de Porter;
 Analisar a estratégia competitiva como forma de construção do planeamento
estratégico que permitirá à empresa desenvolver a sua competitividade.

Metodologia
Para elaboração do presente trabalho baseou-se uma metodológica de Pesquisa
Bibliográfica. O mesmo, obedeceu a seguinte estrutura, começando com a parte
introdutória, seguido com a parte de discussão do tema (desenvolvimento do tema em
causa), conclusão e por último, a citação das referências bibliografa
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1. Vantagem competitiva
De acordo com o PORTER (1989, P. 46), Vantagem competitiva ou diferencial
competitivo é “uma ou um conjunto de características que permite a uma empresa ser
diferente por entregar mais valor sob o ponto de vista dos clientes, diferenciando-se da
concorrência e, por isso, obtendo vantagens no mercado”.

De modo mais técnico pode-se dizer que a vantagem competitiva é a ocorrência de


níveis de desempenho económico acima da média de mercado em função das estratégias
adoptadas pelas empresas.

1.1.1. A Evolução do Conceito


As primeiras alusões à vantagem competitiva remetem à ideia de superioridade frente
aos competidores, uma posição concorrencial forte e única (ANSOFF, 1965, P. 80).

É na década de 1980, a vantagem competitiva passa a assumir uma posição central em


estratégia, como o principal objectivo de pesquisa e variável dependente.

A pesquisa da vantagem competitiva leva a tangibilizar aquilo que se entende por uma
superioridade concorrencial, e a vantagem competitiva passa a ser directamente
associada ao lucro económico superior da empresa.

A rentabilidade acima da média torna-se evidência da existência da vantagem


competitiva; em uma relação causal directa e perfeita, os dois conceitos - vantagem
competitiva e desempenho - passam a ser intercambiados nos estudos de estratégia.

1.1.2. Vantagem Competitiva no Tempo


Se a vantagem competitiva é um evento frágil ou efémero, não há motivos para
formular estratégia “strategize”

A vantagem competitiva sustentada foi introduzida como aquela que rende um


desempenho superior no longo prazo (PORTER, 1985, P. 48). Contudo, a
sustentabilidade a que se refere o termo não diz respeito aos efeitos da vantagem
competitiva no desempenho da empresa, mas à capacidade da manutenção da estratégia
de criação de valor pela empresa.

Estratégias frágeis são passíveis de imitação e superação pelos competidores e, portanto


renderiam apenas uma vantagem temporária. A manutenção do desempenho pode
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indicar uma estratégia superior, mas ao longo do tempo mais de um indicador de


desempenho poderá ser afectado pela capacidade de criação de valor. A observação uma
única medida de desempenho não seria evidência suficiente para a existência de
vantagem competitiva.

1.2. Vantagem Competitiva & Desempenho


Como decorrência da discussão até aqui desenvolvida: uma empresa é considerada com
vantagem competitiva quando cria mais valor que seus concorrentes, em um dado
intervalo de tempo; considerando que

(i) O valor criado é a diferença entre a disposição a pagar e custo de


oportunidade;
(ii) Os concorrentes são considerados os competidores directos da empresa; e
(iii) O intervalo de tempo é adequado ao ciclo de desenvolvimento de negócios
no sector. Essa definição integra os vários interesses de pesquisa em
estratégia e dá à vantagem competitiva a representatividade que o conceito
deve ter.

Como tal, deve servir como pedra fundamental para as construções teóricas e
observações empíricas sobre vantagem competitiva na sua relação com o desempenho
organizacional.

1.3. O modelo das cinco forças de Porter


É para a análise da competição entre empresas. O modelo deve ser estudado para a
criação de uma estratégia competitiva adequada e com vantagem competitiva, PORTER
(1989, P. 78)

Rivalidade entre os concorrentes: para a maioria das empresas, é o principal


determinante da competitividade do mercado. Em situações de rivalidade acirrada, os
concorrentes procuram conquistar clientes, espremem suas margens e a principal
preocupação é baixar preços ou conceder descontos por quantidade. Factores básicos:
número de concorrentes e sua participação no mercado, taxa de crescimento do sector,
campanhas de publicidade e diferenciação dos produtos.

Poder de Negociação dos Clientes: os clientes exigem maior qualidade e menor preço.
É a capacidade dos clientes para pressionar a empresa.
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Poder de Negociação dos Fornecedores: eles podem se recusar a vender para a


empresa, elevar seus preços ou atrasar as entregas. Ter só um fornecedor é um ponto
fraco. Ele pode ir à falência, ser absorvido por um concorrente ou mesmo elevar seus
preços.

Ameaça de Entrada de Novos Concorrentes: é um factor normal. Pode diminuir a


parcela de participação de mercado, pode ser um concorrente mais agressivo e
competitivo apresentando diferenciação nos produtos/serviços e outras vantagens para a
clientela.
Ameaça de produtos substitutos: a existência de produtos/serviços substitutos, com
funções equivalentes, pode afectar o mercado. Além da similaridade, a obsolescência
pode ser prejudicial. Todas as empresas devem estar atentas às novas mudanças,
tendências do mercado e tecnologia de produtos.

Estratégia competitiva se forma na construção do planeamento estratégico que permitirá


à empresa definir: o caminho a seguir, a orientação de suas competências diante das
ameaças e oportunidades e criar valor aos clientes atuais e clientes potenciais.

 Estratégia competitiva: de acordo com PORTER (1989, P. 71), a vantagem


competitiva tem origem a partir da criação de valor que a empresa deseja
mostrar aos clientes.

Desta forma, uma estratégia competitiva desenvolvida em busca de um diferencial é


importantíssima, por que dificilmente a empresa poderá ter condições de criar,
simultaneamente, várias maneiras de atender a todas as necessidades do mercado em
que ela atua. Assim, poderá ter uma posição única e uma posição valiosa.

 Eficácia operacional: segundo PORTER (1989, P. 71), a eficácia operacional e


a estratégia são ferramentas essenciais para um desempenho superior, com
possibilidades para a empresa obter a vantagem competitiva.

A eficácia operacional vem por meio das melhores práticas que reduzem os custos,
combatem desperdício e permitem aos resultados positivos. a eficácia operacional vem
de uma análise criteriosa do ambiente interno com o detalhamento das práticas e dos
processos. Ela identifica as competências essenciais da empresa, pois, cada uma delas
tem potencial para custos menores ou geração de valor da empresa.
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Qualquer empresa é formada por um conjunto de actividades para criar, produzir,


comercializar, entregar e dar sustentabilidade ao seu produto/serviço. a visão holística
sobre o trabalho da empresa apontará quais dentre estas actividades são essenciais para
o negócio e quais as que servem como apoio. Porter sugere a desagregação sucessiva
por grupo de actividades (denominadas categorias genéricas) e designar as que mais
contribuem na eficácia operacional da empresa e na construção da vantagem
competitiva.

 Estratégias genéricas de competição: outro item básico para a vantagem


competitiva é a estratégia. Através dela é possível criar a diferenciação e optar
pelo que fazer e, também, o que não fazer. Para Porter apenas por meio de uma
posição estratégica definida e distinta será possível ter diferenças de
desempenho sustentáveis. ele apresenta um modelo de estratégias genéricas de
competição a partir das quais, uma empresa poderá escolher como enfrentar a
concorrência “(…) significa escolher, de forma deliberada, um conjunto
diferente de actividades para proporcionar um mix único de valores”:

Estratégia de liderança em custos: considera como a empresa pode operar com o menor
nível de custo possível.

Estratégia de Diferenciação: constitui uma maneira de oferecer um produto/serviço


exclusivo e único em algum aspecto a ser valorizado pelos clientes atuais e potenciais.
Essa diferenciação leva a uma protecção contra as forças competitivas.

Estratégia de foco: visa a actuação em um ambiente competitivo restrito focalizando


apenas um determinado grupo de clientes, um segmento ou um mercado geográfico
específico.
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Conclusão
Após a feitoria do presente trabalho, concluímos que a vantagem competitiva, ela surge
fundamentalmente do valor que uma determinada empresa consegue criar para os
seus clientes e que ultrapassa os custos de produção. O termo valor aqui aplicado
representa aquilo que os clientes estão dispostos a pagar pelo produto ou serviço; um
valor superior resulta da oferta de um produto ou serviço com características percebidas
idênticas aos da concorrência mas por um preço mais baixo ou, alternativamente, da
oferta de um produto ou serviço com benefícios superiores aos da concorrência que
mais do que compensam um preço mais elevado.

A vantagem competitiva pode assim ser definida como a razão pela qual
os clientes escolhem os produtos ou serviços fornecidos pela empresa e detrimento dos
produtos e serviços oferecidos pelos seus concorrentes.
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Referências bibliográfica
PORTER, MICHAEL EUGENE. A Vantagem Competitiva das nações. Campus, Rio de
Janeiro, Campus, 1989.

PORTER, MICHAEL EUGENE. Estratégia Competitiva. Editora Campus. Rio de


Janeiro, 1989.

Competitive. Strategy Free Press, New York, 1980.

From Competitive Advantage to Corporate Strategy. Harvard Business Review, 1987.

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