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Educação financeira infantil

1. Dê mesada ou dinheiro para comprar algo


Como despertar a curiosidade dos pequenos pelo dinheiro? Deixando
que lidem com isso de um jeito independente. Afinal, só falar que não
dá para comprar algo que querem, por exemplo, pode não entrar na
cabeça deles.

A intenção é aprender na prática. Quando os filhos têm uma quantia


semanal ou mensal, começam a entender a importância de:

 Guardar dinheiro

 Pensar bem antes de gastar sem necessidade;

 Fazer o dinheiro render até o fim da semana ou do mês.

Isso tudo é coisa que as crianças vão ouvir muito na família ao longo
da vida. Com essas preocupações em mente, elas conseguem
entender de um jeitinho fácil o que é poupar, comparar preços,
administrar e até investir o dinheiro.

2. Entregue pequenas contas para as crianças pagarem

Precisa pagar alguma conta? Leve a criançada ao caixa


eletrônico mais próximo e explique o funcionamento do processo. Fale
que precisa ter a quantia suficiente na conta e que não pode deixar
passar a data de vencimento, afinal, os juros são altos!

Vocês podem fazer uma planilha ou criar um quadro bem visível com
as datas de pagamento de cada conta da casa. Esse é um jeito de
incluir os pequenos nas responsabilidades domésticas pra que toda a
família se beneficie da prática.

3. Trabalhem juntos para manter um cofrinho

O cartão de crédito salva muita gente de apertos, mas pode ser um


grande vilão das finanças. Para começar, então, é ideal explicar aos
pequenos que ele é um recurso a ser usado só nas emergências.
Antes de sair parcelando as compras e jogando os gastos para o
próximo mês, ensine que é importante juntar dinheiro. Para isso,
montar um cofrinho da família é excelente!

Deixe o cofre em um lugar visível da casa e incentive que todo mundo


poupe um pouquinho para colocar ali. É como diz o ditado: de grão em
grão, a galinha enche o papo!

E se você decidir dar mesada para os filhos, aí vai mais uma boa ideia:
fale para eles guardarem uma parte da quantia que ganham no cofre.
Assim, podem entender melhor que vale a pena fazer um esforço
coletivo para ter dinheiro e comprar à vista.

4. Tenha cuidado com os erros da educação infantil

Não precisa ser especialista em finanças para colocar a educação


financeira infantil em prática. Mas fique de olho para não cair nestes
erros:

 recompensar estudos e boas notas com mesada, por exemplo,


porque a criança precisa entender que existem obrigações e
responsabilidades que deve cumprir;

 completar o dinheiro que faltar pra comprar algo mais caro, pois
ela tem de entender que esse recurso é limitado;

 dar exemplos negativos ao estourar o limite do cartão, não fazer


uma reserva de emergência, gastar sem planejamento etc.

5. Montem um glossário do universo financeiro

Alguns termos são bem difíceis e existem aos montes, não é mesmo?
Para a mente infantil, eles podem parecer assustadores — débito,
juros, crédito, saque etc. Mas dá para reverter ao levar tudo isso para o
mundinho deles.

Um glossário com uma explicação breve, lúdica e didática é um bom


começo. Sempre que quiserem consultar alguma palavra, os pequenos
vão ter esse material que vocês fizeram juntos sobre finanças
pessoais à disposição.

6. Promova brincadeiras que divertem e ensinam

Já ouviu falar em gamificação? Essa palavra pode parecer difícil, mas


é bem simples. A ideia é pegar os elementos dos jogos e usar em
outras situações. Personagens, participantes, equipes, pontuações,
placares e por aí vai.

Uma boa dica é aproveitar esses recursos que o público infantil tanto
ama pra ensinar. Aliás, as escolas têm aproveitado bastante essa
ideia. Mas aqui o cenário é a casa, os personagens são vocês da
família e a missão é se programar para a viagem de férias, por
exemplo.

Quais são as fases para se chegar ao prêmio? Algumas podem ser:

economizar dinheiro

 apagar todas as luzes e equipamentos quando não estiver


usando para abaixar o preço da conta de luz;

 fazer as contas de todos os gastos com a viagem, como


hospedagem, combustível, passagens, comida etc.;

 aplicar as economias em um ativo inventado pela família e fazer


as contas de quanto o dinheiro vai render;

 ganhar uma renda extra para montar uma reserva de


emergência.

No meio dessa brincadeira, aproveite para introduzir os termos que


aprenderam juntos, com o glossário. Explique tudo de um jeito que a
criança consiga associar bem até mesmo aqueles conceitos difíceis,
como investimentos ou juros compostos.

Sabe outra brincadeira legal para ensinar educação financeira infantil?


Supermercado! Improvise um caixa e algumas notas ou moedas
para pagar as compras. Isso é bom para que seus filhos entendam que
cada produto tem um valor. Assim, não vão mais pedir tudo quando
vocês saírem para um passeio.

7. Indique leituras específicas e lúdicas

É bom demais poder unir dois benefícios de uma vez só, não é
mesmo? Dá para fazer isso ao incentivar a leitura de alguns materiais
sobre finanças específicos do público infantil. Além de adquirirem o
hábito de ler, os pequenos podem aprender bastante.

Aqui a gente tem algumas sugestões de obras:

 O pé de meia mágico (Álvaro Modernell);

 Como se fosse dinheiro (Ruth Rocha);

 As sementes da riqueza (Angélica Rodrigues Santos e Rogério


Olegário do Carmo);

 Dinheiro, Dinheirim — Moeda no Cofrim (Itamar Rabelo, Mauro


Nogueira e Victor José Hohl);

 Almanaque Maluquinho — Para que dinheiro? (Ziraldo).

Se a criança ainda não sabe ler, isso não significa que ela deve ficar de
fora, viu? Dá para passar momentos bem agradáveis em família ao
contar histórias e potencializar o aprendizado.

A educação financeira infantil não tem uma idade certa. Quanto antes
você puder introduzir o tema na vida dos pequenos, melhor para que
eles se interessem pelo assunto. As dicas deste post são bem simples
de adotar e vão fazer toda a diferença na vida adulta deles.

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