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diferenças
Diante da incerteza do cenário político-econômico, é essencial reforçar os cuidados com os gastos
durante o período de isolamento social. Aproveite o tempo extra da quarentena e reveja o seu
orçamento, identificando gastos essenciais e supérfluos para melhorar a sua saúde financeira.
A pandemia do novo coronavírus vem exigindo uma série de mudanças de atitude com a higiene e
cuidado sanitário, distanciamento social, políticas de trabalho remoto e também com os hábitos de
consumo.
Grosso modo, gastos essenciais são aqueles que não podem ficar fora do seu orçamento, porque
envolvem despesas diretamente ligadas a sua sobrevivência social. Já os gastos supérfluos são
aqueles que envolvem despesas necessárias, mas que podem ser repensadas.
Se você quiser aprender a fazer uma planilha de gastos eficiente e prática, esse controle se torna
bem mais fácil.
A verdade é que nossos próprios hábitos de consumo costumam ser os grandes responsáveis por
nossa saúde financeira, por isso devem ser monitorados.
Continue lendo o post e entenda a diferença entre gastos essenciais e supérfluos no seu orçamento e
a importância de controlá-los nessa fase de crise econômica para assegurar sua estabilidade
financeira. Boa leitura!
Os gastos essenciais geram dependência porque estão diretamente ligados a sua sobrevivência
social. Alguns dos principais são:
• aluguel;
• condomínio;
• alimentação;
• luz;
• gás;
• água;
• planos ou convênios de saúde.
• roupas;
• TV a cabo;
• educação;
• automóveis próprios;
• serviços de streaming (Netflix, Amazon Prime Video, Disney Play, etc);
• refeições fora de casa (lanches, cafés, etc);
• academia ou equivalente;
• saídas sociais (cinema, balada, happy hour, etc);
• compras rotineiras.
Os gastos supérfluos são os grandes vilões das contas no final do mês. Isso porque, muitas vezes,
eles são feitos inconscientemente e o susto ao somar todas as pequenas despesas pode ser
escandaloso.
Aquele cafézinho pós-almoço, o brigadeiro no final do dia, aquela camisa que você adorou, aquela
pizza no final de semana, tudo isso, se feito sem controle de custo, pode te levar a gastar mais do
que recebe criando uma situação de endividamento.
Quando lidamos com o cartão de crédito que oferece a facilidade do parcelamento, a situação pode
ser ainda pior, já que ele conta com a taxa de juros mais alta do mercado. Um pequeno descuido
pode ser decisivo.
Após separar os gastos essenciais e supérfluos e ter os ganhos e despesas bem definidos, é hora de
organizar o seu planejamento financeiro pessoal de forma mais racional.
Especialistas em finanças pessoais sugerem o uso da regra 50-30-20 para um consumo mais
consciente. Essa fórmula divide os seus gastos gerais em três categorias:
• 50: metade dos recursos deve ser direcionado para arcar com os gastos essenciais;
• 30: do restante, 30% deve ser destinado para gastos supérfluos;
• 20: os demais 20% devem ser destinados para o pagamento de dívidas, criação de reservas
de emergência ou investimentos para o futuro.
As proporções podem variar um pouco, mas o ideal é tentar mantê-las nesse patamar. Para isso, os
gastos supérfluos são os mais fáceis de adaptar.
Algumas saída a menos no mês, uma semana indo de bicicleta ao trabalho, poucas refeições fora de
casa, dentre outras pequenas economias podem fazer a diferença no orçamento do mês.
Não há gasto mais supérfluo do que aquele que vem do desperdício. Afinal, é puramente jogar
dinheiro fora. Para evitar esse erro, você pode:
Seja no atacado ou no varejo, a lógica comercial costuma sempre ser a mesma: quanto maior o
número de unidades, maior o desconto sobre o produto.
Por isso, uma dica para economizar é realizar as compras uma vez por mês, tendo os produtos e
volumes necessários bem organizados.
É comum ver etiquetas no mercado oferecendo descontos para compras acima de um número
específico de unidades.
Ou seja, se durante o mês você habitualmente já consome esse volume, a compra mais abundante
significa uma economia no valor unitário da mercadoria e, consequentemente, no orçamento final
do mês.
Assim, ao invés de realizar compras pontuais, você pode estocar produtos de uso rotineiro se o
desconto compensar.
Quem organizou as contas e identificou os gastos essenciais e supérfluos sabe que as dívidas são
parte comprometedora da renda. Caso você tenha feito uma dívida que possa desestabilizar a vida
da sua família durante esse período de recessão, procure negociá-la.
Procure a imobiliária, banco ou instituição credora para buscar uma solução que te permita aliviar a
situação.
Prepare propostas de pagamento que estejam dentro do seu orçamento e negocie. Muitas
instituições financeiras oferecem empréstimos com juros mais baixos e fáceis de administrar que
podem te ajudar nesse momento.
Não hesite em procurar a portabilidade da sua dívida para uma instituição que ofereça condições
mais favoráveis. Este momento exige muita atenção e critério.
Outra forma fundamental para reduzir os gastos extras é por meio do corte de despesas. Tendo
listado todos os gastos essenciais e supérfluos fica mais fácil escolher a fonte de economia.
Streaming de música, de séries e filmes, games, compras online, compras de produtos por
caprichos, dentre outros gastos devem ser avaliados.
Considere fazer escolhas como cozinhar em casa, assistir filmes online, evitar consumo por
impulso, avaliar se a compra é por necessidade ou vontade e assim por diante. Esses pequenos
ajustes na rotina podem fazer uma grande diferença no final do mês.
A tentação do modelo mais novo, espaçoso, prático, versátil, moderno e outras tantas características
publicitárias para estimular o consumo sempre serão a realidade. Contudo, neste momento de crise
econômica, o cuidado para não ceder a essas tentações deve ser redobrado.
Deixar-se levar por um momento de impulso é o caminho mais rápido para se perder em meio a
gastos supérfluos. Então, mesmo que o produto seja acessível, se não houver necessidade real de
aquisição, exclua a possibilidade de compra.
Mantenha a calma e opte por realizar compras como essa quando a sua organização financeira e a
situação econômica do país estiverem mais tranquilas.
Contudo, organizar a sua vida financeira para assegurar mais segurança e estabilidade é
indispensável.
Portanto, identifique gatos essenciais e supérfluos na sua rotina, analise o que pode ou não ser
cortado, escolha mudar alguns hábitos que possam preservar o mais importante: o bem-estar e o
resguardo da sua família.