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AULA 3

TENDÊNCIAS EM
PERSONALIZAÇÃO E
MANUFATURA
ADITIVA

CONVERSA INICIAL
A manufatura aditiva, do inglês additive manufacturing (AM),
engloba diversos tipos diferentes de tecnologias, que não apenas
elaboram objetos baseados em modelos digitais, como também
proporcionam personalização dos objetos produzidos. A produção
desses objetos é semelhante; contudo, cada um dos tipos de
impressão 3D apresenta um formato característico de produzir
materiais. Podemos ver o exemplo da impressão 3D FDM, que
utiliza polímero em forma de filamento como insumo para esses
tipos de impressoras. Por meio de um processo de informatização,
ocorre a inserção e a ampliação de recursos capazes de sustentar
e incentivar o avanço da manufatura aditiva.
O processo de informatização e o elevado nível de conectividade,
unificados como elementos de tecnologia, viabilizam a concepção
de IOT (Internet das Coisas). Esses elementos tecnológicos vêm se
tornando, cada vez mais, um assunto chave em quase todos os
segmentos da economia. Esse fato também se destaca no setor da
indústria, pois são crescentes os rumores em relação à definição
de Indústria 4.0 e à forma de como ela impacta o dia a dia das
empresas e seus processos fabris.
Inicialmente, a IOT, junto com a transformação digital, trouxe
consigo uma necessidade cada vez maior de garantir que as
informações relativas ao processo de produção fossem protegidas
e não ultrapassem bloqueios, transpassando as permissões de
quem pode visualizá-las. Há ainda outros fatores relevantes, como
a espionagem industrial. Nesse caso, os cuidados precisam ser
duplicados quando ingressamos no mundo digital, bem como na
indústria 4.0. Diversas ameaças, como códigos maliciosos, ataques
de engenharia social e cavalos de troia, podem alterar a ordem de
produção ou, o que é pior, paralisar máquinas e dispositivos
industriais. O impacto gerado já apresenta, hoje, dimensões
catastróficas. Em um cenário totalmente conectado, esse problema
seria ainda mais perigoso. Nesse novo cenário, de conexão total,
qualquer falha na comunicação poderia causar desorganização
global, retardos nas entregas, alterações de rotas e diversas outras
complicações. Esse contexto exige das indústrias a adoção de
controles específicos.
Além dos fatores relativos às exigências da um novo cenário
tecnológico globalizado, a indústria 4.0 envolve, ainda, desafios
relacionados ao processo de gestão de recursos humanos, uma
vez que as competências precisam ser

alinhadas com a utilização de recursos tecnológicos, como Big


Data, processos de simulação, robôs autônomos, concentração de
sistemas, IoT (Internet das Coisas), segurança da informação,
cloud computing (computação em nuvem), realidade aumentada e
outros conceitos, como manufatura aditiva (impressão 3D), que
vêm sendo cada vez mais adotados e ampliados. O principal
obstáculo nesse contexto reside no caráter cultural e
comportamental, uma vez que são os membros de uma sociedade,
como indivíduos, que decidem e sugestionam a adoção de novas
tecnologias e recursos.

TEMA 1 – IOT COMO INTERNET INDUSTRIAL DAS


COISAS
Com o objetivo de preservar a competitividade, as organizações
precisam ser inovadoras. A Internet Industrial das Coisas (IIoT)
surge como uma das principais formas de seguir nessa direção. O
termo Internet das Coisas (IoT) tem sido, nos últimos tempos,
amplamente utilizado no comércio e na indústria. Entretanto,
dificilmente conseguimos diferenciar a atuação do IoT sob um
conceito mais amplo de Internet das Coisas, em paralelo a
diferentes requisitos, aplicações, públicos-alvo e estratégias. A
principal definição paralela encontra-se no último nível de
verticalização, chamado de Internet das Coisas Industrial, ou
Internet Industrial das Coisas (IIoT). As aplicações industriais
necessitam de um elevado grau de confiabilidade em ambientes
comumente hostis, nos quais os erros se refletem em grandes
perdas financeiras ou grande risco de vida. Nesse cenário, a
Internet Industrial das Coisas (IIOT) engloba uma ampla
quantidade de mercados, com atuação nas áreas de energia, óleo
mineral e gás, manufatura, transporte, agricultura, logística,
exploração espacial, entre outras.
Crédito: Mari Kova/Shutterstock.

O uso das tecnologias de Big Data, inteligência artificial, realidade


aumentada e Internet das Coisas na automação industrial faz parte
de uma
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movimentação global que vem causando importantes


transformações sociais, impactando a realidade de diferentes
formas. Podemos ver um bom exemplo disso no mercado de
trabalho, em que a presença das diferentes tecnologias atuais,
inseridas em fábricas, gera novas oportunidades de empregos,
reduzindo ao mínimo os postos de trabalho que não agregam valor
aos processos, proporcionando assim um significativo
reposicionamento de funções, cenário em que os profissionais
devem exercer novas e diferentes atividades.

1.1 Avaliação de IIoT


Podemos entender a Internet Industrial das Coisas (IIoT) como
uma agregação de sensores de diferentes dispositivos e máquinas,
softwares, middlewares, sistemas de cálculo do tipo back end, além
de Cloud Computing (armazenamento em nuvem), objetivando
atingir maior visibilidade e insight nas diferentes operações da
empresa. Dessa forma, ela se apresenta inserida em uma
metodologia que busca modificar os processos operacionais de
negócios, fazendo uso de feedback de obtenção de resultados, ao
adquirir grandes conjuntos de dados por intermédio de diferentes
análises, sempre de maneira avançada, como a Inteligência
Artificial (IA).
A Internet Industrial das Coisas se apresenta como excelente
resposta ao obstáculo da manutenção de desempenho e mercado,
em um mundo globalizado e de alta competitividade. A IIoT
usualmente é considerada como derivação, ou classificação, da
subcategoria IoT, voltada ao uso industrial. Ela utiliza um princípio
semelhante ao de conexão entre aparelhos e dispositivos com
utilização doméstica, a exemplo do êxito das assistentes virtuais,
sendo aplicada à automação industrial, buscando ampliar a
eficiência e a operacionalidade dos métodos fabris.

1.2 O futuro começa agora


Com base nos conceitos de IoT e IIoT, podemos avançar adiante
na análise, buscando diferenciar os dois focos ou contextos de uso
referentes à sua utilização, tanto doméstica quanto em automação
industrial. A característica base para a Internet Industrial das
Coisas é a convergência entre as tecnologias da informação e a
operacional. Nesse contexto, vai além do acoplamento de

dispositivos físicos normalmente associados à IoT, com uma


tendência de transformação que produz uma legítima fábrica
inteligente.
Estamos vendo o surgimento da implementação de modelos de
negócios totalmente reformulados e inovadores. Cada vez mais, os
sistemas industriais, integrados e automatizados, produzem um
volume maior de informações em tempo real, que dão suporte à
gestão e à tomada de decisão. Um novo ecossistema industrial
está sendo gerado, capaz de proporcionar vantagem competitiva. A
criação deste ecossistema só é possível porque as máquinas e os
equipamentos se tornarem capazes de assumir diferentes tarefas.
Há diferentes formas da aplicação da Internet Industrial das Coisas:
• Por meio de equipamentos integrados entre si, com a
capacidade de serem rastreados por sensoriamento. Os
processos produtivos das fábricas se destacam como uma
das principais formas de aplicação.

• Com o uso de sensores, é possível que as cadeias de


suprimento sejam gerenciadas.

• Com a integração de dispositivos de monitoramento


fortemente inteligentes e responsivos, considerando o
gerenciamento das instalações, amplia-se a capacidade de
gestão.
TEMA 2 – AGILIDADE E DISPONIBILIDADE COM
CLOUD COMPUTING EM AM
A 4a Revolução Industrial, e suas repercussões na sociedade
em geral, são alguns dos temas mais discutidos na atualidade,
não apenas pelo setor industrial, mas também comercial e de
serviços. Também é um tema cada vez mais importantes para
as pessoas comuns, que se preocupam com os novos
cenários de produção e comercialização de produtos. Essa
discussão ocorre essencialmente por conta da inquietação,
tendo em vista as mudanças extremas que esse contexto
pode promover nas profissões e na oferta de emprego,
atingindo principalmente o formato de trabalho que
executamos hoje – e, com isso, a forma como vivemos.

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Crédito: winui/Shutterstock.

O projeto dessa 4a Revolução Industrial originalmente tinha o


objetivo de impulsionar a informatização da manufatura, por conta
do aumento expressivo na demanda por produtos personalizados.
Primeiramente, decorria da função de englobar tecnologias para a
automação e a comutação de dados no ambiente industrial. O
termo Indústria 4.0 foi teve abrangência ampliada ao longo dos
últimos anos. Nesse contexto, a computação em nuvem (cloud
computing) surge como opção importante para garantir a
abrangência dos conteúdos no que diz respeito ao acesso e à
segurança. Esse fato estabelece uma relação direta com AM, no
sentido de oferecer uma capacidade ampliada de performance e
disponibilidade, considerando o modelo de funcionamento.

2.1 Caracterização de cloud computing no ambiente da


Industria 4.0
Ainda que o termo computação em nuvem (cloud computing) seja
um dos pilares fundamentais da indústria 4.0, ele não está
consolidado dentro desse espaço.
A relevância de adotar esse conceito de tecnologia é o
desenvolvimento de uma revolução digital, com destaque para a
capacidade de garantir expansão com níveis de segurança
ampliados, possibilitando que os dados coletados possam ser
armazenados em servidores alocados em datacenters no formato
de nuvem, assegurando maior grau de escalabilidade, com
redução de custo e elevação dos níveis de segurança.

Crédito: is am are/Shutterstock.

A transformação digital ao redor do mundo vem marcando as


organizações, que passam a adotar formas inovadoras de realizar
negócios, com base em avanços tecnológicos. Ela se aplica a toda
espécie de organização, como indústria e comércio. Esse fato vem
proporcionando uma revolução no ciclo de vida da produção,
porque no mundo digital e no mundo físico há certa similaridade, o
que possibilita uma combinação de ambos como um fator único. A
totalidade de equipamentos, itens, insumos e maquinários inseridos
em uma planta operacional transforma o modelo original em um
modelo conectado a uma cadeia de valor incorporada e digital.

2.2 Cloud computing e AM


As tecnologias de computação em nuvem (cloud computing) e de
manufatura aditiva (AM), bem como seu emprego no conceito de
customização em larga escala, manufatura descentralizada e
acompanhamento remoto de máquina na inserção em processos
produtivos, facilitam o acesso às informações. A produção
customizada de objetos, pelo uso de manufatura aditiva, faz uso do
modelo de fabricação, em que impressoras 3D podem ser
equipadas com sistemas de filmagem e monitoria visual, além de
sensoriamento por dispositivos interconectados.
Estão em desenvolvimento diferentes projetos e processos de
integração entre sistemas de impressoras 3D, com o objetivo de
fazer com que um sistema seja capaz de enviar, de maneira
automática, comandos de impressão de maneira remota,
possibilitando até mesmo a reposição de estoque sempre que um
insumo é utilizado na produção de um objeto.

TEMA 3 – IMPACTO DO BIG DATA EM AM


Considerando uma perspectiva ampliada,
é possível identificar que a digitalização possibilitou um crescimento sem
precedentes ao conhecimento humano. Por outro lado, a economia colaborativa
começou a ganhar cada vez mais espaço com o uso compartilhado dos recursos
e uma valorização cada vez maior daquilo que é intangível. Passamos não só
por uma era de mudanças, mas, sim, por uma mudança de era, onde modelos
de negócio se liquefazem e surgem as organizações exponenciais. E é nesse
sentido que os conceitos sobre essas mudanças se misturam. (ITHSM, 2019)

Nesse contexto, o Big Data é um elemento essencial (O que é...,


2021):
Embora não tenha uma tradução exata, Big Data é um termo que se refere a
uma grande quantidade de dados. O termo surge e ganha aderência no mercado
a partir de estudos na área de Tecnologia da Informação (TI), setor que
acompanha de perto a alta quantidade de dados obtidos através da interação
com sites, lojas online, cadastros, geolocalização, utilização de ferramentas
diversas e muitas outras fontes. Agora, além de representar uma quantidade de
dados, Big Data se refere também à coleta e interpretação dos mesmos, afinal
os dados em si precisam de uma tradução em informação ou insight para então
terem aplicação prática

3.1 Personalização e Big Data


A utilização do Big Data para dinamizar e personalizar produtos e
serviços para clientes é no mínimo uma vantagem competitiva. O
Big Data tem um enorme valor para empresas e organizações em
geral. Um exemplo é o sistema de streaming de vídeo da Netflix,
além de outros serviços desse segmento. O ponto inicial do uso de
dados em formato Big Data são os hábitos de interação com o
aplicativo, por parte dos usuários da plataforma, como horários de
acesso, períodos de audiência e também tipo de consumo,
formatos e particularidades de temas. Todas essas informações
são convertidas em dados que serão interpretados e empregados
na personalização da plataforma para cada tipo de usuário, de
maneira sucessiva, priorizando o que é popular em seu ciclo de
convívio.

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Crédito: elenabsl/Shutterstock.

O Big Data fornece suporte para as organizações, apoiando o


desenvolvimento de relatórios e planejamento de novas operações,
assim como a criação de produtos e a elaboração de ações de
marketing. Auxilia, ainda, diferentes frentes do processo de vendas.
Tudo isso é factível mediante o uso de ferramentas de TI e de
processos digitais que se complementam com a absorção, a
organização e a interpretação de dados, com a posterior conversão
em informações relevantes.

3.2 Valor agregado pelo monitoramento remoto


Por conta da capacidade de acesso global dos dados
armazenados, o Big Data se torna um aliado do fornecimento de
informações, as quais possibilitam monitoramento de forma remota.
O valor agregado se relaciona com mudanças nos processos de
tomada de decisão, considerando a morosidade e a escassez dos
dados. A rápida transformação proporcionada pelo Big Data traz
uma mudança de mentalidade: há um foco maior no cliente e no
ambiente colaborativo das equipes envolvidas. As mudanças,
principalmente na perspectiva das organizações, passam por uma
diversidade de conceitos, que não se referem exclusivamente ao
uso de métodos, pois incluem o uso de procedimentos que
implicam em um novo formato de pensamentos e ações.
A possibilidade de combinar produção física e operações digitais,
com base no aprendizado de máquina (machine learning), bem
como no Big Data (gerando

todo um ecossistema holístico, em rede, para a manufatura e o


gerenciamento da cadeia de suprimentos), traz o benefício de
agregar valor à cadeia de produtos. Esses produtos surgem dentro
do formato da Indústria 4.0, que tem a competitividade como
destaque formação.

TEMA 4 – REALIDADE AUMENTADA E SEU USO EM


AM
Para o desenvolvimento de um novo produto de maneira assertiva,
é necessário identificar os problemas que devem ser resolvidos.
Isso só é plausível quando temos o foco no cliente e na experiência
proporcionada, considerando o resultado do produto ou do serviço
promovido. Do mesmo modo, um melhor desempenho da equipe
só poderá ser atingido quando os seus membros são colocados em
primeiro plano. Assim, é possível garantir maior comprometimento
e, consequentemente, uma execução mais efetiva.
Nesse cenário, a Realidade Aumentada (RA) insere componentes
virtuais a imagens de objetos reais. Seu uso é relevante em
treinamentos e na logística interna, principalmente quando estamos
falando de personalização e cenários de manufatura aditiva. A RA
pode ser estabelecida com o uso de óculos que são desenvolvidos
para essas finalidades, ou então com a ajuda de tablets ou
celulares.
A RA, juntamente com a inteligência dos programas (softwares) de
simulação digital, nos possibilita conhecer, de maneira visual, o
resultado de uma ação ou da elaboração de um objeto, antes de
sua ocorrência ou concretização. Destaca-se como uma ferramenta
de alta efetividade no suporte à compreensão e ao conhecimento,
possibilitando o aprendizado de um objeto específico, sem haja a
necessidade de comprar o objeto ou o equipamento.

4.1 Questões relevantes na escolha de ferramentas


Problemas comuns à indústria se relacionam, em grande parte,
com a baixa eficiência dos processos de produção e com a baixa
otimização dos recursos humanos e dos materiais empregados.
Com uso cada vez mais ampliado no contexto da Indústria 4.0, as
tecnologias avançadas de chão de fábrica vêm possibilitando a
otimização dos recursos, evitando ameaças ao ambiente de
trabalho e proporcionando às empresas um aumento de
produtividade – e, por consequência, um acréscimo no retorno e na
lucratividade empresarial.

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As diferentes soluções a problemas oriundos das ferramentas de


Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (VR) vem ganhando
destaque no cenário industrial em nível global. Esse destaque tem
se acentuado nos últimos anos, por conta da eficácia e do ótimo
custo-benefício apresentado. Nesse cenário, há solução de
problemas com pontos sensíveis, alavancando a rentabilidade, o
que possibilita a geração de uma cultura operacional com
segurança e de forma escalável. As variadas ferramentas de RA
permitem reunir, em um mesmo dispositivo, diferentes dados e
informações de maneira visual, o que ajuda no processo de tomada
de decisões em tempo real, possibilitando a integração do
ambiente industrial com as projeções virtuais operadas pelas
ferramentas.
Crédito: vectorfusionart/Shutterstock.
Com destaque para o aperfeiçoamento tecnológico, as ferramentas
de realidade virtual (RV) e de realidade aumentada (RA) têm, de
forma gradual, transformado o modo como os diferentes
profissionais se expressam, idealizam e geram bens e serviços. As
possibilidades de uma experiência mais imersiva para os diversos
projetos aplicam-se a produtos e áreas relacionadas principalmente
à indústria. As ferramentas de RV e RA passam a se consolidar
como um padrão para a indústria 4.0, proporcionando interações
aceleradas e oportunidades para o refinamento de projetos em
parceria com os clientes.
Hoje em dia, a RV gera ambientes virtuais totalmente criados e
controlados de forma digital. Nesse contexto, a RA apresenta
elementos para a sobreposição ao mundo real. Isso é feito a partir
do mesmo tipo de tecnologia, mas com alterações sensíveis nos
resultados, pois RV e RA têm possibilitado deferentes

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caminhos aos usuários finais. A mesma lógica se aplica às
indústrias correlatas. A RV é projetada para atuar como ferramenta
mais apropriada aos diversos serviços, como de arquitetura –
diferentemente da RA, que provavelmente terá maior adesão dos
usuários ligados à indústria.
Essas duas tecnologias inovadoras evoluem a cada dia. Ainda
assim, devem ser consideradas em fase de formulação e
desenvolvimento. Com o propósito de permitir uma visualização
mais completa das soluções existentes, devemos considerar a
elaboração de uma lista de ferramentas de RV ou RA, as quais, de
forma geral, estão mais bem adequadas aos profissionais, seja na
indústria de produção ou no setor de serviços.

4.2 Ferramentas de mercado


Entre as diferentes ferramentas apresentadas no mercado de RV e
RA, podemos destacar algumas que se destacam (Archipreneur,
2018):
• ARki: ferramenta de serviço de visualização de RA para
modelos arquitetônicos. Incorporando a tecnologia de RA na
arquitetura, oferece modelos 3D com diversos níveis de
interatividade para projetos ou apresentações. Tem a
capacidade de execução em qualquer dispositivo iOS e
Android. Além da sobreposição dos modelos em 3D sobre um
plano 2D, possibilita diversas outras funcionalidades
interativas. Entre elas, destaque para análises solares em
tempo real e auxílio na escolha de materiais. Os usuários têm
a possibilidade de capturar diferentes imagens, efetuar
gravações de vídeos ou acessar visualizações geradas pelos
modelos, com a possibilidade de efetuar exportação para um
compartilhamento de conteúdo por e-mail ou mídias sociais,
com simplicidade e facilidade.

• Storyboard VR: ferramenta de uso gratuito para prototipagem


que permite visualização, podendo ser utilizada por arquitetos,
profissionais de engenharia, artistas e designers. Permite que
os usuários façam edição, organização, dimensionamento e
animação de dados, com base em um modelo 2D. Essa
ferramenta foi desenvolvida pela empresa de design Artefact,
para uso interno próprio, sendo empregada a seus projetos de
RV. A empresa criou a sua própria ferramenta para editar
protótipos de RV de forma rápida e simplificada. Com a
capacidade de gerar e suportar objetos

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transparentes e mapas de ambientes, segundo modelos existentes


para o Storyboard VR, após selecionados os recursos, é possível
gerar um storyboard personalizado. A simplicidade na operação da
ferramenta possibilita aos usuários o compartilhamento de ideias e
o recebimento de feedbacks já no início do projeto. A ferramenta
apresenta ainda um recurso que possibilita a criação de slides e
cenas, disponibilizando um mecanismo que é uma versão de
realidade virtual do aplicativo PowerPoint, da empresa Microsoft.
• Pair: essa ferramenta originou-se do aplicativo Visidraft. Seu
desenvolvimento se origina da tecnologia de computadores e
realidade aumentada, com vistas à criação de um aplicativo
que possibilitasse aos arquitetos e profissionais das áreas
arrastar e soltar (drag and drop) diferentes modelos em 3D de
mobiliários e equipamentos nos projetos trabalhados, com a
utilização de celulares ou tablets. O catálogo de modelos e
objetos, disponibilizado on-line, é atrativo porque apresenta
mais de 300 itens de mobiliário, incluindo casas e escritórios,
com diferentes produtos acrescentados de forma diária. Após
o lançamento da ferramenta, a empresa constatou que um
enorme percentual de seus usuários atuava como fabricantes
de móveis e eletrodomésticos. A ferramenta se destaca pelo
enfoque em produtos e consumidores, permitindo que os
usuários percorram fisicamente as estruturas de um produto
virtual em 3D, com a percepção de estarem dentro de uma
casa ou escritório, real ou fisicamente elaborado.

• SmartReality: ferramenta de RA que utiliza a câmera


fotográfica de um dispositivo móvel para acrescentar um
modelo BIM (Building Information Modeling) no mesmo plano
de plantas previamente impressas, gerando visualizações
tridimensionais dos projetos. Esse recurso possibilita aos
usuários amplificar ou apenas visualizar diferentes projetos
estruturais, a partir de um toque de tela. É possível percorrer
as etapas de um projeto no decorrer de sua execução, além
de efetuar a gravação de vídeos e imagens dos experimentos.
Os usuários têm a possibilidade de criar uma conta sem
custos, que possibilita o upload dos projetos e a realização de
uma cotação do modelo correspondente. Essa ferramenta
pode ser encontrada em versão de RV, produzida pela
empresa JBKnowledge Labs R&D. Essa versão concede aos
usuários a capacidade de viajar através dos modelos,

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com o uso de soluções de realidade virtual, como Oculus Rift e


Samsung
Gear.
• Fuzor: ferramenta de renderização em tempo real integrada ao
Revit, que
é um software BIM para arquitetura, urbanismo, engenharia e
design. Ela utiliza uma tecnologia inicialmente planejada pela
Kalloc Studios, de forma a atuar no design de jogos. Conta com um
link bidirecional direto com o Revit, o que proporciona a opção de
que usuários se movimentem, vejam, registrem e examinem
informações do BIM. Essa ferramenta é capaz de sincronizar
mudanças entre as duas ferramentas. O Fuzor efetua atualização
instantânea porque o link é feito em tempo real, capaz de
implementar alterações realizadas em um arquivo Revit. Possibilita
integração com diversas ferramentas, além de análise de
iluminação, análise de interferência, recursos de filtros de cores,
renderização de áreas e seção. Em uma atuação paralela com
programas de modelagem, a solução BIM é compatível com
dispositivos de visualização de desenho BIM por meio de Google
Drive ou Dropbox. O Fuzor oferece também um sistema de suporte
para os tipos de arquivos Revit, Rhinoceros Archicad, 3D,
Navisworks, FBX, 3DS e SketchUp.

TEMA 5 – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E SUA


UTILIZAÇÃO NA MANUFATURA ADITIVA
De acordo com dados observados na literatura atual sobre
Inteligência Artificial (IA), os lucros das empresas deverão
apresentar um crescimento de 37,5% até o ano de 2035. As razões
são, principalmente, a implantação mais aprimorada de IA em
aplicações financeiras, de tecnologia da informação (TI) e de
manufatura. Contudo, nessa etapa inicial de implantação, até o
momento não está claro como essa tecnologia será implantada
dentro das inúmeras possibilidades de utilização. Cenários de
riscos e cenários de rendimentos estão sendo avaliados. Diversas
organizações estão passando por um período de incertezas quanto
à forma e ao momento de investir fortemente em IA.
As vantagens oferecidas pelo uso da Inteligência Artificial incluem:
melhorias de desempenho, controles de custo, melhoria de
processos, redução do período de desenvolvimento do ciclo do
produto e aumento da efetividade. O benefício do uso da IA inclui a
disponibilidade 24x7 e a habilidade de aquisição de conhecimento
pelas máquinas mediante o processo de experiência. Ainda, os

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custos iniciais podem ser extremamente baixos, conforme a
complexidade da aplicação, enquanto a economia gerada pode ser
elevada, no curto prazo. Assim, é apropriado fazer uma distinção
entre a fase de aprendizado, que pode demandar computação em
nuvem, e a fase operacional, capaz de exigir menos em termos de
recursos computacionais.

5.1 In uência de Inteligência Arti cial (IA) na manufatura


avançada
A Inteligência Artificial (IA) muda a forma como os técnicos e
operadores de máquina e equipamentos executam suas funções,
podendo auxiliar a reter o conhecimento de trabalhadores
capacitados, no decorrer de sua trajetória até a aposentadoria. As
novas gerações de pessoas que se juntam à força de trabalho
industrial tendem a rejeitar a utilização de ferramentas de
processos obsoletas, focando em IA como um importante berço de
enriquecimento, mediante o processo de automação robótica para
atuações humanas repetitivas.
Crédito: Rawpixel.com/Shutterstock.

O uso de IA deverá se tornar uma nova maneira de trabalho para


pessoas e máquinas, de maneira colaborativa. Possibilita ainda
aprendizado sobre tendências preditivas, resolvendo problemas
complexos. As dificuldades na gestão de processos (como no caso
de um processo que requer um duro controle de pressão,
temperaturas e fluxos de líquidos) são muitas, com tendência de
geração de falha. Nesses casos, diversas variáveis necessitam ser
avaliadas, com
fl
fi
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o objetivo de alcançar um resultado de sucesso. Tais variáveis, em


diversos casos, são tantas que o cérebro humano se torna incapaz
de efetuar um processamento por si só. Assim, com o apoio da
Inteligência Artificial no processo de tomada de decisões
operacionais, fatores críticos (como segurança, efetividade,
produtividade e lucratividade) podem ser otimizados.
Também podemos abordar o tema de uma outra maneira: a IA
pode assessorar as pessoas em trabalhos como o de inspeção de
qualidade, contribuindo com análises visuais e sonoras.

5.2 IA no ambiente Industrial


Mediante a observação do cenário de manufatura discreta e de
processo, a manutenção de ativos se destaca como um dos
métodos industriais de maior destaque na área incipiente de
aplicação para IA. De maneira incisiva, as empresas têm misturado
conceitos de manutenção preditiva em suas interpelações mais
tradicionais de manutenção preventiva e corretiva. O conceito de
manutenção preditiva abrange a utilização de técnicas de
monitoramento, com base em condições que permitem a coleta e a
análise de dados de ativos, de modo a aperfeiçoar o entendimento
do desempenho do ativo. Busca-se também garantir a manutenção
adequada, antes que possíveis adversidades impactem o
desempenho, a disponibilidade, ou ainda os níveis de segurança
da planta como um todo.

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REFERÊNCIAS
ARCHIPRENEUR. Os 5 melhores aplicativos de realidade virtual e
realidade aumentada para arquitetos. CAU/RN, 2018. Disponível
em: <https://www.hsm.com.br/blog/transformacao-agil-e-digital-
com-a-4a-revolucao- industrial-mistura-possivel/>. Acesso em: 28
set. 2021.
ITHSM. Transformação Ágil e Digital com a 4a Revolução
Industrial. Mistura possível? HSM, 24 jun. 2019. Disponível em:
<https://www.caurn.gov.br/?p=13657>. Acesso em: 28 set. 2021.
O QUE É Big Data: conceitos e aplicações. Novavidati, 2021.
Disponível em: <https://novavidati.com.br/2020/12/o-que-e-big-
data-conceito-e-aplicacoes/>. Acesso em: 28 set. 2021.
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