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Sumário

Unidade 1

1.1 Indústria 4.0 ................................................................................................... 6


1.2 Internet Of Things (IoT), Big Data e Computação em Nuvem ........................ 7
1.3 O que é IoT? Quais suas aplicações?.......................................................... 11
Unidade 2

2.1 Arquitetura básica dos dispositivos .............................................................. 15


2.2 Arquiteturas para IoT.................................................................................... 16
2.2.1 IP para IoT ............................................................................................. 22
Unidade 3

3.1 Segurança da Informação para IoT .............................................................. 30


3.2 Obstáculos da Segurança em IoT ................................................................ 31
3.4 Arquitetura da Segurança em IoT ................................................................ 33
Unidade 4

4.1 Casas Inteligentes ........................................................................................ 37


4.1.1 Cenários para Casas Inteligentes .......................................................... 38
4.2 Carros Conectados ...................................................................................... 39
4.3 IoT na Medicina ............................................................................................ 40
4.4 Cidades Inteligentes ..................................................................................... 41
4.4 IoT em Diversas Aplicações ......................................................................... 42
4.5 EXTRA - Cenário para Aplicação IoT ........................................................... 43
Unidade 5

5.1 Conceitos ..................................................................................................... 48


5.2 Assistentes Virtuais Inteligentes ................................................................... 52
5.3 ALEXA.......................................................................................................... 53

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SOBRE A AUTORA

Olá, me chamo, Eduarda Maganha de Almeida, graduada em computação, mestre


em Computação Aplicada com ênfase em Engenharia de Software ambos pela
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Cornélio
Procópio, e doutoranda em Ciência da Computação na Universidade Federal do
Paraná em conjunto com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR),
campus de Cornélio Procópio. Possuo experiência como pesquisadora na área de
Ciência da Computação, com ênfase em Engenharia de Software, pesquisando e
atuando principalmente nos temas de: Engenharia de Requisitos e Realidade
Aumentada e Virtual, Big Data, Sistemas Inteligentes voltados para IoT.

Atualmente sou professora do departamento de computação da UTFPR de Cornélio


Procópio e professora do departamento de Ciências Exatas, Agrárias, Tecnológicas
e Geociências da Universidade Paranaense (UNIPAR) em Umuarama.

Caso queira me acompanhar:

● E-mail: duda.maganha@hotmail.com
● Linkedin: linkedin.com/in/eduardamaganhaalmeida
● Facebook: https://www.facebook.com/dudamaganha
● Lattes: http://lattes.cnpq.br/5751112934910095

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Prezado (a) aluno (a),

Vou iniciar esse prefácio te perguntando: você sabe o que é Internet das Coisas?

Em resposta a isso, são dispositivos inteligentes e interconectados, coletando


informações do ambiente e interagindo com o mundo!

A Internet das Coisas é um conceito que envolve grande parte dos dispositivos que
utilizamos em nosso dia a dia conectados entre sai e pela internet. O crescimento da
Internet das Coisas vem transformando a maneira como os usuários interagem com
suas casas, carros, eletrodomésticos, sua cidade, saúde, se estendendo a
importantes aplicações para o setor produtivo. Na realidade, a Internet das Coisas
está se tornando parte de nossa rotina.

A disciplina envolve conhecimentos multidisciplinares, como: sistema da informação,


ciência da computação, inteligência artificial e, big data.

O livro aborda os fundamentos da área de sistemas inteligentes com ênfase em


Internet das Coisas e suas funcionalidades, aplicações, e exemplificação, visto que
não será possível sanar todos os conceitos relacionados à área, mas sim
contextualizar e apresentar pontos triviais.

Este livro é uma colaboração ao processo de ensino da área de Sistemas


Inteligentes, a partir de referências clássicas que fundamentam a prática de Internet
das Coisas em tal área.

Espera-se que a disciplina de Internet das Coisas: Arquitetura, Tecnologias e


Aplicações, desperte sua atenção

Bons estudos!

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1 INTRODUÇÃO

1. Unidade 1
Unidade 1 – Contextualização

Em conjunto com a inovação tecnológica, a estrutura organizacional do


processo de produção da indústria passou por várias mudanças necessárias para
enfrentar os mercados cada vez mais dinâmicos.

Neste processo, ressalta-se como ponto de partida a 1ª (primeira) Revolução


Industrial com aprimoramentos das máquinas a vapor, com o surgimento do tear
mecânico , posterior a esta a 2ª (segunda) Revolução Industrial, baseada na
produção em massa e força hidráulica, e a 3ª (terceira) Revolução Industrial foi
difundida no ambiente de TI (Tecnologia da Informação), com o avanço da eletrônica
e a digitalização.

E hoje em dia, um novo período no cenário das revoluções industriais, a 4ª


(quarta) Revolução Industrial ou comumente conhecida por Indústria 4.0 (quatro
ponto zero I4) – vamos padronizar por Indústria 4.0 ao longo do texto. De qualquer
forma, uma variedade de termos diferentes é usada em todo o mundo para
descrever a Indústria 4.0. Alguns países mantiveram a terminologia “Indústria 4.0”,
mas outros países como EUA, China e alguns países da Europa definiram termos
como “Internet of Things”, “Smart Manufacturing”, “Indústria Inteligente” ou "Fábrica
Inteligente" para se referir especificamente à rede digital de produção que cria
sistemas de manufatura inteligentes (DOPICO et al., 2016). No Brasil, o termo
Indústria 4.0 é também conhecido como manufatura avançada.
Como explicado em parágrafos anteriores, a indústria sofreu algumas
modificações ao longo da história e cresceu passo a passo ao longo das
descobertas e evoluções.

A vivencia da Indústria 4.0 está mudando a maneira como as pessoas vivem,


trabalham e se relacionam, está caracterizada pelo uso intensivo de tecnologias
digitais com o intuito de gerar novos produtos de maneira eficaz e rápida, como uma
resposta ágil a demanda e otimização streaming (tempo real) da produção. Dentre
as tecnologias destacam-se a Internet of Things (IoT) – “a internet das coisas”,

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Inteligência Artificial, Big Data, Realidade Virtual e Aumentada, Computação em
Nuvem, Nanotecnologia entre muitas outras que integram este cenário.

O impacto da Indústria 4.0 é uma maneira mais complexa e eficiente de


inovação, que força e irá forçar o setor produtivo a repensar a forma como gerem
seus processos e negócios, como pensam e criam estratégias para serem um
diferencial no mercado.

 Apresentar os conceitos básicos relacionados ao cenário atual da Indústria


4.0, contextualizando aspectos importantes para compreensão da disciplina;

1.1 Indústria 4.0

Independente do contexto a palavra revolução pode ser associada a


mudanças profundas e à ruptura com uma realidade anterior, como dizia Karl Marx,
as revoluções são a locomotiva da história, e ao longo dos anos, inúmeras
revoluções, desencadeadas por novas tecnologias, processos e por novas maneiras
de perceber o mundo, provocaram mudanças nos sistemas econômicos e nas
estruturas sociais (SCHWAB, 2016).

Desde a primeira revolução industrial, o setor produtivo almeja por soluções


que otimizem seu desempenho, tal busca impulsionou e continua impulsionando o
desenvolvimento de várias tecnologias em todas as áreas referentes à produção. A
Indústria 4.0 é o produto de uma profusão de tecnologias aplicadas ao ambiente de
produção, o que Schwab (2016) nomeia de “megatendências”.

Na Indústria 4.0, as fábricas precisam lidar com a necessidade de


desenvolvimento rápido e flexível da produção em ambientes complexos (SCHWAB,
2016).Portanto, o primeiro beneficiário é o cliente, pois a manufatura avançada visa
tornar os produtos mais atraentes e mais acessíveis, através do desenvolvimento de

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personalização de produtos e da redução do tempo de entrega de produtos ao
mercado, aumentando, ao mesmo tempo, a qualidade e os serviços associados.
A 4ª revolução industrial não envolve apenas máquinas inteligentes e
conectadas. É possível observar avanços em diversas áreas, que vão do
sequenciamento genético à nanotecnologia. E é a fusão dessas tecnologias e a
interação com as dimensões física, digital e biológica que tornam o fenômeno atual
diferente de todos os anteriores (SCHWAB, 2016).
Neste contexto, pode-se dizer que a Indústria 4.0 é um sistema complexo, ou
seja, um sistema com um grande número de agentes interagentes que exibe
comportamentos emergentes não triviais e auto organizados.

1.2 Internet Of Things (IoT), Big Data e Computação em Nuvem

Embora a combinação de hardware e software em um sistema interconectado


seja a base da indústria 4.0, há outras variáveis que são importantes durante essa
transição e podem facilitar as diferentes etapas e condições que uma cadeia de
produção da 4ª revolução industrial deve ter (DOPICO et al., 2016). Sendo assim,
algumas das principais ferramentas utilizadas são: Internet das Coisas (IoT), Big
Data e Computação em Nuvem, e a Realidade Aumentada conforme apresenta
Figura 1.

Figura 1: Indústria 4.0 e dispositivos inteligentes interconectados

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Essas ferramentas são encarregadas de receber, reunir, gerenciar, analisar,
interpretar e intercomunicar enormes quantidades de informação provenientes de
todas as partes do sistema de produção. Também são responsáveis de executar
decisões descentralizadas e permitir a simulação de toda a cadeia de suprimentos e
de todos os processos nela incluídos, a fim de tomar decisões eficientes (DOPICO et
al., 2016).

A Internet das Coisas (IoT) é um conceito que considera a presença difusa


no ambiente de uma variedade de coisas e objetos que, através de conexões sem
fio e com fio e esquemas de endereçamento únicos são capazes de interagir entre si
e cooperar com outras coisas e objetos para criar novos aplicativos, serviços e
alcançar objetivos comuns (FRIESS, 2013).
De acordo com Dopico et al. (2016), a IoT pode ser definida como um sistema
de rede que suporta as ferramentas de comunicação entre dispositivos inteligentes e
sua interconectividade. Tendo como objetivo, permitir que as coisas sejam
conectadas a qualquer momento, em qualquer lugar, com qualquer coisa usando
qualquer caminho, rede ou serviço (FRIESS, 2013).
Na configuração da IoT, são necessárias duas variáveis separadas e
igualmente importantes: por um lado, sensores que são encarregados de capturar as
informações geradas pelos diferentes estágios e máquinas no processo; e, por outro
lado, protocolos de software de comunicação que são responsáveis por transferir
essas informações para um servidor central (DOPICO et al., 2016).
Outros conceitos fundamentais para o pilar da indústria 4.0 são o Big Data, a
computação em nuvem, e a Realidade Aumentada que criam um meio capaz de
lidar com todas as informações gerenciadas pelos sistemas cyber-físicos e pela IoT
(DOPICO et al.,2016).
O termo Big Data faz referência ao grande volume, variedade e velocidade de
dados que demandam formas inovadoras e rentáveis de processamento da
informação, para melhor percepção e tomada de decisão (MARQUESONE, 2017).
De acordo com Marquesone (2017), a definição de Big Data pode ser explicada pela
teoria dos 3Vs*:
 Volume  são dados de todos os tipos, os quais podem ser obtidos da coleta
de dados de fontes variadas, incluindo transações financeiras, redes sociais e
informações de sensores ou dados transmitidos de máquina para máquina.
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 Velocidade: os dados são transmitidos numa velocidade sem precedentes e
devem ser tratados em tempo hábil.
 Variedade: dados são gerados em inúmeros formatos, desde estruturados
(numéricos, em databases tradicionais) a não-estruturados (documentos de
texto, email, vídeo, áudio, mídias digitais, entre outros).
 * Em diversas literaturas é possível encontrar o termo Big Data associado à 5
Vs e/ou a 7Vs, entretanto a base para que haja o projeto Big Data é
fundamental atender os 3Vs fundamentais

Figura 2: Os 3Vs de Big Data

O Big Data pode ser uma solução para o grande fluxo de informações que
existem na Indústria 4.0, pois além de contribuir para a mineração de dados, ele
aprimora variáveis importantes como mobilidade, flexibilidade e eficiência.
Sabe-se que, o Big Data é um serviço dentro da Indústria 4.0, que tem como
principal desafio explorar os grandes volumes de dados e extrair informações úteis
para um prognóstico científico. Mas apesar de estarmos falando em Indústria 4.0,
algumas indústrias ainda tomam decisões baseadas em informações empíricas e de
experiência operacional, por isso é de grande importância entender o valor de um
sistema de apoio a tomada de decisões (MARQUESONE, 2016).
A tecnologia Computação em nuvem que permite acessar arquivos e executar
diferentes tarefas pela internet sem a necessidade de instalação de programas ou
armazenamento de dados, fazendo com que os serviços possam ser acessados de
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maneira remota, de qualquer lugar do mundo e a qualquer hora. basicamente uma
unidade de processamento flexível de grande escala e baixo custo, baseada em
conexão IP para cálculo e armazenamento. Dentro da Indústria 4.0, a necessidade
da computação em nuvem está fundamentada no fato de que é preciso estabelecer
relação entre os dispositivos de identificação para um armazenamento de grandes
quantidades de informação, visto que se trata de um sistema complexo.

A Realidade Aumentada é uma tecnologia advinda da Realidade Virtual, nas


quais fazem parte do processo da Indústria 4.0. Seu funcionamento envolve a
sobreposição de objetos virtuais no mundo real, proporcionando o enriquecimento
do ambiente real com os objetos virtuais em tempo real (TORI, 2009), o objetivo é
que o usuário possa interagir com o mundo e os elementos virtuais, de maneira mais
natural e intuitiva sem necessidade de treinamento ou adaptação. Esta interação
pode ser feita de maneira direta (com a mão ou com o corpo do usuário) ou indireta
(auxiliada por algum dispositivo de interação). Enquanto a RV tem como objetivo a
imersão do usuário em um ambiente virtual, de tal forma que elementos e
ocorrências do mundo real precisam ser impedidos de interferir no mundo virtual, a
fim de que, a sensação de imersão do usuário não seja prejudicada, a RA integra as
informações virtuais ao ambiente físico (NAKAMOTO; CARRIJO; CARDOSO, 2009).

A RA enriquece o ambiente físico com objetos sintetizados


computacionalmente, permitindo a coexistência de objetos virtuais e reais em tempo
real. Para que as aplicações de RA funcionem da maneira mais transparente e
intuitiva para o usuário, é preciso que se utilize um dispositivo de visualização
apropriado que reconheça as movimentações entre o ponto de vista do observador
em relação ao restante do ambiente.

Neste contexto, pode-se afirmar que IoT, Big Data, Computação em Nuvem
e Realidade Aumentada, constituem uma solução ideal para desempenho de
armazenamento e interação, bem como o gerenciamento de informações, o que
torna tais ferramentais essenciais para o desenvolvimento tecnológico, capaz de
suportar, processar e analisar grandes fluxos de informações em tempo real.

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1.3 O que é IoT? Quais suas aplicações?

A IoT foi identificada como uma tecnologia emergente em 2012 por alguns
especialistas, no qual foi previsto que levaria aproximadamente 10 anos para ser
adotada pelo mercado, e hoje, é vivenciado o maior pico de expectativas sobre a
tecnologia no âmbito acadêmico e industrial. Também pode-se notar o surgimento
das primeiras plataformas de IoT (discutidas nos próximos capítulos) que têm gerado
uma grande expectativa de seu uso (SANTOS et al., 2016).

A IoT pode ser vista como a combinação de diversas tecnologias, as quais


são complementares no sentido de viabilizar a integração dos objetos no ambiente
físico ao mundo virtual. A Figura 3 apresenta os blocos básicos de construção da
IoT:

Figura 3: Blocos básicos para construção da IoT (SANTOS et al., 2016)

Identificação  é um dos blocos mais importantes, visto que é primordial


identificar os objetos unicamente para conectá-los à Internet. Tecnologias como
RFID, NFC (Near Field Communication) e endereçamento IP podem ser
empregados para identificar os objetos (SANTOS et al., 2016);
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Sensores/Atuadores  sensores coletam informações sobre o contexto onde
os objetos se encontram e, em seguida, armazenam e/ou transferem esses dados
para data warehouse, clouds ou centros de armazenamento. Também são capazes
de manipular o ambiente ou reagir de acordo com os dados lidos;

Comunicação  distintas técnicas usadas para conectar objetos inteligentes


(Wifi, Bluetooth, RFID);

Computação  microcontroladores, processadores e FPGAs, responsáveis


por executar algoritmos locais nos objetos inteligentes;

Serviços  a IoT pode prover diversas classes de serviços, dentre elas,


destacam-se os Serviços de Identificação, responsáveis por mapear Entidades
Físicas (EF) (de interesse do usuário) em Entidades Virtuais (EV) como, por
exemplo, a temperatura de um local físico em seu valor, coordenadas geográficas do
sensor e instante da coleta; Serviços de Agregação de Dados que coletam e
sumarizam dados homogêneos/heterogêneos obtidos dos objetos inteligentes;
Serviços de Colaboração e Inteligência que agem sobre os serviços de agregação
de dados para tomar decisões e reagir de modo adequado a um determinado
cenário; e Serviços de Ubiquidade que visam prover serviços de colaboração e
inteligência em qualquer momento e qualquer lugar em que eles sejam necessários;

Semântica  habilidade de extração de conhecimentos dos objetos na IoT.

A IoT pode ser definida como a comunicação máquina a máquina (M2M) via
Internet, que permite que diferentes objetos, de carros a máquinas industriais ou
bens de consumo como calçados e roupas, compartilhem dados e informações para
concluir determinadas tarefas. A base para o funcionamento da IoT são sensores e
dispositivos, que tornam a comunicação entre as “coisas” possíveis. Além disso, é
preciso um sistema de computação para analisar os dados recebidos e gerenciar as
ações de cada objeto conectado a essa rede.

De maneira resumida, é a maneira como os objetos físicos estão conectados


e se comunicando entre si e com o usuário, através de sensores inteligentes e
softwares que transmitem dados para uma rede. Como se fosse um grande sistema
nervoso que possibilita a troca de informações entre dois ou mais pontos.

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Além de gerar mais conforto e diminuir obstáculos do dia a dia, a Internet das
Coisas pode otimizar tarefas, reduzir custos e aprender padrões de uso e conexão
dos objetos por Machine Learning (aprendizagem de máquina),
fornecendo informações mais precisas e completas na hora certa para o usuário. Por
ser empregável em qualquer objeto, a tecnologia de Internet das Coisas tem
aplicações diversas, desde as mais simples como acender e apagar uma lâmpada
por um controle remoto no seu smartphone até sistemas maiores e mais complexos
como Cidades Inteligentes e processos industriais de ponta a ponta, os quais
abordaremos com ênfase nos próximos capítulos.

Considerações Finais do Capítulo 1


O primeiro capítulo teve como objetivo apresentar o conceito principal da
disciplina – Internet Of Things – Internet das Coisas - IoT. Apesar de tanta facilidade
e benefícios trazidos pela conexão dos objetos que nos cercam, a Internet das
Coisas ainda é uma tecnologia recente em constante processo de melhorias e
crescimento. Um ponto negativo de estar totalmente conectado o tempo todo pode
ser a invasão da sua privacidade, vazamento de dados e eventuais vírus que
possam causar problemas nos sistemas digitais.

Assim sendo, o capítulo 1 é o start para a disciplina, no qual os próximos


capítulos serão sobre: Arquiteturas para IoT, Segurança em IoT, Aplicações de IoT e
por fim exemplos de tecnologias para desenvolvimento.

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Referências utilizadas no Capítulo 1

 DOPICO, M.; GOMEZ, A.; DE LA FUENTE, D.; GARCÍA, N.; ROSILLO, R.;
PUCHE,J. A vision of industry 4.0 from an artificial intelligence point of view. In:
International Conference Artificial Intelligence - ICAI'16, Las Vegas, USA, 2016.
 FRIESS, Peter. Driving European Internet of Things Research. In: VERMESAN,
Ovidiu; FRIESS, Peter (Eds.) Internet of Things: Converging Technologies for
Smart Environments and Integrated Ecosystems. Denmark: River Publishers, 2013.
 MARQUESONE, Rosangela. Big Data: técnicas e tecnologias para extração de
valor dos dados. São Paulo, SP: Casa do Código, 2017. 245 p. ISBN
9788555192319.
 NAKAMOTO, P. T.; CARRIJO, G. A.; CARDOSO, A. Construção De Ambientes
Educacionais Com Realidade Aumentada : Processo Centrado No Usuàrio. p. 9,
2009.
 TORI, R. Desafios para o design de informação em ambientes de realidade
aumentada. InfoDesign Revista Brasileira de Design da Informação, v. 6, n. 1, p.
46–57, 2009.
 SCHWAB, Klaus. The Fourth Industrial Revolution. Genebra: World Economic
Forum, 2016.

Referências das Figuras utilizadas no Capítulo 1

Figura 1: Indústria 4.0 e dispositivos inteligentes interconectados .............................. 7


Figura 2: Os 3Vs de Big Data ...................................................................................... 9
Figura 3: Blocos básicos para construção da IoT .................................................... 11

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2. Unidade 2

Unidade 2 – Arquitetura IoT

Este capítulo apresenta a arquitetura básica dos dispositivos inteligentes e as


tecnologias de comunicação, principalmente as soluções de comunicação sem fio
que tendem a se popularizar no cenário de IoT. Além dessas, apresentar as
arquiteturas em três e cinco camadas

 Arquitetura básica dos dispositivos;


 Arquiteturas para IoT
 Arquitetura para IoT Orientada a Serviços
 Redes de Sensores Wireless
 Arquitetura IoT para Cidades Inteligentes
 Arquitetura IoT para Aplicações na Área da Saúde

2.1 Arquitetura básica dos dispositivos

A arquitetura básica dos objetos inteligentes é composta por quatro unidades


funcionais: processador - memória, comunicação, energia e sensores – atuadores.

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Figura 4: Arquitetura básica dos objetos inteligentes (SANTOS et al., 2016)

A unidade de processamento (Figura 4 (i)) é composta por uma memória


interna para armazenamento de dados a programas, um microcontrolador e um
conversor analógico-digital, no qual é receptor dos sinais advindos dos sensores. As
Unidades Centrais de Processamento (UCP) utilizadas nesses dispositivos, são
geralmente as mesmas utilizadas em sistemas embarcados e raramente apresentam
alto poder de desempenho computacional. Na grande maioria das vezes possuí uma
memória externa do tipo flash, utilizada como memória secundária.

A unidade de comunicação (Figura 4 (ii)) consiste de pelo menos um canal de


comunicação com ou sem fio, sendo mais comum o meio sem fio, nesta situação, a
maioria das plataformas usam rádio de baixo custo e baixa potência. Como
consequência, a comunicação é de curto alcance e apresentam perdas frequentes

A fonte de energia (Figura 4 (iii)) tem como função fornecer e distribuir energia
aos componentes do objeto inteligente.

O sensor / atuador (Figura 4 (iv)) é responsável por monitorar o ambiente no


qual o objeto inteligente se encontra.

2.2 Arquiteturas para IoT

A Internet das Coisas permite que objetos inteligentes possam se comunicar


em "qualquer momento", em "qualquer lugar" e com "qualquer um", devido ao seu
conjunto de objetos físicos e aplicações desenvolvidas em software. Como visto, os
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dispositivos de comunicação de curto alcance, sensores, atuadores e dispositivos
RFID (acrônimo para Radio-Frequency IDentification ou, em português, Identificação
por Rádio Frequência) são os principais componentes da IoT que ligam o mundo
real com o mundo digital (CAGNIN, 2015; NETTO, 2016; SANTOS et al., 2016). Para
conectar bilhões de objetos inteligentes à Internet, deve-se ter uma arquitetura
flexível. Na literatura, há uma variedade de propostas de arquiteturas sofisticadas,
que se baseiam nas necessidades da academia e produtiva.

Existem diversas iniciativas atualmente que buscam padronizar as


arquiteturas de IoT para melhorar a interoperabilidade. Os fornecedores de
plataformas de IoT e os parceiros de pesquisa colaboram nessas iniciativas para
definir as arquiteturas de referência de IoT. As arquiteturas de referência agem como
uma base de arquitetura, descrevendo em linhas gerais os blocos de construção que
são usados nas soluções de IoT e estabelecendo uma terminologia compartilhada
para os principais conceitos de arquitetura. Essas iniciativas baseiam-se em uma
ampla variedade de soluções existentes para destacar os padrões de design e as
melhores práticas efetivas.
Algumas arquiteturas de referência de IoT amplamente referenciadas incluem:
 Internet of Things – Architecture (IoT-A): o modelo de referência e a arquitetura IoT-
A foram desenvolvidos por meio de um projeto de lighthouse na UE em 2013. A IoT-
A foi projetada para ser usada como base para o desenvolvimento de arquiteturas
concretas e aplicáveis a uma variedade de domínios.
 IEEE P2413 - Standard for an Architectural Framework for the Internet of Things
(IoT): esse projeto de normatização do IEEE em andamento busca identificar o que
há em comum nos domínios de IoT, incluindo fabricação, prédios mais inteligentes,
cidades inteligentes, sistemas de transporte inteligentes, smart grid e assistência
médica.
 Industrial Internet Reference Architecture (IIRA) – a IIRA foi desenvolvida
especificamente para aplicativos de IoT industriais pelo Industrial Internet

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Consortium, que foi fundado em março de 2014 pelas empresas AT&T, Cisco,
General Electric, IBM e Intel.
As arquiteturas de referência podem ser usadas como um modelo para
desenvolver soluções de IoT.
___________________________________________________________________
Com o avanço do setor da microeletrônica foi possível construir pequenos
objetos integrados inteligentes, chamados de nós sensores, que contêm um sensor,
um microcontrolador e um rádio para comunicação sem fio. Possuem recursos
limitados de energia, memória e comunicação. Para automatizar o processo de
identificação de objetos, etiquetas eletrônicas, as chamadas etiquetas RFID (Figura
5), foram desenvolvidas. Estas podem ser lidas a partir de uma pequena distância
por um leitor de RFID. A etiqueta RFID armazena um único Eletronic Product
Code (EPC) do objeto anexado, que se torna sua identificação. O leitor RFID pode
atuar como um gateway para a Internet e transmitir a identidade do objeto,
juntamente com o tempo de leitura e localização do objeto a um sistema de
computador remoto que gerencia um banco de dados, tornando possível rastrear
objetos em tempo real. O RFID pode ser passivo (o mais utilizado), ativo ou semi-
ativo. O RFID passivo não tem bateria; é o leitor que emite ondas eletromagnéticas
que são em parte transformadas em energia que alimenta o microchip e também
refletidas para o leitor passando informações da etiqueta (Atzori et. al. 2010). O
RFID semi-ativo possui uma bateria embutida que aumenta a eficácia e a distância
da leitura entre o RFID e o leitor. O RFID ativo também possui uma bateria embutida
e consegue passar informações a uma distância maior entre a etiqueta RFID e o
leitor (Atzori et. al. 2010).

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Figura 5: Tag de RFID passivas encontradas no mercado (Google Imagem 2020)

O modelo básico de arquitetura apresenta três camadas, como ilustrado na


Figura 6. A primeira camada é a de objetos inteligentes ou camada de percepção.
Esta camada representa os objetos físicos, os quais utilizam sensores para
coletarem e processarem informações. Na camada de rede, as abstrações das
tecnologias de comunicação, serviços de gerenciamento, roteamento e identificação
devem ser realizados. Logo acima, encontra-se a camada de aplicação, a qual é
responsável por prover serviços para os clientes.

Figura 6: Arquitetura IoT de três camadas

A camada de Percepção é responsável por captar as grandezas físicas do


ambiente e convertê-las para um formato digital que possa ser transportado pela

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camada de rede. A camada contém as tecnologias para identificação,
sensoriamento, que coletam informações do mundo real e as convertem para o
mundo virtual. Sendo assim, pode-se afirmar que as tags RFID, código de barras,
câmeras digitais, GPS, terminais, sensores, entre outros são encontrados nessa
camada.

A camada de rede é responsável por transmitir e processar as informações da


IoT. Transmitindo as informações captadas pela camada de percepção, essa
camada está no centro da IoT, formando um backbone IoT. É considerada também o
centro de processamento inteligente da arquitetura. Suas funcionalidades podem ser
estendidas para a convergência de redes de comunicação e a Internet, o centro de
gerenciamento de rede e centro de informação.

A camada de aplicação é onde se encontram uma vasta gama de aplicações


para propósitos variados. Essa camada é onde a IoT encontra suas finalidades,
servindo para melhorar a qualidade de vida das pessoas, ou melhorar os processos
produtivos.

Porém, as três camadas apresentadas para definir a arquitetura de IoT,


podem ser muito gerais. Isso acaba ocasionando muita discórdia entre os
pesquisadores acerca do real significado da IoT e seus benefícios para a sociedade
(SANTOS et al., 2016) (SERAFIM, 2014). Assim, tentando aprofundar a visão de
arquitetura de IoT, em uma abordagem mais detalhada, foi proposto por Wu (Wu et
al. 2010) uma arquitetura com cinco camadas: Percepção, transporte,
processamento, aplicação e negócios, como pode ser observado na Figura 7.

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Figura 7: Arquitetura IoT composta por cinco camadas

As camadas de percepção e aplicação possuem as mesmas funções


descritas anteriormente, não diferindo em praticamente nada.

A camada de transporte é responsável pelo transporte de dados. Alguns


protocolos podem ser incluídos nessa camada, como o protocolo IPv6
(contextualização na próxima seção).

A camada de processamento deve gerar o tráfego de informações,


processando, analisando e armazenando os dados. Tal camada, é considerada
fundamental para sistemas baseados em IoT.

A última, não menos necessária, camada de negócio, no qual represente a


organização dos negócios que utilizarão o ambiente IoT. Para que IoT tenha
sucesso a longo prazo, o modelo de negócio deve ser muito bem pensado e

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estruturado, envolvendo além do modelo de negócio de empresas, privacidade de
usuários e segurança da informação (SERAFIM, 2014).

Em suma, a IoT pode ser aplicada a diversas áreas, entre elas, destacam-se:
cidades inteligentes e área da saúde, as quais serão relatas nas próximas seções.

2.2.1 IP para IoT

O protocolo IPv4 é considerado o padrão para endereçar os dispositivos em


rede e criar a “cola” da internet”, e para estar conectado à Internet é fundamental o
protocolo IP, entretanto o crescimento exponencial da internet levou ao esgotamento
de endereços IPv4 (SANTOS et al., 2016), o que significa que o mesmo não possui
escalabilidade suficiente para atender a demanda do ambiente IoT.

O protocolo IPv6 é considerado uma abordagem mais eficaz para solucionar a


ausência de endereços IPv4. Os 32 bits alocados originalmente para o protocolo
IPv4 foram expandidos para 128 bits, aumentando imensamente a quantidade de
dispositivos endereçáveis na Internet. Na IoT, os elementos da rede são
endereçados unicamente usando o IPv6.

De acordo com Santos (2016) o protocolo 6LoWPAN * é uma camada de


adaptação primariamente desenvolvida para o padrão IEEE 802.15.4. A principal
ideia é realizar a compressão de pacotes IPv6 (ID6lowpan-hc10), permitindo a
dispositivos com baixo poder computacional o uso do IPv6. A compressão do
6LoWPAN é possível através da utilização de informações de protocolos presentes
em outras camadas. (*Link para acesso a documentação 
https://tools.ietf.org/html/rfc4919).

2.3 Arquitetura para IoT Orientada a Serviços

A Arquitetura Orientada a Serviços (do inglês, Service-Oriented


Architeture),ou simplesmente SOA, é uma arquitetura de softwares que tem como

22
filosofia a disponibilização de aplicações na forma de serviços. Isso quer dizer que
todos os módulos desenvolvidos estarão disponibilizados através de um barramento
de comunicação que permite a interoperabilidade entre diferentes tipos de serviços.

A SOA é baseada em computação distribuída e utiliza os mesmos


protocolos de requisições e respostas, usados na internet. No entanto, a arquitetura
vai além das especificações técnicas que definem o tipo de produto e como ele se
comunica. Ela também aplica uma série de boas práticas para criação e
gerenciamento dos serviços desenvolvidos. Seu grande diferencial é permitir que
serviços distintos trabalhem em conjunto. Isso quer dizer que programas
desenvolvidos por empresas diferentes, usando linguagens de programação
distintas, podem ser conectados dentro de um mesmo produto pelos mesmos
protocolos de comunicação.

O paradigma SOA consiste em um software produtor e um consumidor de


serviços. O consumidor manda uma mensagem com a requisição do serviço ao
produtor, este, responde ao consumidor com uma mensagem contendo o serviço. As
mensagens são definidas de maneira que sejam compreendidas tanto para o
consumidor quanto para o produtor de serviços. É possível que um produtor seja um
consumidor de um outro serviço.

2.4 Redes de Sensores Wireless

Um sensor é frequentemente definido como um “dispositivo que recebe e


responde a um sinal ou estímulo”. Um sensor é um dispositivo que recebe um
estímulo e responde com um sinal elétrico. O estímulo é a quantidade, propriedade
ou condição que é recebido e convertido em um sinal elétrico. Pode-se afirmar que
um sensor é um tradutor de um valor, na maioria das vezes, não-elétrico em um
valor. O termo "elétrico", faz referência a um sinal, que pode ser canalizado,
amplificado, e modificado por dispositivos eletrônicos.
O objeto inteligente (smart object) é um pequeno dispositivo eletrônico
equipado com um elemento sensor-atuador, microprocessador, memória de baixa
capacidade, componente de comunicação de baixo alcance e uma fonte de
23
alimentação que garante a fonte de energia essencial para que o dispositivo faça
sua função (SANTOS et al., 2016).
Redes de sensores wireless ou redes de sensores sem fio (do inglês Wireless
Sensor NetWork) - WSN, são redes que consistem em nós sensores que são
distribuídos de maneira ad hoc. O WSN oferece ao usuário a capacidade de
instrumentar, observar, e reagir a eventos e fenômenos em um determinado
ambiente. As informações coletadas são processadas pelos sistemas de back-end
para obter resultados relevantes. O WSN consiste em protocolos e algoritmos com
recursos de auto-organização.
Um WSN tende a ser autônomo e requer um alto grau de cooperação para
executar as tarefas definidas para a rede. Isto significa que algoritmos distribuídos
tradicionais, devem ser revistos para esse tipo de ambiente antes de serem usados
diretamente (NETTO, 2016).
Distintas aplicações vêm sendo desenvolvidas, uma rede WSN possui o
potencial de ser empregado em diversas áreas, como as descritas a seguir (NETTO,
2016):
 Tráfego  monitorar o tráfego de veículos em rodovias, vias urbanas,
entre outros;
 Segurança  para prover a segurança em estabelecimentos
comerciais, parques, estacionamentos;
 Medicina  grande significativo para monitorar o funcionamento
adequado dos órgãos, detectar falhas, presença de substâncias e/ou
tumores, entre outras funcionalidades.

2.5 Arquitetura IoT para Cidades Inteligentes

No início do século XXI o conceito de Cidade Inteligente (CI) ganhou


dimensão nas discussões globais, tanto no setor acadêmico quanto industrial,
ressaltando os problemas enfrentados pelas cidades neste século como, o
crescimento exponencial populacional no centros urbanos e o envelhecimento das
infraestruturas urbanas, destacando possíveis tecnologias contemporâneas que
podem auxiliar na resolução destes problemas (NAVIA, 2016).

24
Parafraseando (NAVIA, 2016) define-se como CI aquela cidade cujo objetivo
é centralizar na gestão de dados. A CI prioriza a coleta, a transmissão, o
armazenamento e o processamento dos dados, utilizados para desenvolver serviços
personalizados e sistemas inteligentes adequados às necessidades da população e
da cidade, considerando o contexto (tempo, localização, identidade e atividade das
pessoas o das máquinas) para desencadear algum tipo de ação.
Pode-se afirmar a arquitetura de CI é flexibilizada de acordo com os tipos de
serviços, tecnologias e dispositivos, com foco na solução de diferentes necessidades
em cada tipo de cidade, não existindo um padrão geral. Entretanto o uso apropriado
dos dados é o ponto central apontado pela literatura. A Tabela 1 resume as
tecnologias utilizadas no desenvolvimento de cada perspectiva da arquitetura.

Tabela 1: Arquitetura baseada na IoT para Cidade Inteligente (Jin et al. 2014) (NAVIA, 2016)

Smart grid é um outro tópico ligado a cidades inteligentes. Através das aplicações
nesta área será possível identificar falhas na rede elétrica em tempo real e

25
proporcionar melhores prestações de serviço aos usuários. Casas e prédios
inteligentes também se incluem nessa categoria.

2.6 Arquitetura IoT para Aplicações na Área da Saúde

A IoT nos processos tecnológicos da área da saúde tem crescido cada vez
mais, oferecendo diversas possibilidades para otimizar o atendimento a pacientes
(SERAFIM, 2014). Por meio de aparelhos conectados é possível processar e
analisar grandes volumes de dados clínicos, o que permite aos profissionais da
saúde personalizar de maneira mais eficiente o tratamento de cada paciente,
conferindo a esses dispositivos um grande potencial para salvar vidas.
A arquitetura para aplicações de IoT voltada para área da saúde assemelha-
se a Tabela 1, entretanto vale destacar que a mesma pode ser flexibilizada de
acordo com a implementação de sistema e finalidade, como por exemplo uma
arquitetura em três níveis  a coleta de informações, o armazenamento da
informação, e a análise das informações para tomar as melhores decisões.

Considerações Finais do Capítulo 2

Com base no que foi exposto nas seções deste capítulo, pode-se notar que
projetar soluções de IoT, nas quais são acionadas por dados e interconectadas por
distintos dispositivos não é uma tarefa fácil, para isso conseguir utilizar como auxílio
as arquiteturas disponíveis é de grande importância, o que significa que tais podem
ser adaptadas para cada projeto particular.

26
Referências utilizadas no Capítulo 2

Atzori, L.; Iera, A.; Morabito, G. (2010); "The Internet of Things – a


survey". Computer Networks, 54(15), 2787-2805.

Palatella, M. R.; Accettura, N.; Vilajosana , X.; Watteyne , T.; Grieco, L. A.; Boggia,
G.; Dohler, M. (2013); "Standardized protocol stack for the Internet of (Important)
Things", IEEE Communications Surveys & Tutorials, 15 (3), 1389-1406.

CAGNIN, R. Uma arquitetura multiagente para gerenciamento de dispositivos em


ambientes da internet das coisas. Aleph, p. 123 f. : il. color., tabs., 2015.

NAKAMOTO, P. T.; CARRIJO, G. A.; CARDOSO, A. Construção De Ambientes


Educacionais Com Realidade Aumentada : Processo Centrado No Usuàrio. p. 9,
2009.

NAVIA, M. V. T. Cidade Inteligente: modelo organizacional e tecnologias a partir de


uma perspectiva de dados urbanos. p. 93, 2016.

NETTO, G. T. Redes de Sensores sem Fio: Rvisão. n. May 2014, p. 1–19, 2016.

SANTOS, B. P. et al. Internet das Coisas: da Teoria à Prática. Simpósio Brasileiro


de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos., p. 50, 2016.

SERAFIM, E. Uma Estrutura de Rede Baseada em Tecnologia IoT para Atendimento


Médico a Pacientes Remotos. 2014.

TOMAS, G. H. R. P. Uma Arquitetura Para Cidades Inteligentes Baseada Na Internet


Das Coisas. p. 120, 2014.

27
TORI, R. Desafios para o design de informação em ambientes de realidade
aumentada. InfoDesign Revista Brasileira de Design da Informação, v. 6, n. 1, p.
46–57, 2009.

ZABADAL, B. M.; FRANCINNY, B.; MURTA, L. IoT e Seus Principais Desafios.


Revista Interdisciplinar de Tecnologias e Educação, v. 3, n. 1, 2017.

28
Referências das Figuras utilizadas no Capítulo 2

Figura 4: Arquitetura básica dos objetos inteligentes .............................................. 16


Figura 5: Tag de RIFD passivas encontradas no mercado ..................................... 19
Figura 6: Arquitetura IoT de três camadas ................................................................ 19
Figura 7: Arquitetura IoT composta por cinco camadas ............................................ 21

29
3 Unidade 3

Unidade 3 – Segurança em IoT

Com a enorme quantidade de dados trafegando por inúmero dispositivos


conectados, a segurança em IoT se tornou uma preocupação recorrente das
empresas, devido a uma série de riscos que podem trazer aos usuários tanto
pessoais como empresariais. Tais riscos, podem ser advindos dos próprios
dispositivos e redes das quais estão ligados.

Este capítulo apresenta conceitos referentes à segurança em IoT.

 Segurança da Informação para IoT


 Obstáculos da Segurança em IoT
 Ambiente IoT Seguro
 Arquitetura da Segurança em IoT

3.1 Segurança da Informação para IoT

A IoT afeta o cotidiano das pessoas, desde pequenos dispositivos à grandes


sistemas industriais, o que consequentemente leva a uma ampla variedade de
aplicações IoT sendo implementadas diariamente.

A função da IoT é otimizar o dia a dia e garantir eficiência e produtividade aos


seus usuários. Os dados coletados e processados auxiliam para tomada de
decisões inteligentes para a demanda específica. Entretanto, essa otimização causa
um impacto quanto a privacidade das informações, caso os dados coletados pelos
dispositivos sejam comprometidos ou corrompidos, isso afetará de maneira negativa
a confiança dos usuários (ZABADAL; FRANCINNY; MURTA, 2017).

Existem n benefícios de IoT, porém também revelam sérios desafios de


segurança da informação. Durante os últimos anos, foi observado um aumento
30
exponencial do número e na sofisticação de ataques direcionados a dispositivos IoT.
Portanto, para obter as recompensas das novas tecnologias, as empresas e os
consumidores precisam acreditar que os benefícios da IoT excedem seus riscos. A
urgência para soluções viáveis de segurança em IoT cresce a cada dia (ZABADAL;
FRANCINNY; MURTA, 2017).

3.2 Obstáculos da Segurança em IoT

O principal obstáculo para garantir a segurança dos sistemas de IoT é a


limitação dos recursos de hardware dos dispositivos. Alguns dos dispositivos de IoT
não foram desenvolvidos com o foco em segurança (dado o objetivo de ser funcional
e um valor relativamente baixo). Nesse cenário se encontra o principal
produtor deste tipo de hardware, comumente advindo de gigantescos centros
urbanos (NAVIA, 2016; TOMAS, 2014).
Além disso, também não existe um protocolo padrão, tanto para a
comunicação como para a segurança de dispositivos de IoT, o que gera lacuna
(gap) para infecção por malwares, que infectam a rede à qual estão conectados
(SANTOS et al., 2016; ZABADAL; FRANCINNY; MURTA, 2017). Outra questão, é a
rede pode não ter a capacidade de detectar dispositivos IoT conectados a ela ou a
visibilidade de saber quais deles estão se comunicando.

* Entre os exemplos de gap estão os eletrodomésticos.


Se a sua geladeira inteligente puder encomendar mantimentos no supermercado
local, suas informações bancárias serão armazenadas na rede da geladeira. Por sua
vez, as pessoas que hackearem (invadir) o dispositivo podem acessar seus dados
bancários. Garantir a segurança desse tipo de equipamento deverá ser de
responsabilidade do fabricante, embora isso ainda não seja regulamentado.
* Texto extraído HSC Brasil  https://www.hscbrasil.com.br/seguranca-em-iot/
___________________________________________________________________

31
Sendo assim a privacidade deve estar presente de alguma maneira nas
tecnologias já existentes e futuras. O objetivo é encapsular os dados, protegendo-os,
evitando que sejam acessados por usuários não permitidos.
Independente do contexto no qual a IoT está inserida, é preciso garantir que
esteja visível e sendo usado apenas dados de fontes confiáveis. Dispositivos,
sistemas operacionais, infraestrutura precisam ser protegidos contra adulterações,
tanto de agentes externos como de agentes internos.
A integridade e confiança dos dados utilizados nas tecnologias de IoT
precisam ser íntegros, o que significa garantir que a confiança ocorra de ponta a
ponta. Uma alternativa conseguir tal é incorporar recursos de segurança nos
dispositivos IoT, criando uma estrutura defensiva, onde nenhum dispositivo ou
usuário é confiável até que se prove o contrário (ZABADAL; FRANCINNY; MURTA,
2017).
Para garantir a confiança do usuário é preciso preparar os dispositivos
inteligentes, empresas da Indústria 4.0 com as soluções de segurança corretas.

3.3 Ambiente IoT Seguro

Quando os dispositivos são conectados de maneira errônea ou insegura para seus


usuários, representam um sério problema, pois como visto em seção anterior a
vulnerabilidade é existente e pode facilmente ser explorada por hackers do “mau”
(criminosos) para criar botnets.

Conceitos extraídos do site TecMundo:


Bots  Este tipo de ameaça leva esse nome por se parecer com um robô, podendo
ser programado para realizar tarefas específicas dentro do computador do usuário
afetado. Comunicando-se por um servidor, o invasor pode ter total controle sobre o
bot, indicando a ele algumas tarefas muito perigosas para o infectado.
Botnets  as botnets são basicamente redes de computadores infectados por bots
semelhantes. Para quem propaga esse tipo de ameaça, ter centenas de
computadores ligados com bots sob o seu comando é a maneira mais eficaz de
32
espalhar os perigos propostos pelo aplicativo, na tentativa de fraudar e enganar os
usuários.
___________________________________________________________________

E como tornar um ambiente de IoT seguro? Para isso é preciso seguir alguns
requisitos para melhorar a segurança no ambiente.

Figura 8: Requisitos para Segurança em um Ambiente IoT

3.4 Arquitetura da Segurança em IoT

Para melhorar as práticas recomendadas de segurança, a arquitetura típica de IoT


deve ser dividida em vários componentes como parte do exercício de modelagem de
risco, tais componentes são:

33
Figura 9: Componentes da Arquitetura da Segurança

Tais componentes são uma maneira genérica e ampla de segmentar uma


solução; cada componente possui seus próprios requisitos de dados, autenticação e
autorização. Também podem ser utilizados para o isolamento de danos e a restrição
do impacto de componentes de confiança baixa nos componentes de confiança mais
alto. Cada componente é separado por um limite de confiança, no qual representa
uma transição de dados/informações de uma origem para outra. Durante essa
transição, os dados/informações podem estar sujeitos a Stride (falsificação, violação,
repúdio, divulgação não autorizada de informação, negação de serviço e elevação
de privilégio) (ZABADAL; FRANCINNY; MURTA, 2017).

* Gateway  Traduzindo gateway poderia ser classificado como “portal” ou “portão”.


A tradução do termo é exatamente o que ele significa: um equipamento encarregado
de estabelecer a comunicação entre duas redes, respeitando protocolos específicos
e tomando determinadas ações necessárias para o correto funcionamento da
comunicação entre as duas pontas. Em geral, é responsável por fazer o papel de
ponte entre as redes. Analisa e trata as informações de acordo com as definições
preestabelecidas e o tipo de função a que se destina.

* Fonte (adaptado): https://www.frenet.com.br/blog/gateway-o-que-e-como-funciona/.


Acesso 2020

34
Leia mais sobre ataques aos dispositivos IoT em:

Ameaça virtual

 https://www.hscbrasil.com.br/principais-ameacas-virtuais/

Nova ameaça Virtual

 https://exame.abril.com.br/negocios/releases/a-ameaca-da-nova-botnet-iot-e-
como-se-proteger-dela/

Arquitetura de segurança da Internet das Coisas (IoT)

 https://docs.microsoft.com/pt-br/azure/iot-fundamentals/iot-security-
architecture

Segurança em IoT
 https://blog.cedrotech.com/seguranca-em-iot-e-necessidade-urgente-para-
transformacao-digital/

Considerações Finais do Capítulo 3

A segurança é um dos maiores problemas enfrentados em ambientes com


diversos dispositivos conectados, tornando necessário inovar para criar ferramentas,
conceitos ou equipamentos que possam garantir a segurança de dispositivos, sendo
assim, neste capítulo foram apresentadas algumas possíveis ameaças e ataques em
ambiente IoT, além de identificar os pontos fundamentais para preservar a confiança
e segurança dos usuários e dados.

35
Referências utilizadas no Capítulo 3

CAGNIN, R. Uma arquitetura multiagente para gerenciamento de dispositivos em


ambientes da internet das coisas. Aleph, p. 123 f. : il. color., tabs., 2015.

NAVIA, M. V. T. Cidade Inteligente: modelo organizacional e tecnologias a partir de


uma perspectiva de dados urbanos. p. 93, 2016.

NETTO, G. T. Redes de Sensores sem Fio: Rvisão. n. May 2014, p. 1–19, 2016.

SANTOS, B. P. et al. Internet das Coisas: da Teoria à Prática. Simpósio Brasileiro


de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos., p. 50, 2016.

SERAFIM, E. Uma Estrutura de Rede Baseada em Tecnologia IoT para Atendimento


Médico a Pacientes Remotos. 2014.

TOMAS, G. H. R. P. Uma Arquitetura Para Cidades Inteligentes Baseada Na Internet


Das Coisas. p. 120, 2014.

ZABADAL, B. M.; FRANCINNY, B.; MURTA, L. IoT e Seus Principais Desafios.


Revista Interdisciplinar de Tecnologias e Educação, v. 3, n. 1, 2017.

Referências das Figuras utilizadas no Capítulo 3

Figura 8: Requisitos para Segurança em um Ambiente IoT ...................................... 33


Figura 9: Componentes da Arquitetura da Segurança .............................................. 34

36
Unidade 4

Unidade 4 – Aplicações de IoT

A pluralidade de aplicações de IoT estão revolucionando a maneira de se


relacionar com a tecnologia. Tal faz parte da rotina, e aos poucos ganhou espaço
em atividades e objetos triviais como correr pelo parque (rastreamento), relógios,
celular, casa, medicina, entre outras inúmeras áreas.

O objetivo deste capítulo é relatar exemplos de aplicações de IoT, entre eles


podem-se destacar:

 Casas inteligentes;
 Carros conectados (inteligentes);
 IoT na medicina;
 Cidades Inteligentes (smart city)
 Aplicações na agricultura, varejo ...

4.1 Casas Inteligentes

Entre as aplicações de IoT, as aplicações de casas inteligentes, é o mais


popular de todos os exemplos de IoT. Nas casas inteligentes os eletrônicos se
comunicam com um outro dispositivo externo (comumente smartphone) para
possibilitar que o usuário gerencie as atividades a serem realizadas.
Como exemplo pode citar: geladeiras inteligentes, sistemas de compras
automáticas, televisão e iluminação. Mas como tudo isso funciona?

37
Figura 10: Casa Inteligente

Em outras palavras é caracterizada como casa inteligente ou smarthome


qualquer habitação residencial (casa, prédios) e comercial, nas quais são equipadas
com dispositivos que tenham suporte à IoT, e que sejam capazes de serem
controladas por smartphone, computadores, entre outras hubs (equipamento para
realizar a conexão à rede de internet e permitir a transmissão de informações entre
as máquinas) de casa inteligente.

4.1.1 Cenários para Casas Inteligentes

 Realizar a monitoração da casa durante a ausência;


 Ligar o ar condicionado 20 minutos antes de chegar à casa, ou até mesmo
desliga-lo para evitar consumo excessivo;
 Deixar o aspirador de pó realizar todo trabalho “sozinho”
 Abrir a cortina do quarto ao nascer do sol, ou fechar a cortina quando o sol se
pôr.
 A temperatura padrão para a residência é de 22 graus Celsius, o aquecedor
será utilizado quando os termômetros da casa registrarem temperaturas
menores que a temperatura padrão para que esta seja atingida;
38
 Utilizar as luzes da casa durante a noite (se o usuário estiver presente) e
quando o usuário está presente durante o dia.

4.2 Carros Conectados

Os carros conectados ou autônomos ou inteligentes estão cada vez mais


inteligentes com o auxílio da IoT, com tal é possível ser com seu dispositivo móvel e
trocar dados, otimizar o trajeto (distância menor, sem pedágios, com segurança,
entre outros) obedecendo as características impostas pelo usuário.

Tudo bem, mas o que significa autônomo? Não necessita de ninguém na


direção?

Vamos lá, carros autônomos que dispensam o motorista e são capazes de


dirigir sozinhos já são uma realidade nos dias de hoje, Embora um veículo
completamente autônomo ainda não exista, o avanço no setor tem sido rápido: o
crescimento é de 16% ao ano, e esse mercado tem potencial de movimentar US$
556 bilhões já em 2026 (TechTudo, 2019).

Um carro autônomo utiliza sensores de distintos tipos para captar informações


em tempo real (posição, localização, distância percorrida, distância de outros
veículos, passageiros, sinais de trânsito, movimentações, entre muitas outras
informações).

Os modelos de carros autônomos da Tesla (Figura 11) estão entre os carros com
sistemas de controle autônomo mais complexos da atualidade. O sistema ainda depende
de um motorista atrás do volante por questões de segurança. Tipos de sensores no carro
Tesla (TechTudo, 2019):

 GPS: o sensor é usado para dar ao carro localização e permitir que o próprio sistema
construa rotas para que o veículo leve você ao seu destino
 Radar: sensores espalhados pelas extremidades do veículo monitoram o entorno do
carro em tempo real. A principal função desse radar de proximidade é criar um mapa
referente ao posicionamento de outros veículos na estrada
 Câmeras: há também um sistema de câmeras, que usando tecnologias de inteligência
artificial, é capaz de reconhecer placas e sinais de trânsito, além de pedestres

39
Figura 11: Carro inteligente: Tesla (Tesla ,2019)

4.3 IoT na Medicina

Na medicina, wearables (dispositivos vestíveis) e equipamentos médicos


conectados são alguns exemplos do uso de IoT para captar dados e otimizar a rotina
de profissionais e pacientes.
O que são esses wearables? São dispositivos vestíveis, o que significa que os
dispositivos podem ser acoplados ao corpo, como pulseiras, relógios, óculos, lentes
de contato, roupas, entre outros. À medida que wearables foi se popularizando,
aplicações em outras áreas começaram a surgir, entre eles pode-se destacar:
 Apple Watch: como todo produto da Apple, o relógio inteligente da maçã fez
muito barulho em seu lançamento e ajudou na popularização dos wearables;
 Jawbone: nasceu no Vale do Silício e iniciou a jornada de wearables, com
produção de pulseiras, caixas de som por conexão sem fio.
Ainda assim, grande parte desses dispositivos tem foco na Saúde, já que
muitos dados captados podem e estão sendo usados para analisar a saúde dos
usuários (Morsch, 2016).

40
As inovações de IoT na área da saúde é muito além de aplicações móveis e
wearables, entre as inovações da IoT na medicina merecem destaque: os registros
digitais de exames, marcapassos cardíacos com dispositivo IoT, monitoramento
contínuo da glicose, monitoramento da evolução dos sintomas de Parkinson, em
lentes de contato entre inúmeras outras que não deixam de ser destaque.
A utilização dos recursos da IoT reflete na gestão também, pois possibilita o
rastreio de medicações e outros produtos que precisam ser repostos ou até mesmo
remanejados.

4.4 Cidades Inteligentes

O conceito de cidades inteligentes envolve a aplicação de tecnologias para


otimizar o bem estar dos cidadãos, focando nas características específicas de cada
cidade, entretanto não impossibilita a adoção de estratégias que tiveram sucesso em
outras cidades ou regiões.

 Em Barcelona o sistema de coleta de lixo foi totalmente automatizado e


funciona a vácuo, pois as lixeiras estão interligadas por uma rede
subterrânea.
 Tel Aviv, em Israel, conta com um amplo sistema de segurança pública, onde
a IoT funciona em câmeras inteligentes para melhorar o tempo de resposta a
ocorrências.
 Uma empresa em Londrina (Paraná – Brasi), está desenvolvendo e
implementando um projeto para iluminação pública utilizando sensores IoT

41
___________________________________________________________________

Alguns elementos são considerados fatores indispensáveis para o conceito de


cidade inteligente: possuem o objetivo de melhorar a qualidade de vida da
população, precisam de muitos envolvidos para dar certo (acadêmico, produtivo ...),
são desenvolvidas com base em planejamento, e devem otimizar a utilização de
recursos (NAVIA, 2016).

Figura 12: Cidade Inteligente (NAVIA, 2016)

4.5 IoT em Diversas Aplicações

Como visto nas seções antecessoras a tecnologia de IoT faz parte da rotina
das pessoas, aos poucos foi ganhando espaço em diversas áreas, entre as demais
aplicações que podem ser citadas neste livro, estão: IoT na agricultura e no varejo.

A IoT no varejo permite automatização na gestão, como exemplo, identificar o


horário de maior fluxo de clientes; identificar o produtos mais procurado em um
determinado dia; identificar qual produto possui menor demanda; qual setor é o mais
frequentado pelas clientes, entre outras situações.

É importante utilizar os dados coletados da melhor maneira possível para que


a tomada de decisão seja eficiente e traga impacto positivo à empresa.

Na agricultura a IoT com sensores pode auxiliar para monitorar o cultivo da


plantação (umidade, luz, temperatura, etc) e automatizar o sistema de irrigação,
permitindo que os agricultores tomem conta de sua plantação de qualquer lugar que
estiver.

42
Entre os exemplos de aplicações de IoT na agricultura estão a agricultura de
precisão e drones agrícolas.

4.6 EXTRA - Cenário para Aplicação IoT

Para exemplificar a criação de uma aplicação IoT, será apresentado um projeto


similar a aplicações para controle de estoque, no qual é possível tornar mais prático
o empréstimo de livros em uma biblioteca, além de evitar perdas de livros, quando
colocados em lugares errados. Tal projeto é proposto por RODRIGUES e
KLEINSCHMIDT (2014).

Figura 13: Cenário IoT Biblioteca (RODRIGUES;KLEINSCHMIDT 2014)

Como funciona esse cenário? * (texto extraído RODRIGUES;KLEINSCHMIDT


2014, com permissão.
Disponível em: https://www.revistaespacios.com/a14v35n13/14351309.html)

43
As etiquetas RFIDs (contextualizada no Capítulo 2) são inseridas em cada livro,
contendo informações como título, autor, editora (entre outras) e um número de
identificação. Leitores também são distribuídos pela biblioteca, de maneira que
consiga abranger todo o espaço da mesma. Desta forma, os leitores conseguem
obter toda a informação do ambiente da biblioteca e enviam estas informações para
o servidor de aplicações RFID. Um roteador Wi-Fi com acesso à Internet faz o papel
de intermediário (gateway) entre os leitores RFID e as aplicações de software
disponíveis. Deve ter capacidade de suportar vários protocolos de comunicação (Wi-
Fi, RFID, Ethernet). Por meio de um aplicativo para celulares e/ou tablets utilizando
iOS/Android, ou por um servidor HTTP, acessado pelo browser de um computador
da biblioteca, notebook ou outros, o usuário consegue obter informações simples, se
o livro está disponível para locação/consulta, localização, entre outras. O
gerenciamento do acervo também pode ser facilitado com aplicações desenvolvidas
para os bibliotecários.

Cada aluno deve ter uma carteirinha RFID com suas informações, pois para retirar
um livro emprestado basta passar o livro e sua carteirinha juntos em uma estrutura
equipada com um leitor RFID, onde estas informações seriam passadas até a base
de dados do RFID, sendo tratadas por um software desenvolvido para organizar
estas informações.
Este software, desenvolvido para administradores, monitora a localização dos livros,
informando caso um livro fique fora de sua área. Caso isto aconteça, o software
pode automaticamente enviar uma mensagem aos leitores de RFID para encontrar o
livro, e devolve um alerta com a informação de que área este se encontra. Além
disso, o software recebe as informações do leitor utilizado para locar/devolver um
livro, e organiza as informações de quem e quando pegou o livro, e a data de
devolução, enviando-as para a base de dados do RFID. Em questões de segurança,
também pode ser usado para monitorar se os livros que estão saindo são livros que
estão emprestados. Se for um livro que esteja disponível para locação, dispara-se
um alarme avisando os funcionários. É possível identificar as 3 camadas da
arquitetura para este cenário:

 Camada de percepção: é composta dos leitores e etiquetas RFID e


dispositivos inteligentes, como smartphones, tablets, etc. Sua função é pegar
a informação do mundo real e passá-la para o virtual.
44
 Camada de rede: composta pelos roteadores e gateways. Tem a função de
transmitir a informação da camada de percepção para a camada de
aplicação. Caso as camadas estiverem em protocolos diferentes (Wi-Fi e
RFID, por exemplo), a camada de rede é responsável por realizar a transição
entre um protocolo e outro.
 Camada de aplicação: composta por bases de dados e servidores. Tem a
função de satisfazer os usuários com soluções rápidas e inteligentes com
aplicações de software para computadores, celulares, tablets, etc. Em geral,
essas aplicações são orientadas a serviços, usando protocolos como XML.

Considerações Finais do Capítulo 4

Como visto nas seções do capítulo 4, as aplicações de IoT são inúmeras e


auxiliam distintas áreas, possibilitando otimização para o bem estar geral de uma
cidade, o monitoramento de doenças, a possibilidade de reduzir gastos com
acompanhamentos supervisionados, e outros benefícios.

O importante é aumentar cada vez mais as aplicações de IoT nas diversas


áreas, possibilitar a competitividade, e gerar produtos eficientes que supram as
demandas específicas, o que significa trazer melhores práticas para os usuários.

45
Referências utilizadas no Capítulo 4

CAGNIN, R. Uma arquitetura multiagente para gerenciamento de dispositivos em


ambientes da internet das coisas. Aleph, p. 123 f. : il. color., tabs., 2015.

NAVIA, M. V. T. Cidade Inteligente: modelo organizacional e tecnologias a partir de


uma perspectiva de dados urbanos. p. 93, 2016.

NETTO, G. T. Redes de Sensores sem Fio: Rvisão. n. May 2014, p. 1–19, 2016.

SANTOS, B. P. et al. Internet das Coisas: da Teoria à Prática. Simpósio Brasileiro de


Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos., p. 50, 2016.

SERAFIM, E. Uma Estrutura de Rede Baseada em Tecnologia IoT para Atendimento


Médico a Pacientes Remotos. 2014.

TECHTUDO. Carro Inteligente: como funcionam os modelos sem motorista.


Dezembro 2019. Disponível em: https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/12/carro-
inteligente-veja-como-funcionam-os-modelos-sem-motorista.ghtml.

TOMAS, G. H. R. P. Uma Arquitetura Para Cidades Inteligentes Baseada Na Internet


Das Coisas. p. 120, 2014.

ZABADAL, B. M.; FRANCINNY, B.; MURTA, L. IoT e Seus Principais Desafios.


Revista Interdisciplinar de Tecnologias e Educação, v. 3, n. 1, 2017.

Referências das Figuras utilizadas no Capítulo 4

Figura 10: Casa Inteligente .................................................................................................. 38


Figura 11: Carro inteligente: Tesla ...................................................................................... 40

46
Figura 12: Cidade Inteligente .............................................................................................. 42
Figura 13: Cenário IoT Biblioteca ........................................................................................ 43

47
Unidade 5

Unidade 5 – Tecnologias para Desenvolvimento

O desenvolvimento de aplicações de IoT é divergente do desenvolvimento de


aplicações para dispositivos móveis, desktop e web, isto ocorre devido à conexão
contínua entre software, rede e hardware. Dado esse contexto os desenvolvedores
de aplicações IoT devem estar aptos a encontrar uma parceria para tal
desenvolvimento, essa parceria deve ser encontrada de acordo com o histórico de
criações de aplicações semelhantes de sucesso.

Como é de conhecimento geral, há tempos em que um software segue o


método tradicional de desenvolvimento, como cascata, pois as exigências mudaram,
e os métodos ágeis entraram com força no mercado, com a intenção de entregas
rápidas, feedbacks e comum acordo com o cliente. O que significa, desenvolver
aplicações de IoT deve seguir os conceitos ágeis, e priorizar as necessidades do
cliente, pois os requisitos do projeto tendem a mudar com o tempo e seu parceiro de
desenvolvimento de aplicativos da IoT deve poder se adaptar a isso.

Visto em capítulos anteriores, a IoT é vista como um conjunto de sistemas


composto por recursos físicos, vários canais de comunicação e uma combinação de
soluções de software, incluindo dados e operações.

É de extrema importância selecionar o hardware e o dispositivo adequado


para desenvolvimento de uma aplicação. Esse capítulo irá abordar alguns conceitos
chaves para desenvolvimento de aplicações IoT, tais como: microcontroladores,
Raspberry Pi, sistemas embarcados, além de apresentar exemplos de aplicações
IoT para desenvolver.

5.1 Conceitos

Umas das camadas mais utilizadas em aplicações para IoT é a camada de


sensores/atuadores a qual se encontra os microcontroladores e dispositivos
eletrônicos. Um microcontrolador é um dispositivo cujo objetivo, por ser um circuito
integrado consideravelmente flexível, é auxiliar em distintas tarefas.
48
Microcontrolador frequentemente é associado a processador, entretanto um
microcontrolador vai além de uma Unidade Central de Processamento (UCP - do
inglês Central Processing Unit), possuí inúmeros periféricos que o capacita a
executar funções sem depender de outros componentes a ele conectados. Pode-se
afirmar que um microcontrolador é um computador composto por processador (CPU),
memória de armazenamento de programa, memória para armazenamento de
variáveis, além de alguns possuírem periféricos para comunicação, conversão
analógico/digital entre outros.

Um dos microcontroladores mais utilizados e conhecidos, fácil acesso ao público, é o


Arduino, é uma plataforma de desenvolvimento OpenSource (código aberto), o que
possibilita o desenvolvimento de projetos, ele é capaz de receber sinais de sensores
e com isso pode acionar atuadores.

Um outro dispositivo que vem ganhando o mercado e sendo frequentemente


utilizado é Raspberry Pi, distinto do Arduino possui entradas para vídeo, áudio, USB,
cartões SD, ethernet e HDMI, com ele é possível construir projetos de automação
residencial como controle de temperatura e luz, controle por voz de microondas ou o
controle de uma geladeira com base a quantidade de garrafas disponíveis (NETTO,
2016).

Como mencionado o Raspberry Pi é um computador de baixo de custo, cujo


tamanho pode ser comparado ao de um cartão de crédito. As funções executadas
pelo Raspberry Pi podem ser as mesmas executadas por um computador
convencional, isso significa, que serve para navegação na internet, reprodução de
conteúdo multimídia, criação de conteúdo em forma de texto, planilhas, imagens,
jogos, programação, entre outros.

49
Figura 14: Raspberry Pi (Foto: Divulgação/Fundação Raspberry Pi)

Figura 15: Raspberry Pi (Foto: Divulgação/Fundação Raspberry Pi)

50
É importante ressaltar que é possível instalar distintos sistemas operacionais no
Raspberry Pi, entre eles Windows 10.

Em nosso dia a dia utilizamos muitos equipamentos que possuem internamente um


microcontrolador, como eletroeletrônicos e eletrodomésticos. O timer de um aparelho
micro-ondas, o controle remoto de um aparelho de um ar condicionado, um relógio
digital, e muitos outros dispositivos podem ser desenvolvidos utilizando um
microcontrolador.

Os sistemas embarcados, ou até mesmo sistemas embutidos é um sistema


microprocessado em que um computador está anexado ao sistema que ele controla. É
capaz de realizar distintas tarefas que foram predefinidas. Um excelente exemplo de
elementos que utilizam sistemas embarcados são os smartphones, os quais
executam suas funções específicas.

Figura 16: Visão geral de um sistema embarcado com microcontrolador

Disponível em: https://www.embarcados.com.br/sistemas-embarcados-e-microcontroladores/

51
Comprei o Raspberry Pi, como funciona? Como iniciar a execução?

SOCORRO!!!

Uma das grandes vantagens de utilizar o Raspberry Pi é a ampla documentação


disponível no site: https://projects.raspberrypi.org/en/projects/raspberry-pi-setting-up

5.2 Assistentes Virtuais Inteligentes

Grandes empresas de tecnologias, como Google, Windows, Apple e Amazon


estão sempre em busca de inovação o que acarreta no desenvolvimento de
produtos com Inteligência Artificial, tais tornam possível que as máquinas
respondam as solicitações humanas. Um grande exemplo disso, é o conceito de
Assistente Virtual Inteligente.

Se você utilizar o Sistema Operacional Windows 10, provavelmente já conversou


com a Cortana em algum momento, se utiliza o smartphone Iphone, também
acredito que já falou com a Siri, e muito provavelmente se utilizar um smartphone
com Android já falou “Ok, Google” para solicitar algum tipo de recurso do celular.

As assistentes virtuais são robôs programados para responderem a comandos


de voz. Existem inúmeras assistentes virtuais no mercado, entretanto nosso livro irá
destacar a assistente Alexa da Amazon, inspirada no computador da Enterprise (a
nave do Star Trek) e está integrada ao Echo*, um alto-falante inteligente, também
desenvolvido pela Amazon. A Alexa também possui soluções de negócios (Alexa for
Business) com ferramentas que ajudam na produtividade do trabalho, desde abrir ou
fechar as cortinas do escritório, agendar compromissos e gerenciar
videoconferências.

52
* Amazon Echo  uma “torre” que ouve e responde as solicitações da Alexa.
Para capturar a voz, possui uma tecnologia de reconhecimento de voz denominada
de far-field, a qual utiliza sete microfones para "ouvir usuários de qualquer direção",
e para emitir as respostas, o conta com um par de alto-falantes que emite o som
para o ambiente (TECNOBLOG,2014).

A assistente virtual inteligente Alexa da Amazon foi criada em 2014,


juntamente com Echo, o objetivo de tal assistente é atender as necessidades diárias
do usuário. Entre suas funcionalidades estão as tarefas simples como informações
de trânsito, previsão de tempo, localidade, configuração de alarmes, lembretes,
listas de músicas, de compras, entre inúmeras outras.

O peça chave da Alexa é não ser específica de um único Sistema


Operacional, assim torna-se compatível com diversos sistemas como Android,
Windows, IOS (limitada, porém existente), além de permitir a conexão a outros
dispositivos (TECNOBLOG,2014).

No Brasil, a Alexa possui poucos dispositivos compatíveis, entretanto quando


compatível é capaz de interagir anto por comandos de voz ditos pelos usuários
quanto por interação com os aplicativos dedicados à automação de tarefas.

5.3 ALEXA

No Como Funciona seguinte, vamos configurar e usar o app Amazon Alexa


no smartphone. O procedimento foi realizado em um Samsung com Android versão
8.1, mas as dicas valem para usuários de outros aparelhos.

Baixe e instale o app Amazon Alexa em seu celular.

Para o primeiro acesso, será necessário fazer login na sua conta da Amazon., caso não
tenha, clique em "Criar uma nova conta Amazon" para se cadastrar gratuitamente. Após
fazer login, toque em "Continuar";

53
Figura 17: Login conta Amazon para utilizar a Alexa

Em seguida, faça as configurações exigidas pelo app: selecionar qual dispositivo


será utilizado para se conectar à Alexa (como não tenho um dispositivo inteligente
para tal ação, prossegui normalmente, e confirmei o meu nome);

54
Figura 18: Selecionar o dispositivo e confirmação do usuário

Nas etapas posteriores, permita acesso do app aos seus contatos e confirmação do
número de telefone celular, no qual receberá um código de verificação por
mensagem (SMS), e deve ser digitado quando solicitado.

Ao realizar as etapas descritas anteriormente, você será redirecionado ao ambiente


Alexa, e um breve introdução sobre app será exibido.

55
Figura 19: Introdução e Boas Vindas Alexa

Ao iniciar o aplicativo, na Tela Inicial poderá ser visualizado a data e a


previsão do tempo. E para mais sugestões do que fazer no app deslize os cards para
cima, os quais são dinâmicos e mudam diariamente;

Uma apresentação mais ampla da utilização da Alexa, pode ser vista em nossas
aulas, e também disponibilizada em vídeo específico de Alexa e suas manipulações.

O objetivo PRÁTICO deste livro é desenvolver uma habilidade, ou comumente


chamada de SKILL para a Alexa.

As skills da Alexa são como os aplicativos, podendo ser ativados ou


desativados, assim como instalados ou desinstalados. As skills da Alexa são
recursos comandados por voz, com a função de “dar vida” aos produtos e serviços.

Neste será criado uma skill chamada “Olá Mundo”, que deve funcionar da
seguinte maneira (Figura 19).

56
Figura 20: Ativação Skill Alexa - Olá Mundo (KITAMURA, 2020)

Passos de ATIVAÇÃO “OLÁ MUNDO”, de acordo com o pesquisador e


desenvolvedor Kitamura (2020).

 Para ativar a skill “Olá Mundo”, o usuário pronuncia: “Olá Mundo”.


 O dispositivo apto à Alexa envia a solicitação para o serviço Alexa na nuvem,
onde o enunciado é processado por meio do reconhecimento automático de
voz e convertido em texto.
 Em seguida Alexa “envia uma solicitação JSON (JavaScript Object Notation)
para manipular a intenção de uma função do AWS Lambda* na nuvem. A
função Lambda atua como back-end e executa o código para lidar com a
intenção” (KITAMURA, 2020).
 Neste cenário, a função Lambda retorno “Olá mundo”, o que pode vim
acompanhado de uma interface visual.
* O AWS Lambda (uma oferta da Amazon Web Services ) é um serviço que
permite executar código na nuvem sem gerenciar servidores. O Alexa envia
suas solicitações de usuário e seu código pode inspecionar a solicitação,
executar as ações necessárias (como procurar informações on-line) e, em
seguida, enviar uma resposta. Você pode escrever funções Lambda em
Node.js, Java, Python, C # ou Go.

Vale ressaltar que as skills para Alexa no Brasil ainda está em sua fase inicial.

Requisitos para desenvolver skills para Alexa:


57
 Criar uma conta na Amazon Developer *  https://developer.amazon.com/
* Não é uma conta de Cliente Amazon, é uma conta de desenvolvedor.
Gratuita
 Ponto acessível para armazenar o código da inteligência da skill (back-
end)  AWS (através de um função lambda), Web Service...

A parte que fica hospedada na nuvem da Alexa é apenas o menu de


interação.

 Ambiente de desenvolvimento  deve ser apropriado para a linguagem


que será utilizada.
 Dispositivo habilitado para Alexa  pode ser testado pelo portal de
desenvolvimento ou pelo Aplicativo da Alexa (cujo e-mail deve ser o
mesmo).

Passo a Passo para criar uma Skill “OLÁ MUNDO” para Alexa

Todas as FIGURAS a seguir foram automaticamente TRADUZIDAS para o


português.

Na conta de desenvolvedor Amazon Alexa:

Figura 21: Conta Desenvolvedor Alexa Amazon

58
Figura 22: Criar Skill

Figura 23: Criar Skill - Olá Mundo

59
Figura 24: Seleção de Modelos para a Skill

Figura 25: Hospedagem

60
Figura 26: Modelo para Skill

Figura 27: Confirmar escolha

61
Figura 28: Criação da habilidade

Figura 29: Tela Inicial para Desenvolver

Ir na aba “Invocação” para nomear a habilidade para iniciar a interação. No nosso


caso: olá mundo.

62
Figura 30: Nomear habilidade para interação

Figura 31: Salvar e Compilar

63
Figura 32: Palavras ativadoras

Para o processo de voz está tudo ok, com nosso código.

Próxima etapa, clicar em Código (code) para verificar todas as intenções mapeadas
em nossa skill.

Figura 33: Verificar código da Skill

64
Figura 34: Frase inicial Alexa

Figura 35: Teste Olá Mundo

Como pode-se observar utilizar as habilidades de Alexa vão desde o mais


simples a mais avançada programação de interação com Inteligência Artificial. Neste
livro, impulsionamos a curiosidade de desenvolvimento de skills, um “start” para
aperfeiçoar cada vez mais nesta área.

Lembre-se sempre, faça a diferença, explore o desconhecido, seja destaque


entre os melhores, e qualquer dúvida entre em contato.

65
Considerações Finais do Capítulo 5

No decorrer do livro, foi possível observar que o caminho de IoT está em fase
crescente, as tecnologias evoluindo e a busca por otimização de tarefas diárias é
grande. Com este contexto, finalizamos nosso livro com uma apresentação, breve,
do funcionamento de uma assistente virtual para auxiliar em ações rotineiras, e
como os dispositivos com microcontroladores são importantes em nossas vidas
(muitas vezes nem sabemos que existem tais “pecinhas”).

Como finalização, espero que tenham conseguido transmitir esse conceito tão
vasto de IoT e sua importância no cenário que vivemos, claro que não encerramos
aqui, pois a cada minuto uma nova tecnologia é criada e precisamos nos inserir
nesse trajeto.

Referências utilizadas no Capítulo 5

CANAL TECH. O que é Raspberry Pi? 2015. Disponível em:


https://canaltech.com.br/hardware/o-que-e-raspberry-pi/

NAVIA, M. V. T. Cidade Inteligente: modelo organizacional e tecnologias a partir de


uma perspectiva de dados urbanos. p. 93, 2016.

NETTO, G. T. Redes de Sensores sem Fio: Rvisão. n. May 2014, p. 1–19, 2016.

TECNOBLOG. O que é Alexa. 2014. Disponível em: https://tecnoblog.net/295738/o-


que-e-a-alexa-ou-melhor-quem-e/

ZABADAL, B. M.; FRANCINNY, B.; MURTA, L. IoT e Seus Principais Desafios.


Revista Interdisciplinar de Tecnologias e Educação, v. 3, n. 1, 2017.

Links de acesso:
66
AMAZON ALEXA. Disponível em:
https://www.amazon.com.br/b/?ie=UTF8&node=19877613011&ref_=sv_kinc_1.

AMAZON ECHO ALEXA. Disponível em: https://canaltech.com.br/casa-conectada/amazon-echo-


alexa-melhores-comandos-de-voz-151347/

Referências das Figuras utilizadas no Capítulo 5

Figura 14: Raspberry Pi ........................................................................................... 50


Figura 15: Visão geral de um sistema embarcado com microcontrolador ................. 51
Figura 16: Login conta Amazon para utilizar a Alexa ................................................ 54
Figura 17: Selecionar o dispositivo e confirmação do usuário................................... 55
Figura 18: Introdução e Boas Vindas Alexa .............................................................. 56
Figura 19: Ativação Skill Alexa - Olá Mundo ............................................................. 57
Figura 20: Conta Desenvolvedor Alexa Amazon ....................................................... 58
Figura 21: Criar Skill .................................................................................................. 59
Figura 22: Criar Skill - Olá Mundo ............................................................................. 59
Figura 23: Seleção de Modelos para a Skill .............................................................. 60
Figura 24: Hospedagem ............................................................................................ 60
Figura 25: Modelo para Skill ...................................................................................... 61
Figura 26: Confirmar escolha .................................................................................... 61
Figura 27: Criação da habilidade............................................................................... 62
Figura 28: Tela Inicial para Desenvolver ................................................................... 62
Figura 29: Nomear habilidade para interação ........................................................... 63
Figura 30: Salvar e Compilar ..................................................................................... 63
Figura 31: Palavras ativadoras .................................................................................. 64
67
Figura 32: Verificar código da Skill ............................................................................ 64
Figura 33: Frase inicial Alexa .................................................................................... 65
Figura 34: Teste Olá Mundo ...................................................................................... 65

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