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DIOGO CAMARGOS GOMES

INDÚSTRIA 4.0: DESAFIOS E IMPACTOS DA


IMPLEMENTAÇÃO DE FÁBRICAS INTELIGENTES

Anápolis
2018
DIOGO CAMARGOS GOMES

INDÚSTRIA 4.0: DESAFIOS E IMPACTOS DA


IMPLEMENTAÇÃO DE FÁBRICAS INTELIGENTES

Projeto apresentado ao Curso de Engenharia


Elétrica da Instituição Faculdade Anhanguera
de Anápolis

Orientador: Gustavo Giovani


Anápolis
2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4

1.1 O PROBLEMA.......................................................................................................5

2 OBJETIVOS..............................................................................................................5

2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO.......................................................................5

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS................................................6

3 JUSTIFICATIVA........................................................................................................7

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................8

5 METODOLOGIA..................................................................................................... 12

6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO...........................................................13

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 14
1 INTRODUÇÃO

O mundo já passou por três Revoluções Industriais. A Primeira, no século


XVIII, ocorreu graças a invenção de máquinas movidas a vapor, usando como fonte
o carvão encontrado nas minas da Europa. Já a Segunda Revolução, ocorrida no
século XIX, caracterizou-se pelo uso da eletricidade e do petróleo como fonte para
fornecer energia para máquinas e o uso do aço como matéria-prima para fabricação
de automóveis e eletrodomésticos. Logo após a Segunda Guerra Mundial, iniciou-se
a Terceira Revolução Industrial, com o desenvolvimento da eletrônica e o uso de
sistemas computadorizados e robóticos nos processos fabris.
Além de todas estas, está em processo de desenvolvimento uma nova
Revolução Industrial, também conhecida como Indústria 4.0, que é basicamente um
novo conceito de estruturação tecnológica de uma fábrica. Ela envolve inovações
nas áreas de controle, automação e tecnologia da informação, de forma a integrá-las
para obter processos de fabricação cada vez mais eficientes, econômicos e
facilmente configuráveis.
Na indústria 4.0 é possível estreitar a relação entre o centro de tomadas de
decisão e o chão de fábrica está fundamentada nos seguintes pilares, entre outros:
Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Big Data e Computação na Nuvem.

1.1 O PROBLEMA

Quais são os desafios encontrados para implementação de um sistema


baseado na Indústria 4.0 em uma fábrica já existente? Quais são as perspectivas e
impactos de uma implementação bem-sucedida?

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO

Realizar um estudo aprofundado do funcionamento, aplicabilidade,


necessidades e impactos das novas tecnologias que englobam a Indústria 4.0.
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2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS

Apresentar, de forma detalhada, os principais pilares da Indústria 4.0. Apontar


e entender características físicas do chão de fábrica que podem se tornar desafios à
implementação da Indústria 4.0. Apontar aspectos extra chão de fábrica também
considerados desafios a mesma. Discutir vantagens e desvantagens da atual
Revolução Industrial.

3 JUSTIFICATIVA

É impossível estudar o homem e a sociedade atual sem levar em


consideração uma análise todo o processo histórico de formação e desenvolvimento
dos mesmos até os dias atuais. E as 3 Revoluções Industriais que ocorreram nos
séculos XVIII, XIX e XX são capítulos imprescindíveis para a formação do homem
moderno.
Não seria diferente então com relação à nova Revolução Industrial que está
ocorrendo no início do século XXI. Ela trará efeitos não somente na forma com que
os bens são produzidos, mas em toda dinâmica da sociedade e relações de
trabalho.
Desta forma, é de suma-importância que seja feito um estudo aprofundado do
seu funcionamento, pois a partir desse conhecimento, pode-se prever as novas
dinâmicas da sociedade e do indivíduo para as próximas décadas.
Por isso, este trabalho se propõe a realizar um estudo das tecnologias
disponíveis para a implementação da Indústria 4.0, quais são suas dificuldades e
empecilhos, principalmente na indústria brasileira, e suas consequências.
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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 CONCEITUAÇÃO

O termo “Indústria 4.0” é algo que algo desconhecido por boa parte das
pessoas. Na verdade, esse termo é bem recente. De acordo com Schwab (2016,
p.7), é um termo “cunhado em 2011 na feira de Hannover para descrever a quarta
revolução industrial”.
Para Saltiél e Nunes (2017, p. 5), a “Indústria 4.0 é apontada como uma nova
era industrial, caracterizada pela utilização de sistemas inteligentes, com elevado
grau de automação e pela capacidade de tomar decisões autônomas”. Tudo isso
tornou-se possível graças ao desenvolvimento da Internet, sensores cada vez
menores e mais potentes e com preços mais acessíveis, Softwares e Hardwares
mais sofisticados e a capacidade de as máquinas aprenderem e colaborarem entre
si (COSTA, 2017, p. 6).

4.2 PILARES DA INDÚSTRIA 4.0

Como toda revolução industrial já observada na história, a Indústria 4.0 possui


pilares ou alicerces responsáveis pelo desenvolvimento e crescimento das
mudanças trazidas pela revolução. São a base das mudanças que surgem.
No caso da Indústria 4.0, é necessário a integração de 3 tecnologias: a
Internet das Coisas e dos Serviços (IoT e IoS, Internet of Things e Internet of
Services), os sistemas Cyber-físicos (CPS) e o Big-Data (SALDIVAR et al., 2015, p.
5).

4.2.1 A Internet das Coisas/dos Serviços

O termo “Internet of Things” refere-se a objetos físicos e virtuais conectados à


internet, tendo suas raízes no Massachussets Institute of Technology) em 1999, a
partir de um trabalho sobre identificação RFID conectada. Com o surgimento de
sensores cada vez mais baratos e menores, além de tecnologias como dispositivos
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móveis e armazenamento de dados em “nuvem”, a Internet das Coisas tem se


tornado um item comum no cotidiano das pessoas (COSTA, 2017, p. 8). Seja no
controle do ar condicionado a distância através do celular, do acionamento da
cafeteira da cozinha no caminho para casa ou até mesmo no usa de aplicativos
móveis para definir o melhor trajeto para visitar um amigo, a IoT está presente em
diversas atividades e já se tornou um item indispensável para boa parte da
população.

4.2.2 Sistemas Cyber-físicos

“Os sistemas Cyber-físicos (CPS) consistem numa rede de elementos que


interagem entre o meio físico e as ferramentas computacionais” (GARAY, 2012, p.
1). É formado, basicamente, por dispositivos embarcados para monitoramento
(sensores e controle (atuadores) de processos físicos.
A rápida troca de informações entre estes dispositivos e o controle preciso do
processo produtivo permitem a realização de operações mais eficientes e seguras.
Se usados corretamente, os CPS podem se tornar chave para se resolver problemas
de ordem mundial, tais como as mudanças climáticas e diversos problemas sociais
como a saúde e a segurança (HELLINGER; SEEGER, 2011).

4.2.3 Big-Data

Ao se traduzir o termo “big-data”, já é possível compreender ao que ele se


refere: a “grande quantidade de dados, que são armazenados a cada instante,
resultante da existência de milhões de sistemas atualmente ligados à rede (IoT)
produzindo em tempo real” (COSTA, 2017, p. 10).
Os desafios atuais relacionados ao big-data são onde armazenar e como
realizar o processamento de toda essa informação. É interessante notar que tais
informações não têm significado se não interpretados, sendo então de extrema
importância o seu processamento. Uma informação bem processada é capaz de
criar teorias e até mesmo prever o futuro. A pirâmide DIKW (Data-Information-
Knowledge-Wisdom) ou pirâmide do conhecimento, é muito usada na Ciência da
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Informação e apresenta uma hierarquia da informação (ASTARLOA et al., 2016).

Figura 1 – Pirâmide DIKW

Fonte: Costa (2017, p. 11)

4.3 A INDÚSTRIA BRASILEIRA

Como na quase totalidade dos países em desenvolvimento, o Brasil teve um


processo de industrialização retardatária que só foi ocorrer a partir dos anos 1930.
Mesmo tendo um grande crescimento até os anos 80, o desenvolvimento indústria
do país está a uma longa distância do desenvolvimento apresentado por países
desenvolvidos (FURTADO; CARVALHO, 2005, p.70).
O IBGE realizou em 2003 uma pesquisa sobre inovação tecnológica no Brasil,
chamada PINTEC 2003, que permite uma melhor análise de dados sobre esforços
tecnológicos de empresas industriais brasileiras. Possui um padrão bem semelhante
ao da pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), oferecendo ferramentas para comparar a nossa evolução tecnológica com
a de outros países.
Um parâmetro importante na análise do desenvolvimento tecnológico de uma
indústria é o seu investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D). A tabela 1
apresenta uma comparação da intensidade tecnológica, que é uma razão entre
10

investimento em P&D e o Valor de Transformação Industrial (VTI) de diversos


países, dividido por setores. Nesta tabela, observa-se a grande distância entre o
Brasil e países desenvolvidos em relação ao desenvolvimento tecnológico industrial.
Tabela 1 – Intensidade Tecnológica dos Setores Industriais (P&D/VTI), segundo setores (Brasil e
países selecionados 1997-2000)

Fonte: OCED (2002); IBGE (2002a). Pintec 2000. Furtado, Carvalho (2005, p. 74)
(1) Inclui os setores Aeroespacial e Outros Materiais de Transporte.

5 METODOLOGIA

No que se refere aos métodos de desenvolvimento deste trabalho, foi-se


realizada a revisão de literatura, a partir da pesquisa em livros, artigos, sites e
revistas de escritores especialistas no assunto reconhecidos pela comunidade
científica.
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Todos os trabalhos pesquisados datam de a partir dos anos 2000, sendo a


grande maioria dos últimos 5 anos, por se tratar de um tema bem recente. Para as
pesquisas, foram adotadas as palavras-chaves: “indústria 4.0”, “quarta revolução
industrial”, “desenvolvimento industrial brasileiro”, além de alguns subtemas
encontrados inseridos no tema principal.
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

Quadro 1 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho de Conclusão de


Curso.

2018 2018
ATIVIDADES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Escolha do tema.
Definição do problema
X
de pesquisa
Definição dos objetivos, X
justificativa.
Definição da
metodologia. X X
Pesquisa bibliográfica e
elaboração da
fundamentação teórica. X X X
Entrega da primeira
versão do projeto. X
Entrega da versão final
do projeto. X X
Revisão das
referências para
elaboração do TCC. X
Elaboração do Capítulo
1. X
Revisão e
reestruturação do
Capítulo 1 e elaboração
do Capítulo 2. X X
Revisão e
reestruturação dos
Capítulos 1 e 2.
Elaboração do Capítulo
3. X X
Elaboração das
considerações finais.
Revisão da Introdução. X
Reestruturação e
revisão de todo o texto.
Verificação das
referências utilizadas. X
Elaboração de todos os
elementos pré e pós-
textuais. X X
Entrega da monografia. X
Defesa da monografia. X

REFERÊNCIAS

SCHWAB, Klaus. A quarta revolução industrial. 1a ed. São Paulo: Edipro, 2016.

SALTIÉL, Renan Mathias Ferreira; NUNES, Fabiano de Lima. A indústria 4.0 e o


sistema Hyundai de Produção: suas interações e diferenças. Anais do V Simpósio
de Engenharia de Produção – SIMEMP 2017. Joinville(SC) UDESC/UNIVILLE,
2017.

COSTA, Cesar da. Indústria 4.0: o futuro da indústria nacional. POSGERE, v. 1, n.


4., São Paulo, set.2017. p. 5-14.
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GARAY, Jorge Rodolfo Beingolea. CyberSens: uma plataforma para redes de


sensores em sistemas ciber-físicos. 2012. Tese (Doutorado) – Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia de Sistemas
Eletrônicos. São Paulo, 2012. 135 p.

HELLINGER, Ariane; SEEGER, Heinrich. Cyber-Physical Systems - Driving force for


innovation in mobility, health, energy and production. Acatech Position Paper,
National Academy of Science and Engineering, 2011, p. 48

ASTARLOA, Armando et al. Intelligent gateway for Industry 4.0 - compliant


production. IECON 2016 - 42nd Annual Conference of the IEEE Industrial Electronics
Society, Itália, 2016, p. 4902-4907.

FURTADO, André Tosi; CARVALHO, Ruy de Quadros. Padrões de intensidade


tecnológica da indústria brasileira: um estudo comparativo com os países centrais.
São Paulo em Perspectiva, v. 19, n. 1, p. 70-84, jan/mar. 2005.

IBGE. Pesquisa Industrial – Inovação Tecnológica – Pintec 2000. Rio de Janeiro,


Finep, MCT, IBGE, 2002a.

OCDE. Science, Technology and Industry Scoreboard. Paris, OCDE, 2003.

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