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A IMPORTÂNCIA DA CIBERSEGURANÇA EM

BIG DATA NA INDÚSTRIA 4.0

Arthur L. Guidarini, Bruno M. B. A. Condado, Hugo Mota, João C. A. Corrêa


Prof. José Paulo Viana
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Segurança da Informação (FLC9292SGI) – Trabalho de Graduação
27/05/23

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo analisar a importância da cibersegurança em Big Data na
Indústria 4.0. Foram abordados conceitos fundamentais de Big Data e cibersegurança, bem
como os principais desafios enfrentados pelas empresas na proteção de seus dados. Além
disso, foi analisado um tipo de ataque cibernético que tem se tornado cada vez mais comum:
os ataques de ransomware, que têm se destacado como uma das principais ameaças à
segurança de dados em empresas de todos os tamanhos. Através da análise desses conceitos e
casos práticos, foi possível compreender como é relevante a conscientização da
cibersegurança em Big Data dentro do contexto da Indústria 4.0 e como as empresas podem
se proteger contra esses tipos de ataques. A conclusão deste trabalho destaca a importância da
cibersegurança em Big Data para a proteção dos dados e a continuidade dos negócios.

Palavras-chave: Indústria 4.0; Big Data; Cibersegurança; Cibercrime; Ransomware.

1 INTRODUÇÃO

A Indústria 4.0 é uma realidade cada vez mais presente no mundo atual, trazendo
consigo uma série de desafios e oportunidades. Com a crescente utilização de tecnologias
como o Big Data, a quantidade de dados gerados pelas empresas tem aumentado
exponencialmente, o que torna a segurança desses dados um desafio cada vez maior. Nesse
contexto, a cibersegurança se torna uma questão crucial para garantir a proteção dos dados e a
continuidade dos negócios.
Este trabalho tem como objetivo analisar a importância da cibersegurança em Big Data
na Indústria 4.0. Serão abordados conceitos fundamentais de Big Data e cibersegurança, bem
como os principais desafios enfrentados pelas empresas na proteção de seus dados. Além
disso, será analisado um tipo de ataque cibernético que tem se tornado cada vez mais comum:
os ataques de ransomware, que têm se destacado como uma das principais ameaças à
segurança de dados em empresas de todos os tamanhos.
Através da análise desses conceitos e casos práticos, será possível compreender como
é relevante a conscientização da cibersegurança em Big Data dentro do contexto da Indústria
4.0 e como as empresas podem se proteger contra esses tipos de ataques. Espera-se que este
trabalho possa contribuir para a conscientização sobre a importância da cibersegurança em um
mundo cada vez mais conectado e dependente de tecnologias avançadas.

2 A INDÚSTRIA 4.0

A Indústria 4.0 é um tema que vem ganhando cada vez mais destaque no mundo da
tecnologia. Essa nova fase da revolução industrial tem como base a integração de tecnologias
avançadas, como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem,
mudando drasticamente a forma como as empresas produzem e entregam seus produtos e
serviços. Ao longo da história, cada etapa da indústria apresentou características únicas que
revolucionaram o mercado em suas respectivas eras.
A história da indústria se inicia no século 18 com a Primeira Revolução Industrial,
atualmente chamada de Indústria 1.0, esse novo modelo de produção foi marcado por grandes
mudanças na forma como a produção era realizada, passando a utilizar a energia a vapor e a
mecanizar a produção industrial. O resultado disso foi a diminuição brusca do tempo de
produção por peça, ocasionando em um enorme aumento de produtividade. Além disso, a
utilização de motores a vapor para transporte foi um marco importante na história da
indústria, diminuindo o tempo das viagens e reduzindo o custo.
Anos mais tarde, no século 19, teve início a Indústria 2.0, seu principal pilar foi a
descoberta da eletricidade, uma das evoluções também foi a produção em linha de montagem,
processo que foi popularizado por Henry Ford, nomeado em sua homenagem como Fordismo.
Essa ideia possibilitou a produção em massa de produtos, onde a produção automobilística
teve um grande aumento na produtividade e diminuição nos custos.
A Indústria 3.0 teve início no século 20, sendo marcada pela automação parcial
utilizando computadores programáveis por memória. Essa tecnologia deu início à automação
de processos sem a ajuda humana, aumentando a eficiência e a produtividade das fábricas.
Com essa etapa indústria, surgiram outras tecnologias, como a robótica, por exemplo.
Por fim, o termo Indústria 4.0 apareceu pela primeira vez em 2011 na Alemanha, tem
como seus fundamentos um amplo sistema de tecnologias avançadas, como inteligência
artificial, robótica, big data internet das coisas e computação em nuvem. A Indústria 4.0 é
uma nova etapa da revolução industrial que está transformando a maneira como as fábricas
operam e como os produtos são criados e entregues aos consumidores.
Segundo IBM (s.d):

Os fabricantes têm mais flexibilidade para atender melhor às demandas dos


clientes usando a personalização em massa – procurando, em muitos
casos, alcançar eficiência com o “lot size of one”, ou seja, produção
individualizada. Ao coletar mais dados do chão de fábrica e combiná-los
com outros dados operacionais da empresa, uma fábrica inteligente pode
alcançar transparência de informações e tomar melhores decisões.

A Industria 4.0 apresenta 9 pilares: Análise de dados, Robótica, Simulação, Integração


de sistemas, Internet das Coisas (IoT), Cibersegurança, Computação em Nuvem, Manufatura
aditiva e Realidade aumentada.
“Os pilares que fazem parte da Indústria 4.0 são tecnologias, objetos e conceitos. Eles
estão muito bem integrados entre si, mas são interdependentes” (SIGGA TECHNOLOGIES).
Esses nove pilares da Indústria 4.0 são fundamentais para a transformação digital das
empresas e para a criação de novos modelos de negócios. A análise de dados em grande
quantidade permite o aumento de performance e otimização dos processos industriais,
podendo auxiliar processos em todos os pilares, também se utiliza para a melhor leitura dos
dados e melhores tomadas de decisões.
Segundo IBM (s.d), a análise de dados pode ser utilizada para investigar tendências
históricas, identificar padrões e tomar decisões mais informadas. Além disso, as fábricas
inteligentes podem utilizar dados de outras partes da organização e de seu ecossistema
ampliado de fornecedores e distribuidores para criar insights mais profundos. Por exemplo, a
análise de dados de recursos humanos, vendas ou armazenagem pode ajudar os fabricantes a
tomar decisões sobre produção com base nas margens de vendas e na equipe.

3 BANCO DE DADOS

Incialmente o conceito de Big Data estava centrado apenas na quantidade de dados


armazenadas (volume). Com o tempo isso acabou sendo revisto hoje o volume, velocidade,
variedade, valor e veracidade caracterizam o Big Data (Oracle, 2023).
O Volume pode ser caracterizado como a quantidade de dados processada, a
Velocidade como a rapidez como esses dados são processados, a Variedade diz respeito aos
vários tipos de dados existentes, a Veracidade quanto á fidedignidade desses dados os
mesmos só têm valor se forem verdadeiros por último surge o conceito de Valor e à
capacidade de transformar os dados em informações valiosas (Fepese, 2023).
De acordo com a Oracle (2023):

“...big data é um conjunto de dados maior e mais complexo, especialmente de novas


fontes de dados. Esses conjuntos de dados são tão volumosos que o software
tradicional de processamento de dados simplesmente não consegue gerenciá-los. No
entanto, esses grandes volumes de dados podem ser usados para resolver problemas
de negócios que você não conseguiria resolver antes. “

O Big Data surge como peça fundamental na tomada de decisões de uma empresa,
com ele as decisões tornam-se mais precisas e eficientes (Engeman, s.d).
O Big Data apresenta vários desafios de implementação na indústria 4.0, com a
inserção da IIot (Internet Industrial das Coisas) o volume de dados aumentou muito, segundo
a Oracle (2023), a quantidade de dados dobra a cada dois anos, tornando-se sem sombra de
dúvidas um desafio enorme para indústria 4.0 armazenar esses dados de forma eficiente. A
capacidade de processar esses dados de forma eficiente é outro dos desafios do Big Data,
hoje, segundo Oracle (2023), os cientistas de dados gastam 50 a 80 por cento do seu tempo na
preparação desses dados antes que os mesmos estejam prontos para uso. Por último temos a
capacidade de atualização da tecnologia relacionada ao Big Data, acompanhar as constantes
atualizações da tecnologia, manter a mão de obra qualificada e atualizada é sem sombra de
dúvidas um enorme desafio para as empresas.
Com a implementação de sensores (IIoT) no chão de fábrica e nos produtos, a recolha
de informações sobre tudo o que se produz de ponta a ponta, permitindo que se processe uma
quantidade de dados enorme no processo, assim o Big Data torna-se uma peça-chave na
tomada de decisões na indústria.
Segundo o Senai (2019) a implementação do Big Data na Industria 4.0 permite um
aumento na eficiência na produção, no auxílio de prevenção de falhas e possibilita a
personalização dos produtos permitindo uma redução substancial de custos em todas as fases
do processo. Apontando três grandes áreas de atuação: transporte e fornecimento, mídias e
marketing e inteligência das máquinas e operações.
Ao mesmo tempo que o aumento da conectividade e dos dados recolhidos pelos
sensores ajudam a impulsionar o processo produtivo na indústria 4.0, os riscos de
cibersegurança também aumentam consideravelmente, podendo com relativa facilidade
interromper todo o processo produtivo ou acessar indevidamente a dados pessoais ou segredos
empresariais, com num ataque de ransomware.

4 CIBERSEGURANÇA EM BIG DATA

A proteção dos sistemas e informações contra ameaças cibernéticas só se tornou uma


preocupação real quando os computadores começaram a se conectar entre si através das redes,
o que aconteceu pela primeira vez em 1969 com o desenvolvimento da primeira rede de
computadores no estado norte americano da California.
Como afirma Klusaitė (2022) “...os dez anos seguintes introduziram os atores
principais, os grandes agentes da história da cibersegurança que lutam entre si: os vários tipos
de malware e também os vários modelos de software de cibersegurança.”
Desde então, os malwares evoluíram muito e se tornaram uma ameaça cada vez mais
sofisticada. Atualmente eles são criados por criminosos cibernéticos para roubar informações
pessoais, financeiras ou empresariais, além de causar danos aos sistemas infectados. Por conta
disso, destaca-se a importância da cibersegurança e da capacitação dos profissionais
responsáveis pela proteção dos sistemas e dados.
De acordo com Kaspersky, 2021:

Com o cenário de ciberameaças definido como certo para continuar em ascensão, os


gastos globais com soluções de cibersegurança continuarão a aumentar,
naturalmente. A Gartner prevê que os gastos com cibersegurança alcançarão a cifra
de 188,3 bilhões de dólares e ultrapassarão 260 bilhões de dólares globalmente até
2026. Governos do mundo todo têm respondido à crescente ameaça virtual com
orientações para ajudar as organizações a implementar práticas eficazes de
cibersegurança.

A cibersegurança é um ponto chave da Indústria 4.0, por conta do aumento do número


de vulnerabilidades e riscos. Para garantir a proteção das informações sensíveis e manter a
integridade dos sistemas, a cibersegurança deve ser construída com base em três pilares:
confidencialidade, integridade e disponibilidade.
Confidencialidade refere-se à proteção de informações sensíveis contra acesso ou
divulgação não autorizados. Isso inclui desde dados pessoais até segredos comerciais, além de
outras informações confidenciais que possam ser usadas para fins maliciosos.
Integridade é um termo importante na segurança da informação. Ela se refere à
consistência de dados e sistemas. Isso significa garantir que os mesmos não foram adulterados
ou alterados de qualquer forma e que os sistemas estejam funcionando conforme o previsto.
Disponibilidade é um aspecto importante da segurança da informação que se refere à
capacidade de um sistema ou serviço estar disponível e acessível quando necessário. É
essencial implementar medidas de segurança e monitorar constantemente os sistemas para
evitar interrupções que possam levar a perda de produtividade e prejuízos financeiros.
De acordo com Fontes (2015), proteção da informação é uma responsabilidade da
organização e deve ser realizada pelos gestores. A segurança da informação é importante para
proteger os recursos de informação que permitem que a organização alcance seus objetivos
institucionais e de negócio. Portanto, a Segurança da Informação é um processo
organizacional que tem como objetivo permitir que a organização alcance seus objetivos por
meio da informação e dos recursos de informação.
Na Indústria 4.0, a cibersegurança é essencial para proteger as vastas quantidades de
big data geradas por sistemas e dispositivos interconectados, protegendo-o contra acesso, uso,
divulgação, interrupção, modificação ou destruição não autorizados.
Para mitigar tais riscos, é essencial implementar grande medidas de cibersegurança,
incluindo firewalls, criptografia, controles de acesso e outros protocolos de segurança. Além
disso, as organizações devem garantir que os funcionários sejam treinados nas melhores
práticas de cibersegurança e que os sistemas sejam regularmente atualizados e mantidos para
lidar com ameaças emergentes.
“...a informação é um ativo muito importante para qualquer instituição, podendo q ser
considerada, atualmente, o recurso patrimonial mais crítico” (FONTES, 2015, p. 2).
Existem diversos tipos de ataques que um sistema de big data pode enfrentar,
incluindo os ataques de injeção de códigos SQL, ataques de privacidade, ataques de negação
de serviço (DoS) e ataques de negação de serviço distribuídos (DDoS). Estes dois últimos
tipos de ataques podem sobrecarregar os servidores com uma grande quantidade de tráfego
falso, tornando-os inacessíveis.
“Um cibercriminoso pode tentar atacar partes diferentes de um OSI (Open Systems
Interconnection, ‘Interconexão de Sistemas Abertos’) para sobrecarregar uma rede e força-la a
negar serviços e solicitações de usuários e consumidores legítimos” (KLUSAITĖ, 2022).
Esse tipo de ataque também pode ser utilizado como uma distração para encobrir
outros tipos de atividades maliciosas, como roubo de dados ou instalação de malware. Ao
sobrecarregar a rede com tráfego falso, os cibercriminosos podem desviar a atenção dos
administradores de segurança e explorar vulnerabilidades no sistema atrasando sua detecção
ou até mesmo sem serem detectados.
Existem diversas medidas que podem ser tomadas para proteger um sistema de big
data contra esses tipos de ataques. Um dos principais meios é a implementação de firewalls e
sistemas de detecção de intrusão para monitorar o tráfego de rede e identificar possíveis
ameaças. Além disso, é necessário realizar testes de penetração regulares para identificar
vulnerabilidades nos sistemas e corrigi-las antes que sejam exploradas por cibercriminosos.
Outra medida importante é o uso de criptografia para proteger os dados armazenados
no sistema de big data. A criptografia pode ajudar a garantir que os dados permaneçam
seguros, mesmo se um cibercriminoso de alguma maneira consiga subtrair alguma
informação.

O bom funcionamento da cibersegurança depende não apenas da implementação de


medidas de segurança adequadas, mas também da segurança física e da colaboração e
comunicação efetiva entre as equipes de segurança e outras áreas da empresa. É importante
que as equipes de segurança trabalhem em colaboração com as demais áreas da empresa,
como TI, para garantir que as medidas de segurança sejam integradas aos processos de
negócios e que os sistemas sejam projetados com a segurança em mente desde o início.
Além disso, é importante que as empresas tenham uma política de segurança bem
definida, que estabeleça diretrizes para a proteção de dados e sistemas. Essa política deve ser
comunicada claramente a todos os funcionários e parceiros de negócios, para garantir que
todos estejam cientes das medidas de segurança que devem ser seguidas.

5 RANSOMWARE

A Indústria 4.0 está diretamente ligada à conectividade e digitalização dos processos


industriais, o que traz inúmeros benefícios, mas também aumenta a superfície para ataques
cibernéticos, incluindo ransomware. Os sistemas de controle industrial (ICS) e os dispositivos
conectados são particularmente vulneráveis a essas ameaças, pois muitas vezes carecem de
medidas de segurança adequadas. É importante ressaltar que um ataque cibernético pode
causar prejuízos financeiros e de produtividade significativos para as empresas, além de
colocar em risco a segurança dos trabalhadores e do meio ambiente (ABAGAEL, 2023).
De acordo com o National Institute of Standards and Technology (2021), o
ransomware é uma forma de malware que tem como objetivo criptografar os arquivos de um
sistema infectado e exigir um resgate em troca da chave de descriptografia. Essa prática é
realizada por cibercriminosos que geralmente solicitam o pagamento em criptomoedas para
dificultar a rastreabilidade das transações. Uma vez que os arquivos são criptografados, as
vítimas ficam impedidas de acessá-los até que o resgate seja pago, o que pode causar
prejuízos financeiros e de produtividade para empresas e indivíduos.
Os cibercriminosos podem de “Phishing” para infectar sistemas, enviando e-mails
contendo o malware, além de ataques de força bruta ou o uso de engenharia social.
Dispositivos podem ser usados para contaminar sistemas, como unidades flash USB ou até
mesmo objetos IoT (Internet das Coisas).
Os ataques de ransomware podem ter consequências significativas na indústria,
afetando a segurança e a continuidade dos negócios. A interrupção, o roubo de dados, e a
paralisação da cadeia de suprimentos são apenas alguns exemplos dos danos causados. Esses
ataques podem resultar em perdas financeiras consideráveis, além de afetar a competitividade
das empresas e de prejudicar a confiança dos clientes e parceiros de negócios. Cabe ressaltar
que a prevenção e a proteção contra o ransomware são essenciais para garantir a segurança
dos sistemas e dados da empresa, bem como para manter a continuidade dos negócios (RTM,
2023).

Figura 1 - Porcentagem de empresas que fecharam após um ataque de ransomware

Fonte: Forbes (2021)

Os ataques de ransomware podem ter impactos mais amplos, chegando a comprometer


a segurança nacional e até mesmo colocar em risco a vida das pessoas, quando setores críticos
como saúde e infraestrutura são afetados.
Nos últimos anos, houveram uma série de ataques de ransomware pelo mundo, tais
ataques impactaram diretamente a indústria. Alguns exemplos notáveis incluem o ataque
utilizando o “WannaCry” em 2017, afetando organizações em todo o mundo, incluindo
hospitais e empresas de manufatura; o ataque que utilizou o “NotPetya” em 2017, causado
danos significativos a empresas de logística e transporte; e o ataque ao oleoduto norte
americano “Colonial Pipeline” em 2021, que resultou em interrupções no fornecimento de
combustível nos Estados Unidos (BROWER, MCCOMICK, 2021).
Para garantir a segurança cibernética de uma empresa contra ransomware, é essencial
implementar medidas de segurança em várias camadas, como firewalls, antivírus, detecção de
intrusões e prevenção de vazamento de dados. Outra medida importante é o backup e a
recuperação de dados adequados, garantindo a existência de cópias seguras e testadas
regularmente. Isso pode ajudar a minimizar os danos causados por ataques de ransomware e
outras ameaças cibernéticas. Por fim, a educação e o treinamento dos funcionários são
fundamentais para reconhecer e evitar ataques de phishing e práticas de segurança
inadequadas.

6 MATERIAIS E MÉTODOS

O tipo de pesquisa empregada na realização deste trabalho foi a descritiva, que aborda
assuntos teóricos por meio de consultas em artigos, livros e trabalhos acadêmicos. A escolha
deste modelo de pesquisa tem como objetivo analisar a visão de diferentes autores sobre o
assunto abordado.
O objetivo da pesquisa bibliográfica foi buscar e coletar informações em diferentes
materiais. Para a busca dos artigos, foi utilizado o Google Acadêmico, com palavras-chave
específicas para as pesquisas: Indústria 4.0; Big Data; Ransomware; Cibersegurança;
Cibercrime.
As leituras e análises dos artigos, livros e sites aconteceram entre 10 de abril de 2023 e
27 de maio do mesmo ano, foram utilizados um total de 15 bibliografias para a realização
deste trabalho.

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa apresentou a importância da cibersegurança na Indústria 4.0, destacando a


necessidade de proteger as vastas quantidades de big data geradas por sistemas e dispositivos
conectados. Foi observado que a cibersegurança deve ser construída com base em três pilares:
confidencialidade, integridade e disponibilidade. Além disso, foram apresentados diversos
tipos de ataques que um sistema de big data pode enfrentar, incluindo os ataques de injeção de
códigos SQL, ataques de privacidade, ataques de negação de serviço (DoS), ataques de
negação de serviço distribuídos (DDoS) e ataques de Ransomware, destacando as causas e os
efeitos deste último.
Os resultados indicam que a cibersegurança é um ponto chave da Indústria 4.0, uma
vez que o aumento do uso de big data cria novas vulnerabilidades e riscos. Também destacam
a importância da comunicação entre as equipes de segurança e o trabalho em equipe entre
outras áreas da empresa. A implementação dessas medidas pode ajudar a proteger os sistemas
e as informações contra ameaças cibernéticas, garantindo a confidencialidade, integridade e
disponibilidade dos dados e sistemas.

8 CONCLUSÃO

A análise realizada neste trabalho destaca a importância da cibersegurança em Big


Data para a proteção dos dados e a continuidade dos negócios na Indústria 4.0. Com a
crescente utilização de tecnologias avançadas e o aumento constante na quantidade de dados
gerados pelas empresas, a segurança desses dados se torna um desafio cada vez mais
complexo. Além disso, os ataques de ransomware têm se destacado como uma das principais
ameaças à segurança de dados em empresas de todo o mundo.
Para garantir a proteção dos dados e a continuidade dos negócios, é fundamental que
as empresas estejam cientes da importância da cibersegurança em Big e adotem medidas
efetivas para proteger seus dados e sistemas. Isso inclui a implementação de políticas de
segurança bem planejadas, a utilização de ferramentas de segurança cada vez mais
sofisticadas e a conscientização dos colaboradores sobre as melhores práticas de segurança. A
conscientização dos colaboradores é especialmente importante, pois muitos ataques
cibernéticos ocorrem devido a falhas humanas, como a utilização de senhas fracas ou a
abertura de e-mails suspeitos.
Em um mundo cada vez mais conectado e dependente de tecnologias avançadas, a
conscientização sobre a importância da cibersegurança é essencial para garantir a proteção
dos dados e a continuidade dos negócios. As empresas que não adotarem medidas efetivas de
proteção de dados correm o risco de sofrer perdas financeiras significativas, além de danos à
sua reputação. Portanto, é fundamental que as empresas estejam sempre preparadas para
enfrentar os desafios da cibersegurança.
Espera-se que este trabalho possa contribuir para a conscientização sobre a
importância da cibersegurança em Big Data na Indústria 4.0 e para a adoção de medidas
efetivas de proteção de dados pelas empresas. A conscientização sobre a importância da
cibersegurança em Big Data deve ser uma prioridade para as empresas que desejam se manter
competitivas e proteger seus dados e seus negócios.

REFERÊNCIAS

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https://forbes.com.br/forbes-tech/2021/07/ataques-de-ransomwares-podem-provocar-
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