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UNIVERSIDADE DE VILA VELHA – UVV

ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO

Fernanda Pereira Gonçalves

Tema: Cibersegurança

ATIVIDADE ONLINE PONTUADA 04

Textos científicos: aspectos metodológicos e linguísticos


A indústria 4.0, também chamada de quarta revolução industrial, é um conceito
que engloba todas as inovações tecnológicas criadas nos últimos anos para
facilitar processos industriais e gerar mais lucro às empresas. O termo surgiu a
partir de um projeto de estratégias do governo alemão focadas em tecnologia e
foi utilizado pela primeira vez na Feira de Hannover em 2011.
Em outubro de 2012, o grupo responsável pelo projeto, coordenado por
Siegfried Dais (Robert Bosch GmbH) e Kagermann (acatech), apresentou um
relatório de recomendações para o Governo Federal Alemão, com o objetivo de
planejar sua implementação.Foi então que, em abril de 2013, houve a
publicação de um trabalho final sobre o desenvolvimento da indústria 4.0.
O conceito básico da 4° revolução industrial entende que, ao conectar
máquinas, sistemas e ativos, as empresas podem criar redes inteligentes ao
longo de toda a sua rede de produção e, com isso, controlar diversas ações de
forma autônoma. Dessa maneira, as fábricas inteligentes poderiam ter a
capacidade e autonomia necessárias para agendar manutenções, prever falhas
nos processos e adaptar-se a qualquer mudança não planejada durante a
produção. Para garantir a sua plena funcionalidade, foram estabelecidas
algumas ferramentas necessárias, surgindo assim, os nove pilares da indústria
4.0.
I) Big Data e Analytics: Basicamente, são os sistemas inteligentes
responsáveis por coletar, organizar e analisar uma grande quantidade de
dados com o intuito de automatizar os processos industriais. Nessa etapa, é
possível identificar quais foram as falhas ocorridas no processo, além também
de melhorar a qualidade da produção e o desempenho dos equipamentos.
II) Robôs Autônomos: Na indústria 4.0, os robôs não são somente máquinas,
eles são capazes de trabalhar de maneira inteligente, interagindo com outras
máquinas sem a supervisão humana. Além de reduzir os custos de mão-de-
obra, os robôs aumentam a produção, fazendo com que as indústrias compitam
mais entre si.
III) Simulação: Nesse pilar, toda a criação e produção pode ser simulada
virtualmente na indústria 4.0, Além de permitir que os projetos sejam testados
reduzindo as falhas, gerando otimização de recursos, melhor performance e
mais economia. O ambiente virtual envolve produtos, materiais, máquinas,
processos e pessoas.
IV) Realidade Aumentada: Utilizando os recursos deste pilar, é possível, por
exemplo, enviar instruções de montagem para o desenvolvimento de peças de
protótipo e utilizar óculos de realidade aumentada para a gestão e operação de
determinadas máquinas, melhorando procedimentos de trabalho. Ela permite
um aumento de produtividade e redução de custos nos processos fabris, além
da economia dos recursos.
V) Integração de Sistemas: A indústria 4.0 propõe uma melhor harmonia entre
todos que façam parte do ecossistema, garantindo uma gestão integral de
experiência para que cadeias de valor sejam realmente automatizadas, a fim
de facilitar a análise de dados e a tomada de decisão.
VI) Manufatura Auditiva: A manufatura aditiva permitirá a criação de uma
grande variedade de peças por meio da tecnologia de impressão 3D, que
adapta rapidamente qualquer produto adicionando matéria prima sem a
necessidade de usar moldes físicos. Essa estratégia pode ser utilizada para
criar produtos personalizados que oferecem vantagens de construção e
desenhos complexos.
VII) Cibersegurança: Como todos os equipamentos estarão conectados a uma
rede, a cibersegurança será primordial. é fundamental que as empresas
contem com sistemas robustos para proteger sistemas e informações de
possíveis ameaças e falhas que podem causar transtornos na produção.
VIII) Nuvem: Na indústria 4.0, as tecnologias em nuvem permitem o aumento
da capacidade e a velocidade de processamento. Sistemas rápidos e
interligados, com acesso ao banco de dados e suporte de qualquer local, com a
total integração de plantas industriais.
IX) Internet Industrial: Todas as tecnologias interligadas por sensores e
conectadas à internet. Tudo o que fazemos hoje, de certa forma, está
conectado. Na quarta revolução, tudo o que acontece em uma planta industrial
está registrado na internet. Sensores são responsáveis por gerar e analisar
dados, ampliando a capacidade de tomada de decisão em tempo real e
permitindo o acesso e controle em todo o processo produtivo.

O cenário dos crimes cibernéticos no Brasil

Uma pesquisa da Norton, especialista mundial no assunto, revelou que, em


2017, o número de vítimas desses atos chegou a 42,4 milhões só aqui no país,
gerando um prejuízo de US$ 10,3 bilhões.
Além de ataques a bancos de dados empresariais, esses crimes acontecem de
maneiras menores, mas sempre com prejuízos financeiros, como ataques de
clonagem de cartões de créditos e desvios de quantias de contas online.
O risco desses ataques se tornam ainda maiores quando analisamos o cenário atual
de usuários de internet no Brasil, que, hoje, chega a 107,9 milhões, segundo
a pesquisa TIC Domicílios 2016. O número impressiona ainda mais em comparação
com os resultados de 2015 da pesquisa, quando constatou-se 102 milhões de
usuários. Ou seja, houve um significativo aumento de 3 milhões de pessoas usando a
rede.

Logo, com o crescimento do número de acessos à internet a cada ano, por


diferentes meios computadores, tablets, smartphones, naturalmente,
aumentam as possibilidades dos crimes cibernéticos.
O crescimento do setor diante da demanda

Naturalmente, com um índice preocupante de ataques, a área de cibersegurança cresce


muito no Brasil, gerando cada vez mais oportunidades para os profissionais
especializados no combate a esses crimes.
Diante das impactantes estatísticas, a necessidade de contar com essa proteção é grande,
o que acaba tendo um resultado positivo para o crescimento do setor. Ainda que
o número de desempregos chegue a 13,1 milhões de brasileiros, a cibersegurança vai na
contramão do mercado e, ainda, pagando salários generosos.
A consultoria empresarial Deloitte divulgou que, até 2019, o mercado mundial do
setor abrirá cerca de 1,5 milhão de vagas para variados cargos dentro do segmento de
cibersegurança. Os números são tão altos quanto os de ataques, então, esse pode ser um
sinal de boas oportunidades

A importância das políticas de cibersegurança

Diante dos dados que vimos neste artigo, fica mais fácil ter uma noção da importância
das políticas de cibersegurança de uma empresa. Os prejuízos de ataques via web são
enormes e atingem cada vez mais empresas ao redor do mundo.
Ainda que não se tratem de desvio de dinheiro em um primeiro momento, a maneira
como algumas investidas afetam sistemas de computadores geram grandes problemas de
funcionamento, propiciando prejuízos indiretos.
Um dos principais casos recentes foi o de um vírus ransomware, o WannaCry, que
atingiu mais de 230 mil sistemas ao redor do mundo, mostrando sua força e ligando o
alerta para a importância da cibersegurança.
É importante que as políticas de cibersegurança sejam abrangentes, minimizando o
máximo de riscos dentro de uma organização.
As consultorias e os setores de cibersegurança precisam dar cada vez mais atenção ao
usuário e à maneira como ele se relaciona com os dispositivos e os sistemas.
Um estudo recente de uma empresa do segmento, a Flipside, apontou que cerca de 27%
dos casos de invasão de sistemas acontecem por falha humana.
Com boas práticas, um setor de cibersegurança capacitado e profissionais de qualidade,
é possível se ver longe de ameaças do tipo e manter os sistemas e os colaboradores
sempre protegidos.

 A estimativa é de que mais de US$ 100 bilhões sejam investidos em


cibersegurança em 2019. Empresas apostam no uso de diferentes
softwares e sistemas para se destacar em um mercado cada dia mais
competitivo;
 O fim do uso de logins e senhas é uma das inovações das startups de
cibersegurança;
 A consultoria Gartner estima que o gasto mundial com proteção de
informação e serviços alcance US$ 124 bilhões em 2019, um crescimento
de 8,7% em relação aos US$ 114 bilhões investidos em 2018;
 Os serviços de segurança podem se tornar um mercado de US$ 64,2
bilhões neste ano, bem acima dos US$ 52,3 bilhões de 2017, a uma Taxa
Composta Anual de Crescimento (CAGR, na sigla em inglês) de 7,08%
 A gestão de acesso privilegiado (PAM – Privileged Access
Management), que permite às empresas limitar o acesso privilegiado em
ambientes digitais, é a iniciativa de segurança de mais alta prioridade
para CIOs em 2019.

 10 empresas de cibersegurança em alta:

1. Absolute (ABT.TO)
2. Blackberry Inteligência Artificial e Segurança Previsível
3. Centrify
4. Cloudflare
5. Crowdstrike
6. Hunters.AÍ
7. Idaptive
8. Kount
9. Mobilelron
10. Sumo Logic

Referências Bibliográficas:
https://www.marketingparaindustria.com.br/tendencias-setor-industrial/industria-
4-0/
https://www.siembra.com.br/noticias/descubra-quais-sao-os-pilares-da-
industria-40/
https://opencadd.com.br/9-pilares-da-industria-4-0/
https://www.embalagemmarca.com.br/2017/05/conheca-os-nove-pilares-para-
implantacao-da-industria-4-0/
https://www.alertasecurity.com.br/ciberseguranca-como-esta-o-crescimento-da-
area-no-brasil-e-no-mundo/
https://forbes.com.br/negocios/2019/06/10-empresas-de-ciberseguranca-para-
acompanhar-em-2019/

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