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CORPORATIVA
Gladys Garcia
E-book 1
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO����������������������������������������������������������� 3
GOVERNANÇA
CORPORATIVA:CONCEITOS, PRINCÍPIOS
E PILARES������������������������������������������������������������������ 4
HISTÓRICO DA GOVERNANÇA
CORPORATIVA��������������������������������������������������������� 7
DEFINIÇÃO DE GOVERNANÇA
CORPORATIVA��������������������������������������������������������12
PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA
CORPORATIVA��������������������������������������������������������16
PILARES DA GOVERNANÇA CORPORATIVA� 19
Código de conduta������������������������������������������������������������������20
Conselho de administração e Conselho consultivo��������������21
Mecanismos de controle��������������������������������������������������������21
BENEFÍCIOS DA GOVERNANÇA
CORPORATIVA�������������������������������������������������������24
O que é Compliance?���������������������������������������������������������������26
CONSIDERAÇÕES FINAIS������������������������������������31
SÍNTESE�������������������������������������������������������������������� 32
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INTRODUÇÃO
Neste módulo, vamos compreender o que é Governança
Corporativa e, a partir disso, discutir seus princípios,
pilares e regras. A Governança Corporativa é útil para
as empresas? Vamos discutir qual a sua efetivida-
de e por que suas práticas podem ser aplicadas às
organizações.
Bons estudos!
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GOVERNANÇA
CORPORATIVA:CONCEITOS,
PRINCÍPIOS E PILARES
O processo de acumulação de riquezas sempre fez
parte da dinâmica corporativa. Surgiram novas for-
mas de fazer negócio e, com isso, as empresas têm
tentado se manter no mercado, mesmo enfrentando
uma forte concorrência e o dinamismo provocado
pelo desenvolvimento tecnológico. Isso obriga as ins-
tituições a repensarem seus modelos de negócio e se
adaptarem às transformações do mundo moderno.
4
a situações como as dessas empresas. Observe a
Figura 1:
SAIBA MAIS
Saiba mais sobre os escândalos financeiros que
abalaram o mundo corporativo, consultando (entre
as dezenas de leituras e filmes que abordam o
assunto) duas sugestões:
A Securities and Exchange Comission (equivalen-
te americana para a nossa Comissão de Valores
Imobiliários [CVM], que funciona como um “xerife”
do mercado) processou a Xerox em 2002 por ma-
nipulação de lucros e receitas reportadas. Como
parte do processo, a Xerox foi obrigada a republi-
car as receitas de 1997 e 2001. Tal processo está
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relatado em IFRS: Contabilidade criativa e fraudes,
de Paulo Beraldi (Elsevier, 2012).
Para saber mais sobre o escândalo da Enron, as-
sista ao filme Os mais espertos da sala (2005).
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HISTÓRICO DA
GOVERNANÇA
CORPORATIVA
Vamos conhecer como surgiu o termo Governança
Corporativa e quando a governança começou a ser
utilizada?
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com o objetivo de minimizar os abusos cometidos
pelas empresas. Esse código aborda as responsa-
bilidades do conselho de administração, relatórios e
controles internos, prestação de contas e auditorias.
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um fórum com a finalidade de tratar especificamente
sobre governança.
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(...) a expressão governança corporativa surgiu na
economia anglo-saxônica (corporate governance) em
meio às pressões ambientais econômicas sobre as
empresas, em que se buscava um relacionamento mais
justo entre as corporações e os investidores (SLOMSKI;
MELLO; TAVARES FILHO; MACEDO, 2008, p. 24).
FIQUE ATENTO
Teoria de Agência
Jensen e Meckling apresentaram a Teoria de
Agência em 1976, a qual trata da relação entre
acionistas e gestores. Os autores afirmam que os
problemas de agência decorrem dos conflitos de
interesse entre os indivíduos, podendo ocorrer ou
não em situações de hierarquia entre o principal
(sócios e investidores) e o agente (executivo ou
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gestor). Segundo Jensen e Meckling, nem sempre
os agentes atuarão de um modo que beneficie os
interesses da empresa, o que resulta em conflitos
de agência. Assim, podem gerar perdas significa-
tivas, os chamados custos de agência. A teoria
trouxe um novo olhar para as relações corpora-
tivas, que culminaram mais tarde na governança
corporativa.
Para saber mais, acesse https://exame.abril.com.
br/blog/investidor-em-acao/a-teoria-da-agen-
cia-8211-uma-aplicacao-ao-brasil-parte-i/
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DEFINIÇÃO DE
GOVERNANÇA
CORPORATIVA
Diante do exposto, podemos conceituar Governança
Corporativa como um sistema que envolve proces-
sos, políticas, leis e regulamentos que monitoram,
controlam e administram uma empresa. Sócios,
diretores e conselho administrativo, bem como ór-
gãos de controle, administração e outros stakehol-
ders estão envolvidos nesse sistema de controle e
administração.
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zação, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo
para a qualidade da gestão da organização, sua longe-
vidade e o bem comum (IBGC, 2015, p. 20).
SAIBA MAIS
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
(IBGC), fundado em 1995, é a referência nacional
em Governança Corporativa. O IBGC conduz pes-
quisas sobre a governança corporativa, ajudando
a disseminar as boas práticas de governança na
construção de uma sociedade mais transparente,
justa e responsável.
O primeiro código de governança corporativa foi
publicado em 1999, que já se encontra em sua
quinta edição (2015). O Código foi criado para
educar e direcionar as empresas na formação de
seu sistema de governança.
Saiba mais sobre o IBGC, acessando: https://
www.ibgc.org.br/; https://www.youtube.com/
watch?v=pnqeriqKWPg e https://conhecimento.
ibgc.org.br/Paginas/Publicacao.aspx?PubId=21138.
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dirigidas e controladas, contemplando o poder de
controle e direção de uma empresa. É utilizada para
trazer maior transparência da gestão de uma empre-
sa, principalmente para os acionistas, por meio de
prestações de contas e responsabilidade corporativa.
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ES M
OR
IS
SÃO
VAL
VIS ÃO
Figura 2: Missão, Visão e Valores. Fonte: Freepik.
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PRINCÍPIOS DA
GOVERNANÇA
CORPORATIVA
Slomski, Mello, Tavares Filho e Macedo (2008, p. 24)
comentam os princípios da governança corporativa
dizendo que “[...] a empresa que adota boas práticas
de governança corporativa tem como fundamen-
to principal a transparência, prestação de contas e
equidade”. Portanto, além desses princípios, pode-se
acrescentar a responsabilidade corporativa.
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que esses agentes atuem de maneira transparente,
assumindo a responsabilidade de seus atos, assim,
aumenta-se a confiança de todos os envolvidos e
diminui a chance de abusos por parte dos agentes.
● Responsabilidade corporativa: as atividades
desenvolvidas pelas organizações devem ser de-
senvolvidas para gerenciar os impactos positivos
e negativos. Os agentes de governança têm a res-
ponsabilidade de cuidar da viabilidade econômico-
-financeira das organizações, zelando pelos capitais
financeiro, intelectual, humano, social, ambiental, no
curto, médio e longo prazos.
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Figura 3: Sistema de gestão transparente. Fonte: Freepik.
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PILARES DA GOVERNANÇA
CORPORATIVA
Além dos quatro princípios básicos, são seis os pilares
que sustentam a governança corporativa (Figura 4):
1. Propriedade (Sócios).
2. Conselho de Administração.
3. Conselho Fiscal.
4. Auditoria Independente.
5. Gestão.
6. Conduta e Conflito de Interesses.
Práticas de GC
Conduta e Conflito
Conselho Fiscal
Administração
Independente
de Interesses
Propriedades
Conselho de
Pilares da
Auditoria
(Sícios)
Gestão
Governança
Corporativa
1. Transparência 2. Equidade
4 Princípios
3. Prestação de Contas 4. Responsabilidade Básicos
Corporativa
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● Conselho de Administração: define o planejamento
estratégico, orienta e controla as políticas internas,
toma as decisões sobre os conselheiros e executivos
e supervisiona a gestão.
● Conselho Fiscal: fiscaliza as ações dos gestores,
avaliando e opinando sobre as auditorias, e identi-
ficando fraudes, crimes ou erros cometidos pelas
empresas.
● Comitês: auxiliam o Conselho de Administração
e recomendam auditorias.
● Secretário do Conselho: intermedia as relações
entre o conselho e a gestão.
● Auditoria Interna: realiza o controle interno, que
monitora e avalia a implementação de normas, pro-
cessos e atividades da organização. Indica melhorias.
● Auditoria Externa: verifica a conformidade dos
relatórios financeiros e indica melhorias.
● Gestores (CEO, diretores): o CEO é a ponte en-
tre o Conselho de Administração e os diretores. Os
diretores elaboram e implementam os processos
operacionais e financeiros que foram aprovados pelo
Conselho, bem como respondem ao CEO.
● Acionistas: investem e participam de assembleia
para interagir com a empresa e outros stakeholders.
Código de conduta
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Esse código de conduta está ligado à cultura da em-
presa, pois estabelece padrões de comportamento,
atitudes éticas e transparentes que os funcionários
devem ter, bem como os valores que norteiam a or-
ganização e quem faz parte dela.
Conselho de administração
e Conselho consultivo
Mecanismos de controle
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gestão. Para isso, a governança corporativa conta
com algumas ferramentas:
● Conselho fiscal.
● Conselho de administração.
● Auditoria independente.
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Figura 5: Treinamento constante é um dos pilares da gover-
nança corporativa. Fonte: Freepik.
REFLITA
O sistema de governança é aplicável a outras es-
feras ou apenas à corporativa?
A governança é aplicável a outras áreas, como a
Governança na Administração Pública. Mesmo no
ambiente corporativo, encontramos Governança de
Tecnologia da Informação (TI), Governança na área
de Saúde, Governança para pequenas empresas.
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BENEFÍCIOS DA
GOVERNANÇA
CORPORATIVA
A governança corporativa traz uma série de be-
nefícios para as organizações. Quais são esses
benefícios?
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organização ajuda a atrair os melhores profissionais
para deixar o quadro de colaboradores ainda mais
qualificado.
d) Aumento do valor da empresa: todas as melhorias
na gestão têm um impacto positivo nos resultados,
pois, com maior controle, os custos diminuem, e há
menor risco de fraudes e desvios de dinheiro, au-
mentando o valor da empresa.
e) Valorização da imagem da organização e reputa-
ção da marca: ao trazer mais ética e transparência
para a organização, o sistema de governança corpo-
rativa garante que os valores sejam incorporados à
identidade da marca. Assim, tanto os colaboradores
quanto os clientes se engajarão.
f) Aumento da longevidade: uma das tarefas da go-
vernança corporativa é planejar o futuro da organi-
zação, levando-se em consideração o curto, médio e
longo prazos. Assim, a longevidade e perenidade da
empresa são garantidas pela antecipação de opor-
tunidades e situações de risco.
g) Administração de conflitos: sempre haverá con-
flitos em uma empresa, e a governança corporativa
pode ajudar a administrá-los de forma mais eficaz,
já que conta com processos transparentes.
h) Controle e comunicação entre os proprietários:
controle e comunicação entre os proprietários são
estabelecidos com eficiência. Não se permitem si-
tuações de desvios de finalidade, como usar a em-
presa de fachada para outra atividade. Em relação à
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comunicação, assembleias e reuniões com os sócios
devem acontecer frequentemente.
O que é Compliance?
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primento, a estar em conformidade com as regras
de uma organização. Estar em compliance significa
estar de acordo com as normas, sejam internas (códi-
go de conduta) ou externas (regulamentação e leis).
O sistema de compliance está diretamente ligado ao
sistema de governança corporativa.
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FASES DA GOVERNANÇA
CORPORATIVA NO BRASIL
Qualquer mudança requer tempo, dedicação e pa-
ciência. As empresas brasileiras ainda estão modifi-
cando suas formas de administração, pois a gestão
ainda é feita de maneira mais tradicional. No entanto,
há acionistas e clientes a serem satisfeitos, e a mu-
dança é premente. Assim, a governança corporativa
foi se instalando aos poucos no Brasil.
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Governança corporativa pode
ser implantada e adotada
por diversas organizações
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Como fortalecer o Compliance
e a Governança Corporativa
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Governança Corporativa faz parte da moderniza-
ção da administração das empresas. A cultura da
governança corporativa mostrou-se relevante para
as empresas que desejam competir em um mercado
cada vez mais global, pois a ética e a transparência
de seus processos geram mais confiança nos cola-
boradores, clientes e acionistas.
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SÍNTESE
GOVERNANÇA
CORPORATIVA
CONCEITOS, PRINCÍPIOS E REGRAS
DE GOVERNANÇA