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Nathan Tubandt M Dos Santos R.A.

T0161B1
Tais Santos Barboza R.A. F08AEG8

Governança Corporativa
Governança Corporativa “o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e
incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração,
Diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de governança corporativa convertem princípios
em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o
valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para sua longevidade”.
(IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, 2009:19)
A Governança Corporativa surgiu com a necessidade de superar o problema da separação entre
propriedade e gestão empresarial nas companhias, que gera o conflito de agência, ao serem
delegados gestores que não necessariamente possuem interesses alinhados com os do
proprietário, ou, como é mais comum no Brasil, entre os controladores e os acionistas
minoritários. Assim, através de mecanismos de incentivos e de controle, a governança
corporativa pode assegurar que os executivos tomem decisões que vão de acordo com os
interesses dos acionistas. Além disso, esses mecanismos visam maximizar o valor da empresa e
facilitar o acesso destas ao capital. Com isso, as boas práticas de Governança Corporativa
podem impactar no desempenho econômico-financeiro das empresas, inclusive em seus
indicadores de rentabilidade, os quais o presente trabalho pretende analisar. (CATAPAN, 2013;
IBGC, 2013)

Os princípios da Governança
Corporativa e os códigos de conduta
Princípios
Os princípios da Governança Corporativa pertencem ao 8 Ps da Governança:
Propriedade: a razão da governança surge com a pulverização da propriedade através da
abertura do mercado e do aumento significativo das empresas em formato de sociedade
anônimas de capital aberto listadas nas bolsas de valores.
Propósitos: fundamentalmente, o principal propósito da governança é o “de contribuir para o
máximo retorno total de longo prazo dos shareholders.
Papéis: a governança corporativa estabelece, de forma clara e precisa, os papéis dos atores deste
processo, sejam estes os conselheiros, proprietários ou gestores das organizações. Sobre este
aspecto, você verá com maiores detalhes no próximo módulo.
Poder: a transparência e a definição da estrutura na organização.
Práticas: a criação das boas práticas de governança.
Pessoas: na qual são o elemento-chave de todo o processo de governança, pois somente com a
formação de relações interpessoais íntegras que podemos mitigar os riscos inerentes aos
processos de poder e decisão das organizações.
Perpetuidade: motivo de se manter no mercado de forma atuante e com crescimento e
amadurecimento dos seus processos administrativos e da sua participação.

O Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa (2009), do IBGC, contempla os


seguintes princípios básicos:
"Transparência. Mais do que a obrigação de informar é o desejo de disponibilizar para as partes
interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por
disposições de leis ou regulamentos. A adequada transparência resulta em um clima de
confiança, tanto internamente quanto nas relações da empresa com terceiros. Não deve
restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores
(inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem à criação de valor.
Equidade: caracteriza-se pelo tratamento justo de todos os sócios e demais partes interessadas
(stakeholders). Atitudes ou políticas discriminatórias, sob qualquer pretexto, são totalmente
inaceitáveis. 
Prestação de contas (acountablility). Os agentes de governança devem prestar contas de sua
atuação, assumindo integralmente as consequências dos seus atos e omissões.
Responsabilidade corporativa. Os agentes de governança devem zelar pela sustentabilidade das
organizações, visando sua longevidade, incorporando questões de ordem social e ambiental na
definição dos negócios e operações.".

Alpargatas
A história começa em 3 de abril de 1907. Robert Fraser, um escocês da Argentina, juntou-se a
um grupo britânico que fundou a Sociedade Anonyma Fábrica Brazileira de Alpargatas e
Calçados, mais tarde renomeada São Paulo Alpargatas Company S.A. Alpargatas Roda e
Encerado Locomotiva começou a produção na fábrica da Mooca em São Paulo. O sucesso
desses produtos foi imediato: as alpargatas eram perfeitas para as plantações de café e
impulsionaram os negócios da empresa, que aproveitou para ser listada na Bolsa de Valores de
São Paulo. A Alpargatas entra no século 21, conquistando mais espaço no cenário mundial.
Atende ao primeiro nível de governança corporativa da Bovespa, sendo a Camargo Corrêa a
principal acionista. A empresa também definiu sua nova visão: ser uma empresa global com
uma marca desejável. E, como estratégia, implementou um programa de internacionalização.
No início do século, a empresa também lançou importantes iniciativas de sustentabilidade e, em
2003, criou o Instituto Alpargatas de Responsabilidade Social, cuja missão é melhorar a
qualidade da educação de crianças e jovens por meio do esporte e da cultura. Três anos depois, a
Alpargatas foi eleita Empresa do Ano pela revista Exame Maiores e Melhores. Em 2007,
completou 100 anos de luta e ocupou muito espaço no mercado calçadista brasileiro. Este ano,
também expandiu seus negócios por meio de diversas aquisições. As sandálias Havaianas
conquistam vitrines em todo o mundo. Em 2009, a marca inaugurou sua primeira loja conceito
em São Paulo: o Espaço Havaianas, único lugar onde o consumidor pode encontrar modelos de
todas as marcas

Á três anos, foi definido que a tese de geração de valor de longo prazo da Alpargatas seria
baseada em alavancar a força de marcas desejadas e hiperconectadas como Havaianas.
O primeiro trimestre de 2020 foi marcado pela rápida adaptação da Alpargatas, suas marcas,
operações globais, industriais e na cadeia de suprimentos como resposta aos impactos da
COVID19, diante deste cenário de pandemia, com forte impacto socioeconômico em todo o
mundo, a receita líquida caiu na comparação com o mesmo período em 2019. Essa situação foi
contornada celebrando um ano de 2020 de crescimento, expansão de margens e avanços
significativos nos pilares estratégicos: expansão nos mercados globais, aceleração digital,
inovações com escala global e desenvolvimento de soluções de sustentabilidade.
Realizaram alguns importantes movimentos estratégicos em 2021 que impulsionarão o próximo
ciclo de crescimento e criarão vantagens competitivas na nossa trajetória: aquisição de lojas,
investimento no programa de excelência operacional de manufatura e malha logística,
destacaram a série e a coleção Glitter, além do lançamento Tênis Havaianas e a nova coleção
para 22/23.
Em 2021, a Havaianas foi destaque no Índice de Transparência da Moda, realizado pelo Fashion
Revolution, mantendo a 6ª colocação no ranking das marcas mais transparentes do mercado.
Durante o ano, o programa Havaianas reCICLO, expandiu sua atuação no Brasil e em mais 9
países
No começo do ano, o crescimento da receita líquida do Brasil foi impulsionado por iniciativas
de RGM combinadas com desempenho de mercado. Os mercados internacionais levaram ao
maior lucro líquido de Havaianas no primeiro trimestre. reduzir O impacto da inflação de custos
ajuda a proteger as margens EBITDA. Esses resultados nos dão confiança na força da marca
mesmo diante de cenário econômico desafiador
A Havaianas segue líder no mercado brasileiro de sandálias e agora cresce também em outros
segmentos e países. A marca bate recorde de produção e estende sua linha calçados.
Pertencente ao grupo de empresas Nível 1 de Governança Corporativa da B3, a Alpargatas
busca o aprimoramento constante de suas práticas de governança, encabeçada pelo Conselho de
Administração e pela Diretoria, com apoio permanente do Comitê de Auditoria.
O nível 1 é uma espécie de "selo de qualidade" que garante aos investidores maior proteção e
transparência na divulgação de informações sobre a empresa. Outro destaque das práticas de
Relações com Investidores é o site da Companhia, que contém o relatório da administração, as
demonstrações contábeis e demais documentos de interesse dos acionistas e do mercado.

Estrutura organizacional
Para garantir a adequação e a solidez da governança corporativa, busca trabalhar com os mais
altos padrões de governança corporativa e aumentar a transparência e a prestação de contas por
meio das melhores práticas de informação pública consistente nas áreas ambiental, social e de
governança de todas as partes envolvidas.
Conselho de Administração
O conselho tem membros, eleitos pelo bloco de controle, um representante dos acionistas
minoritários e alguns independentes. Todos eles possuem ampla experiência empresarial em
todo o mundo, principalmente nos mercados de consumo e financeiro e em diversas áreas do
negócio, o que nos fornece uma base sólida para a tomada de decisões. Eles são responsáveis
por desenvolver a estratégia de longo prazo e selecionar a diretoria executiva, além de decidir
assuntos relacionados aos negócios e operações da empresa.

Diretoria
O diretor executivo é responsável pela gestão dos negócios e pela execução das ações
necessárias ao alcance dos objetivos corporativos da empresa, bem como pela implementação
das deliberações do conselho de administração. É composto por oito membros, incluindo um
diretor-presidente e sete diretores funcionais. Os diretores estatutários são eleitos pelo conselho
de administração para mandato de um ano, podendo ser reeleitos. O Comitê Executivo,
coordenado pelo CEO, reúne-se semanalmente para discutir o andamento dos negócios da
Alpargatas.

Comitê de Auditoria
O Comitê de Auditoria é um órgão interno de caráter estatutário e permanente, subordinado
diretamente ao Conselho de Administração, composto por quatro (quatro) membros que
exercerão as mesmas funções e responsabilidades dos diretores da Companhia. Artigos 153 a
159 da Lei nº 6.404/1976.

Comitê de Finanças
O Comitê de Finanças é um órgão consultivo interno, permanente e não estatutário, com função
técnica, subordinado diretamente ao conselho de administração da companhia, e suas
recomendações não são vinculantes.
Comitê de Estratégia
O Comitê de Estratégia é um órgão consultivo interno permanente, não estatutário, com função
técnica, subordinado diretamente ao conselho de administração da companhia, e suas
recomendações não são vinculantes.
Comitê de Gente
O Comitê de Pessoas é um órgão consultivo interno permanente, não estatutário, com funções
técnicas, subordinado diretamente ao conselho de administração da companhia, e suas
recomendações não são vinculantes.
O Comitê de Finanças, o Comitê de Estratégia e o Comitê de Pessoas têm funções técnicas,
reportam-se diretamente ao conselho de administração da companhia, são altamente interativos,
consultivos, permanentes e não estatutários.

Comissão de Ética e Compliance


O Comitê de Ética da Alpargatas administra a ética e integridade da empresa e possui regimento
interno próprio, a Política do Comitê de Ética e Compliance.
Comissão de Sustentabilidade
Em 2021, foi constituído o Comitê de Sustentabilidade com regimento próprio. Tem como
objetivo promover a integração das dimensões social, ambiental, climática, de governança e
territorial nas políticas e processos. Seu quadro de membros inclui líderes de áreas-chave da
Alpargatas e se reporta diretamente ao CEO. O comitê é responsável pela estratégia de
sustentabilidade relacionada ao pilar estratégico de crescimento da empresa.

Havaianas, 2022

Conclusão
Segundo estudo de caso da empresa brasileira de calçados Havaianas mostra como os gestores
superaram as percepções negativas dos consumidores em seu país de origem e em todo o
mundo. A empresa se posiciona como fornecedor. "sapatos para os pobres" até investir em
novos designs, imagens, cores e anúncios. voltado para a classe alta.
A percepção doméstica mudou com o uso de imagens de supermodelos em propagandas,
juntamente com a tag "Made in Brazil", contribuindo para a expansão internacional.

Desta forma, notamos que a Governança se torna um sistema de relacionamentos com modelos
abertos de múltiplos interesses que vão desde o máximo retorno do investimento (dividendos e
crescimento do valor da empresa esperado pelos acionistas (proprietários da organização até a
definição políticas de relacionamento com a sociedade o meio ambiente e a imagem e reputação
da empresa esperada por outros grupos de interesse (sejam clientes, fornecedores, governo,
órgãos reguladores etc.).).
Referencias
INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA Disponível em: Data de acesso: 08 de
setembro de 2022

SIGNIFICADOS.COM.BR Disponível em: Data de acesso: 08 de setembro de 2022

ANDRADE, Adriana; ROSSETTI, José Paschoal. Governança Corporativa: fundamentos,


desenvolvimento e tendências. 6. Ed. São Paulo: Atlas. 2012. CÓDIGO DAS MELHORES
PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. 4.ed. / Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa. São Paulo, SP: IBGC, 2009.

Estrutura organizacional. In: ALPARGATAS. Disponível em : <


https://www.alpargatas.com.br/#/conheca-empresa >. Acesso em: 08 setembro 2022.

História. In: ALPARGATAS. Disponível em : < https://www.alpargatas.com.br/#/conheca-


empresa >. Acesso em: 08 setembro 2022.

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4382648/mod_resource/content/1/
Livro_Codigo_Melhores_Praticas_GC.pdf

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4382648/mod_resource/content/1/
Livro_Codigo_Melhores_Praticas_GC.pdf

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