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MERCADO FINANCEIRO

Atividade de Governança Corporativa e Mercado de Capitais

1) O Sr. Manuel e a diretoria da empresa Barbatanas solicitaram que você apresente o


conceito de governança corporativa e sua contextualização com o mercado de capitais.
Você sabe que a empresa possui condição básica para atuar no mercado de capitais, ou
seja, possui o seu capital dividido em ações e negociado em bolsa de valores, é uma S.A.
Capriche no seu relatório e faça com que ele contenha os seguintes assuntos:
• Conceitue governança corporativa no mundo e suas especificidades no Brasil.
• Mostre a importância das práticas da governança corporativa para o mercado de
capitais brasileiro.
• Mostre a composição dos níveis de governança corporativa na BM&FBOVESPA e as
exigências para alcançar seus níveis.
• Enfim, mostre ao Sr. Manuel e sua equipe como tornar as ações de sua empresa mais
desejadas na bolsa de valores e assim fazer com que elas sejam valorizadas.

Relatório destinado ao senhor Manuel e diretoria da empresa Barbatanas:

Governança Corporativa e seu Contexto quanto ao Mercado de Capitais

Conceito

Governança corporativa é um conjunto de práticas e diretrizes que busca garantir a


adequada gestão, transparência, prestação de contas e proteção dos direitos dos
acionistas e demais stakeholders de uma empresa. É constituída por princípios éticos,
valores, regras e normas que propõem o equilíbrio dos interesses dos diversos envolvidos
na organização, promovendo a criação de valor sustentável para a empresa a longo prazo.
A governança corporativa, no Brasil, ganhou destaque a partir da segunda metade
da década de 1990, quando se intensificou o processo de abertura de capital das
empresas na bolsa de valores. A adoção das normas e condutas de governança
corporativa se tornou primordial para atrair investidores, aumentar a transparência e a
confiança no mercado financeiro do país.

Importância

A governança corporativa é essencial para o mercado de capitais brasileiro, porque


suas práticas oferecem vários benefícios para as empresas e seus investidores. Ao adotar
as boas práticas de governança, as empresas demonstram comprometimento com a
transparência, prestação de contas e tomada de decisões éticas.
As consequências dessas práticas, para o mercado de capitais significam um grau
maior de confiança dos investidores, redução do risco percebido, acesso a um maior
número de investidores, aumento na liquidez das ações e, provavelmente um potencial
valorização das ações no longo prazo. Ademais, as organizações com governança sólida
tendem a atrair investidores estrangeiros e institucionais, ampliando ainda mais o
interesse pelo seu capital.

Composição dos níveis de Governança na BM&FBOVESPA e suas exigências

A governança corporativa é dividida em três níveis na BM&FBOVESPA:


1) Nível 1: as empresas e organizações devem adotar práticas adicionais de governança,
como por exemplo, a Tag Along de 100% (garantia de que os acionistas minoritários
receberão o mesmo valor pago aos controladores em caso de venda do controle) e o
conselho de administração deve ser composto por, no mínimo, 20% de conselheiros
independentes.

2) Nível 2: além das exigências do nível 1, as empresas e organizações precisam adotar a


arbitragem como meio de solução de conflitos, além de divulgar informações financeiras
em padrões internacionais.

3) Novo Mercado: é o nível máximo de governança corporativa. As empresas e


organizações precisam atender todas as exigências do nível 2 e ainda adotar práticas mais
rigorosas, como por exemplo, a emissão exclusiva de ações ordinárias (com direito a voto)
e Tag Along de 100% para todas as ações.

Valorização das ações da empresa

A seguir algumas recomendações à empresa para a valorização de suas ações


frente à investidores:

1. Fortalecimento do Conselho de Administração:


O conselho de administração deve ser efetivo e independente. Preferencialmente
composto por profissionais experientes e especializados, que possam oferecer orientação
estratégica e tomar decisões imparciais em benefício da empresa e de seus acionistas. A
presença de conselheiros independentes aumenta a credibilidade da empresa e sinaliza
um bom funcionamento da governança corporativa.

2. Práticas de Gestão de Riscos:


Implementar sistemas robustos de gestão de riscos para identificar, avaliar e
mitigar potenciais ameaças à empresa. Isso demonstra um comprometimento com a
segurança dos investimentos e a proteção dos acionistas.

3. Transparência e Prestação de Contas:


Garanta que a empresa esteja comprometida com a transparência na divulgação
de informações financeiras e operacionais. Isso inclui a publicação de relatórios anuais,
demonstrações financeiras auditadas e informações relevantes ao mercado de forma clara
e tempestiva. Manter uma comunicação transparente e constante com acionistas e
investidores fortalece a confiança no negócio.

4. Adoção de Boas Práticas de Remuneração:


Estabelecer uma política de remuneração clara e alinhada aos resultados da
empresa. Evitar práticas excessivas de remuneração que possam gerar questionamentos e
descontentamento por parte dos investidores. Promover uma política de remuneração
baseada em mérito e desempenho, com critérios objetivos e transparentes.

5. Incentivo à Participação dos Acionistas:


Estimular a participação ativa dos acionistas, buscando mecanismos que facilitem o
exercício de direitos de voto, como assembleias gerais e votação eletrônica. Ouvir as
preocupações dos acionistas minoritários e levar em consideração suas opiniões,
demonstrando um ambiente participativo e inclusivo.

6. Adesão a Níveis de Governança Corporativa:


Buscar a migração para os níveis mais elevados de governança corporativa na
BM&FBOVESPA, como o nível 1, nível 2 ou novo mercado. Esses níveis exigem a adoção de
práticas adicionais que fortalecem a governança da empresa e conferem maior confiança
aos investidores.
Para finalizar, ao pôr em prática as estratégias acima, a empresa demonstrará um
compromisso sólido e eficaz com a governança corporativa. Consequentemente, poderá
aumentar sua atratividade no mercado de capitais dispondo de ações mais desejadas por
investidores e de maior valor na bolsa.

2) Conceitos de governança corporativa estão relacionados ao controle administrativo.


Em relação aos conceitos de governança corporativa, podemos afirmar:
a) Tem sido objeto de estudo desde o final do século XIX, porém foi intensificado em 2015.
b) Tem sido objeto de estudo desde o final do XX e intensificado em 2002.
c) Tem sido objeto de estudo desde o final do século XIX, porém foi intensificado a partir
de 2002.
d) Tem sido objeto de estudo desde o final do século XX, porém foi intensificado a partir
de 2015.
e) Tem sido objeto de estudo desde o final do século XX e daí para a frente não parou de
crescer.

3) No início do século XXI, os escândalos abalaram o mercado de capitais americano e a


resposta dada pela legislação foi a promulgação da lei Sarbanes-Oxley. O objetivo da
referida lei foi:
a) Fazer que a empresa não gaste mais do que arrecade, ocasionando melhores
resultados.
b) Obrigar a publicação das informações financeiras em periódicos de grande circulação.
c) Distribuir dividendos aos acionistas proporcionalmente ao número de ações adquiridas.
d) Ressaltar o papel controle interno e transparência da gestão para melhorar a confiança.
e) Orientar e direcionar empresas para as práticas de governança corporativa.

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