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Indice
2. REVISAO DA LITERATURA...............................................................................................4
2.1. Estruturas de Mercado.........................................................................................................4
2.1.1. Formações de Preços.........................................................................................................4
2.1.2 Mercados de fatores de produção também em concorrência perfeita................................5
2.2. CONCORRÊNCIA PERFEITA...........................................................................................6
2.2.1. Definição e causas da Concorrência Perfeita....................................................................6
2.2.2. As hipóteses do modelo de concorrência perfeita são:.............................................6
2.2.3. Características da Concorrência Perfeita..................................................................6
2.3. MERCADO DE CONCORRENCIA IMPERFEITA.......................................................7
2.3.1 Monopólio..................................................................................................................7
2.3.2. OLIGOPÓLIO..........................................................................................................9
2.3.3. CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA................................................................11
3. CONCLUSÃO......................................................................................................................13
4. REFERÊNCIAS BIBLIORAFICAS....................................................................................14
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RESUMO
Estruturas de mercado são modelos que captam aspectos inerentes à organização dos
mercados, realçando características tais como: o tamanho das empresas, a diferenciação dos
produtos, a transparência do mercado, os objetivos dos participantes, o acesso de novas
empresas.

No mercado de bens e serviços, as formas e mercado, segundo essas cinco características, são
as seguintes: concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolística (ou imperfeita) e
oligopólio. Existe uma série de modelos sobre o comportamento das empresas na formação de
preços de seus produtos. A diferença maior entre esses modelos está condicionada ao objetivo
ao qual a firma se propõe: maximizar lucros, maximizar participação no mercado, maximizar
margem de rentabilidade sobre os cursos, etc.

Quanto aos seus objetivos, as empresas defrontam-se com duas possibilidades principais:
maximizar lucro e maximizar mark-up (margem sobre os custos diretos). Dentro da teoria
neoclássica ou marginalista, o objetivo da empresa é sempre maximizar o lucro total. Este
trabalho acadêmico visou apresentar de uma forma sistêmica estas quatro estruturas de
mercado dando definições e exemplos reais de empresas atuais.
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INTRODUÇÃO
As Estruturas de Mercado, as quais serão tratadas de forma mais complexa neste trabalho, são
modelos que captam aspectos de como os mercados estão organizados. Cada estrutura de
mercado destaca aspectos essenciais da interação da oferta e da demanda, baseando-se em
características observadas em mercados existentes. Em todas as estruturas clássicas os agentes
são maximizadores de lucro.
A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e quantidade de
equilíbrio de um dado bem ou serviço. O preço e a quantidade, entretanto, dependerão da
particular forma ou estrutura desse mercado, ou seja, se ele é competitivo, com muitas
empresas produzindo um dado produto, ou concentrado em poucas ou uma única empresa.
(WAGNER, 2007).

Na análise das estruturas de mercado avaliam-se os efeitos da oferta e da demanda, tanto no


mercado de bens e serviços quanto no mercado de fatores de produção. Há de se destacar que
no estudo microeconômico é analisado as imperfeições observadas no mercado, onde é
possível observar algumas situações em que os preços são determinados através de distorções
provocadas em mercados distintos, tais como: monopólios, oligopólios, concorrência
monopolista e concorrência perfeita.
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2. REVISAO DA LITERATURA

2.1. Estruturas de Mercado

As diferentes estruturas de mercado estão condicionadas por três variáveis principais: número
de firmas produtoras no mercado; diferenciação do produto; existência de barreiras à entrada
de novas empresas.

No mercado de bens e serviços, as formas e mercado, segundo essas três características, são
as seguintes: concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolística (ou imperfeita) e
oligopólio. No mercado de fatores de produção, é definido as formas de mercado em
concorrência perfeita, concorrência imperfeita, monopólio e oligopólio no fornecimento de
insumos.

2.1.1. Formações de Preços

Existe uma série de modelos sobre o comportamento das empresas na formação de preços de
seus produtos. A diferença maior entre esses modelos está condicionada ao objetivo ao qual a
firma se propõe: maximizar lucros, maximizar participação no mercado, maximizar margem
de rentabilidade sobre os cursos, etc. Quanto aos seus objetivos, as empresas defrontam-se
com duas possibilidades principais: maximizar lucro e maximizar mark-up (margem sobre os
custos diretos). Dentro da teoria neoclássica ou marginalista, o objetivo da firma é sempre
maximizar o lucro total. Se a empresa aumenta a produção e a recita adicional for maior que o
custo adicional, o lucro estará aumentando e a empresa neste caso, não encontra seu ponto
ideal de equilíbrio. Se a receita adicional for menor  que o custo adicional, o lucro estará
caindo e o prejuízo aumentando. A recita marginal deve ser igualada ao custo marginal.

As hipóteses do modelo refletem o funcionamento de um mercado completamente livre, sem


barreiras e totalmente transparente.

Hipótese da atomicidade: é um mercado com infinitos vendedores e compradores, de forma


que um agente isolado não tem condições de afetar o preço no mercado. Assim, o preço no
mercado é um dado fixado para empresas e consumidores;

Hipótese da homogeneidade: Todas as firmas oferecem produto semelhante, homogêneo.


Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado;

Hipótese da mobilidade de firmas (livre entrada e saída de firmas e compradores no


mercado): mercado sem barreiras à entrada e saída, tanto de compradores como de
vendedores.
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Hipótese da racionalidade: Os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores


maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem
racionalmente.

Transparência de mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda informação


relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, a qualidade, os custos, as receitas e os
lucros dos concorrentes;

Hipótese da mobilidade de bens: Existe completa mobilidade de produtos entre regiões, o


seja, não existem transporte; não considera a localização espacial de vendedores e
consumidores.

Inexistência de externalidades: representam influências de fatores externos nos cursos das


firmas e na satisfação dos consumidores. No modelo de concorrência perfeita, supõe-se ainda
que não existam externalidades, ou seja, nenhuma firma influi no custo das demais e nenhum
consumidor afeta o consumo dos demais.

Hipótese da divisibilidade: é uma hipótese matemática, não essencial, que objetiva auxiliar a
compreensão do funcionamento do modelo, trabalhando com curvas contínuas e
diferenciáveis, facilitando a utilização dos conceitos marginalistas por mio de técnicas
matemáticas de diferenciação e derivação.

2.1.2 Mercados de fatores de produção também em concorrência perfeita


Todas as hipóteses anteriores também valem para o mercado de fatores de produção. Para que
seja determinado o ponto de produção ideal para uma empresa em concorrência perfeita, o
ponto em que o lucro é máximo, é necessário determinar como se comporta a demanda desse
mercado, que permitirá uma previsão das receitas da firma, e como se comportam seus custos.

A longo prazo, não existem custos fixos, ou seja, todos são variáveis. O lucro normal reflete o
real custo de oportunidade do capital empregado na atividade empresarial. É o valor que o
mantém na atividade; se ele fosse mais baixo, o empresário sairia do mercado, porque
ganharia mais em outro ramo. O lucro normal pode ser associado a uma espécie de taxa de
rentabilidade média do mercado. O que exceder ao lucro normal é chamado de lucro
extraordinário: o empresário recebe mais do que deveria receber, de acordo com seu custo de
oportunidade. A 1longo prazo, em concorrência perfeita, só existem lucros normais. Em
concorrência perfeita, supõe-se que os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas
empresas para esse mercado. Dessa forma, em concorrência perfeita, a longo prazo, com a
atração de novas firmas, a oferta de mercado aumenta, e a tendência é de que os lucros
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extraordinários tendam a zero, existindo apenas os lucros normais.

2.2. CONCORRÊNCIA PERFEITA


2.2.1. Definição e causas da Concorrência Perfeita

A estrutura de mercado caracterizada por concorrência perfeita é uma concepção mais teórica,
ideal, porque os mercados altamente concorrenciais existentes, na realidade, são apenas
aproximações desse modelo, posto que, em condições normais, sempre parece existir certo
grau de imperfeição que distorce o seu funcionamento. Portanto o conceito de concorrência
perfeita é usado apenas por seu valor analítico, pois não existe na prática. (Paulo Nunes,
2007).

O seu conhecimento é importante não só como estrutura ideal, que é empregada em muitos
estudos que procuram descrever o funcionamento econômico de uma realidade complexa,
como também pelas inúmeras consequências derivadas de suas hipóteses, que condicionam o
comportamento dos agentes econômicos em diferentes mercados. (Paulo Nunes, 2007).

2.2.2. As hipóteses do modelo de concorrência perfeita são:

 Existe um grande numero de compradores e vendedores. Um grande número de


compradores e vendedores se refere não a um valor acima de uma determinada
quantidade, mas sim a que o preço do e dado para as firmas e para os consumidores;
(Paulo Nunes, 2007).

 Os produtos são homogêneos, isto é, são substitutos perfeitos entre si; dessa forma não
pode haver preços diferentes no mercado; (Paulo Nunes, 2007).

 Existe completa informação e conhecimento sobre o preço do produto; esta hipótese é


conhecida como transparência de mercado; (Paulo Nunes, 2007).

 Entrada e saída de firmas no mercado são livres, não havendo barreiras. Esta hipótese
também é conhecida como livre mobilidade. Isso permite que as empresas menos
eficientes saiam do mercado e que nele ingressem firmas mais eficientes. (Paulo
Nunes, 2007).

2.2.3. Características da Concorrência Perfeita

A característica do mercado em concorrência perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros
extras ou extraordinários (onde as receitas superam os custos), mas apenas os chamados
lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de
oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade, que pode ser
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associado a uma espécie de rentabilidade média de mercado). Assim, no longo prazo, quando
a receita total iguala o custo total, o lucro extraordinário é zero, embora existam lucros
normais, pois nos custos totais estão incluídos os custos implícitos (que não envolvem
desembolso), o que inclui os lucros normais. A hipótese de que a empresa, individualmente,
seja incapaz de alterar o preço do produto tem uma consequência importante, porque implica
a curva de demanda do produto ser perfeitamente elástica, ou seja, horizontal.

Em concorrência perfeita, como o mercado é transparente, se existirem lucros extraordinários,


isso atrairá novas firmas para o mercado, pois que também não há barreiras ao acesso. Com o
aumento da oferta de mercado (devido ao aumento no número de empresas), os preços de
mercado tenderão a cair, e consequentemente os lucros extras, até chegar a uma situação onde
só existirão lucros normais, cessando o ingresso de novas empresas nesse mercado. (Paulo
Nunes, 2007).

2.3. MERCADO DE CONCORRENCIA IMPERFEITA

2.3.1 Monopólio

2.3.1.1. Definição e Causas do monopólio

Monopólio é um caso extremo de concorrência imperfeita em que um único vendedor tem o


controle total da oferta de determinado produto ou serviço. Monopólio é uma condição de
mercado caracterizada pelo controle, por um só produtor, dos preços e das quantidades de
bens ou serviços oferecidos aos usuários e consumidores. Estes usuários e consumidores não
possuem alternativas senão comprar do monopolista. Isso faz com que o monopolista opere
sempre com lucros extraordinários. O preço cobrado pelo monopolista será sempre maior do
que em competição perfeita e a quantidade vendida sempre menor. (KUPFER, 2002).

As causas da existência do monopólio são várias, algumas políticas, outras econômicas e


outras técnicas. As principais causas apontadas pela teoria econômica neoclássica são:
(KUPFER, 2002).

 Propriedade exclusiva de matérias-primas ou de técnicas de produção;

 Patentes sobre produtos ou processos de produção;

 Licença governamental ou imposição de barreiras comerciais para excluir


competidores, especialmente estrangeiros;

 O caso do monopólio natural quando o mercado não suporta mais do que uma única
empresa, pois a tecnologia de produção impõe que a operação eficiente tenha
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economias de escala substanciais.

3.1.1.2. Vantagens e desvantagens do monopólio

Os argumentos favoráveis aos monopólios concentram-se principalmente nas vantagens da


produção em grande escala, como a elevação de rendimento propiciado pelas inovações
tecnológicas e a redução dos custos. Também se afirma que os monopólios podem
racionalizar as atividades econômicas, eliminar os excessos de capacidade e evitar a
concorrência desleal. Outra das vantagens que lhes são atribuídas é a garantia de um
determinado grau de segurança no futuro, o que torna possível o planejamento a longo prazo e
introduz maior racionalidade nas decisões sobre investimentos. (VASCONCELLOS, 2004)

Os argumentos contrários estão centrados no fato de que o monopólio, graças a seu poder
sobre o mercado, prejudica o consumidor ao restringir a produção e a variedade, e ao obrigá-
lo a pagar preços arbitrariamente fixados pelo monopolista. Também se assinala que a
ausência de concorrência pode incidir negativamente sobre a redução dos custos e levar à
subutilização dos recursos produtivos. (VASCONCELLOS, 2004).

3.1.1.3. Controle sobre o monopólio

A economia de livre empresa afirma, como norma geral, a inconveniência dos monopólios e a
necessidade de estrito controle sobre eles. Embora acentue as vantagens do fornecimento
monopolizado em determinadas áreas específicas, exige que os monopólios se restrinjam aos
setores nos quais sejam absolutamente necessários e que, além disso, se adotem medidas de
proteção ao consumidor. (KUPFER, 2002).

Um exemplo da utilidade dos monopólios é o fornecimento de gás canalizado a um centro


urbano. O fornecimento de gás aos consumidores por companhias concorrentes, por meio de
gasodutos e sistemas de distribuição paralelos, representaria um esbanjamento de recursos em
infraestrutura. (KUPFER, 2002).

3.1.1.4. Discriminação de preços no monopólio

O poder monopolista permite que ele tenha uma política de discriminação de preços voltada
para extrair o máximo possível de excedente do consumidor e para aumentar a sua receita
total. (MANKIW, 2005).

Para que haja discriminação de preços de preços o mesmo produto tem que ser vendido a
diferentes preços para diferentes compradores. O custo de produção é o do monopolista, isto
é, o mesmo para todos os produtos vendidos. (MANKIW, 2005).
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A discriminação de preços vai depender da renda dos consumidores, das suas preferências, da
localização e da facilidade de encontrar substitutos para o produto. O monopolista vai
procurar segmentar a sua curva de demanda em diferentes elasticidades, para criar mercados
distintos para o seu produto. (MANKIW, 2005).

3.1.1.4. Existem três tipos para discriminação dos preços:

a) O monopolista vende cada unidade do produto a preços diferentes. É a discriminação


perfeita de preços. Cada unidade é vendida ao consumidor, pelo preço máximo que ele está
disposto a pagar. Não há excedente do consumidor neste mercado. O monopolista extrai todo
o excedente do consumidor;

b) O monopolista vende diferentes unidades do produto a preços diferentes, mas todos os


compradores que adquirem a mesma quantidade pagam o mesmo preço. O preço por unidade
não é constante, depende da quantidade que o consumidor compra. Exemplos são os
prestadores de serviços de água, esgoto, eletricidade;

c) O monopolista vende o produto para diferentes compradores por preços diferentes, mas
cada unidade vendida para um grupo de compradores é vendida ao mesmo preço. Esta é a
forma mais comum de discriminação de preços que se aplica bastante nos descontos para
idosos, estudantes, ou as diferentes classes de tarifas aéreas.

2.3.2. OLIGOPÓLIO

2.3.2.1. Definição e causas do Oligopólio

Designa-se por oligopólio a situação de um mercado com um número reduzido de empresas,


de tal forma que cada uma tem que considerar os comportamentos e as reações das outras
quando toma decisões de mercado. A característica fundamental do oligopólio é a existência
da interdependência entre as empresas. Dado a importância de cada empresa no setor, as
decisões de uma quanto a preços, qualidade, propaganda, etc., afetam o comportamento das
demais. (MANKIW, 2005).

As causas típicas do aparecimento de mercados oligopolistas são a escala mínima de


eficiência e características da procura. Em tais mercados existe ainda alguma concorrência,
mas as quantidades produzidas são menores e os preços maiores do que nos mercados
concorrenciais (ainda que relativamente ao monopólio as quantidades sejam superiores e os
preços menores). Tipicamente, nos mercados oligopolistas a concorrência incide em
características dos produtos distintas do preço (p. ex., qualidade, imagem, fidelização).
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(MANKIW, 2005).

2.3.2.2 Tipos de Oligopólio

O oligopólio pode ser dividido em dois tipos conforme descritos abaixo: (Paulo Nunes, 2007)

Oligopólio Puro: Neste tipo de oligopólio os produtos são homogêneos (substitutos perfeitos)
como por exemplo: indústria de cimento, alumínio, aço, etc.

Oligopólio Diferenciado: Neste tipo de oligopólio os produtos são diferenciados como, por
exemplo: indústria automobilística, de cigarros, informática, etc.

2.3.2.3 Formas de Oligopólio

Existem quatro formas básicas de oligopólio: (TOSCHI, 2002).

Cartel: Associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de dominar o
mercado e disciplinar a concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço, que é
uniformizado geralmente em nível alto, e quotas de produção são fixadas para as empresas
membro. No seu sentido pleno, os cartéis começaram na Alemanha no século XIX e tiveram
seu apogeu no período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por
impedir o acesso do consumidor à livre concorrência e beneficiar empresas não rentáveis.
Tendem a durar pouco devido ao conflito de interesses. Cartel é uma organização formal ou
informal de produtores dentro de um setor, que determina a política de todas as empresas do
cartel, fixando preços e a repartição (cota) do mercado entre empresas.

As cotas podem ser:

Perfeitas (cartel perfeito): todas as empresas têm a mesma participação. A administração do


cartel fixa um preço comum e divide igualmente o mercado, agindo como um bloco
monopolista. É a chamada “solução de monopólio”.

Imperfeitas (cartel imperfeito): existem empresas líderes que fixam os preços, ficando com
a maior cota. As demais empresas concordam em seguir os preços do líder.

Truste: Reunião de empresas que perdem seu poder individual e o submetem ao controle de
um conselho de trustes. Surge uma nova empresa com poder maior de influência sobre o
mercado. Geralmente tais organizações formam monopólios. Os trustes surgiram em 1882 nos
EUA, e o temor de que adquirissem poder muito grande e impusessem monopólios muito
extensos fez com que logo fossem adotadas leis antitrustes, como a Lei Sherman, aprovada
pelos norte-americanos em 1890.
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Os trustes podem ser:

Horizontais: Quando as empresas que os compõem são homogêneas e atuam num mesmo
ramo da produção (como o tabagista ou o automobilístico, por exemplo).

Verticais: Quando o conjunto de empresas produz desde a matéria-prima até o produto


acabado, atuando, portanto, em diferentes ramos (uma empresa de mineração que controla os
altos-fornos e a laminação do aço, por exemplo).

Holding: Empresa, que pela posse majoritária das ações, mantém o controle e administra
outras empresas (subsidiárias). O Holding geralmente nada produz, centralizando o controle
de um complexo de empresas. Considerado uma das formas mais avançadas do capitalismo,
pois permite uma determinada estrutura controle investimentos muitas vezes superiores e em
outros países.

Existem duas modalidades de holding:

Pura: Que é quando o seu objetivo social consta somente a participação no capital de outras
sociedades.

Mista: Quando, além da participação, ela serve também à exploração de alguma atividade


empresarial.

Um exemplo de uma holding é quando uma determinada empresa fabrica sapatos e gostaria
também de fabricar tênis, porém não possui experiência na fabricação. Para solucionar este
problema, ela procura uma empresa que fabrica tênis e faz uma parceria, e então ambas fazem
outra parceria com uma rede de lojas varejistas para vender os produtos.

Conglomerados: Um conglomerado é algo obtido por conglomeração (juntar, amontoar, unir


fragmentos).Várias empresas que atuam em setores diversos se unem para tentar dominar
determinada oferta de produtos e/ou serviços, sendo em geral administradas por uma holding.
Um exemplo são as grandes corporações que dominam desde a extração da matéria-prima
como o transporte de seu produto já industrializado, ou seja, um truste. Um exemplo de
conglomerado é a empresa Mitsubishi, que fabrica desde carros até canetas ou a LG Group,
que fabrica de celulares, notebooks e televisores. Outros exemplos são o Grupo Votorantim a
PEPSICO e Grupo Silvio Santos.
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2.3.3. CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA

2.3.3.1 Definição e causas da Concorrência Monopolística

A concorrência monopolista (também chamada de concorrência imperfeita) é uma estrutura de


mercado em que são produzidos bens diferentes, entretanto, com substitutos próximos
passíveis de concorrência. Trata-se de uma estrutura de mercado intermediária entre a
concorrência perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com o oligopólio, pelas
seguintes características: (KUPFER, 2002).

 Número relativamente grande de empresas com certo poder concorrencial, porém com
segmentos de mercados e produtos diferenciados, seja por características físicas,
embalagem ou prestação de serviços complementares;

 Margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez que existem
produtos substitutos no mercado;

 Muitos compradores e muitos vendedores;

 Consumidores têm as suas preferências definidas e vendedores tentam diferenciar os


seus produtos, daqueles produzidos pelos seus concorrentes diretos, ou seja, os bens e
serviços são heterogêneos;

 Existem barreiras de entrada, como diferenciação do produto, canais de distribuição


(quanto mais controlada a distribuição no atacado e no varejo mais difícil é à entrada
de novos concorrentes).

Essas características acabam dando um pequeno poder monopolista sobre o preço de seu
produto, embora o mercado seja competitivo (daí o nome concorrência monopolista).
(KUPFER, 2002).

2.3.3.2 Exemplos reais de Concorrências Monopolísticas

Segue alguns exemplos de Concorrências Monopolísticas:

 Lanchonetes: Mac Donalds, Giraffas, Habib´s, Burguer King, Bobs

 Empresas de Informática: Apple, Compac, HP, Sony

 Fabricantes de Cigarros: Souza Cruz, Philip Morris, Cia Sul-americana de Tabacos;


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3. CONCLUSÃO

Este trabalho acadêmico visou conceituar e expor modelos econômicos e teorias de


concorrência, realçando assim a pluralidade que é a economia. Além disso, apresentou de uma
forma sistêmica as estruturas de mercado Monopólio, Oligopólio, Concorrência
Monopolística e Concorrência Perfeita de forma a compará-las mostrando exemplos reais do
mercado nacional e internacional. Também, foi possível verificar que a economia se resume
basicamente em conseguir os preços certos através da quantidade certa vendida. A
permanência da hipótese de perfeito conhecimento e maximização de lucros nos modelos de
monopólio e competição monopolística, isto é, a racionalidade perfeita do tomador de
decisões, leva a que todas as modificações teóricas feitas a seguir continuem a se construir
como um caso especial, do caso geral, a competição perfeita. Tudo mais que não se enquadre
nas hipóteses básicas do modelo é considerado uma falha ou imperfeição de mercado.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIORAFICAS

CIÊNCIAS ECONOMICAS EMPRESARIAIS. Economia. Concorrência Perfeita. Disponível


em: <http://w.knoow.net/cienceconempr/economia/concorrperfeita.htm> acessado em
01/08/2021 às 10h07min. (Autor: Paulo Nunes)

CIÊNCIAS ECONOMICAS EMPRESARIAIS. Economia. Conceitos de Oligopólio.


Disponível em : <http://w.knoow.net/cienceconempr/econom ia/oligopolio.htm> acessado em
01/08/2021 às 12h07min. (Autor: Paulo Nunes)

ECONOMIA. Acadêmico. Teorias. Oligopólio. Disponível em:


<http://w.economiabr.net/teoria_escolas/oligopolio.html> acessado em 30/1/2009 às
12h40min. (Autor: Emerson Luis Toschi)

KUPFER, David. Economia Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticos no Brasil. Rio de


Janeiro: Campus, 2002.

MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia: Princípios de micro e macroeconomia. Rio


de Janeiro: Campus, 2005.

VASCONCELLOS, Marco Antônio S. e GARCIA, Manuel E. Fundamentos de economia.


São Paulo: Saraiva, 2004.

WAGNER, Roberto Machado. Economia I – Apostila. Edição própria. 2007.

VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia: micro e macro. 3ª. Ed. São
Paulo: Atlas, 2002.

http://www.coladaweb.com/economia/estruturas-de-mercado
http://www.zemoleza.com.br/trabalho-academico/humanas/economia/analise-das-estruturas-
de-mercado/

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAeWYAD/estruturas-mercado?

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