Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Discentes:
Márcia da Luz Domingos Fernando
Samuel Naene Júnior
4
1.1.Objectivos
1.1.1. Gerais
Conhecer as estruturas de Mercado e distingui-los uma da outra;
1.1.2. Específicos
Descrever as Teorias de cada tipo de Mercado;
Apresentar os gráficos das estruturas de Mercado;
1.2. Metodologia
A metodologia usada para a realização do trabalho, foi entretanto na consulta bibliográfica e a
internet que constituiu na leitura e sobretudo na análise de várias obras que debruçam sobre o
tema em causa. Os autores das referidas obras, estão devidamente citadas dentro do trabalho e
bibliografia final
5
2.0. Estruturas de Mercado
Estruturas de mercado. Mercado é um contexto onde ocorre o comércio de bens e serviços que
opera — não tem capacidade de influenciar o preço do produto. O preço do produto é ditado
“O mercador ou o comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta, é levado por
uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem estar da
sociedade”.
A concorrência perfeita é uma estrutura de mercado ideal, mas na prática os mercados não
empresas são tomadoras de preço (não determinam os preços); consumidores também são
tomadores de preço.
6
receita total é proporcional à quantidade produzida e vendida (RT=P*Q); receita média é
igual ao preço (RM=P*Q/Q); receita marginal corresponde à mudança na receita total
resultante da venda de uma unidade adicional e é igual ao preço RMg=P (isto se aplica
apenas para empresas em mercados perfeitamente competitivos).
P = CMg = CMe (o preço é igual ao custo marginal e ao custo médio) e P = RMg = D (o
preço é igual ao custo marginal e igual à receita marginal);
implicação — lucros econômico é zero — há remuneração dos fatores de produção.
7
Entrada e saída de empresas na concorrência perfeita:
curva de custo marginal da empresa determina a quantidade ofertada para cada nível de
preço, portanto, a curva de custo marginal é também a curva de oferta da empresa. Há
diferenças no curto e longo prazo.
no curto prazo, a empresa paralisa suas atividades quando o custo variável médio é maior
que o preço praticado no mercado (P<CVMe). Se o preço não cobre o custo variável médio,
a empresa estará em melhor situação se parar de produzir temporariamente (a firma ainda
paga custos fixos, mas perderia ainda mais dinheiro se continuasse produzindo)
no curto prazo, a curva de oferta da empresa é a curva de custo marginal acima da curva de
custo variável médio (CMg>CVMe)
no longo prazo, a empresa sai do mercado se o preço for menor do que do que o custo médio
de produção (P<CMe)
no longo prazo, a curva de oferta da empresa é representada pela parte da curva de custo
marginal acima da curva de custo médio (CMg>CMe) — se o preço estiver abaixo do custo
médio, a empresa sai do mercado.
a entrada de novas empresas no mercado ocorre quando há lucro econômico, ou seja,
quando o preço excede o custo médio de produção (P>CMe); quando ocorre o oposto, há
saída de empresas do mercado
8
processo de entrada e saída de empresas tende a igualdar custo médio e preço, assegurando
lucro econômico zero no mercado competitivo;
no equilíbrio de longo prazo, as empresas operam em escala eficiente
a curva de oferta de longo prazo é horizontal, no ponto em que o preço é igual ao custo
médio mínimo (consistente com lucro econômico zero).
Lucro econômico zero: custo total inclui custo de oportunidade, portanto, a receita da
empresa deve compensar os custos de oportunidade do investimento — lucro econômico é
zero, mas lucro contábil é positivo.
3.0. Monopólio:
Segundo Vasconcellos (2006, p.167), uma empresas vende um produtos único e estabelece seu
9
menor que 2 ou mais, devido a economias de escala. ex: energia elétrica, alto investimento
inicial).
Quando a empresa é um monopólio natural, o custo médio cai continuamente, devido à economia
de escala (nos demais casos, a curva CMe tem forma de U)— como resultado, uma única
empresa pode produzir qualquer quantidade a um custo menor e não precisa se preocupar com a
lado da oferta é representado pelo monopolista, que tem total controle sobre as quantidades
ofertadas
maximização dos lucros também se dá no ponto CMg=RMg (mesmo que na concorrência
perfeita). A diferença é que o preço será maior que o CMg: P>CMg
produção e preço: quantidade produzida é dada pela interseção CMg=RMg, após determinar
a quantidade, o monopolista então usa a curva de demanda (que está acima) para encontrar
o maior preço possível que induzirá os consumidores a comprar aquela quantidade
decisão de produção: se a empresa produz abaixo do nível em que RMg=CMg (ou seja,
RMg>CMg), há incentivo para aumentar a produção; se a empresa produz acima do nível
RMg=CMg (RMg<CMg), há incentivo para diminuir a produção.
10
para que as vendas aumentem, é necessário diminuir o preço. Isto pode acontecer sempre
que RMg<P (na concorrência perfeita, o aumento das vendas não depende da redução do
preço, pois as empresas são tomadoras de preço (RMg=P); se o preço reduz, a empresa tem
prejuízo)
na condição de único produtor, o monopolista se baseia na demanda de mercado para
determinar seu nível de produção e preço — estratégia de preços depende do
comportamento do consumidor.
a curva de demanda do monopolista é a curva de demanda do mercado, tem inclinação
descendente (na concorrência perfeita, a curva de demanda da empresa é horizontal)
quanto mais elástica for a demanda, mais sensíveis ao preço são os consumidores e mais
próximo o preço estará do custo marginal. Neste caso, a curva da demanda é mais
horizontal, e há menos poder de monopólio
se a demanda for menos elástica, os consumidores são menos sensíveis ao preço (ex: gastos
hospitalares, energia elétrica) e o formato da curva de demanda é mais vertical; para estas
mercadorias, os monopolistas auferem lucros maiores
No monopólio não há curva de oferta — o nível de produção é determinado pelo custo
marginal e pelo formato da curva de demanda — isto porque o monopolista não é um
tomador de preço, ele determina o preço ao mesmo tempo em que escolhe a quantidade
produzida — esta decisão é vinculada à demanda.
11
O monopólio leva a uma alocação de recursos diferente dos mercados competitivos e o
resultado pode não maximizar o bem estar econômico total. Como o monopolista produz
menos que a quantidade socialmente eficiente — a quantidade produzida é menor e o preço
é maior — alguns consumidores potenciais não compram o produto →resultado ineficiente.
A ineficiência do monopólio pode ser medida pelo triângulo do peso morto: sua área
representa o excedente perdido devido à forma como o preço é definido no monopólio.
Mankiw (2013), O monopolista, devido ao seu poder de monopólio, pode utilizar diferentes
12
preços. O monopolista pode ofertar a mesma quantidade a preços diferentes ou pode vender
Para Marcos Cintra (1986) o monopólio possui custos sociais (diminui o bem estar da
sociedade), o que justifica a existência de leis de defesa da concorrência (leis antitruste, previne
fusões), regulação de preços de certos setores (ex: energia elétrica ou da água), estatização de
monopólios naturais (problema é que setor privado tem mais incentivo para reduzir custos do
Comportamento de empresas que têm controle sobre os preços é diferente das empresas em
cobra preços acima do custo marginal, o que gera um peso morto. Este peso morto pode ser
minimizado pela discriminação de preços. Em alguns casos, o poder público deve tomar
providências. Em certo sentido, monopólios são comuns, muitas empresas têm algum controle
sobre seus preços, já que seus produtos não são idênticos aos oferecidos por outras empresas (ex:
marcas). Mesmo assim, é raro que uma empresa tenha substancial poder de monopólio, em geral,
este poder é limitado, pois poucos produtos são verdadeiramente únicos e muitos têm substitutos
ou similares.
13
4.0 Concorrência monopolística:
Parece uma concorrência, mas produtos não são homogêneos. Tem características tanto da
vendem produtos similares, mas não idênticos — cada empresa tem um monopólio sobre seu
produto.
Existem muitas empresas (que competem pelo mesmo grupo de consumidores), cada
empresa é pequena em relação ao mercado;
Produtos são diferenciados (embora sejam substitutos próximos); as empresas competem
vendendo produtos diferenciados, mas altamente substituíveis
Cada empresa tem certo poder sobre seus preços, pois o produto oferecido é diferente dos
demais; mas o poder de monopólio é limitado. Quanto menor a diferenciação do produto,
menor o poder de monopólio.
O consumidor tem poder de escolha, mas é uma escolha relativa, dentro do que é
apresentado;
Não existem barreiras à entrada (é fácil entrar no mercado quando este é lucrativo) — as
empresas podem entrar e sair livremente, cada uma produzindo sua própria marca ou seu
produto diferenciado; por isso, no longo prazo, o lucro econômico tende a zero.
Ex.: praça de alimentação de shoppings — muitas lojas, mas cada uma oferece um produto
específico; mercado de refrigerantes, xampus, cervejas artesanais
14
há diferenciação de produto e certo poder de monopólio, portanto, assim como no
monopólio, o preço é maior que o custo marginal: P>CMg (na concorrência perfeita,
P=CMg), significa que o também possui lucro econômico.
Mas o lucro econômico ocorre somente no curto prazo. No longo prazo, a lucratividade
atrai novos concorrentes, deslocando a demanda de curto prazo da empresa para a esquerda,
pois novos concorrentes entraram no mercado, reduzindo sua demanda individual.
A produção da indústria como um todo aumenta por causa da entrada de novas empresas,
mas a produção da empresa diminui em relação à situação de curto prazo
No longo prazo não há lucro econômico, pois o preço será igual ao custo médio P=CMe
(isto ocorre devido à entrada e saída de empresas)
Entretanto, mesmo no longo prazo, o preço continua maior que o custo marginal P>CMg,
ou seja, persiste algum grau de poder de mercado.
15
demanda de longo prazo cruza o custo marginal CMg, ou seja, D=CMg (neste ponto, a
quantidade seria maior e o preço menor).
há excesso de capacidade — tangência entre a demanda e o custo médio não ocorre no ponto
de mínimo do CMe, ou seja, na escala eficiente da empresa. É mais lucrativo operar com
excesso de capacidade do que aumentar a produção.
margem de lucro acima do custo marginal —condição de lucro econômico zero garante que
o preço é igual ao custo médio, mas não garante que o preço se iguala ao custo marginal
relação entre preço e custo marginal é a diferença chave entre competição perfeita e
concorrência monopolística: há lucro para cada unidade a mais vendida (pois o preço é
maior que custo marginal), assim, a empresa estará sempre interessada em conquistar novos
consumidores (cada unidade extra vendida representa lucro, pois o preço excede custo
marginal).
outra ineficiência é que o número de empresas pode não ser ideal — podem haver mais ou
menos que o desejável e pode haver muitos ou poucos produtos;
não há garantia de que o excedente é maximizado; as ineficiências nesta estrutura são sutis,
difíceis de mensurar e difíceis de consertar.
4.4 Propaganda:
16
Críticas à propaganda: empresas podem manipular gostos e preferências; propaganda pode
impedir competição, convencendo os consumidores de que os produtos são mais diferentes
do que são na realidade
Defesas à propaganda: fornece informação aos consumidores; promove a competição (mais
informação sobre preços e bens ou serviços disponíveis); sinaliza qualidade do produto
(empresas gastam mais com propaganda quando produto é bom)
Em geral, marcas gastam mais com publicidade e cobram preços mais elevados por seus
produtos — debate sobre marcas centradas na questão da racionalidade do consumidor.
Críticos argumentam que marcas fazem consumidores perceber diferenças que não existem
(irracionalidade incentivada pela propaganda). Defensores argumentam que marcas são
forma útil de garantir qualidade aos consumidores e incentivam a manutenção de alta
qualidade do produto.
5.0. Oligopólio:
poucos vendedores;
produtos similares ou idênticos;
interações estratégicas — ações de uma empresa podem ter grande impacto nos lucros de
outra empresa.
Empresas são interdependentes — uma firma deve considerar como suas decisões afetam
as decisões de produção de todas as outras.
Análise do oligopólio permite aplicação da Teoria dos Jogos (estudo do comportamento
individual em situações estratégicas). Esta teoria é útil para entender o oligopólio, em que
poucos jogadores interagem uns com os outros estrategicamente.
No oligopólio, há uma tensão entre cooperação e auto interesse — para as empresas,
cooperação gera melhores resultados, pois permite que se comportem como um monopólio
(colusão e cartel).
18
Equilíbrio de Nash: situação em que os atores econômicos interagem uns com os outros,
cada um escolhendo sua melhor estratégia, dadas as estratégias que os demais atores
escolheram
Tensão entre cooperação e auto interesse — oligopolistas estariam em melhor situação se
cooperassem, isto permitiria atingir o resultado do monopólio. Como as empresas buscam
interesse próprio, elas não atingem a produção e o lucro máximo conjunto de um
monopólio.
Por sua vez, o interesse próprio não leva o mercado para o resultado competitivo.
Quando as empreses de um oligopólio determinam individualmente a produção que maximiza
seus lucros, elas produzem mais que o nível de produção do monopólio, mas menos que o nível
da competição. O preço do oligopólio é menor que o do monopólio e maior que o preço
competitivo (na competição, P=CMg).
19
Estratégia dominante: é aquela que é melhor para o jogador, independente da estratégia
escolhida pelos outros jogadores.
Ex: para os prisioneiros, da perspectiva individual, a melhor estratégia é confessar, pois
em cada cenário, o tempo de cadeia é menor — esta é a estratégia dominante. Entretanto,
da perspectiva de ambos, a melhor estratégia seria que ambos ficassem em silêncio. Porque
cada um persegue seu próprio interesse, o resultado alcançado é pior para ambos.
A cooperação é difícil de manter porque, individualmente, esta é uma decisão irracional
(contrária à estratégia dominante).
Oligopólios têm dificuldade de manter resultados monopolistas (baixa produção, alto preço
e alto lucro)— o resultado conjunto é racional, mas cada oligopolista possui um incentivo
para trapacear: o interesse próprio
Exemplo: OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) → busca agir em cartel,
20
6.0 Conclusão
Após estudarmos cada uma das estruturas de mercado dentro do sistema da microeconomia,
pudemos conhecer a atuação da empresa no mercado econômico, e como as empresas, através
destas estruturas influenciam na relação com os consumidores. Por outro lado, entendemos
também como as famílias são atingidas devido a formação de preços baseado nestas condições
que as estruturas definem.
Vimos que nesta relação empresa/consumidor, quando a balança é favorável para um, a grosso
modo, é desfavorável para o outro, ou seja, se uma empresa atinge elevados lucros se for um
mercado monopolista, em consequência, o consumidor arcará com preços exorbitantes, muito
além do que deveria ser. Em contrapartida, se o mercado oferecer maiores benefícios ao
consumidor, oferecendo, à este, preços extremamente baixo, significa que as empresas
sofreriam com baixíssimas margens de lucro. Então fica claro para entendermos que, para
equilibrar esta balança, seria sensato existir um mercado onde ambos se beneficiem, mas isso
é, definitivamente, impossível.
21
7.0 Referências Bibliográficas
ALBUQUERQUE, M. C. C. D. Microeconomia. São Paulo: McGraw-Hill, 1986.
MANKIW, N. G. Princípios de Microeconomia. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning,
2013.
PINDYCK, Robert S.;Rubinfeld, Daniel L.. Microeconomia. 7 ed. São Paulo: Prentice
Hall, 2010
VASCONCELLOS, M. A. S. D. Economia: Micro e Macro. 4. ed. [S.l.]: Atlas, 2006.
22